Buscar

Embargos a Execução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Embargos a Execução (914 a 920, do CPC) 
Trata-se da defesa do devedor nas execuções fundadas em títulos 
executivos extrajudiciais 
A) Conceito e Tese de Defesa 
É realizada por meio de ação autônoma (embargos a execução), 
diferente do cumprimento de sentença em que a impugnação é 
protocolada no próprio cumprimento de sentença por petição, 
formando um incidente. 
No processo de execução de título executivo extrajudicial a defesa 
do executado é instaurado em processo autônomo, vinculado à 
execução, denominado embargos a execução. 
Possui a finalidade específica de defender o executado no 
processo e execução de forma plena, podendo este, apresentar 
qualquer tese de defesa (meios lícitos de provas). 
B) Competência 
Regra: os embargos serão opostos no juízo da execução 
(distribuição por dependência). Competência funcional absoluta (se 
não respeitada, gera nulidade absoluta no processo). 
Exceções: quando a penhora for realizada por carta precatória, os 
embargos poderão ser apresentados no juízo deprecante (tramita a 
execução), ou no deprecado (cumpriu a penhora), porém a 
competência de julgamento será do deprecante (aquele que tramita 
a execução), exceto quando alegado apenas vícios na penhora, 
hipótese em que o juízo deprecado poderá julgar os embargos. 
 
"Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou 
caução, poderá se opor à execução por meio de embargos. 
§ 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, 
autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais 
relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio 
advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
§ 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo 
deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é 
do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou 
defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas 
no juízo deprecado." 
C) Ausência de garantia do Juízo 
A apresentação dos embargos à execução independente de 
garantia de juízo, portanto, o executado, ainda que não tenha bens, 
poderá apresentar embargos a execução que serão recebidos, 
processados e julgados. 
A penhora pode, inclusive ocorrer somente após o julgamento dos 
embargos à execução. 
"Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou 
caução, poderá se opor à execução por meio de embargos." 
D) Prazo para opor embargos a execução 
Os embargos deverão ser opostos no prazo de 15 dias contados 
conforme as regras do artigo 231, CPC. 
Em regra a contagem ocorrerá a partir da data da juntada aos 
autos do Aviso de recebimento ou mandado de citação cumprido. 
Atenção: Não se aplicam aos embargos a execução as regras de 
prazo dobrado para litisconsortes com advogados diferentes (229, 
CPC) e nem a data da juntada do último mandado cumprido (231, 
parágrafo 1, CPC). 
Portanto, se houver litisconsórcio passivo (vários executados), o 
prazo fluirá independente a contada da data da juntada da citação 
de cada um deles. 
Exceção: Se os litisconsortes forem cônjuges ou companheiros 
(conta-se da data da juntada do último mandado de citação). 
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) 
dias, contado, conforme o caso, na forma do art. 231 . 
§ 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um 
deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo 
comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de 
companheiros, quando será contado a partir da juntada do último. 
§ 2º Nas execuções por carta, o prazo para embargos será 
contado: 
I - da juntada, na carta, da certificação da citação, quando 
versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da 
avaliação ou da alienação dos bens; 
II - da juntada, nos autos de origem, do comunicado de que trata o 
§ 4º deste artigo ou, não havendo este, da juntada da carta 
devidamente cumprida, quando versarem sobre questões diversas 
da prevista no inciso I deste parágrafo. 
§ 3º Em relação ao prazo para oferecimento dos embargos à 
execução, não se aplica o disposto no art. 229 . 
§ 4º Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de 
ordem, a realização da citação será imediatamente informada, por 
meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante. 
E) Prazo para embargos com pedido de pagamento parcelado: 
O artigo 916, do CPC admite que o devedor no prazo dos 
embargos deposite 30% do valor da execução (incluindo encargos, 
custas e honorários) e postule o pagamento do restante em até 
seis parcelas mensais acrescidas de correção monetária e juros de 
1% ao mês. 
Se o pedido for deferido, a execução ficará suspensa até o 
adimplemento integral. 
A medida que for depositado o valor mensal, o magistrado no ato 
seguinte autorizará o imediato levantamento pelo credor. 
Trata-se de um direito do devedor que não admite a recusa do 
credor. No entanto, necessário que o requerimento respeite o prazo 
dos embargos, deposite judicialmente o equivalente a 30%v do 
total do débito e indique o número de parcelas (até seis). 
Se não forem cumpridos referidos requisitos, o credor pode 
recusar. 
A ausência de adimplemento das parcelas por parte do devedor, 
gera o vencimento antecipado das parcelas e o prosseguimento da 
execução acrescida de multa de 10% sobre o saldo restante, sendo 
agora vedada a oposição de embargos. 
Esse requerimento de pagamento parcelado não é admitido no 
cumprimento de sentença. 
"Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do 
exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em 
execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o 
executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em 
até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de 
juros de um por cento ao mês. 
§ 1º O exequente será intimado para manifestar-se sobre o 
preenchimento dos pressupostos do caput , e o juiz decidirá o 
requerimento em 5 (cinco) dias. 
§ 2º Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de 
depositar as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu 
levantamento. 
§ 3º Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e 
serão suspensos os atos executivos. 
§ 4º Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o 
depósito, que será convertido em penhora. 
§ 5º O não pagamento de qualquer das prestações acarretará 
cumulativamente: 
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do 
processo, com o imediato reinício dos atos executivos; 
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor 
das prestações não pagas. 
§ 6º A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa 
renúncia ao direito de opor embargos 
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença. 
F) Objeto dos embargos a execução 
A execução de título extrajudicial não é precedida de nenhum 
processo anterior, por isso, os embargos são a primeira 
oportunidade de defesa do executado. 
Assim, o executado terá a possibilidade de alegar qualquer tipo de 
defesa (matérias amplas, como se fosse no processo de 
conhecimento). As matérias que podem ser aduzidas em embargos 
estão positivadas no artigo 917, CPC. 
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: 
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
II - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de 
execução para entrega de coisa certa; 
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em 
processo de conhecimento. 
Nos embargos a execução, além de ter amplitude no tema de 
defesa, o executado pode ainda requerer produção de provas (se 
necessário). 
Portanto, nos embargos é possível discutir: 
- questões relacionadasà existência, constituição e extinção do 
débito; (ex. Prescrição do Título) 
- temas relacionados à admissão do processo de execução (ex. 
Excesso de execução, Impenhorabilidade, Avaliação) 
- questões processuais da execução (ex. Ilegitimidade de parte) 
"917, § 2º, Há excesso de execução quando: 
I - o exequente pleiteia quantia superior à do título; 
II - ela recai sobre coisa diversa daquela declarada no título; 
III - ela se processa de modo diferente do que foi determinado no título; 
IV - o exequente, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o 
adimplemento da prestação do executado; 
V - o exequente não prova que a condição se realizou. 
§ 3º Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia 
quantia superior à do título, o embargante declarará na petição inicial o 
valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e 
atualizado de seu cálculo. 
§ 4º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, 
os embargos à execução: 
I - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o 
excesso de execução for o seu único fundamento; 
II - serão processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não 
examinará a alegação de excesso de execução." 
G) Procedimento dos embargos a execução 
- Petição Inicial com os requisitos do 319, CPC 
- valor da causa com o benefício econômico que se pretende nos 
embargos (pode ser diverso da execução). 
- O magistrado ao receber os embargos verificará se os embargos 
possuem condições ou não de prosseguimento (admite emenda 
em 15 dias). 
- Indeferimento l iminar (intempestivos; manifestamente 
protelatórios ou indeferimento da inicial). 
- intimação do embargado (exequente) para impugnar os 
embargos em 15 dias. 
"Art. 918. O juiz rejeitará liminarmente os embargos: 
I - quando intempestivos; 
II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência 
liminar do pedido; 
III - manifestamente protelatórios. 
Parágrafo único. Considera-se conduta atentatória à dignidade da 
justiça o oferecimento de embargos manifestamente protelatórios." 
- Se o embargado não apresentar impugnação, sofre os efeitos da 
revelia (veracidade dos fatos apontados nos embargos que não 
sejam contrários ao título executivo). 
- Se a matéria for excesso de execução (deve apontar o valor 
correto com a memória discriminada de cálculo). 
- Embargos autuados em apartado (cópias das peças processuais 
relevantes do processo de execução). 
- Em regra os embargos não possuem efeito suspensivo 
(prosseguindo da execução). 
- Excepcionalmente pode ser requerido o efeito suspensivo e 
deferido pelo magistrado quando: 
a) requerimento expresso do embargante ( a qualquer tempo) 
b) preenchidos requisitos para conceder tutela provisória 
c) execução garantida com penhora, depósito ou caução 
suficientes para o adimplemento da execução. 
- Da decisão que defere ou não o efeito suspensivo cabe Agravo 
de Instrumento (1015, X, CPC). 
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo. 
§ 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito 
suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a 
concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja 
garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. 
§ 2º Cessando as circunstâncias que a motivaram, a decisão relativa 
aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser 
modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
§ 3º Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito 
apenas a parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte 
restante. 
§ 4º A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um 
dos executados não suspenderá a execução contra os que não 
embargaram quando o respectivo fundamento disser respeito 
exclusivamente ao embargante. 
§ 5º A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos 
atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de 
avaliação dos bens. 
- Intima-se o embargante para réplica e verifica se é hipótese de 
julgamento 
- Caso haja necessidade de instrução probatória, designará data 
para perícia ou audiência. 
- Ao final o magistrado proferirá sentença de extinção com ou sem 
resolução do mérito. Julgados improcedentes, a execução 
prosseguirá. Julgados procedentes, poderá alterar o conteúdo da 
execução ou até mesmo extingui-la. 
- Por fim, embargos considerados manifestamente protelatórios 
importará em ato atentatório a dignidade da justiça e 
consequentemente multa de até 20% sobre o valor da execução, 
revertido em favor do exequente. 
"Art. 920. Recebidos os embargos: 
I - o exequente será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias; 
II - a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido ou designará 
audiência; 
III - encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença."

Continue navegando