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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (1)

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FAVENI 
INSTITUO CULTUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MÁRCIO CUNHA MEDEIROS JUNIOR 
 
 
 
 
 
 COVID-19: DIFERENÇAS ENTRE OS SINTOMAS EM PACIENTES POSITIVADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ENTRE RIOS DE MINAS 
2020 
 
 
 
 
FAVENI 
INSTITUTO CULTUS 
 
 
 
MÁRCIO CUNHA MEDEIROS JUNIOR 
 
 
 
 
 
 COVID-19: DIFERENÇAS ENTRE OS SINTOMAS EM PACIENTES POSITIVADOS 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como requisito 
parcial à obtenção do título 
especialista em Farmácia Clínica 
direcionada a prescrição 
farmacêutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENTRE RIOS DE MINAS 
2022 
 
 
 
 
COVID-19: DIFERENÇAS ENTRE OS SINTOMAS EM PACIENTES POSITIVADOS 
 
Márcio Cunha Medeiros Junior1 
 
Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o 
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial 
ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente 
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por 
mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos 
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto 
no trabalho”. 
 
RESUMO- O presente trabalho tem como tema a análise da diferença entre os sinais e sintomas 
da Covid-19. Assim, utilizando a pesquisa exploratória, descritiva, qualitativa e quantitativa, baseado em 
um estudo de caso, buscou-se analisar as diferenças de sintomas apresentados pelos pacientes que 
desenvolveram a doença, procurando apresentar aqueles de maior relevância bem como citar os casos 
apresentados em uma farmácia de Entre Rios de Minas/MG a partir da análise da diversidade dos 
sintomas apresentados pelos pacientes positivos e, finalmente, relatar o índice de variação desses 
sintomas utilizando a análise de dados estatísticos. Dessa forma, constatou-se que dos 100 casos 
positivados para Covid-19 na referida farmácia, os sintomas apresentados variavam em decorrência da 
idade dos participantes, porém, a maioria apresentava dor de garganta, cefaleia, dor no corpo, febre, 
congestão nasal, espirros, coriza, ou seja, cerca de 92% com idade entre 10 e 60 anos. Os demais 
apresentavam sintomas parecidos com algumas alterações específicas, o que ainda não foi comprovado 
cientificamente sobre a causa dessas diferenças nos sintomas, bem como os assintomáticos que 
positivaram para a doença. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Covid-19. Sintomas. Diferenças. Testes farmacêuticos. 
 
1 medsmedsfarma@yahoo.com.br 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
No mês de fevereiro de 2020, o mundo passou a ter conhecimento de uma nova 
pandemia: a do Covid-19 (Corona Vírus Desease 2019) registrado pelo Organização 
Mundial de Saúde (OMS) que foi caracterizada como uma doença respiratória que 
ataca os pulmões tendo como causa o vírus Sars-Cov-2 que ficou conhecido como 
Coronavírus (GIMENEZ et. al, 2020) . 
A doença provocou, em dois anos, centenas de milhares de mortos e infectou 
milhões de pessoas pelo mundo, tornando um problema de saúde pública já que a 
mesma afetou pessoas com idades variadas, sem comorbidades, consideradas 
saudáveis fisicamente, e isso passou a ser uma questão de estudos aprofundados a 
respeito não apenas do porquê de se ter uma diversidade tão grande de infectados e de 
mortes, bem como a variação de sintomas entre as pessoas afetadas pela doença 
(GIMENEZ et. al, 2020). 
Nesse sentido o presente trabalho procura solucionar o seguinte 
questionamento: por que os sintomas da Covid-19 são tão variados, tendo a 
possibilidade resultado positivo para a doença mesmo sendo assintomáticos? 
Essa diversidade de sintomas passou a ser uma questão relevante no combate à 
doença e, muitas vezes, estes poderiam estar relacionados com a idade, a alimentação, 
problemas pulmonares, baixa imunidade ou outros quaisquer que necessitam ser 
devidamente observados e analisados para, então, chegar a um consenso sobre o que, 
realmente, proporciona essa diversidade de sintomas. 
Assim, o trabalho tem como objetivo analisar as diferenças de sintomas 
apresentados pelos pacientes que desenvolveram a doença, procurando apresentar 
aqueles de maior relevância bem como citar os casos apresentados em uma farmácia 
de Entre Rios de Minas/MG a partir da análise da diversidade dos sintomas 
apresentados pelos pacientes positivos e, finalmente, relatar o índice de variação 
desses sintomas através da análise de dados estatísticos. 
As observações realizadas ao longo do desenvolvimento das atividades como 
farmacêutico bem como a troca de informações com os pacientes positivados para a 
 
 
 
 
Covid-19 foram importantes para a realização desse trabalho, considerando que, no 
momento da abordagem para a realização dos testes farmacêuticos, muitos pacientes 
relatavam os sintomas, porém, pode-se observar que os mesmos variavam de pessoa 
para pessoa, independentemente da idade das mesmas, assim como alguns eram 
assintomáticos o que tornou a pesquisa bastante necessária para se aprofundar mais 
na questão dos sintomas. 
Para realizar o trabalho, utilizou-se o estudo de caso, em uma pesquisa 
descritiva, qualitativa e quantitativa cujos resultados foram apresentados através de 
tabelas com dados estatísticos referentes à idade, índice de pacientes bem como os 
sintomas apresentados dentro de uma determinada faixa etária. 
O trabalho está estruturado da seguinte forma: introdução apresentando a 
questão problema, hipóteses, objetivos e metodologia utilizada; desenvolvimento onde 
foram apresentados dados bibliográficos sobre o tema abordado; resultados e 
discussões com a apresentação dos dados estatísticos levantados ao longo de cinco 
meses em uma farmácia de Entre Rios de Minas referentes aos sintomas da Covid-19 
durante a realização dos testes farmacêuticos. Em seguida fez-se a conclusão do 
trabalho apresentando os resultados dos objetivos propostos e, finalizando, foram 
descritas as referências bibliográficas utilizadas. 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Assistência Farmacêutica 
 
Através da Resolução nº 338 de 06 de maio de 2004, a assistência farmacêutica 
é entendida da seguinte forma: 
 
O conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, 
tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e 
visando o acesso e ao uso racional, envolvendo a pesquisa, o desenvolvimento 
e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, 
programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia de qualidade dos 
produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na 
perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de 
vida da população (BRASIL, 2004). 
 
 
 
 
A assistência farmacêutica sofreu inúmeras mudanças ao longo dos anos e, 
atualmente, é orientada por leis e diretrizes específicas que apresentam as atividades 
em ciclo abrangendo a seleção, programação, aquisição, armazenamento e 
distribuição, dispensação de medicamentos, bem como o acompanhamento, avaliação 
e supervisão das ações (MARIN et al., 2003). 
Porém, com a Covid-19 acrescentou-se, também, a possibilidade de realizar 
testes para se detectar a doença dentro da farmácia. O teste rápido, em farmácia, foi 
idealizado a partir do momento em que se considerou a emergência em saúde pública 
relacionada à pandemia e, nesse sentido, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA, 2020) autorizou a utilização dos mesmos em ensaiosimunocromatográficos, 
para se pesquisar anticorpos ou antígeno do SARS-CoV-2, sem fins de diagnóstico 
confirmatório, em farmácias com licença sanitária e utilização de funcionamento 
(CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA – CFF, 2020). 
A autorização da utilização dos testes rápidos em farmácias ocorreu por meio da 
publicação da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa nº 377/2020, que 
entrou em vigor em 29 de abril de 2020 e cuja vigência cessará automaticamente a 
partir do reconhecimento pelo Ministério da Saúde de que não mais se configura a 
situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional declarada pela 
Portaria GM/MS nº 188/2020 (CRF, 2020). 
No entanto, os testes em farmácias deverão ser realizados por um farmacêutico 
devidamente capacitado para: compreender e demonstrar o uso adequado dos testes 
rápidos; conhecer a teoria da técnica de testes imunocromatográficos; conhecer os 
aspectos pré-analíticos relevantes para a análise, incluindo a indicação e as limitações 
do teste e o processo de coleta de amostras; apresentar destreza na utilização do teste, 
conhecer as limitações técnicas do sistema analítico e a solução dos problemas mais 
comuns; conhecer e praticar a adequada conservação dos insumos; atuar de acordo 
com os procedimentos definidos a partir dos resultados apresentados; praticar a 
biossegurança e o controle de infecção e dar destinação correta aos resíduos e 
registrar/notificar corretamente dados e resultados de forma a garantir a sua 
rastreabilidade (CRF, 2020). 
 
 
 
 
A partir do que fora até o momento descrito, fez-se a análise dos resultados dos 
testes realizados em pacientes de uma farmácia da cidade de Entre Rios de Minas/MG, 
procurando destacar dados específicos referentes às diferenças entre os sintomas 
apresentados pelos pacientes que deram resultado positivos, mas apresentaram 
variação entre os sintomas. 
 
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Durante os cinco primeiros meses de 2022, foram realizados 400 testes em uma 
farmácia da cidade de Entre Rios de Minas/MG e desses, 211 apresentaram resultado 
positivo para a Covid-19, ou seja, 52,75%, enquanto 47,25% obtiveram resultado 
negativo, perfazendo um total de 189 pessoas. 
Dos resultados positivos, pegou-se uma amostra aleatória de 100 pacientes 
cujos resultados estão demonstrados na tabela 1. 
 
Tabela 1 – Dados estatísticos dos reagentes para Covid-19 em 2021 
Idade Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Porcentagem Frequência 
acumulada 
absoluta 
Frequência 
acumulada 
relativa 
10├20 10 0,10 10% 10 10% 
20├30 25 0,25 25% 35 35% 
30├40 20 0,20 20% 55 55% 
40├50 22 0,22 22% 77 77% 
50├60 15 0,15 15% 92 92% 
60├70 04 0,04 4% 96 96% 
70├80 01 0.01 1% 97 97% 
80├90 01 0,01 1% 98 98% 
90├100 02 0,02 2% 100 100% 
Fonte: O próprio autor, 2022. 
 
Verifica-se que, em relação à idade, os reagentes para Covid-19 tiveram maior 
incidência entre as pessoas de 20 a 30 anos, cerca de 25%, o que corresponde a 20 
infectados. Desses, há variação entre o sexo masculino e o feminino, pois, houve 46 
positivados entre os homens e 54 entre as mulheres, o que, respectivamente, 
corresponde, a 46% e 54%. 
 
 
 
 
Dos pacientes que apresentaram resultado positivo, os sintomas de maior 
relevância foram dor de cabeça, dor de garganta, cefaleia, coriza e tosse, no entanto, 
esses sintomas variavam muito, principalmente em relação à idade dos pacientes. 
De acordo com o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância, 2019), os 
sintomas da Covid-19 variam bastante, porém, podem ser semelhantes aos de uma 
gripe, resfriado ou doenças respiratórias, havendo necessidade de um teste específico 
para se saber se é ou não Covid-19, podendo esses sintomas aparecer entre 2 a 14 
dias após a exposição ao vírus, podendo variar de uma doença leve a uma mais 
graves, tendo em vista que algumas pessoas nem sempre apresentam sintomas, 
apesar de estarem infectadas pelo vírus e receberem testagem positiva para a doença. 
Por outro lado, o UNICEF (2019) explica que os sintomas mais comuns são 
febre, tosse e cansaço, havendo possibilidade de pacientes apresentarem outros 
sintomas como dores musculares ou dor no corpo, dor de cabeça, perda do olfato e 
paladar, dor de garganta, congestão nasal ou nariz escorrendo, diarreia, náuseas e 
vômitos, dor abdominal e erupções na pele. 
Os estudos realizados na farmácia de Entre Rios de Minas, demonstraram, 
variação dos sintomas entre a amostra escolhida, conforme descrito na tabela 2. 
 
Tabela 2 – Principais sintomas da Covid-19 em testes rápidos realizados em farmácia 
Idade Sintomas Total em 
números 
Porcentagem 
 
10├ 60 
Dor de garganta, cefaleia, dor no corpo, 
febre, congestão nasal, espirros, coriza 
 
92 
 
92% 
 
 
60├ 
100 
Dor de garganta, cefaleia, dor no corpo, 
febre, congestão nasal, espirros, coriza, 
dor nas costas, dor nas pernas, falta de ar. 
 
 
8 
 
 
8% 
 
 
20├ 40 
Dor de garganta, cefaleia, dor no corpo, 
febre, congestão nasal, espirros, coriza, 
perda de paladar e olfato 
 
 
5 
 
 
5% 
 Assintomáticos 9 9% 
Fonte: O próprio autor, 2022. 
 
Pode-se verificar que os sintomas de maior incidência foram dor de garganta, 
cefaleia, dor no corpo, febre, congestão nasal, espirros, porém, algumas pessoas além 
 
 
 
 
desses sintomas também apresentavam dor nas costas, dor nas pernas e falta de ar, 
perda do olfato e paladar. Há de se observar que 9% dos que foram classificados como 
reagentes não apresentavam quaisquer desses sintomas. 
Essa diversidade de sintomas é bastante comum, mas deve-se atentar para 
alguns bastante característicos, sendo, inicialmente, os quadros de gripe comum, com 
variação de pessoa para pessoa, de forma branda, ou pneumonia grave e Síndrome 
Respiratória Aguda Grave (SRAG). Porém, a Organização Mundial de Saúde (OMS – 
2019) explica que: 
 
A maior parte das pessoas infectadas apresenta a forma leve da doença, com 
alguns sintomas como mal-estar, febre, fadiga, tosse, dispneia leve, anorexia, 
dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça ou congestão nasal, sendo que 
algumas também podem apresentar diarreia, náusea e vômito. Idosos e 
imunossuprimidos podem ter uma apresentação atípica e agravamento rápido, 
o que pode causar a morte, principalmente dos idosos e indivíduos com 
comorbidades preexistentes (OMS, 2019 apud ISER, 2020, p. 5). 
 
Essa situação é apresentada pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2019) explica 
que: 
 
A febre não necessariamente estaria presente em todos os indivíduos 
acometidos, considerando-se que idosos ou até mesmo pessoas sem 
comorbidades não apresentaram esse sinal específico. Assim, deve-se 
considerar que o critério para definir a febre não é padronizado, podendo ser 
uma temperatura medida ≥37,5ºC, temperatura ≥37,8ºC, registro em prontuário 
para casos hospitalizados ou até mesmo o relato, sem aferição confirmatória. 
De toda forma, são considerados como sinais e sintomas mais comuns a febre 
(temperatura ≥37,8ºC), tosse, dispneia (dificuldade respiratória), mialgia e 
fadiga. Estudo com 41 casos confirmados na China identificou que a febre 
esteve presente em 98% deles, seguida por tosse (76%), dispneia (55%) e 
mialgia/fadiga (44%) (BRASIL, 2019 apud ISER et. al, 2020, p. 5). 
 
No que diz respeito à perda de olfato e/ou paladar, há estudos que indicaram que 
33,9% dos infectados apresentaram alteração de olfato ou paladar e 18,6% 
apresentaram ambos os sintomas. Em pessoas hospitalizadas, 91% apresentavam 
perda de paladar, especialmente, as mulheres e pessoas mais jovens com idade 
mediana de 56 anos (ISER et. al. 2020). 
Os sintomas também apresentavam diferenças entre os infectados em diversas 
localidades. “Na Alemanha, a anosmia (perda de olfato) foi encontrada em mais de dois 
 
 
 
 
terços dos indivíduos estudados e a ageusia (perda de paladar) foi manifestada entre 
30% dos infectados na Coreia do Sul” (ISER, et. al, 2020,p. 6). 
Há de se falar também que os sinais clínicos apresentados em diversos estudos 
envolvendo os casos mais graves, destacavam a dispneia, frequência respiratória maior 
que 30 rpm e saturação de oxigênio menor que 93%, enquanto os casos mais críticos 
apresentavam insuficiência respiratória, choque séptico e disfunção ou falência em 
múltiplos órgãos com letalidade em 2,3% (ISER, et. al, 2020). 
Porém, essa é uma questão que ainda precisa ser bastante estudada, pois, a 
variação de sinais e sintomas até o presente momento ainda não apresentaram um 
consenso entre os estudiosos da doença, já que existem poucos estudos relacionados 
ao sexo e à idade. No entanto, destaca-se que as diferenças entre os sinais e sintomas 
até o momento estudados foram apresentadas durante as fases da doença com 
resultados que variavam entre assintomáticos e casos graves o que para a comunidade 
científica ainda é uma questão a ser estudada com mais profundidade e sugere-se 
“manter o monitoramento constante dos casos suspeitos, frente à manifestação de 
sintomatologias diversas, de forma a não se descartarem casos considerando-se 
apenas a apresentação clínica, que, em muitos casos, é subjetiva” (ISER, et. al., 2020, 
p. 8). 
Nesse sentido considera-se que: 
 
O alto percentual de assintomáticos e de pessoas com sintomas leves, as quais 
não serão captadas pelo sistema de vigilância de forma completa, por meio da 
investigação e confirmação laboratorial, cabe aos serviços de saúde estarem 
atentos à heterogeneidade de sintomas e apresentação clínica da doença 
(ISER, et. al., 2020, p. 8). 
 
Entende-se, dessa forma, que a variação de sintomas é uma realidade da qual 
todos os profissionais que atuam na área de saúde devem estar em constante 
observação e análise dos casos, pois, ainda há muito o que se estudar para se chegar 
a um consenso científico. 
Por outro lado, o Ministério da Saúde (BRASIL, 2021) apresenta alguns sintomas 
relevantes a serem observados em pacientes com suspeita da doença de acordo a 
gravidade conforme demonstrado na tabela 3. 
 
 
 
 
Tabela 3 – Classificação clínica da COVID-19 segundo a gravidade 
Classificação dos sinais e sintomas por grupo – gestantes e puérperas 
Leve Moderado Grave 
Síndrome Gripal (SG): 
 Tosse 
 Dor de garganta ou 
coriza seguida de 
perda de olfato 
e/ou paladar; 
 Coriza; 
 Diarreia 
 Dor abdominal 
 Febre 
 Cefaleia 
 Calafrios 
 Mialgia 
 Fadiga 
 Tosse persistente 
mais febre 
persistente diária; 
 Tosse persistente 
mais piora 
progressiva de outro 
sintoma relacionado 
à Covid-19 como 
falta de força física, 
prostração, 
hipotermia, diarreia; 
 Pelo menos um dos 
sintomas acima mais 
presença de fator de 
risco. 
 Síndrome 
Respiratória Aguda 
Grave (SRAG) 
 Síndrome gripal que 
apresente 
dispneia/desconforto 
respiratório; 
 Pressão persistente 
no tórax; 
 Saturação de O2 
menor que 95% do 
ar ambiente; 
 Coloração azulada 
dos lábios ou rosto. 
 Importante: em 
gestantes observar 
hipotensão e 
oligúria. 
Fonte: BRASIL, 2021. 
 
Entende-se que os sintomas podem variar, mas o importante é estar em alerta 
constante e realizar os exames necessários para a confirmação ou não da Covid-19 e o 
teste realizado nas farmácias deverá seguir diretrizes, protocolos e condições 
estabelecidas pela Anvisa e Ministério da Saúde, assim como as Boas Práticas 
Farmacêuticas nos termos da RDC Anvisa nº 44/2009, devendo ainda a farmácia ter: 
a) Uma área privativa para a realização da testagem com boa ventilação e 
contar com dimensões apropriadas, mobiliário e infraestrutura compatíveis 
com o serviço a ser realizado, sendo provida de lavatório com água corrente, 
toalha de uso individual e descartável, sabonete líquido, gel bactericida ou 
preparação alcoólica a 70% para higiene das mãos, lixeiras com pedal e 
tampa para resíduos comuns e para resíduos biológicos e coletor de 
materiais perfurocortantes (no caso de realização de exames com amostras 
de sangue); 
b) Disponibilizar ao paciente suspeito uma máscara cirúrgica e preparação 
alcoólica a 70% para higiene das mãos; 
 
 
 
 
c) Estabelecer procedimento escrito para o atendimento, incluindo árvore 
decisória para a utilização do teste, ou seja: 
 
A árvore decisória para a utilização do teste deve ser elaborada em 
consonância com a instrução de uso do teste disponível no estabelecimento e 
respeitando a janela imunológica do paciente. O paciente que for descartado 
pela árvore de decisão deve ser orientado quanto ao correto momento de 
realizar o teste rápido. A árvore de decisão deve ser atualizada sempre que 
ocorrer a troca do teste rápido disponível no estabelecimento (CRF/SP, 2020, p. 
5). 
 
d) Utilizar produtos devidamente regularizados junto à Anvisa/MG 
3 CONCLUSÃO 
A partir do tema abordado, ou seja, variação dos sinais e sintomas da Covid-19 
em pacientes com resultado positivo, bem como a positividade do resultado em 
pacientes assintomáticos, o presente trabalho buscou responder ao seguinte 
questionamento: por que os sintomas da Covid-19 são tão variados, tendo a 
possibilidade resultado positivo para a doença mesmo sendo assintomáticos? 
E, a partir da formulação da questão problema, buscou-se analisar as diferenças 
de sintomas apresentados pelos pacientes que desenvolveram a doença, procurando 
apresentar aqueles de maior relevância bem como citar os casos apresentados em uma 
farmácia de Entre Rios de Minas/MG a partir da análise da diversidade dos sintomas 
apresentados pelos pacientes positivos e, finalmente, relatar o índice de variação 
desses sintomas através da análise de dados estatísticos. 
Nesse sentido, no entendimento dos estudiosos sobre a Covid1-19 e os sintomas 
que os pacientes positivados apresentam, foi possível compreender que, apesar os 
esforços da comunidade científica ainda não são possíveis estabelecer uma relação 
cabível entre essas diferenças, bem como o porquê de pacientes assintomáticos 
testarem positivo. 
Porém, ressalta-se que ainda é preciso algum tempo de estudo para se chegar a 
uma conclusão definitiva a respeito dessa variação, porém, pode-se afirmar que há 
necessidade de se estar atento para a doença, pois, mesmo com as vacinas, ainda é 
 
 
 
 
possível realizar exames laboratoriais ou testes rápidos em farmácias e obter o 
resultado positivo. 
Dessa forma, fez-se a análise de 400 testes realizados na farmácia de Entre Rios 
de Minas, durante os cinco primeiros meses de 2022, onde 211 apresentaram resultado 
positivo para a Covid-19, ou seja, 52,75% e desses pegou-se aleatoriamente, 100 
resultados positivos para se fazer a análise dos sinais e sintomas apresentados pelos 
pacientes. 
Verificou-se que os sintomas variam bastante entre as pessoas, sendo em maior 
número entre as pessoas na faixa etária de 10 a 60 anos cujos sintomas apresentados 
eram dor de garganta, cefaleia, dor no corpo, febre, congestão nasal, espirros e coriza 
(92%); entre 60 e 100 anos forma dor de garganta, cefaleia, dor no corpo, febre, 
congestão nasal, espirros, coriza, dor nas costas, dor nas pernas, falta de ar (8%); na 
faixa etária entre 20 e 40 anos os sintomas mais comuns foram dor de garganta, 
cefaleia, dor no corpo, febre, congestão nasal, espirros, coriza, perda de paladar e/ou 
olfato (5%), enquanto 9%, mesmo assintomáticos, deram resultado positivo para a 
Covid-19. 
Entende-se, então, que é essencial identificar os sinais e sintomas, realizar os 
testes ou exames laboratoriais para a confirmação da doença, mas ressalta-se que a 
partir da publicação da RDC da Anvisa nº 377/2020, que entrou em vigor em 29 de abril 
de 2020, os testes em farmácias passaram a ser realizados, porém, ressalta-se na 
necessidade do profissional estar devidamente capacitado para: compreender e 
demonstrar o uso adequado dos testes rápidos; conhecer a teoria da técnica de testes 
imunocromatográficos; conhecer os aspectos pré-analíticos relevantespara a análise, 
incluindo a indicação e as limitações do teste e o processo de coleta de amostras; 
apresentar destreza na utilização do teste, conhecer as limitações técnicas do sistema 
analítico e a solução dos problemas mais comuns; conhecer e praticar a adequada 
conservação dos insumos; atuar de acordo com os procedimentos definidos a partir dos 
resultados apresentados; praticar a biossegurança e o controle de infecção e dar 
destinação correta aos resíduos e registrar/notificar corretamente dados e resultados de 
forma a garantir a sua rastreabilidade. 
 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 377/2020 Autoriza, em caráter 
temporário e excepcional, a utilização de "testes rápidos" (ensaios 
imunocromatográficos) para a COVID-19 em farmácias. Brasília: 2020. 
 
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 338 de 06 de maio de 2004. 
Dispõe sobre a Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, 
DF, 20 maio 2004. 
 
BRASIL. Portaria nº 188 de 03 de fevereiro de 2020. Declara Emergência em Saúde 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 44, de 
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CRF/SP. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Manual de 
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GIMENEZ, A. M. et. al. O papel da C&T e da comunidade científica no 
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UNICEF. Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência. Informações 
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https://www.unicef.org/
	1 INTRODUÇÃO
	2 DESENVOLVIMENTO
	3 CONCLUSÃO
	4 REFErÊNCIAS

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