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Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças Cap 7. Neoplasia P 471-478- 600 Bogliolo – Patologia, 9.ª edição Cap 10 Distúrbios da Proliferação e da Diferenciaçã o Celulares P 324 - Como diferenciar neoplasia maligna e benigna - Como cresce - Processo de formação de metástase - Por que uma neoplasia é prejudicial - O que leva o paciente a ter uma neoplasia Neoplasia não precisa de estimulo para continuar sua proliferação, uma única célula continua a se proliferar, a se modificar, processo Monoclonal I - História e conceitos básicos Evolução histórica da neoplasia Conceito de neoplasia Neoplasias benignas x malignas Nomenclatura Graduação Estadiamento Laudo anatomopatológico II – Cinética, mecanismos de invação e metasteses e efeitos da neoplasia III – Carcinogênese Transtorno de crescimento e diferenciação Displasia alteração citoestrutural Hiperplasia, em um processo policlonal Idade Antiga (1500-3000 A.C.) – Papiro de EdwinSmith Primeiros relatos sobre lesões mamárias e ressecção, voltava a aparecer relatava não haver tratamento “Não há tratamento Relatos de ressecção de uma lesão mamária por um escravo grego – Desmóscenes Heródroto – 440 a.C. Rainha Atossa – 500 a.C. Inicio das Guerras Médicas Hipócrates 400 a.C. – Cancer Karkinos (gr.) “Caranguejo”, pois o câncer se assemelha com a constelação de câncer ou porque a vascularização parece constelação de câncer Idade Média Pouco desenvolvimento da oncologia Renascimento – primeiras cirurgias de ressecção com “margem”, primeiras noções de sobre a margem de segurança da ressecção Idade Moderna 1775 – Percivall Pott – primeira correlação com fatores ambientais “Câncer dos limpadores de chaminés”, ele percebeu os meninos limpadores de chaminé tinham câncer de pele do escroto devido as altas temperaturas. Idade Contemporânea 1902 – Zoologista Theodor Boveri – modificações da célula e seus cromossomos – vírus / tabaco / radiação Década de 30-40 – Tabaco como carcinógeno Primeira Guerra Mundial Marie Curie - Primeiro uso de radioisótopos no tratamento do câncer (radioterapia) Uso do gás mostarda na guerra química– início da quimioterapia, pois causava a diminuição das células da medula óssea. Perspectiva atual – Uso de terapia alvo Biologia molecular, a Imunoterapia Nos tempos modernos, uma neoplasia pode ser definida como um distúrbio do crescimento celular que é desencadeado por uma série de mutações adquiridas que afetam uma única célula e sua progênie clonal. Conforme discutido mais adiante, as mutações causais fornecem para as células neoplásicas uma vantagem de sobrevivência e de crescimento, resultando em proliferação excessiva que é independente de sinais fisiológicos de crescimento (autônoma). “Uma neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo e não coordenado com aquele dos tecidos normais, e persiste da mesma maneira excessiva após a interrupção do estímulo que originou as alterações.” Rupert Allan Willis, 1868 A proliferação não coordenada a proliferação normal dos tecidos Mesmo com o cessamento da causa do tumor a proliferação é continua, esse fato que diferencia de uma hiperplasia Características da neoplasia Origem molecular e genética das neoplasias, característica epigenética Neoestrutura composta por células de origem clonal Perda variável da diferenciação celular, pode começar de uma forma e passar ase diferenciar de forma diferente com tempo Interação das células neoplásicas com seu estroma, o seu corpo auxilia a proliferação da neoplasia Possibilidade de invasão local e à distância (metástases), possibilidade de migrar pelos vasos Todos os tumores apresentam dois componentes básicos: células neoplásicas clonais que constituem o parênquima tumoral, estroma reativo feito de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e números variáveis de células do sistema imune inato e adaptativo Diferenças entre os dois grupos: molecular, morfológico, biológico e clínica Morfologia pode ser muito específica para cada uma Dependente do hospedeiro e da topografia da lesão (Ex:. Neoplasia do SNC: apesar de algumas serem benignas, dependendo de sua localização, podem ser fatais) Câncer: neoplasias malignas Neoplasia comprometimento o troco encefálico mesmo que benigna é prejudicial, neoplasias extremamente agressivas. Como afeta o ciclo menstrual aumentando fluxo, podendo levar a choque hipovolêmico Tumores Benignos Diz-se que um tumor é benigno quando seus aspectos micro e macroscópicos são considerados relativamente inocentes, significando que ele permanece localizado, não se disseminará para outras áreas e geralmente pode ser removido por cirurgia local, sendo compreensível que a paciente sobreviva. No entanto, os tumores “benignos” podem causar morbidade significativa e às vezes serem até fatais Características infiltrava, capacidade de disseminar através de vasos sanguíneos e linfáticos Crescimento acelerado e em ambiente hostil, consegue sobreviver em ambientes pobres de glicogênio Henrietta Lacks (1920-1951), a dama imortal Paciente com câncer de colo uterino agressivo Células “imortais” por alteração da telomerase (células HeLa), pela falta da Telomerase essas células nunca morrem Incidência no Brasil (casos /100.000) Maior incidência: Câncer de pele não-melanoma 2. Próstata :70,3 3. Mama feminina: 56,09 4. Cólon e reto: 15,44 homens / 17,24 mulheres 5. Pulmão: 16,79 homens / 10,75 mulheres 6. Estômago: 13,19 homens / 7,41 mulheres 7. Colo uterino: 15,33 8. Cavidade Oral: 11,54 homens / 3,92 mulheres Mortalidade por câncer por sexo 1. Pulmão 2. Mama feminina 3. Estômago 4. Próstata 5. Cólon e reto PROVA Os vasos sanguíneos não acompanham o crescimento da neoplasia, uma parte pode necrosar, é encontrada na maligna e raramente na benigna A maligna perde sua diferenciação, a anaplasia. Por exemplo queratinócitos que vai perdendo a capacidade de produzir queratina Pleomorfismo, células de diferentes formatos A mitose se inicia no núcleo, portanto células que fazem muito mitose tem núcleo aumentado Incidência no Brasil por sexo Mulheres Homens 1. Pele não-melanoma 1. Pele não melanoma 2. Mama 2. Próstata 3. Cólon e reto 3. Pulmão 4. Colo uterino 4. Cólon e reto 5. Pulmão 5. Estômago 6. Estômago 6. Cavidade Oral Benigno Oncocitoma Renal – lesão bem delimitada, crescimento em expansão, sem necrose. Lesão bem diferenciada, coesão celular, baixa relação núcleo-citoplasmática, sem pleomorfismo e baixa contagem mitótica MALIGNO Glioblastoma multiforme (Astrocitoma grau IV) – Necrose, anaplasia, múltiplas figuras de mitose, alta relação núcleo citoplasmática, pleomorfismo Lesão infiltrava, apresenta necrose Núcleo aumentado, não lembra um astrócito, mas se originou de um astrócito, porém perdeu a diferenciação Célula sem núcleo é uma necrose de coagulação Lesão maligna infiltrava. Mamografia com área radiopaca, espiculada e focos de calcificação. TUMOR MALIGNO Lesão do corpo uterino, a Pseudocápsula permitiu a retirada. Lesão empurrando, homogênea, fibroelástico, lembra tecido muscular LESÃO BENIGNA Tem diferenciação lembra o músculo liso, normal não apresenta mitose. Lesão bem delimitada, sem áreas de necrose, consistência firme Proliferação de células fusiformes, monomórficas, baixa contagem mitótica LEIOMIOMA UTERINO BENIGNAS MALIGNAS Crescimento Expansivo (“pushing”), Empurrando Infiltrativa Pseudocápsula, feita pelo estroma normal, não a neoplasia por isso não só capsula Frequente Rara Metástases Não ocorre Frequente Invasão angiolinfática Não ocorre Frequente Necrose Rara Frequente Velocidade de crescimento Baixa Alta Diferenciação (anaplasia) Bem diferenciado VariávelMitoses Raras Frequentes Forma das células (pleomorfismo) Homogêneo Variada Relação núcleo – citoplasmática Próxima do normal Aumentada Volume celular Homogêneo Variável Tumor, marrom marrogani. Deve se analisar o crescimento anormal, se esta empurrando ou infiltrando, homogêneo com cicatriz radiada central Na microscopia, pode se observar que tem diferenciação, pode ser observado um túbulo renal. Tamanho do núcleo e citoplasma igual, não há aumento da relação núcleo- citoplasma. Neoplasia benigna, lesão bem diferenciada, apresenta coesão celular Benigno ou maligno e analisa o tecido que originou, a nomeia PROVA Benigna: origem + sufixo “oma” Em geral, os tumores benignos são designados ligando o sufixo -oma ao nome do tipo de célula a partir do qual se origina o tumor. Epitelial: Estratificado pavimentoso / urotélio (encontrado em bexiga e uretér): Papiloma (Forma muitos “dedinhos”) Glandular (estomago, intestino delgado e grosso, pâncreas, corpo uterino, ovario, próstata, glândula salivar, fígado, todos locais com glândulas) : Adenoma Mesenquimal(encontrado em tecidos de sustentação): osteoma / condroma / fibroma / hemangioma / linfangioma / leiomioma (originada de célula muscular lisa) / rabdomioma (originada de célula estriada cardíaca ou esqueléticaa) Melanócitos: Nevos Maligno: Epitelial: Carcinoma Estratificado pavimentoso: Carcinoma epidermóide ou carcinoma de células escamosas/espinocelular Urotélio: Carcinoma urotelial Glandular: Adenocarcinoma *ONCOLOGIA PARA INCIANTES Observar o que recobre a área Câncer de estomago, qual é mais comum, adenocardinoma, de epitélio estratificado pavimentoso ou urotélio? Epitélio estratificado pavimentoso até a linha Z, portanto é adenocarcionomo Mesenquimal (encontrado em tecidos de sustentação): Sarcoma (sarkos do grego: carnoso) osteossarcoma / condrossarcoma / fibrossarcoma / hemangiossarcoma / linfangiossarcoma / leiomiossarcoma / rabdomiossarcoma Melanócitos (tem origem epitelial, de origem epitelial): Melanoma Linfóide: Linfomas, o correto seria linfossarcoma, mas não é o nome usual Hematopoético: Leucemia(células brancas caminhando pelo sangue), leucócitos proliferados Plasmocitário: Plasmocitomas / mielomas *Depois dos melanomas, os carcinomas são os mais comuns Verificar o potencial de agressividade da neoplasia, o quanto essa neoplasia pode prejudicar o paciente De acordo com o grau de diferenciação e proliferação da neoplasia Quanto mais indiferenciados, maior chance de serem lesões agressivas, mais primitivo maior a agressividade Variam de um tumor para o outro Critérios mais utilizados: diferenciação / pleomorfismo nuclear / contagem mitótica /nucléolo (parte do núcleo relacionado ao material genético, em células que fica proeminente pode indicar a proliferação do tumor) Exemplo: Sistema de Elston / Nottingham para o Câncer de mama: Formação tubular 1pt: >75% // 2pt: 10-75% // 3pt: 11 Contagem mitótica (em 10 campos de grande aumento) 1pt: 0-5 // 2pt: 6-11 // 3pt: >11, quanto mais maior a agressividade Pleomorfismo nuclear: 1pt: leve // 2pt: moderado // 3pt: importante Grau I: Bem diferenciado (3-5pt), pouco agressivo Grau II : Moderadamente diferenciado (6-7 pt) Grau III: Pouco diferenciado (8-9 pt) Carcinoma ductal invasivo da mama bem diferenciado: formação tubular (1pt) // baixo número de mitoses (1pt) // pleomorfismo nuclear discreto (1pt) Carcinoma ductal invasivo da mama pouco diferenciado: formação tubular (3pt) // alto número de mitoses (3pt) // pleomorfismo nuclear importante (3pt) Analisa como está o tumor, qual avançado ou não, a classificação dita União Internacional contra o câncer (UICC) Tumor (T): T1-4 Status linfonodal (N): N1-3 Metástase à distância (M): M1, tem ou não tem Como fazer o estadiamento? Como classificar T0: Ausência de lesão N0: Ausência de metástases linfonodais M0: Ausência de metástases à distância TX / NX /MX: Status não avaliável, pode ocorrer por limitação do exame físico do paciente ou de falta de opções de exame no local Tis: Carcinoma in situ, ainda não tem invação Para fins clínicos classificar o estadiamento do tumor em clínico (c) / anátomo-patológico (p) - (estadiamento final) que é dado pelo patologista e pode predizer o tratamento final Ex: cT1cN0cM0 / pT2pN0pMx Se recidiva: rT3rN2rMx , r minúsculo de recidiva, em tratamento primário c Recidiva: > 6 meses entre a terapêutica e o retorno da doença Persistência: < 6 meses entre a terapêutica e o retorno da doença Laudo Anátomo-Patológico Tipo histológico (Classificação da OMS) Diferenciação (grau histológico), graduação Limite da infiltração, até onde chega Número de mitoses, quando mais mitoses pior é Áreas de necrose Infiltração angiolinfática / perineural Margens cirúrgicas Presença de metástase em linfonodos (número de linfonodos acometidos / número de linfonodos dissecados) Cinética das neoplasias O crescimento dos cânceres é acompanhado por infiltração progressiva, invasão e destruição do tecido circundante, ao passo que quase todos os tumores benignos crescem como massas expansivas coesas que permanecem em seu local de origem e não possuem capacidade para se infiltrar, invadir ou formar metástase em áreas distantes. Célula única transformada (célula tumoral isolada) → 30 duplicações → 109 → 1g (massa clinicamente detectável) 10 duplicações → 109 para 1012 células → 1kg (massa máxima compatível com a vida) Chega um momento que falta espaço, energia e nutriente até que chega um momento que para de se reproduzir Célula em G0 para de fazer mitose Pool não proliferativo, a célula para de se reproduzir. Tumores que crescem mais lentamente tem mis células em G. Tumores que crescem mais rapidamente permanecem mais tempo em mitose. Quimioterápicos agem em células em mitose. Radio queima, induzindo apoptose e pode combinada a mais um tratamento afetar a vascularização do tumor. Essa regulação ocorre por variações genéticas e por ocorrência de mais vasos que para o irrigarem Invasão da Neoplasia A neoplasia precisa tecido nutrido (ambiente fértil) para que ocorra a infiltração da neoplasia. É o modo que interage com seu ambiente, com seu hospedeiro se ele favorece o crescimento desse tumor Adenoma com displasia de alto grau (Adenocarcinoma “in situ”) Epitelio estratificado pavimentoso laríngeo com displasia de alto grau - Carcinoma epidermóide “in situ Carcinoma epidermóide superficialmente invasivo A- Normal B- alteração cito arquitetural, displasia C- carcinoma in situ, o limite entre o epitélio e o estroma (tecido conjuntico, a membrana basal é uma basseira a partir do momento que a lâmina basal é quebrada começa a ocorre a infiltração D- Tumor infiltrando a membrana basal Membrana basal estrutura continua do tecido conjuntivo O colágeno tipo IV é o da membrana basal, extremamente rígido, apresenta glicossamiglicanos, fibroblastos , junções oclusivas, heparam (glicosaminoglicano sulfatado), proteoglicano e a vascularização Abaixo da membrana basal temos a substância fundamental e colágeno A partir do momento que sofre mutações pode começar a produzir substâncias proteolíticas, colagenase que atua quebrando a membrana basal Mecanismo de invação Carcinoma in situ → quebra de membrana basal → carcinoma infiltrativo Remodelamento da matriz extracelular Secreção de colagenases , elastases e glicosidades → quebra da barreira da membrana basal (colágeno tipo IV) e da matriz extracelular Metaloproteinases de matriz (proteinase ligada a metal, na maioria dos casos zinco)/ Heparanases Crescimento tumoral Células neoplásicas – interação com o microambiente (células endoteliais, fibroblastos, adipócitos, pericitos) para permitir o crescimento e infiltraçãoatravés dos tecidos. Interação entre células neoplásicas e tecido conjuntivo. Transformação epiteliomesenquimal (TEM) – vias de alteração do fenótipo da célula neoplásica permitindo seu movimento através dos tecidos. Adquire propriedades de miocitos, células com capacidade se movimentar devido sintetizar actina e miosina. Fatos que favorecem sua infiltração Perda de expressão de moléculas de adesão Expressão de proteínas mesenquimais Ela se movimenta por mitoses formação de clones para atingir seu objetivo Cooperação paradoxal do sistema imunológico Supressão da resposta celular por macrófagos do estroma Produção de VEGF (vascular endothelial growth factor) pelos mesmos macrófagos Angiogênese Essencial para a sobrevivência do tumor: Nutrição Disseminação Estimuladores a angiogênese e crescimento tumoral: • VEGF (VASCULAR ENDOTHELIAL GROWTH FACTOR) • FGF (FIBROBLAST GROWTH FACTOR) • PDGF (PLATET DERIVED GROWTH FACTOR) • TGF-ALFA E BETA (TRANSFORMING GROWTH FACTOR) Inibidores • TIMP (INIBIDORES DA METALOPROTEÍNASES) • INTERFERONS • ESTATINAS • TROMBOSPONDINA-1 Formação de estruturas glandulares em arranjos túbulo-papilares Mucina apical Formação de estruturas glandulares em arranjos túbulo-papilares Mucina apical Perda de diferenciação da neoplasia Célula que perde a coesão Células neoplásicas sem coesão, apresenta no vacúolo mucinoso intracitoplasmático, com núcleo rechaçada na periferia Metástase é um tumor secundário que cresce separadamente do tumor primário Originário de células destacadas do tumor primário Processo difícil → 1% das células circulantes estão vivas em 24h / 0,01% vão formar metástases macroscópicas Células saem do tumor primário e vão diretamente para o órgão Teoria “in route” Célula implantada: vai crescer? “Seed and soil hypothesis” semente e solo – Stephen Paget 1889 Etapas para ocorrência da metástase Crescimento da neoplasia, se prolifera pelos vasos do próprio tecido Perda de coesão da célula com separação da neoplasia (separação dos pais). Libera proteínas para digestão da parede do vaso Digestão da parede do vaso Etapas para ocorrência da metástase: Embolização da neoplasia (vai de um ponto a outro do vaso) Ancoramento no sítio distante Semeadura, proliferação Colonização no sítio distante, sítio secundário Processo difícil Como identificar tumor primário ou secundário? Morfologia clássica da metástase, expansivo é volta do vaso, se diferencia de benigna por ser lesões múltiplas e bem delimitadas com tamanhos variados, aspectos de balas de canhão Vaso linfático → Veia → Artéria, sendo artéria o mais difícil quebra da parede e invasão do tumor Vias de metástases: Linfática: carcinoma / melanoma Hematogênica (vasos sanguíneos): sarcomas e carcinomas, ocorre primeiro na via linfática Transcelômica (peritônio e pleura): ovário (intraperitoneal, que não é peritonizado para que o oocito caí e adentre a tuba Superfícies epiteliais: tumores geniturinários, na boca e no cólon tem bactérias, apresenta IgA secretora para proteção Liquor Órgãos sólidos mais atingidos primariamente: Pulmões: melanoma / vias aerodigestivas altas / rins / tireoide / adrenal (via veias sistêmicas) Fígado: estômago, cólon e pâncreas (via sistema porta) Fígado / pulmões: dois terços superiores do esôfago, trato genital feminino, bexiga, ureter (via linfática + sistêmica) Ossos: próstata (via plexo venoso vertebral) Fígado / pulmões / ossos: mama (via linfática e plexo venoso vertebral) ➔ Carcinoma ductal da mama em vaso linfático pulmonar Carcinoma ductal da mama metastáticos para a pleura visceral Implantes peritoneais de carcinoma mucinoso do apêndice cecal Neoplasia x Hospedeiro Efeitos locais Efeito de massa Dor Obstrução o Abdome agudo obstrutivo (Ca de colon /colo uterino) o Disfagia (ca de esôfago / piloro / orofaringe / hipofaringe) o Vias urinárias (ca de ureter / bexiga / próstata / colo uterino) o Insuficiência respiratória (ca de laringe) o Icterícia colestática: vias biliares (ca de pâncreas / vias biliares) o Infertilidade (leiomiomas) Insuficiência / compressão do parênquima o Insuficiência respiratória (ca de pulmão / metástases pulmonares / derrames pleurais) o Mieloftise (substituição da medula óssea pela neoplasia), células sanguíneas não sçao produzidas terá anemia, plaquetopenia. Infiltração da medula que leva a seu comprometimento o Deficits neurológicos focais Produção hormonal Caquexia Síndromes paraneoplásicas Metástases de câncer de cólon, aspecto de bola de canhão Medula óssea normal Medula óssea ocupada por blastos na leucemia mielóide aguda gerando pancitopenia Macroadenoma de hipófise: cefaléia e distúrbio visual por compressão do quiasma óptico Carcinoma epidermóide da laringe com obstrução da via aérea ( vide orifício de traqueostomia) Adenocarcinoma da ampola de Vater: icterícia por obsturução das vias biliares Sangramento Neoplasias intraluminais (TGI: boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, intestine, reto; TGU: bexiga, ureter, colo uterino, corpo uterino, próstata) Mesenquimais: leiomiomas submucosos Rotura Infarto Produção hormonal Adenoma / carcinoma da paratireoide – hiperparatireoidismo primário – Hipercalcemia Neoplasias neuroendócrinas da pancreáticas – insulinoma / glucagonoma / VIPoma Adenomas de hipófise → prolactina / ACTH / GH / TSH / FSH / LH Carcinoma medular da tireoide (células C) – calcitonina Caquexia Consumo pela neoplasia Anorexia (fator de necrose tumoral, tira a fome) um dos parâmetros da recuperação é a fontade de omer Tudo que não é explicado por efeito d emassa, invasão tumoral. Mas o tumor faz Sinais e sintomas derivados da síntese de produtos proteicos pela neoplasia Não podem ser explicados por seu efeito de massa / infiltração, metástases ou produção hormonal inerente ao próprio tecido (ex:. Hipercalcemia por metástase óssea não é uma síndrome paraneoplásica ou por elevação do PTH nas neoplasias da paratireoide) Exemplos: Acantose nigricans → espessamento da epiderme com manchas aveludadas’ Produção de Fator de crescimento epidérmico Ca gástrico / pâncreas Síndrome de Cushing: elevação de ACTH Ca de pulmão / mama Hipercalcemia: elevação do PTHrp Carcinoma epidermoide de pulmão Policitemia: elevação de eritropoetina Carcinoma renal / hepático Síndrome de Eaton-Lambert: anticorpos contra canais de cálcio na placa motora Carcinoma de pulmão pequenas células Adenocarcinoma de cólon com necrose e hemorragia Torção anexial por lesão cística ovariana Caso clínico 3 JK, 47 anos, masculino, pedreiro, tabagista 30 maço-ano, etilista (1garrafa de destilado/doa ), história de lesão na borda lateral esquerda língua notada a 4 meses Lesão cresce rápido 4 meses, bordas não delimitadas, infiltrando, tecido friável, ulcera (perda do epitélio, com friável se desfaz) Estadiamento do câncer de boca T0: sem lesão evidenciada de lesão TX: Lesão não avaliável T1: Lesão <2cm, <5mm de profundida T2: Lesão entre 2 e 4cm, <10mm de profundidade T3: Lesão>4, <10mm de profundidade T4a: infiltração da musculatura extrínseca da língua, pele ossos T4b: infiltração da placa pterigóidea, artéria carotida interna. fascia pré vertebral N0: Ausência de metástases para linfonodos NX: Status não avaliável N1: Uma metástase ipselateral da lesão <3cm N2A: Uma mestástase ipsilateral a lesão medindo entre 3 e 6 cm N2B: Duas ou mais metástastases ipsilaterais à lesão < 6cm N2C: Metástase contralateral a lesão menos que 6 cm N3A: Metástase contralateral a lesão menos que 6 cm N3A: Metástase > 6cm N3B;Metástase em linfonodo com extensão extracapsular MO: Ausência de metástase à distância MX: Metástase não avaliável M1: Metástase à distância Ao ex Oroscopia: ausência de trismo, lesão ulcerada e infiltrativa na borda lateral esquerda da lingua oral medindo 2.5cm. mobilidade da lingua preservada Pescoço: sem linfonodomegalias palpáveis TC: lesbo captante de contraste na borda lateral esquerda da lingua, medindo 2.8x1.5cm. com 8mm de profundidade. Ausência de linfonodomegalias. Tc de tórax sem nódulos pulmonares 1) Qual o resultado esperado para a biopsia desta lesão, pensando nas nomenclaturas das lesões neoplásicas? Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, carcinoma. Com glândulas Carcinoma de células escamosas ou epidermoide Palpação de pescoço sem linfonodos palpáveis 2) Qual o estadiamento clínico? É necessário consultar o livrinho dos estadiamentos C Ct2n0m0 Foi realizada cirurgia para ressecção (glossectomia parcial esquerda+esvaziamento cervical dos niveis L. II e III à esquerda) Anatomo-patológico: Carcinoma epidermoide moderadamente diferenciado Medida: 3.0x1.5cm., profundidade de invasão: 12mm Infiltração: musculatura intrínseca da lingua Infiltração angiolinfática e perineural presentes Esvaziamento cervical: metástase em 3 de 18 linfonodos dissecados. medindo o maior 2.0cm, sem extensão extracapsular 3) Qual o estadiamento final? Não tinha metástase, mas dissecando tinham 3 pT3N2BMX É necessária ter um das características sendo a pior para o estadiamento 8 meses após, a cirurgia após realização de RT adjuvante, em consulta ambulatorial, foi notada lesão nodular no nível II direito, endurecida móvel, que mede 5 cm no maior eixo. Oroscopia: mucosite actinica, sem lesões evidentes TC de pescoço com linfonodo de centro necrótico, com medindo 6.5x5.0cm no nível II e III direito, infiltrando o músculo esternocleidomastoideo Tc de tórax sem nódulos pulmonares. 4) Persistência ou recidiva da lesão? Recidiva, pois passou dos 6 meses do fim do tratamento 5) Qual o estadiamento? Tumor primário da língua T0 2021 PQU, 70 anos, internado por dor no hipocondrio direito, perda de 20kg nos 6 últimos meses e aumento de volume hepático às custas de múltiplos nódulos bem delimitados. Realizada biópsia por agulha grossa de um dos nódulos, que apresentou células epiteliais em arranjo glandular, com pleomorfismo moderado, com áreas de necrose compatível com Adenocarcinoma metastático. (enunciado questão 1 e 2) Cite dois critérios de malignidade deste caso? Critérios de malignidade deste caso são áreas de necrose (frequentes em neoplasias malignas), pledmoramo moderado (as celulas da neoplasia maligna de PQU são moderadamente diferentes entre si e presença de metástase (frequente em neoplasias malignas) De acordo com o enunciado da questão 1, cite dois efeitos da neoplasia em seu hospedeiro? Dor, que é um efeito local e caquexia, haja visto que ele perdeu 20 quilos nos últimos seis meses. Marque a alternativa incorreta: a) Após a origem das neoplasias, todas as células permanecem em fase de mitose durante todo o período b) O microambiente tumoral participa do crescimento tumoral, suprimindo o sistema imune, contribuindo na síntese de colagenases e na nutrição do tecido neoplásico c) O estadiamento permite ao médico assistente avaliar a situação da neoplasia maligna do paciente e assim determinar o tratamento e o prognóstico d) O processo de metástases é um processo dificil, ocorrendo em várias etapas Marque a alternativa incorreta: a) Melanoma é a neoplasia benigna dos melanocitos b) A neoplasia maligna originária do sistema hematopoietico mieloide é a leucemia mieloide c) A neoplasia benigna do epitélio glandular é denominada adenoma d) O carcinoma de células transicionais ou uretelial é o principal câncer da bexiga Marque a alternativa incorreta: a) A via linfática é preferência para disseminação de neoplasias malignas mesenquimais b) Neoplasias ovarianas malignas possuem a via transcelômica como um de suas preferências para disseminação c) A transformação epitelio-mesenquimal permite a célula neoplásica maior infiltração através dos tecidos assim, encontrar vasos e provocar metástases d) O status linfonodal do TNM abarca as metástases para linfonodos regionais, isto é, das cadelas linfáticas que drenam aquela região anatómica Marque a alternativa incorreta: a) O câncer de pele é o câncer mais comum e mais fatal no Brasil b) As neoplasias benignas apesar de terem um prognóstico melhor, também podem causar danos ao paciente, em especial. conforme sua localização c) A angiogênese é fundamental para a nutrição e disseminação tumoral d) Em geral, neoplasias pouco diferenciadas costumam ter uma taxa de crescimento maior e assim serem mais agressivas do que as bem diferenciadas 2019 Paciente CNN, 45 anos, feminino, assintomática, com elevação dos níveis de cálcio sérico detectado ao exame de rotina. A investigação da etiologia da “hipercalcemia mostrou que a origem era por aumento da glândula paratireoide inferior esquerda. Foi realizada exérese da glândula. O exame macroscópico, mostrou lesão nodular, bem delimitada, com pseudocápsula delimitando a lesão do tecido são, e a microscopia mostra proliferação de células principais da paratireoide, sem figuras de mitose, relação núcleo-citoplasma normal e sem necrose. A) Frente ao dados macro e microscópicos, a neoplasia se trata de uma lesão benigna ou maligna? Benigna B) Qual a nomenclatura da neoplasia? Adenoma C) Podemos chamar tal efeito da neoplasia de síndrome paraneoplásica? (responda apenas sim ou não) NÃO 2. Paciente HBO, 54 anos, masculino, tabagista 40 maço-ano e etilista há 35 anos, com consumo de 1 garrafa de aguardente ao dia. Apresenta dificuldade para deglutir sólidos há 3 meses, com dificuldade para tomar água há 1 semana, com perda de 10kg no período. A endoscopia digestiva alta mostrou lesão de 3,0cm ulcerada e infiltrativa no terço médio esofágico. Realizada biopsia compatível com carcinoma epidermoide. A tomografia mostrou que lesão infiltrativa na parede esofágica, com envolvimento da aorta. Presença de 3 linfonodos mediastinais aumentados de volume, com captaçãoo de contraste e necrose central. Pulmão e fígado sem alterações compatíveis com lesões metastáticas. Sistema TNM AJCC /UICC 8th edition TO:sem evidência de lesão primária Tis: carcinoma in situ T1: Tumor invade a lâmina propria, muscular da mucosa ou submucosa Tia: Tumor invades a lâmina propria ou muscular da mucosa T1b: Tumor invade a submucosa T2: Tumor invade the muscular própria T3: Tumor invade a adventícia T4 : Tumor invade estruturas adjacentes T4a: Tumor invade pleura, pericárdio, veia ázigos vein, Diafragma,ou peritôneo T4b; Tumor invade outras estruturas , como a aorta, corpo vertebral, ou traquéia NX: Não é possível avaliar o status linfonodal NO:Sem metástase para linfonodos regionais N1 : Metástase em 1-2 linfonodos regionais N2 : Metástase em 3-6 linfonodos regionais N3 : Metástase em 7 linfonodos regionais MO: sem metástase à distância Ml: presença de metástase à distância A) Cite duas evidências pela história clínica, endoscopia e tomografia que fizeram você pensar em uma neoplasia maligna. Lesão infiltrava e não expansiva e presença de necrose central B) Qual a via de metástase mais comum das lesões de natureza epitelial, como a doença do paciente em questão? Via linfática C) Qual o estadiamento clínico da lesão? cT4bcN2cMO D) Cite dois efeitos locais das neoplasia em seu hospedeiro. Dor e infarto de tecidos 3. Paciente SBT, 60 anos, feminino, com aumento do volume abdominal, com diagnóstico de massa sólido cística infiltrativa em ovário direito. Realizada laparotomia com presença de líquidoem grande quantidade na cavidade peritoneal, com múltiplos implantes neoplásicos em toda a serosa do intestino delgado, cólon e estômago. A) Como é denominada tal via de metástase? Transcelômica B) Cite outra via de metástase e um exemplo de neoplasia que a tem como preferência. Via superfície epitelial( neoplasia de trato urogenital) 2018 1. Parte 1 - AA, 40 anos, sexo masculino, apresenta déficit motor de seu membro superior direito há 1 semana. Realizou uma tomografia computadorizada que mostrava uma lesão cerebral parietal esquerda. Realizada biópsia da lesão pelo neurocirurgião que mostrava características de malignidade, com características de uma neoplasia epitelial de origem glandular. O exame imunohistoquímico mostrou que se tratava de uma metástase cerebral de uma neoplasia maligna de origem pulmonar. A) Cite cinco diferenças entre uma neoplasia maligna e uma neoplasia benigna. B) Qual a nomenclatura para a neoplasia maligna de origem do epitélio glandular? Adenocarcinoma C) Quais as vias de metástases mais comuns? Cite um exemplo para cada. Linfática: carcinoma / melanoma Hematogênica: sarcomas / carcinomas Transcelômica: ovário Superfícies epiteliais: tumores genitourinários Liquor D) Quanto a angiogênese nas neoplasias, cite um fator estimulador e um fator inibidor. Estimuladores: VEGF (VASCULAR ENDOTHELIAL GROWTH FACTOR) / FGF (FIBROBLAST GROWTH FACTOR) /PDGF (PLATET DERIVED GROWTH FACTOR) /TGF-ALFA E BETA (TRANSFORMING GROWTH FACTOR) Inibidores: TIMP (INIBIDORES DA METALOPROTEÍNASES) / INTERFERONS / ESTATINAS / TROMBOSPONDINA-1 Parte II – Após o diagnóstico de que a lesão primária encontrava-se no pulmão, realizada investigação pela equipe da oncologia. A tomografia computadorizada do pulmão mostrou lesão medindo 4,5cm, espiculada, com necrose central, com calcificações múltiplas, localizada na periferia do lobo superior esquerdo envolta pela pleural visceral, sem infiltração do brônquio principal. Ausência de derrame pleural. Linfonodos mediastinais bilaterais aumentados, com necrose central. Pulmão direito sem alterações. Presença de nódulos hepáticos nas adrenais bem delimitados e com necrose central. Estadiamento do câncer de pulmão AJCC 8th Edition Tumor primário (T) TX: TUMOR EVIDENTE EM LAVADO BRONQUICO COM CÉLULAS TUMORAIS, SEM EVIDÊNCIA RADIOLÓGICA T0: SEM EVIDÊNCIA DE TUMOR PRIMÁRIO T1: LESÃO ENTRE 0 E 3CM QUE NÃO INFILTRA BRÔNQUI PRINCIPAL, ENVOLTA POR PLEURA VISCERAL E PARÊNQUIMA PULMONAR T1A : ENTRE 0-1CM T1B: ENTRE 1-2CM T3: ENTRE 2-3CM T2: LESÃO ENTRE 3 E 5CM OU COM ENVOLVIMENTO DA PLEURA VISCERAL OU DO BRÔNQUIO PRINCIPAL SEM ENVOLVER A CARINA T2A: ENTRE 3-4CM T2B: ENTRE 4-5CM T3: LESÃO ENTRE 5-7CM OU COM INVASÃO DA PAREDE TORÁCICA, PERICÁRDIO, NERVO FRÊNICO OU OUTROS NÓDULOS PULMONARES T4: LESÃO > QUE 7CM, INFILTRANDO O MEDIASTINO, DIAFRAGMA, CORAÇÃO, GRANDES VASOS, ESÔFAGO, COLUNA VERTEBRAL, TRAQUEIA N (STATUS LINFONODAL) N0: AUSÊNCIA DE METÁSTASE LINFONODAL N1: LINFONODO METASTÁTICO IPSILATERAL PERIBRÔNQUICO E HILAR N2: LINFONODO METASTÁTICO IPSILATERAL MEDIASTINAL OU SUBCARINAL N3 LINFONODO METASTÁTICO CONTRALATERAL M (METÁSTASE À DISTÂNCIA) M1A: METÁSTASE NO PULMÃO CONTRALATERAL/PLEURA/PERICÁRDIO M1B: METÁSTASE À DISTÂNCIA ÚNICA M2C: METÁSTASE À DISTÂNCIA EM MÚLTIPLOS ÓRGÃOS A)Qual estadiamento clínico? cT2bcN3cM1c B) Qual o tipo de calcificação presente na lesão pulmonar? Calcificação distrófica C) Cite dois efeitos da neoplasia em seu hospedeiro. Efeito de massa : Dor / Obstrução / Insuficiência / compressão do parênquima Sangramento, rotura e infarto Produção hormonal Caquexia Síndromes paraneoplásicas D) Se o paciente apresentar uma trombose do membro inferior esquerdo, qual componente da tríade de Virchow estará provavelmente alterado? Hipercoagulabilidade / estase (alteração do fluxo) E) Descreva sucintamente o processo de formação de metástases. ( Crescimento da neoplasia Perda de coesão da célula com separação da neoplasia Digestão da parede do vaso Embolização da neoplasia Ancoramento no sítio distante Semeadura Colonização no sítio distante 2017 Responda as questões com base no caso abaixo: Paciente CGK, 65 anos, sexo feminino, quadro de diarreia alternada com períodos de obstipação, associada a perda de 8kg há 3 meses. Realizada colonoscopia que mostrou uma lesão ulcerada e infiltrativa, distando 20cm da borda anal, medindo 3,0cm. A biópsia mostrou uma lesão com formações glandulares, com pleomorfismo moderado e inúmeras mitoses. Tomografia computadorizada mostrou que a lesão infiltrava até a serosa do cólon, com presença de um linfonodo de 2,5cm com centro necrótico no mesocólon, além da presença de nódulo com centro necrótico, bem delimitado, medindo 3,0cm no lobo hepático direito. Realizada retossigmoidectomia com ligadura da artéria mesentérica inferior na origem para linfadenectomia adequada. Realizada ressecção da lesão hepática. A peça mostrou que a lesão media 4,0x3,0cm, com extensão até a serosa, presença de 4 linfonodos comprometidos pela lesão de 21 dissecados no mesocólon, e a lesão também estava presente no nódulo hepático ressecado. Estadiamento TNM para a neoplasia maligna colorretal T(Tumor primário) TX: Tumor primário não pode ser avaliado T0: Sem evidência de tumor primário Tis: tumor in situ T1: Tumor invade a submucosa T2: Tumor invade a muscular própria T3: Tumor invade além da muscular própria, alcançando a subserosa T4a: Tumor infiltra a serosa T4b: Tumor invade outros órgãos e estruturas N(status linfonodal) NX: Status linfonodal não pode ser avaliado N0: Ausência de metástase em linfonodos regionais N1: Metástase em 1-3 linfonodos regionais N2: Metástase em 4 ou mais linfonodos regionais M(Metástase à distância) MX: Não avaliável M0: Ausência de metástase à distância M1: Metástase à distância 1.Seguindo a descrição histológica e a origem da lesão, qual a nomenclatura da lesão maligna em questão? Adenocarcinoma 2. Cite três critérios presentes no caso que o levam a concluir que se trata de uma neoplasia maligna. Lesão infiltrativa, presença de metástases, necrose, pleomorfismo celular e mitoses. 3. Qual é o estadiamento clínico da neoplasia? cT4acN1cM1 4. Qual é o estadiamento anátomo-patológico da neoplasia? pT4apN2pM1 5. Quais são as vias de disseminação metastáticas possíveis? Vias linfática, hematogênica e transcelômica 2016 Responda as questões sobre o caso abaixo, consultando a classificação TNM quando for solicitada. Estadiamento Câncer Gástrico TNM(AJCC/UICC) T (Tumor primário) T0 – Sem evidência de tumor primário Tis – Lesão restrita ao epitélio da mucosa T1- Tumor que invade a lâmina própria, até a submucosa T2 – Invade muscular própria, até a subserosa T3 – Tumor perfura a serosa T4- Invasão de órgãos adjacentes N (Status Linfonodal) N0 – Sem metástase para linfonodos regionais N1- 1 A 6 Linfonodos acometidos N2- 7 A 15 Linfonodos acometidos N3- > 15 Linfonodos acometidos M (Metástase à distância) M0- Ausência de metástase M1- Metástase à distância MT, 80 anos, masculino, nascido em Osaka (Japão), proveniente de São Paulo, quadro de dor epigástrica e plenitude pós-prandial, há 3 meses, associada a perda de 8kg no período. Foi realizada uma endoscopia digestiva alta que mostrou uma lesão ulcerada e infiltrativa no antro gástrico medindo 3,5cm. Realizada biópsia com diagnóstico de Adenocarcinoma moderadamente diferenciado de padrão intestinal invasivo. Realizada tomografia computadorizada que mostrou ausência de líquido da cavidade peritoneal, espessamento da parede posterior gástrica e linfonodomegalia de 2,0cm (1 linfonodo na pequena curvatura).Fígado sem alterações, assim como o pulmão. Ecoendoscopia mostrou infiltração da lesão até a camada muscular própria. Realizada gastrectomia subtotal com esvaziamento ganglionar. Laudo anátomo-patológico: Adenocarcinoma gástrico moderadamente diferenciado perfurando a serosa; Presença de invasão angiolinfática; margens cirúrgicas livres; metástase em 4 linfonodos de 26 dissecados. Citologia do líquido peritoneal negativo. 1. Cite 4 dos critérios para diferenciação entre neoplasias benignas e malignas que o patologista provavelmente utilizou para findar o diagnóstico de malignidade da neoplasia acima. Padrão de crescimento, presença ou ausência de pseudocápsula, metástases, invasão angiolinfática e necrose. Avaliar a velocidade de crescimento da lesão. O grau de diferenciação, formato e volume das células. Relação núcleocitoplasmática e número e aspecto das mitoses. 2. A angiogênese é essencial para o crescimento das neoplasias malignas, contribuindo com a sua nutrição e disseminação. Cite dois fatores estimuladores da angiogênese. VEGF (VASCULAR ENDOTHELIAL GROWTH FACTOR), FGF (FIBROBLAST GROWTH FACTOR), PDGF (PLATET DERIVED GROWTH FACTOR) E TGF-ALFA E BETA (TRANSFORMING GROWTH FACTOR) 3. Qual é o estadiamento clínico da neoplasia? cT2cN1cM0 4. Qual é o estadiamento anátomo-patológico da neoplasia? pT3pN1pMx
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