Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA RESPIRATÓRIO Compreende as vias aéreas superiores e inferiores. PRINCIPAL FUNÇÃO: A realização da troca gasosa, e é responsável pelo transporte do ar ambiente para os alvéolos pulmonares, nos quais ocorrem a extração de oxigênio e a liberação de dióxido de carbono. VIAS AÉREAS SUPERIORES: São formadas por fossas nasais, nasofaringe, orofaringe, laringofaringe e laringe. FUNÇÕES: Condução do ar para os pulmões e proteção das vias aéreas inferiores contra corpos estranhos, além de aquecimento, filtração e umidificação do ar. VIAS AÉREAS INFERIORES: São formadas por traqueia, brônquios e alvéolos. FUNÇÕES: Condução do ar e troca gasosa. CAIXA TORÁCICA: É a estrutura óssea limitada por esterno, costelas (12 pares) e vértebras (12 vértebras torácicas). A numeração das costelas e dos espaços intercostais é realizada de cima para baixo. A primeira costela não é acessível à palpação por estar situada atrás das clavículas. PULMÃO: 0s pulmões, suas cissuras e lobos podem ser mentalmente projetados na parede torácica. Na região anterior, o ápice de cada pulmão se eleva cerca de 2 a 4 cm acima do terço interno da clavícula. A borda inferior do pulmão cruza a 6º costela na linha hemiclavicular e a 8º costela na linha axilar média. Na face posterior, a borda inferior do pulmão situa-se, aproximadamente, na altura da 10º apófise espinhosa torácica e, quando ocorre a inspiração, ela desce ainda mais. Cada pulmão é divido em lobos pelas cissuras oblíqua (principal) e horizontal (secundária). É importante ressaltar que a cissura horizontal, apresenta-se apenas no pulmão direito. TERMOS PARA A EXATA DESCRIÇÂO DA REGIÃO DOS ACHADOS CLÍNICOS: SUPRACLAVICULAR acima das clavículas; INFRACLAVICULAR abaixo das clavículas; INTERESCAPULAR entre as escápulas; INFRAESCAPULAR abaixo das escápulas; BASES PULMONARES as partes mais inferiores; ÁPICES PULMONARES as partes superiores dos pulmões. RESPIRAÇÃO (normal):é tranquila e fácil, audível apenas próximo à boca entreaberta, semelhante a um fraco sopro, com movimentos respiratórios suaves. A movimentação abdominal é mais facilmente observada na posição de decúbito dorsal, e os movimentos torácicos ficam mais evidentes na posiçâo sentada. SEMIOTÉCNICA DOS PULMÕES É realizada por meio dos procedimentos de inspeção, palpação, percussão e ausculta. INSPEÇÕES ESTÁTICA E DINÂMICA: ESTÁTICA: O enfermeiro deve observar condições da pele, formato do tórax, abaulamentos e retrações. DINÂMICA: Observa-se a dinâmica respiratória —a movimentação da caixa torácica é observada durante um ciclo respiratório (inspiração e expiração). A frequência respiratória considerada normal é de 12 a 20 incursões respiratórias por minuto (ipm), ou movimentos respiratórios por minuto (mpm). A movimentação respiratória é observada quanto à sua amplitude ou profundidade de expansão e ritmo. É importante verificar também a simetria bilateral, com os pulmões expandindo ao mesmo tempo, de maneira igual, e assimetria, quando um dos pulmões não expande na inspiração. RITMOS RESPIRATÓRIOS E ALTERAÇÕES DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: EUPNEIA: respiração com padrões normais. TAQUIPNEIA: respiração rápida e superficial. BRADIPNEIA: respiração lenta e superficial. Ocorre normalmente durante o sono e em atletas. APNEIA: ausência de movimentos respiratórios. HIPERPNEIA: respiração rápida e profunda, fisiológica, após exercícios físicos. Pode manifestar-se também pela ansiedade, acidose metabólica ou lesões neurológicas. DISPNEIA: dificuldade respiratória. PLATIPNEIA: dificuldade de respiração na posição ereta,aliviada na posição deitada. ORTOPNEIA: dificuldade respiratória (dispneia) que ocorre quando a pessoa está deitada, fazendo com que tenha que dormir elevada na cama. TREPOPNEIA: paciente se sente confortável para respirar em decúbito lateral. Pode ocorrer na insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e no derrame pleural. RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL: respiraçâo profunda, com frequência rápida, normal ou lenta. Caracteriza-se por inspirações rápidas e amplas, intercaladas com inspirações rápidas com pouca amplitude e curtos períodos de apneia em inspiração e expirações profundas e ruidosas e períodos de apneia expiratória. RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES: caracteriza-se por dispneia periódica, períodos de respiração lenta e superficial que gradualmente vai se tornando rápida e profunda, alternando com períodos de apneia. RESPIRAÇÃO DE BIOT: também denominada atáxica, por ser irregular. Os movimentos respiratórios podem ser algumas vezes lentos, e outra vezes rápidos, superficiais ou profundos, cessando por curtos períodos, sem relação constante entre a diferenciação dos movimentos. IMPORTANTE OBSERVADA É A TIRAGEM INTERCOSTAL: fisiologicamente observável em pessoas magras na região infra-axilar, em que ocorre a depressão dos espaços intercostais. A tiragem unilateral é observada em um hemitórax quando ocorre a oclusão de um brônquio principal, e bilateral quando a oclusão se encontra acima da bifurcação traqueal ou em estreitamentos generalizados dos pequenos brônquios, como na asma. PALPAÇÃO A técnica de palpação é usada para verificar posicionamento da traqueia, estrutura da parede torácica, expansibilidade torácica e frêmito. Palpação da traqueia: verifica-se a localização da traqueia em relação ao músculoesternocleidomastoideo, que deve apresentar simetria em ambos os lados, sem desvios. A traqueia possui uma discreta mobilidade para ambos os lados. Deve-se observar presença de massas e nódulos. ESTRUTURA DA PAREDE TORÁCICA: verificar possíveis anormalidades encontradas na inspeção. Deve ser realizada com a base palmar. Avalia-se a presença de crepitações, dor na parede torácica (áreas hipersensíveis), tônus muscular, presença de massas, edema e frêmito palpável. EXPANSIBILIDADE TORÁCICA: avaliar a expansibilidade dos ápices. Solicita-se que o paciente respire fundo e, enquanto isso, o examinador observa a movimentação simétrica ou não de suas mãos. PALPAÇÃO A técnica de palpação é usada para verificar posicionamento da traqueia, estrutura da parede torácica e a expansibilidade torácica. PALPAÇÃO DA TRAQUEIA: verifica-se a localização da traqueia em relação ao músculo esternocleidomastoideo, que deve apresentar simetria em ambos os lados, sem desvios. A traqueia possui uma discreta mobilidade para ambos os lados. Deve-se observar presença de massas e nódulos. ESTRUTURA DA PAREDE TORÁCICA: Verificar possíveis anormalidades encontradas na inspeção. Deve ser realizada com a base palmar. Avalia-se a presença de crepitações, dor na parede torácica (áreas hipersensíveis), tônus muscular, presença de massas, edema e frêmito palpável. EXPANSIBILIDADE TORÁCICA: avaliar a expansibilidade dos ápices. Solicita-se que o paciente respire fundo e, enquanto isso, o enfermeiro observa a movimentação simétrica ou não de suas mãos. FRÊMITO TÁTIL: avaliar os frêmitos, que são vibrações palpáveis. Os sons gerados pela laringe são transmitidos por meio dos brônquios permeáveis e do parênquima pulmonar até a parede torácica, em que são sentidos como vibrações. Deve-se usar a base palmar para tocar o tórax do paciente enquanto ele repete palavras ressonantes que criam vibrações fortes (trinta e três), a que se dá o nome de frêmito toracovocal. Já o frêmito brônquico é palpável na presença de secreções brônquicas espessas. Pode ser usada uma das mãos ou as duas, a fim de comparar os lados direito e esquerdo. PERCUSSÃO Técnica que avalia a produção de sons pelo contato da mão com a parede torácica nos espaços intercostais. Esse procedimento ajuda a determinar se os tecidos estão cheios de ar, líquido ou se são sólidos. Realiza-se a percussão dígito- digital dos ápices às bases, nas faces anterior e posterior do tórax, sempre comparandoum lado ao outro. São eles: CLARO PULMONAR: caracteriza-se por um som com timbre grave e oco, e reflete a normalidade pulmonar. HIPERSONORO: indica aumento de ar nos pulmões ou no espaço pleural, sendo mais intenso e de timbre mais grave do que o claro pulmonar. Encontrado no pneumotórax e enfisema pulmonar. TIMPÂNICO: trata-se de um som oco, semelhante ao rufar de um tambor. Encontramos esse som ao percutir o pulmão em situações de amplo pneumotórax e se houver uma câmara repleta de ar. SUBMACIÇO E MACIÇO: ambos indicam a diminuição ou inexistência de ar no interior dos alvéolos. Os sons maciços são ruídos surdos e secos, como os identificados em estruturas ósseas. 0s submaciços são suaves e de alta frequência, como na percussão do fígado. AUSCULTA A ausculta pulmonar é a técnica mais importante para avaliação do sistema respiratório. Consiste em ouvir os ruídos respiratórios com o diafragma do estetoscópio em todo o ciclo respiratório (inspiração e expiração). Deve ser realizada preferencialmente com o paciente sentado, com o tórax desnudo e com o paciente respirando profundamente. Nas situações em que ele não consegue se sentar, a ausculta é realizada com o paciente em decúbito dorsal e lateral. Deve-se auscultar realizando a comparação entre os lados esquerdo e direito, em tórax anterior e posterior. Os sons normais de vibrações produzidas pela movimentação do ar nas vias respiratórias, denominam-se brônquico ou traqueal, broncovesicular e murmúrios vesiculares. SOM BRÔNQUICO OU TRAQUEAL: auscultado nas áreas de projeção da traqueia e laringe. Fase expiratória é mais audível que a inspiratória. SOM BRONCOVESICULAR: auscultado sobre os grandes brônquios. MURMÚRIOS VESICULARES: auscultado ao longo dos campos periféricos dos pulmões, onde o ar flui através dos bronquíolos menores e alvéolos, produzindo um som semelhante ao som do vento nas árvores. RUÍDOS ADVENTÍCIOS: são sons anormais que se sobrepõem aos sons normais. São provocados por processos patológicos que comprometem a árvore brônquica e os alvéolos, levando à obstrução do fluxo de ar. São eles: CREPITAÇÔES OU ESTERTORES FINOS: sons agudos, auscultados na fase inspiratória, que não se modificam com a tosse e podem mudar de acordo com a posição. Decorrem da presença de pequena quantidade de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar. Som semelhante à delicada abertura de um velcro. Patologias associadas: pneumonia, congestão pulmonar e doenças intersticiais. CREPITAÇÔES GROSSAS OU ESTERTORES GROSSOS: ruídos grossos ou bolhosos, de sons mais graves e que se modificam com a tosse e não são influenciados pela mudança de posição. Podendo ser comparados ao rompimento de pequenas bolhas. Audíveis no início da inspiração e ao longo da expiração, durante o encontro da corrente aérea e secreções viscosas. Patologias associadas: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bronquiectasias. RONCOS: sons mais graves, de maior duração. Presente quando há produção excessiva de muco, e este se apresenta nos brônquios secundários e bronquiolos, modificando-se com a tosse. Audíveis na inspiração e ao longo da expiração. Patologias associadas: pneumonia, bronquite e bronquiectasias. SIBILOS: sons agudos de maior duração, audíveis na inspiração e ao longo da expiração, que não se modificam com a tosse. Emitidos pela passagem do ar em vias aéreas estreitadas. Quando muito intensos, podem ser audíveis sem estetoscópio. Patologias associadas: asma e broncoconstrição. ATRITO PLEURAL: som descrito como roçar de dois pedaços de couro. Audível tanto na inspiração quanto na expiração. Decorre da inflamação pleural, com frequência associa-se a pleurite, pneumonia e infarto pleural. CORNAGEM OU ESTRIDOR: respiração com ruídos devido a obstrução no nível da laringe ou da traqueia (ruído intenso e alto), percebida na inspiração. Decorre de laringite, edema de glote, tumores, corpos estranhos na laringe e estenose da traqueia. HIPERPNEIA: respiração rápida e profunda, fisiológica, após exercícios físicos. Pode manifestar-se também pela ansiedade, acidose metabólica ou lesões neurológicas. RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES: caracteriza-se por dispneia periódica, períodos de respiração lenta e superficial que gradualmente vai se tornando rápida e profunda, alternando com períodos de apneia.
Compartilhar