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Trabalho sobre o parasita Naegleria fowleri

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL 
Ensino Superior 
 
ADRIANE DEMKO 
ANDRESSA PROCOPIO 
BRENDHA OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARASITOLOGIA 
Meningoencefalite amebiana primária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarapuava - PR 
2022 
 
Sumário 
Estudo de caso ..................................................................................................................................... 3 
Doença: .............................................................................................................................................. 3 
Agente etiológico: ............................................................................................................................. 3 
Introdução: ............................................................................................................................................. 3 
Sintomas descrito no caso: ................................................................................................................. 3 
Exames e os resultados: ..................................................................................................................... 3 
Características: ..................................................................................................................................... 3 
Principais sintomas: ............................................................................................................................. 5 
Início da infecção no ser humano ...................................................................................................... 5 
Habitat .................................................................................................................................................... 5 
Ciclo ........................................................................................................................................................ 6 
Ciclo evolutivo ....................................................................................................................................... 7 
Diagnóstico ............................................................................................................................................ 7 
Cultura ................................................................................................................................................ 8 
Reação em cadeia da polimerase ................................................................................................. 8 
Biópsia ................................................................................................................................................ 8 
A maioria dos casos, 90% deles, são diagnosticados pós morte através da biopsia. 
Também, o aumento de eosinófilos na corrente sanguínea, é um indicador do parasita no 
homem. .............................................................................................................................................. 8 
Tratamento ............................................................................................................................................ 9 
Tratamento por uma equipe da universidade Chinesa de Hong Kong .................................. 10 
Transmissão ........................................................................................................................................ 11 
Prevenção ............................................................................................................................................ 11 
Endemia ............................................................................................................................................... 12 
Letalidade: ........................................................................................................................................... 12 
 
 
Estudo de caso 
Doença: Meningoencefalite amebiana primária 
Agente etiológico: Naegleria fowleri. 
 
Introdução: 
Meningoencefalite amebiana primária é uma infecção geralmente aguda e fatal do 
sistema nervoso central, causada por Naegleria fowleri que habita águas frescas em todo o 
mundo. Sendo uma parasitose acidental ao corpo humano, causando problemas apenas ao 
entrar pelo nariz. 
O ato de nadar em água contaminada expõe a mucosa nasal ao microrganismo, o 
qual pode entrar no sistema nervoso central pelo epitélio do nervo olfatório e pela placa 
cribriforme. A maioria dos pacientes é composta de crianças saudáveis ou adultos jovens. 
Naegleria fowleri é uma ameba de vida livre que pode ser encontrada na água ou 
solo, sendo a única espécie de Naegleria que pode infectar seres humanos, resultando na 
patologia conhecida como Meningoencefalite Amebiana Primária, conhecida pela sigla MAP. 
 
Sintomas descrito no caso: 
Menino de 11 anos, teve sintomas como: desorientação, olhos giravam, não 
reconhecia as pessoas e posteriormente parou de enxergar. 
Uma semana antes, no período de incubação, o menino teve fortes dores de cabeça, 
vomito e dor no estomago. 
De medicamentos, foram receitados antibióticos e esteroides para conter. O que não 
funcionou. Fazendo com que o menino entrasse em coma. 
 
Exames e os resultados: 
Nos exames realizados, a tomografia apresentou o cérebro inchado e no encéfalo 
raquidiano, presença de ameba. 
 
Características: 
 Naegleria fowleri está presente no mundo todo, podendo apresentar-se em três 
formas evolutivas distintas: Cisto, não se locomove, considerada forma de resistência, 
flagelada, forma em que se encontra na água, em vida livre, e forma trofozoíto, encontrada 
em casos de infecção no homem. Por ser termofílico, a N. fowleri cresce bem em 
temperaturas de até 45ºC. 
Também conhecida de forma popular “ameba comedora de cérebros”, Naegleria 
fowleri é uma ameba de vida livre eucariótica, do gênero Percolozoa. Superfilo discoba, 
filo/classe heterolobosea (percolozoa), gênero Naegleria Ascrasis. 
A presença de aminoácido pode auxiliá-la na sobrevivência em circunstâncias 
específicas e isso possibilita que ela use selenoproteínas para se defender dentro de um 
ambiente desfavorável. No ciclo biológico a Naegleria fowleri apresenta uma fase que se 
diferencia das outras 10 em uma forma flagelada (estágio em que se divide e se alimenta) 
também conhecida como amebo-flagelado. 
O estado de trofozoíto é o estágio reprodutivo e pode causar a doença humana 
invasiva. Quando os fatores ambientais não são susceptíveis de crescimento, o trofozoíto 
pode mudar temporariamente para uma forma flagelada. Quando as condições voltam a ser 
propícias ao crescimento as formas flageladas poder reverter para o estágio de trofozoíto 
novamente. Quando expostos a estresses ambientais, eles encistam para formar um cisto. 
Os cistos podem resistir a temperaturas extremas, variando de acima de zero a 65ºC, mas 
são sensíveis ao congelamento. As formas de trofozoíto replicam-se por promitose 
(membrana nuclear permanece intacta) e se alimentam de bactérias e fungos em águas 
quentes e podem encurtarse e depositar-se em sedimentos no fundo da água quando ela 
esfria no inverno. 
Essas amebas, apresentam um núcleo ovalado, com cromatina aparente e o 
nucléolo excêntrico, sendo o trofozoito. No trofozoito flagelado, temos a presença de dois 
flagelos e um núcleo grande que acomoda até 70% do volume do trofozoito. Já, o cisto pode 
se apresentar na forma oval ou redondo. 
Figura 1. Imagem mostrando os diferentes estágios 
 
Figura 2. Forma flagelada 
 
 
Principais sintomas: 
 Os sintomas de meningoencefalite amebiana primária começam em uma a duas 
semanas da exposição à água contaminada. Por vezes, o primeiro sintoma é uma mudança 
no olfato ou paladar. Mais tarde, as pessoas têm dor de cabeça, pescoço duro, sensibilidade 
à luz, enjoo e vômito. Elas ficam confusas e sonolentas, e podem ter convulsões. A infecção 
pode progredir rapidamente,causando morte dentro de 10 dias. 
 
Início da infecção no ser humano 
Através da aspiração de água ou inalação de poeira contaminada com trofozoítos ou 
cistos de N. fowleri, seu período de incubação varia de 2 a 5 dias. A porta de entrada do 
protozoário no ser humano é a cavidade nasal, e assim consegue penetrar na mucosa 
olfativa e migra para o nervo olfativo, então atravessam as perfurações da placa cribiforme 
até atingir os bulbos olfatórios, que são estruturas pareadas localizadas acima e atrás das 
cavidades nasais, e se disseminam para todo cérebro, e assim a N. fowleri induz uma 
resposta inflamatória intensa, ocorrendo hemorragia associada com exsudato purulento, 
líquido com alto teor de proteínas séricas e leucócitos. Esta inflamação é dada, 
principalmente, pelo desenvolvimento da ameba, que destrói o tecido nervoso, o lobo frontal 
é o primeiro a ser atingido, pela proximidade com a mucosa nasal. 
Os sinais e sintomas da meningocefalite amébica primária começam em 1 a 2 
semanas após a exposição, algumas vezes com alteração do olfato e gustação. À 
meningoencefalite fulminante seguem-se cefaleia, meningismo e alteração do estado 
mental, progredindo para a morte dentro de 10 dias, normalmente por herniação cerebral. 
Somente alguns pacientes sobreviveram. 
Figura 3. Extensa hemorragia e necrose presente no cérebro 
 
 
Habitat 
 Vive em ambientes úmidos, como solos mais encharcados e fontes de água fresca, 
doce e morna, como rios e lagoas. Em casos de menor incidência, esses microrganismos 
podem ser encontrados também em piscinas com tratamento de cloro inadequado ou na 
água de torneira aquecida, além do solo. A presença dessa ameba em ambientes aquáticos 
doces é comum, mas as infecções são raras. 
 É extremamente suscetível às condições do meio, como o pH e a concentração de 
hipoclorito, elemento utilizado no tratamento da piscina. É um protozoário considerado 
termofílico e termotolerante, pois, além de ser resistente a temperaturas elevadas, tem certo 
tropismo por águas quentes e paradas. Estudos de universidades americanas e brasileiras, 
como do doutor De Jonckheere, encontraram cistos da ameba em diversos locais 
inesperados, como poeira hospitalar, filtros de aparelhos de ar condicionado e garrafas de 
água mineral. 
 
Ciclo 
As infecções pela ameba Naegleria fowleri ocorrem quando o parasita entra no 
organismo através do nariz, e por isso, é mais comum que surja em pessoas que praticam 
desportos aquáticos como mergulho, esqui ou surf por exemplo, especialmente se esses 
esportes forem feitos em águas contaminadas. 
Nestes casos, o que acontece é que a água é forçada a entrar dentro do nariz e o 
parasita consegue chegar com maior facilidade ao cérebro. Esse parasita é considerado 
termotolerante, ou seja, consegue suportar variações de temperatura e por causa disso, 
consegue sobreviver nos tecidos humano 
 
Figura 4. Ciclo 
 
O trofozoito, quando não há bactérias suficientes, se transforma em forma flagelada 
para nadar e buscar bactérias, por ser de vida livre, que ao homem nadar no ambiente 
aquático, seu nariz, que é cheio de bactérias e libera muco, a ameba identifica, entrando no 
nariz, parando nos seios paranasais, perdendo o flagelo e vira cisto, pela falta de água, 
quando o homem saí da água. Se adapta ao novo ambiente que é úmido, se transformando 
novamente no trofozoito sem flagelo. Esse na falta de bactérias, degrada as células do 
nervo olfativo com enzimas, rompendo o osso, indo para o bulbo ocular e o encéfalo. No 
corpo caloso, ele chega via nervos olfatórios e se alimenta da mielina e começa se dividir 
exponencialmente, afetando várias partes do cérebro gerando sintomas e a morte do 
paciente. 
Ciclo evolutivo 
O ciclo evolutivo das AVL`S do gênero Naegleria é composto por três fases: a 
primeira é o trofozoíto, a forma mais encontrada em amostras clínicas, é invasiva, possui um 
núcleo com um grande cariossomo rodeado por um halo. Sua locomoção se dá por 
pseudópodes (falsos pés), e muda constantemente em tamanho e forma. O trofozoíto 
alimenta-se de partículas e bactérias, sua reprodução é assexuada, e esta forma evolutiva 
prospera melhor em temperaturas altas, entre 35 a 46 °C. 
Em condições favoráveis, passa para a segunda fase, a forma flagelada, uma forma 
móvel por ter dois flagelos ligados a sua extremidade mais larga, essa transformação dura 
certa de 30 a 60 minutos. 
A terceira forma é o cisto geralmente esférico, revestido com paredes duplas, 
possuindo de dois a três poros. A forma de cisto da N. fowleri consegue sobreviver a 
temperaturas mais baixas, mas sempre potencialmente infectante. 
Figura 5. Formas evolutivas e suas estruturas. 
 
 
Diagnóstico 
 Exame do líquor. Suspeita de meningocefalite amebiana primária pela história de 
natação em água corrente, mas a confirmação é difícil porque a TC (tomografia 
computadorizada) e os exames de rotina do líquor são inespecíficos, embora necessários 
para excluir outras causas. Deve-se coletar o líquor com preparação de hidróxido de 
potássio úmida, não refrigerada ou congelada; pode revelar os trofozoítos amebianos 
móveis (que podem ser visualizados nas amostras coradas com Giemsa, mas são 
destruídos pelas técnicas de coloração de Gram). Ensaios imuno-histoquímicos, cultura de 
ameba e PCR (polymerase chain reaction) do líquor e/ou biópsia cerebral estão disponíveis 
nos laboratórios de referência especializados. Recomenda-se consulta ao Centers for 
Disease Control and Prevention (CDC) ou outros especialistas no diagnóstico de encefalite 
amebiana. 
Para detectar as amebas, os médicos realizam uma punção lombar para obter uma 
amostra de líquido cefalorraquidiano e, às vezes, retiram um pequeno fragmento de tecido 
do cérebro (biópsia) e depois examinam e analisam a amostra obtida. Determinar o melhor 
tratamento é difícil, mas os médicos normalmente recorrem a uma combinação de 
medicamentos, incluindo miltefosina. 
É feita uma punção na coluna vertebral (punção lombar) para obter uma amostra de 
líquido cefalorraquidiano (o líquido que circunda o cérebro e a medula espinhal). Esse teste 
pode excluir algumas outras possíveis causas de meningite e infecção do cérebro, mas os 
médicos nem sempre conseguem encontrar as amebas na amostra. 
Outras técnicas estão disponíveis em laboratórios especializados e têm mais 
probabilidade de detectar as amebas. Elas incluem as seguintes: 
Cultura (cultivo de micro-organismos em laboratório até que estejam em número 
suficiente para serem identificados). 
Reação em cadeia da polimerase (polymerase chain reaction, PCR) para analisar o 
material genético da ameba. 
Biópsia de tecido cerebral que é corado e examinado ao microscópio ou analisado 
usando PCR. 
A maioria dos casos, 90% deles, são diagnosticados pós morte através da biopsia. 
Também, o aumento de eosinófilos na corrente sanguínea, é um indicador do parasita no 
homem. 
 
Figura 6. Punção lombar 
 
Figura 7. Trofozoíto de Naegleria fowleri na lâmina de líquor. 
 
 
Tratamento 
Na terapêutica contra N. fowleri, poucos foram os pacientes infectados que obtiveram 
sucesso, por se tratar de uma doença progressiva, com início rápido e alto índice de 
mortalidade. 
Por apresentar um diagnóstico complicado, a necessidade de iniciar a terapia na fase 
inicial da doença é essencial, para assim ter um tratamento eficiente, diminuindo o risco do 
óbito. 
Os casos precocemente diagnosticados, foram tratados com anfotericina B por via 
endovenosa, obtiveram sucesso no tratamento. 
A anfoterecina B é um antibiótico poliênico, descoberto em 1953. O fármaco age 
através da ligação ao ergosterol, esteroide constituinte da membrana celular da ameba, 
levando a formação de poros, alterando a permeabilidade da membrana, permitindo o 
escape de pequenos 17 íons e metabólitos, principalmente íons potássio, levando 
eventualmente à morte celular. Devido à alta toxicidadedo medicamento, a dose diária não 
pode ultrapassar 1,5 mg/kg por dia, caso tenha uma super dosagem, o paciente pode ter 
uma parada cardiorrespiratória e algum grau de disfunção renal, com este risco, durante a 
administração do medicamento o paciente deve estar sob supervisão clínica, e sempre 
monitorando suas funções renais e hepáticas, os eletrólitos e a frequência cardíaca. 
Os médicos normalmente usam uma combinação de vários medicamentos incluindo: 
miltefosina. Anfotericina b (normalmente usada para tratar infecções fúngicas – um 
medicamento antifúngico). Rifampicina (um antibiótico). Fluconazol ou os medicamentos 
relacionados voriconazol, cetoconazol ou itraconazol (medicamento antifúngicos). 
Azitromicina (um antibiótico). 
Embora a miltefosina possa causar defeitos congênitos em mulheres grávidas, os 
médicos, ainda assim, a utilizam com frequência, pois a encefalite amebiana primária é 
geralmente fatal sem tratamento; portanto, os potenciais benefícios do tratamento superam 
o risco. Mulheres em idade fértil que estejam tomando esse medicamento devem usar 
medidas de contracepção eficazes. 
Porém, esses antibióticos não funcionam necessariamente, mas foi o que salvou a 
vida de um homem na China, sendo assim, conhecido como forma de tratamento. 
Tratamento por uma equipe da universidade Chinesa de Hong Kong 
O caso de contaminação de um motorista de caminhão pelo trofozoíta Naegleria 
fowleri, que devido a um tratamento Anfotericina B, Rifampicina e Cloranfenicol obteve 
sucesso no tratamento, o estudo é o primeiro existente na área, datado de 1992. 
O motorista de caminhão tinha o hábito de ir em cidades vizinhas para levar carga e 
durante o trajeto, tinha o hábito de se banhar em lagos de águas termais presentes nas 
regiões vizinhas de Hong Kong, porém estes lugares são muito propícios de 
possuir Naegleria fowleri no ambiente, uma vez que o trofozoíta é termofílico e de vida livre. 
O paciente entrou para admissão no hospital sem apresentar muitos sintomas, só 
apresentava dor de cabeça matinal e turvação na visão, outros sintomas típicos de infecção 
por Naegleria Fowleri como febre, tontura, desorientação e rigidez do pescoço não foram 
encontrados. 
O diagnóstico neurológico realizado via tomografia computadorizada mostrou lesão 
na região parieto-occipital direita, com intenso edema circundante e efeito de massa 
(compressão das estruturas cefalorraquidianas gerada pelo aumento de pressão 
intracraniana). Também foi realizada uma Craniotomia seguida de biópsia, o que após o 
exame microscópico mostrou indícios de ingestão de eritrócitos por amebas, um exame de 
imunodeficiência foi feito pra Entamoeba Histolytica foi realizado, apresentando resultado 
negativo. 
Três dias depois, ele desenvolveu convulsões generalizadas e sinais de aumento da 
pressão intracraniana, foi repetida a Tomografia no cérebro, o que mostrou edema na região 
occipital-direita do lóbulo. Uma lobectomia occipital descompressiva, a inserção de 
um cateter ventricular e remoção da aba de osso foram realizadas a sua condição 
deteriorou-se com coma, febre e progressiva e elevação da pressão intracraniana de até 35 
mmHg. 
Um exame do líquido cefalorraquidiano mostrou uma concentração de proteína de 
4,3 g e níveis normais de glicose, a mancha de Gram mostrou um grande número 
de leucócitos, mas não bactérias. Outras manchas de Mycobacterium e fungos também 
foram negativos, 12 dias após a primeira operação mostrou um abscesso na região frontal 
direita, esta foi aspirada através de um orifício e os pus drenado, a análises do material 
mostrou amebas vivas e o exame morfológico destes organismos confirmou a presença 
de Naegleria fowleri. 
O tratamento foi a base de Anfotericina B 60mg/dia e Rifampicina 450mg/dia 
e Cloranfenicol intravenoso foi utilizado para evitar contaminação bacteriana, passadas 4 
semanas após a ministração das drogas, o quadro do paciente começou a mostrar sinais de 
melhora, recuperou a consciência e não apresentou mais febre, outra tomografia 9 semanas 
após a 1º cirurgia mostrou que a lesão cerebral havia sido resolvida, as únicas sequelas 
foram uma hemiplegia esquerda, paralisia conjugar olhar, negligência hemissensorial e um 
déficit de memória. 
 
Transmissão 
As infecções pela ameba Naegleria fowleri ocorrem quando o parasita entra no 
organismo através do nariz, e por isso, é mais comum que surja em pessoas que praticam 
desportos aquáticos como mergulho, esqui ou surf por exemplo, especialmente se esses 
esportes forem feitos em águas contaminadas. 
Nestes casos, o que acontece é que a água é forçada a entrar dentro do nariz e o 
parasita consegue chegar com maior facilidade ao cérebro. Esse parasita é considerado 
termotolerante, ou seja, consegue suportar variações de temperatura e por causa disso, 
consegue sobreviver nos tecidos humanos. 
 
Prevenção 
Na maioria dos casos, estes parasitas podem ser encontrados em regiões de água 
quente como: lagos, lagoas, rios ou poças de lama com água quente. Piscinas não tratadas 
ou spas. Poços de água não tratada ou águas municipais não tratadas. Fontes termais ou 
fontes de água geotérmica ou aquários. 
Apesar de perigoso, este parasita pode ser facilmente eliminado de piscinas ou spas 
com tratamentos de água adequados. 
Esta é considerada uma infecção rara e para evitar pegar está infecção, deve evitar 
tomar banho em águas não tratadas. Além disso, esta é uma infecção que não é contagiosa, 
e por isso não é transmitida de pessoa para pessoa. 
 Em caso de nadar, nesses lugares citados, é necessário usar protetor nasal para evitar 
que a água entre nas narinas e ocorra a contaminação. 
Figura 8. Protetor nasal para natação. 
 
Endemia 
Está presente em todo o mundo, sendo que suas infecções acontecem em locais 
quentes como nos estados unidos, na florida, que tem grandes lagos e é um local quente 
onde as amebas gostam de ficar, logo quando alguém vai nadar nestes lagos contaminados, 
por elas adquirem o parasita que entra nas vias nasais e vai para o cérebro acometendo em 
destruição cerebral. Gostam principalmente de água morna, sendo o endemismo 
pandêmico. 
 
Letalidade: 
Os casos reportados em todo o mundo mostram uma mortalidade de 97% dos casos.

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