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ENG01156 – MECÂNICA – ÁREA 1 AULA 2 – VETORES DE FORÇA 1. DEFINIÇÕES Escalar: quantidade física definida apenas por sua intensidade (módulo), podendo ser positiva ou negativa. Ex: massa, temperatura. Vetor: quantidade física definida por uma intensidade (módulo) e uma direção. Graficamente, um vetor é representado por uma seta indicando sua direção e sentido, cujo comprimento representa sua intensidade (módulo). A linha que contém o vetor força é conhecida como linha de ação da força. Ex: força, momento, vetor posição. 2. OPERAÇÕES COM VETORES Adição de vetores: Lei do paralelogramo: R A +B Obs: quando mais de duas forças são somadas, a regra do paralelogramo é aplicada de forma sucessiva. Regra do triângulo Subtração de vetores: Lei do paralelogramo: ( ) R A B = A + B Multiplicação e divisão por escalar: Um vetor multiplicado por um escalar tem sua intensidade (comprimento) aumentada na proporção indicada pelo escalar. Se o escalar for negativo, ele também inverte o sentido do vetor. Não há alteração na direção do vetor neste caso. Produto escalar entre dois vetores: Pode ser usado para calcular o ângulo entre dois vetores ou obter a projeção de um vetor em uma direção especificada. . .cos (0º 180º )A B A B ( ) ( ) . ( ) . ( ) . ( ) . ( ) . ( ) . ( ) . ( ) . ( ) . ( ) x y z x y z x x x y x z y x y y y z z x z y z z A A A B B B A B A B A B A B A B A B A B A B A B A B i + j + k i + j + k i i i j i k j i j j j k k i k j k k Logo: . . .x x y y z zA B A B A B A B Propriedades: Propriedade comutativa: A B B A Propriedade distributiva: ( ) ( ) ( ) A B D A B A D Multiplicação por escalar: ( ) ( ) ( ) A B A B A B Produto vetorial entre dois vetores: Pode ser usado para a obtenção de um vetor com direção normal ao plano formado pelos dois vetores envolvidos na operação de produto vetorial. O seu módulo fornece a área formada entre estes dois vetores. C A B x y z x y z A A A B B B i j k C A B = Logo: ( . . ) ( . . ) ( . . )y z z y x z z x x y y xA B A B A B A B A B A B C A B = i j k Intensidade (módulo): . .sen (0º 180º )C A B Direção e sentido de C : regra da mão direita. Propriedades: Propriedade comutativa: não é válida A B B A Na verdade: A B = B A Propriedade distributiva: ( ) ( ) ( ) A B D A B A D Multiplicação por escalar: ( ) ( ) ( ) ( ) A B A B A B A B 3. VETORES DE FORÇA 3.1 Notação vetorial cartesiana de uma força no plano A primeira tarefa para a descrição vetorial de uma força no plano consiste em estabelecer um sistema de coordenadas de referência cartesiano Oxy em função de vetores unitários de direção: Vetores unitários de direção dos eixos do sistema de referência: i e j (1;0) (0;1) i = j = Uma vez definidos os vetores unitários problema serão descritos de acordo com a orientação estabelecida por estes vetores unitários. Um vetor força F pode ser descrito vetorialmente da seguinte forma: x yF = F F onde xF e yF são as suas componentes vetoriais. Estas componentes são representadas como: x xFF i y yFF j sendo Fx e Fy as suas componentes escalares .cosx xF F .cosy y x yF F F F F onde F é a intensidade (módulo) da força. Os ângulos diretores do vetor força F importante destacar que estes ângulos são sempre medidos a partir do eixo correspondente (x ou y) até a direção do vetor, sendo positivos quando medidos no sentido anti Uma forma alternativa de representar um vetor de força no plano é através do u vetor unitário, que fornece as noções de direção e sentido do vetor no espaço: FF sendo o vetor unitário da força, definido da seguinte maneira: cos cosx y i j O vetor unitário também pode ser calculado a partir de um vetor posição relativa entre dois pontos pertencentes à linha de ação da força: ij r r onde ijr é o vetor posição relativa entre os pontos apontando de i para j, sendo distância entre i e j). O vetor posição ( ) ( )ij j i j ix x y y r i j e seu módulo é dado por: 2 2( ) ( )j i j ir x x y y Comparando as duas definições de Uma vez definidos os vetores unitários i e j dos eixos de referência, todos os vetores do problema serão descritos de acordo com a orientação estabelecida por estes vetores pode ser descrito vetorialmente da seguinte forma: componentes vetoriais. Estas componentes são representadas componentes escalares, as quais podem ser expressas como y y x yF F F F F é a intensidade (módulo) da força. Os ângulos x e y são os chamados F e seus cossenos são chamados de coss importante destacar que estes ângulos são sempre medidos a partir do eixo correspondente ) até a direção do vetor, sendo positivos quando medidos no sentido anti representar um vetor de força no plano é através do u , que fornece as noções de direção e sentido do vetor no espaço: o vetor unitário da força, definido da seguinte maneira: também pode ser calculado a partir de um vetor posição relativa entre dois pontos pertencentes à linha de ação da força: é o vetor posição relativa entre os pontos i e j, , sendo r o seu módulo (ou a ). O vetor posição ijr é dado por: Comparando as duas definições de , pode-se concluir que: dos eixos de referência, todos os vetores do problema serão descritos de acordo com a orientação estabelecida por estes vetores componentes vetoriais. Estas componentes são representadas ser expressas como: são os chamados ângulos senos diretores. É importante destacar que estes ângulos são sempre medidos a partir do eixo correspondente ) até a direção do vetor, sendo positivos quando medidos no sentido anti-horário. representar um vetor de força no plano é através do uso de um , que fornece as noções de direção e sentido do vetor no espaço: também pode ser calculado a partir de um vetor posição relativa entre cos j ix x x r cos j iy y y r 2 21 cos cos 1x y Exemplo: 1. Um homem puxa uma corda fixada no ponto A da edificação com uma força de 300 N. Descreva vetorialmente esta força e obtenha os seus ângulos diretores. Sendo: x y x yF F F F + F i j Onde: .cosx xF F .cosy yF F 300F N Da figura, observa-se que arctg 6 8 36,87º . Logo: 323,13º 36,87x e 233,13º 126,87ºy . Portanto: 300.cos 323,13º 240xF N 300.cos 233,13º 180yF N Assim: 240 180 [ ] N F i j 3.2 Notação vetorial cartesiana de uma força no espaço Para uma força no espaço, valem os mesmo procedimentos usados no caso plano, apenas sendo adaptados ao caso tridimensional. Portanto, o sistema de coordenadas de referência é primeiramente arbitrado de acordo com os vetores unitários dos eixos de um sistema de referência cartesiano Oxyz: Vetores unitários de direção dos eixos do sistema de referência: i , j e k (1;0;0) (0;1;0) (0;0;1) i = j = k = O vetor força F passa a ser descrito vetorialmente como: x y z F = F F F onde as componentes vetoriais são representadas por: x xFF i y yFF j z zFF k e as componentes escalares são dadas por: .cosx xF F .cosy yF F .cosz z x y zF F F F F F onde F é a intensidade (módulo) da força. Os ângulos diretores do vetor força F são agora representados por x, y e z. No espaço, os ângulos diretores devem sempre ser medidos no plano quecontém a linha de ação da força e o eixo de referência correspondente, medidos a partir do eixo até a direção do vetor, sendo positivos quando medidos no sentido anti- horário. Usando a forma alternativa de representar um vetor de força através de um vetor unitário, tem-se que: FF sendo definido da seguinte maneira: cos cos cosx y z i j + k Calculando o vetor unitário a partir de um vetor posição relativa entre dois pontos pertencentes à linha de ação da força, tem-se: ij r r onde ijr é agora dado por: ( ) ( ) ( )ij j i j i j ix x y y z z r i j + k e seu módulo é dado por: 2 2 2( ) ( ) ( )j i j i j ir x x y y z z Comparando as duas definições de , pode-se concluir que: cos j ix x x r cos j iy y y r cos j iz z z r 2 2 21 cos cos cos 1x y z Na medida em que a obtenção de todos os ângulos diretores é geralmente difícil em problemas tridimensionais, uma descrição vetorial alternativa pode ser utilizada, como descrito abaixo. Conhecendo, por exemplo, o ângulo diretor y, pode-se obter a componente vetorial y yFF j , ou seja: .cosy yF F j Na sequência, obtém-se a projeção do vetor F sobre o plano xz, definindo o vetor de projeção hF , isto é: h h hFF sendo h o vetor unitário de direção de hF e Fh dado por: .senh yF F Assim, as demais componentes vetoriais de F podem ser obtidas a partir do ângulo , formado entre F e o eixo x: .cos .sen .cosx h yF F F i = i .sen .sen .senz h yF F F k = k Exemplo: 1. O cabo de sustentação de uma torre está ancorado por meio de um parafuso fixo no ponto A, conforme ilustrado na figura abaixo. Sabendo que a força no cabo é de 2500 N, determine as componentes da força que atua sobre o parafuso, bem como os ângulos diretores da força. 2 2 2 0;80;0 40;0; 30 40;80;30 94,340 40 80 0 0 30 AB B A AB AB AB P P r d r 0, 424 0,848 0,318AB i j k Logo: 2500. 0, 424 2500.0,848 2500.0,318 x y z F i F j F k 1060 2120 795 F i j k Ângulos diretores: arccos 0, 424 115,09º arccos 0,848 32,01º arccos 0,318 71, 46º x y z
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