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Clínica de Ruminantes E m a l g u n s c a s o s , p o d e m h a v e r s i n a i s c l í n i c o s n e u r a i s , c o m o : I n c o o r d e n a ç ã o C e g u e i r a A n d a r e m c í r c u l o s H e a d p r e s s i n g S a l i v a ç ã o T r e m o r e s A g r e s s i v i d a d e Propionato = Glicose Acetato = Gordura e corpos cetônicos Butirato = corpos cetônicos Os corpos cetônicos são produzidos na parede do rúmen, fígado e na glândula mamária. Sendo o fígado a principal fonte de corpos cetônicos durante a cetose. 45 a 60 % da glicose sanguínea de ruminantes advém do propionato e aminoácidos glicogênicos. Sendo a principal fonte de energia AGV – via gliconeogênese A F E C Ç Õ E S M E T A B Ó L I C A S COLOSTRO TIPO 1 = Deficiência nutricional TIPO 2 = Vacas obesas TIPO 3 = Butírica Existem portanto, três tipos de cetose primária, sendo elas: Sinais clínicos: perda de apetite, ↓na produção, recusa de grãos, silagem e forragem, sinais vitais normais, fezes secas e endurecidas, depressão, relutância em locomover- se, hálito cetônico, cheiro cetônico no leite, recuperação normal se houver equilíbrio na alimentação. Na patologia clínica identifica-se corpos cetônicos no leite, sangue e urina. Embora a mortalidade seja baixa em bovinos (8%) é alta em ovinos e caprinos (100%), portanto na necrópsia o fígado apresenta-se amarelado e na histopatologia há degeneração gordurosa. Clínica de Ruminantes Tratamento: na cetose primária deve-se adequar a dieta, podendo administrar agentes hiperglicemiantes como, glicose 50% (100-500 ml/IV BID) ou dose única de dexametasona (0,04 mg/Kg), glicerol (500g VO, BID, por 10 dias), propilenoglicol (250g – VO, BID, por 2 dias). Prevenção: prevenir doenças pré- disponentes, evitar estresse e manter condição corporal constante no período seco, evitar sobrealimentação. A monensina sódica é um ionóforo que tua principalmente em bactérias gram + reduzindo a metanogênese (10-12% da energia consumida é perdida na forma de metano), aumentando a produção de propionato (glicose), aumentando a densidade energética da dieta em 3- 4%, assim diminui a incidência de cetose clínica e subclínica; DOSE: 15-30 mg de monensina/Kg/dieta (final gestação e início lactação) = A F E C Ç Õ E S M E T A B Ó L I C A S COLOSTRO A cetose tipo I pode ser prevenida através da maximização energética no início da lactação, mantendo a ingestão de matéria seca. Já a do tipo II pode ter sua prevenção através do manejo nutricional pré-parto, restrição alimentar prolongada e moderara pré-parto para diminuir os riscos de lipidose hepática e prevenir a obesidade. A cetose tipo III, ou butírica, se dá por consumo de silagens com excesso de butirato, portanto, eliminar a silagem e utilizar silagem para vacas secas, de reposição monitorando para que ingestão de ácido butírico seja menor que 50g/vaca/dia; aerar a silagem antes de fornecer aos animais; diluir com silagem boa e monitorar pH (abaixo de 5,0) deve prevenir a enfermidade. Clínica de Ruminantes 1° estágio: Consegue se manter em estação, porém mostra sinais de hipersensibilidade e excitabilidade; Tremores, movimentos pendulares da cabeça, espasmos na região do flanco e lombo; Também conhecida como paresia puerperal, febre do leite, febre vitular. Causa paralisia flácida hiperaguda. Geralmente ocorre em até 72h pós parto, em vacas de alta produção. É caracterizada pela incapacidade de repor a perda de cálcio no leite. É uma emergência, necessita de terapia endovenosa de Ca+ imediata. Está relacionada com início rápido da lactação e redução aguda nos níveis de cálcio sérico ionizado. Acomete vacas de alta produção leiteira, sendo as multíparas as mais acometidas e rara em bovinos de corte. Sinais clínicos: A F E C Ç Õ E S M E T A B Ó L I C A S 2° estágio: Incapacidade de permanecer em estação; Decúbito esternal; Depressão, anorexia, focinho seco, temperatura baixa (36- 38°C), taquicardia; pneumonia. Timpanismo, incapacidade de defecar e urinar (paralisia músculo liso). 3° estágio: Perda contínua da consciência; Coma; Flacidez na musculatura; Decúbito lateral; Timpanismo grave; Taquicardia (120bpm); Pulso fraco Na patologia clínica observa-se baixas nos níveis de cálcio e fósforo, aumento nos níveis de CK, AST e Mg++. Além de hemoglobinúria e mioglobinúria. Deve-se diferenciar de mastite tóxica, metrite tóxica, lesões traumáticas, paralisia do obturador e síndrome da compressão por decúbito prolongado. HIPOCALCEMIA Clínica de Ruminantes Manejo nutricional da vaca seca adequado. Cloreto ou sulfato de amônio: 100 g/dia (21 dias antes do parto). Aumento gradual do consumo de ração após parto. Cálcio no parto. Vitamina D (semana anterior ao parto). Monitoramento do PH urinário: Ideal 5,5 a 6,5; > 7,0 – risco aparente; Uso de dietas que estimulam a secreção e a atividade do PTH. Suplementos ricos em Ca que aumentam a taxa de absorção paracelular e, portanto, menos dependente das ações do PTH; (NÃO USAR) Tratamento: por infusão lenta, com auscultação cardíaca e atropina. Borogluconato de cálcio (1g(Ca) para 45kg IV). Gluconato de cálcio (1g/45kg IV) em dose única. Deve-se fornecer acomodações confortáveis e fisioterapia pelo decúbito prolongado Controle e profilaxia: A F E C Ç Õ E S M E T A B Ó L I C A S A síndrome da vaca caída é caracterizada por um bovino que apresenta decúbito esternal persistente por mais de 24 horas, sem uma causa óbvia em um primeiro momento. A SVC é uma enfermidade que apresenta várias etiopatogenias e pode causar necrose isquêmica de grandes músculos dos membros pélvicos decorrente do decúbito prolongado, associado ou não a hipocalcemia puerperal. Outras causas de decúbito também podem resultar na síndrome. Pode estar relacionada com parto (feto grande, lesão peri-pélvica, traumatismo acidental, paresia puerperal), isquemia, SNC, fatores nutricionais, etc. A SVC pode causar paresia (perda discreta da força muscular, paralisia moderada) e paralisia (perda da função ou da sensação muscular produzida pela lesão dos nervos ou pela destruição dos neurônios). Pode ser causada por lesões nos nervos, traumas musculares, dispositivos de elevação de quadril para cirurgias. SÍNDROME DA VACA CAÍDA Clínica de Ruminantes A F E C Ç Õ E S M E T A B Ó L I C A S Na patologia clínica deve-se analisar AST, CK, minerais e a urinálise (pH, presença de proteinúria, hemoglobinúria e mioglobinúria). Tratamento: anti-inflamatórios (dexametasona ou dexacitoneurin), camas macias, variação de decúbitos, fluidoterapia, calcioterapia, vitaminas do complexo B, compressas (calminex) e massagens.
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