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Cancer de mama-audio (1)

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Câncer de mama
Saúde da mulher
Profª Lenir H. Soares
No Brasil, excluídos os tumores de pele não
melanoma, o câncer de mama também é o mais
incidente em mulheres de todas as regiões, exceto
na região Norte, onde o câncer do colo do útero
ocupa a primeira posição.
Para o triênio 2020-2022 estimam-se que 66.280
casos novos de câncer de mama, com um risco
estimado de 61,61casos a cada 100 mil mulheres .
FATORES DE RISCO
ASPECTOS ENDÓCRINOS:
 Estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno;
 Mulheres com história de menarca precoce (idade da primeira
menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 50
anos),
 Primeira gravidez após os 30 anos,
 Nuliparidade e
 Terapia de reposição hormonal (TRH) pós-menopausa,
principalmente se prolongada por mais de cinco anos.
GENÉTICOS:
História familiar, principalmente em parentes de primeiro
grau antes dos 50 anos.
Entretanto, o câncer de mama de caráter hereditário
(predisposição genética) corresponde a cerca de 5-10% do
total de casos.
Outros fatores incluem:
 Exposição a radiações ionizantes em idade
inferior a 40 anos,
 Ingestão regular de bebida alcoólica, mesmo
que em quantidade moderada (30g/dia),
 Obesidade, principalmente quando o
aumento de peso se dá após a menopausa,
 Sedentarismo . 
FATORES PROTETORES
Prática de atividade física
Aleitamento materno exclusivo
RASTREAMENTO, DETECÇÃO E
DIAGNÓSTICO PRECOCE
☞ RASTREAMENTO: O rasteio é feito pelo: auto-exame
das mamas ( AEM), exame clínico ( EC) e mamografia
(MRX).
☞ DIAGNÓSTICO PRECOCE: prático e de baixo custo.
ReabilitaçãoAtenção secundária
ECM e diagnóstico
Atenção primária
educação (AEM) e ECM
Atenção terciária
tratamento
Qualidade de vida após o tratamento
NÓDULO DE MAMA
 60 % encontrado pela própria
paciente
 Fator de impacto emocional
 Nódulo palpável: 80% são
benignos
PROPEDÊUTICA MAMÁRIA
 Inspeção
• Estática x
Dinâmica
 Palpação
 Linfonodos
 Expressão
PROPEDÊUTICA SUBSIDIÁRIA
Radiológica
 Mamografia
 Ultra-
sonografia
 R M
RASTREIO / SCREENING
Prevenção secundária visa
identificar doenças ou defeitos,
não reconhecidos pelo paciente,
por meio de testes ou exames
BI-RADS
Classificação da Mamografia
 1. Normal
 2. Achados Normais
 3. Provavelmente Benigno (≤ 2%)
 4. Suspeita (>2 e < 95%)
 5. Altamente Suspeita (≥ 95%)
 6. Carcinoma
 CATEGORIA 0
 necessita complementação diagnóstica
CATEGORIAS
 (AVALIAÇÃO FINAL )
 CATEGORIA 1
RISCO INFERIDO ~ O
 NEGATIVO – CONTROLE DE ROTINA
CATEGORIAS
 (AVALIAÇÃO FINAL )
 CATEGORIA 2
RISCO INFERIDO ~ O
ACHADOS BENIGNOS
CATEGORIAS
 (AVALIAÇÃO FINAL )
 CATEGORIA 3 *
 ( RISCO INFERIDO ~ 2% )
• intervalo de seguimento inferior ao habitual
• 6 / 12 / 24 meses
CATEGORIAS
 (AVALIAÇÃO FINAL )
CATEGORIA 4
( RISCO INFERIDO > 2 e < 95% )
* considerar investigação
CATEGORIAS
 (AVALIAÇÃO FINAL )
CATEGORIA 5 *
( RISCO INFERIDO > 95% )
* conduta apropriada
CATEGORIAS
 (AVALIAÇÃO FINAL )
CATEGORIA 6 *
Malignidade comprovada por
biópsia prévia
CATEGORIAS
 (AVALIAÇÃO FINAL )
US MAMÁRIO
• Diferenciar nódulo circunscrito na
mamografia
• Investigação de assimetrias mamográficas
• Avaliação de mamas com implantes
• Direcionamento de procedimentos invasivos
• Rastreamento do câncer em pacientes com
mamas densas
ESTUDO CITO-HISTOPATOLÓGICO
Métodos
 PAAF
 Core biopsy
 Mamotomia
 Biópsia
incisional
CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Tumor impalpável:
• microcalcificações agrupadas;
• distorção do parênquima mamário;
• neo-densidade localizada; ou
• presença de tumores de tamanhos variados que, por conta
do volume da mama, são impalpáveis.
Nas três primeiras formas de apresentação acima
especificadas, faz-se a marcação percutânea orientada por
estereotaxia radiológica e então, sob anestesia geral, remove-
se a área doente ou alterada
Tumores palpáveis: a biópsia com agulha grossa (core-
biopsy) (avaliação de RE e de RP), punção aspirativa com
agulha fina (PAAF) é reservada para a avaliação de lesão
secundária (nódulo supraclavicular ou axilar, nódulo mamário
contralateral, entre outros).
CISTOS MAMÁRIOS
 35 – 50
anos
 7 – 10%
 Punção
Clínica
 Exérese
 Cisto complexo
 Conteúdo
hemorrágico
 Recidiva > 3x ?
CARCINOMA INFLAMATÓRIO
O carcinoma inflamatório de mama é uma forma clínica
especial de carcinoma mamário que apresenta sinais
inflamatórios (eritema, edema cutâneo e pele tipo casca de
laranja), de rápida evolução e mau prognóstico, não havendo
uma histopatologia peculiar que o diferencie dos demais
tipos de carcinoma, a não ser a presença de êmbolos
neoplasicos nos linfáticos cutâneos e subcutâneos
ESTADIAMENTO ANATOMOPATOLÓGICO
DOS CARCINOMAS DA MAMA
ESTADIAMENTO CLÍNICO: classificação
TNM
Tumor primário (T)
Linfonodos axilares (N)
Doenças metastáticas (M)
Estadiamento Sobrevida em 10 anos (%)
 0 100
 I 70-95
 II 40-45
III 10-15
IV 0
PROGNÓSTICO
TRATAMENT
O
Tratamento por estádio
 Estádio 0 TISN0M0 (carcinoma in situ)
O carcinoma in situ de mama subdividese em carcinoma
ductal in situ (CDIS) e carcinoma lobular in situ (CLIS).
CLIS: consiste de ressecção da lesão e seguimento da
mulher, com exame físico e mamografias periódicas
CDIS: pode-se indicar a mastectomia e cirurgia
reconstrutora imediata
Tratamento
● Cirúrgico (conservador ou radical)
● Quimioterapia
● Radioterapia
● Hormonioterapia
QUIMIOTERAPIA
Recidivas: comprometimento
axilar
A quimioterapia é mais efetiva
quanto menor o número de células
e, portanto menor o tumor.
Esquemas quimioterápicos
● Primária ou neo-adjuvante: realizam alguns
ciclos com a finalidade de reduzir o volume
tumoral e tornar os casos inoperáveis;
● Adjuvante: o intuito é de destruir
micrometástases após a terapêutica
locorregional (início até 4 semanas após a
cirurgia);
● Paliativa: o tratamento visa apenas a melhora
momentânea da paciente ( casos inoperáveis).
Hormonioterapia
● Ablativa e aditiva
● Ablativa: ooforectomia cirúrgica ou
induzida quimicamente por análogos
e agonista do GnRH;
● Aditiva: consiste nos anti-estrogênios
( tamoxifeno).
Radioterapia
● Varia conforme a
extensão do tumor, as
características
anatomopatológicas,
idade das pacientes.
● Permite o controle
locoregional, sem
melhorar a sobrevida.
MEDICAMENTOS
TRASTUZUMABE (Herceptin)
 INDICAÇÕES
Câncer de mama metastático
É indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático que
apresentam tumores com superexpressão do HER2*:
 Em monoterapia para tratamento de pacientes que já tenham recebido um ou mais
 tratamentos quimioterápicos para suas doenças metastáticas;
 Em combinação com paclitaxel ou docetaxel para o tratamento de pacientes que
ainda não tenham recebido quimioterapia para suas doenças metastáticas.
Câncer de mama inicial
É indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama inicial HER2-positivo:
· Após cirurgia, quimioterapia (neoadjuvante ou adjuvante) e radioterapia (quando
aplicável);
· Após quimioterapia adjuvante com doxorrubicina e ciclofosfamida, em combinação
com paclitaxel ou docetaxel;
· Em combinação com quimioterapia adjuvante de docetaxel e carboplatina.
*HER2 é uma proteína que se encontra na superficie de numerosas células.
HER2 é uma abreviatura que significa: Receptor 2 do fator de crescimento
Epidérmico Humano
Reações adversas Reações adversas
⇨ondas de calor,
⇨ sangramento ou corrimento vaginal,
⇨ prurido vulvar,
⇨ intolerância gastrintestinal,
⇨ náuseas e vômitos,
⇨ anorexia,
⇨ dor localizada,
⇨ cefaléia,
⇨ tontura,
⇨ erupção cutânea e pele seca,
⇨ retenção de fluídos, edema periférico,
⇨irregularidades menstruais,
⇨exantema.
⇨ tendência maior para
⇨tromboembolismo e para embolismo
pulmonar.
⇨ diminuição do número de plaquetas
⇨ vertigens,
⇨ dor de cabeça,
⇨ depressão,
⇨ confusão,
⇨ fadiga e câimbras musculares.
⇨ Leucopenia e trombocitopenia
transitórias foram observadas.
⇨ distúrbios visuais⇨ catarata e retinopatia.
⇨ tumores ovarianos císticos.
TAMOXIFENO
Tratamento paliativo e/ou adjuvante do carcinoma mamário
hormoniodependente e de suas metástases.
CIRURGIAS
TIPOS DE CIRURGIAS
☞ CONSERVADORAS:
Ñ Quadrantectomia
 Consiste a retirada de ¼ da mama ( margens de do
mínimo 2cm), remoção da pele, exérese da fáscia do
músculo peitoral maior e esvaziamento axilar completo.
Ñ Quandrantectomia complementada por radioterapia
– QUART
Ñ Tumorectomia ou lumpectomia: exérese simples do
tumor.
• Margens cirúrgicas >
1cm
• Resultado estético
• Radioterapia
• Seguimento
CIRURGIA
CONSERVADORA
Preceitos Básicos
• DIÂMETRO (< 3 cm)
• Lesão única
• Volume mamário
• Mamografia prévia
CIRURGIA RADICAL
MASTECTOMIA RADICAL CLÁSSICA -
TÉCNICA DE HALSTED – 1894
MASTECTOMIA RADICAL MODIFICADA
 TÉCNICA DE PATEY
MASTECTOMIA RADICAL MODIFICADA
 TÉCNICA DE MADDEN
MASTECTOMIA SIMPLES OU TOTAL
DRENO DE SUCÇÃO CONTÍNUA
● O dreno deve
permanecer
de 7 a 10 dias.
Quadro Clínico Pós-operatório
• Dor
▪Diminuição da ADM (amplitude de movimentos do ombro)
do ombro homolateral à cirurgia
▪ Diminuição de força em MS homolateral à cirurgia
▪ Linfedema
▪ Alterações de sensibilidade
▪ Alterações posturais
Podem ocorrer ainda:
▪ Infecção da ferida
▪ Seroma
▪ Pneumotórax
▪ Necrose tecidual
▪ Hemorragia
▪ Lesão da estruturas neurovasculares da axila
RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA
☺ OBJETIVOS:
Restabelecer a imagem corporal ou melhorar a
auto-estima;
Restaurar o volume perdido;
Assegurar uma simetria com a mama oposta;
Recriar aréola e mamilo.
☹ CONTRA INDICAÇÕES DA RECONSTRUÇÃO
Radioterapia e quimioterapia
Metástase
Recidivas locais
Diabetes
Tabagista
HA,......
Resultado de reconstrução com Retalho Miocutâneo de Reto
Abdominal ( TRAM )
LEI Nº 10.223 - DE 15 DE MAIO DE 2001 - DOU DE 16/5/2001
Altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, para dispor sobre a obrigatoriedade
de cirurgia plástica reparadora de mama por planos e seguros privados de
assistência à saúde nos casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º
Art. 1º A Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998 passa a vigorar acrescida do seguinte
art. 10-A:
"Art. 10-A. Cabe às operadoras definidas nos incisos I e II do § 1º do art. 1º desta
Lei, por meio de sua rede de unidades conveniadas, prestar serviço de cirurgia
plástica reconstrutiva de mama, utilizando-se de todos os meios e técnicas
necessárias, para o tratamento de mutilação decorrente de utilização de técnica de
tratamento de câncer."
READAPTAÇÃO FUNCIONAL PÓS
CIRURGIA DE MAMA
NOS 1º DIAS DE PÓS-OPERATÓRIO
VERIFICAR SE CONSEGUE!!!!!
Prevenção de Linfedema
AUTOMASSAGENS PARA PACIENTES: PÓS-
MASTECTOMIA + QUADRANTECTOMIA OU
MASTECTOMIA + MASTECTOMIA
EVITAR NO MÁXIMO

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