Buscar

Resumo de aula Sem 12 Dir Int - II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
RESUMO DE AULA – SEMANA 11
01-03/11/2022
Minuto de reflexão
Contratos internacionais (continuação)
Lex Mercatoria
Como nem sempre a resolução do conflito é possível a partir das normas de direito internacional privado ou das regras propostas pelos tratados e convenções internacionais, torna-se necessário que os países recorram aos usos e costumes que compõem o direito costumeiro, também conhecido como “lex mercatória”. 
A Lex Mercatoria surgiu em função do crescimento do comércio internacional, das controvérsias em relação à aplicação de sistemas jurídicos aos contratos internacionais e do aparecimento dos organismos internacionais. 
Consiste em um conjunto de regras disciplinadoras do comércio internacional baseado no consenso e na prática dos comerciantes ou de profissionais, desvinculado das normas legais do Estado.
A Lex Mercatoria ganha natureza jurídica ao interagir com os sistemas jurídicos nacionais e o direito internacional público, através de 
- princípios consolidados no comércio internacional, tais como, caráter internacional dos usos, práticas, costumes e comportamentos dos operadores do comércio internacional;
- aplicação uniforme, dos princípios aos contratos internacionais dos diferentes sistemas jurídicos nacionais; 
- boa-fé que gera obrigações, mensurada a partir das práticas, usos e comportamentos habituais dos comerciantes; 
- razoabilidade, determinada a partir do comportamento de outras pessoas com a mesma qualificação e na mesma situação.
· Fontes da Lex Mercatoria:
· os princípios gerais do Direito;
· os usos e costumes (os contratos e suas cláusulas especiais e os novos tipos contratuais);
· as regras estáveis da jurisprudência arbitral internacional. 
*ARBITRAGEM.
A arbitragem internacional é um sistema privado de solução de conflitos que pode ser utilizado no comércio internacional. 
Entretanto, devem ser observadas as seguintes condições:
- só podem ser apreciadas questões de direito disponíveis entre pessoas de direito público ou privado; 
- é necessária a previsão em contrato; 
- o início do procedimento deve ocorrer conforme acordo prévio das partes ou mediante comunicação comprovada; 
- o compromisso arbitral deve ser firmado antes do início da arbitragem; 
- pode haver um árbitro ou um tribunal arbitral em número ímpar; 
- a arbitragem pode ocorrer a revelia; 
- a decisão deve partir de critérios previamente estabelecidos pelas partes, sem violar bons costumes e ordem pública;
- a arbitragem deve ocorrer no prazo acordado ou até seis meses;
- a sentença arbitral é proferida em uma única instância; (mas há, em regra, a possibilidade de revisão [embargos declaratórios])
- no Brasil, a sentença arbitral é reconhecida, mas deve ser homologada; 
- a execução da sentença ocorre mediante o poder judiciário; (Justiça Federal) 
- as custas são suportadas pelas partes; 
- pode haver “recurso” ao poder judiciário para pleitear a nulidade da sentença arbitral por infringir requisitos formais ou procedimentos legais.
LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996.
	 
	Dispõe sobre a arbitragem.
O  PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.                    (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)        (Vigência)
§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações.                      (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)        (Vigência)
Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes.
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública.
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio.
§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade
O cumprimento das decisões dos árbitros depende da vontade das partes, uma vez que não tem um poder judicial como nos sistemas jurídicos nacionais, ou seja, as partes envolvidas acatam a decisão, não por força do Estado, mas por integrar uma corporação. Se uma das partes não acatar a decisão, a outra parte precisa recorrer à justiça de algum ordenamento jurídico ao qual o fato esteja vinculado, para reclamar o direito. 
A utilização da arbitragem facilita o desenvolvimento das práticas comerciais internacionais porque permite que as partes envolvidas resolvam as controvérsias sem enfrentar o conflito de leis decorrente da vinculação do negócio a mais de um sistema jurídico nacional, o que é próprio das normas do direito internacional privado. Cada vez mais freqüente nos contratos, referida cláusula determina que, caso surjam controvérsias na aplicação do contrato, serão elas resolvidas não pela justiça pública, mas sim pela arbitragem, com o que se visa a uma solução rápida e eficaz dos conflitos.
Na prática do comércio internacional, os tribunais e as cortes de arbitragem reconhecem que as partes podem escolher o direito aplicável ao contrato, independentemente dos sistemas jurídicos nacionais aos quais as partes estejam vinculadas, com base no princípio da autonomia da vontade 
Convenção Interamericana sobre Arbitragem Comercial Internacional, de 30 de janeiro de 1975 (promulgada pelo Decreto n. 1.902, de 9.05.1996, publicado no DOU de 10.05.1996)
	
DECRETO Nº 1.902, DE 9 DE MAIO DE 1996.
	
	Promulga a Convenção Interamericana sobre Arbitragem Comercial Internacional, de 30 de janeiro de 1975.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e
Considerando que a Convenção Interamericana sobre Arbitragem Comercial Internacional foi assinada no Panamá, em 30 de janeiro de 1975;
Considerando que a Convenção ora promulgada foi oportunamente submetida ao Congresso Nacional, que a aprovou por meio do Decreto Legislativo número 90, de 06 de junho de 1995;
Considerando que a Convenção em tela entrou em vigor internacional em 16 de junho de 1976;
Considerando que o Governo brasileiro depositou a Carta de Ratificação do instrumento multilateral em epígrafe, em 27 de novembro de 1975, passando o mesmo a vigorar, para o Brasil, em 27 de dezembro de 1995, na forma de seu artigo 10,
DECRETA:
Art. 1º A Convenção Interamericana sobre Arbitragem Comercial Internacional, assinada no Panamá, em 30 de janeiro de 1975, apensa por cópia ao presente Decreto, deverá ser executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Art. 2º O presente Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de maio de 1996; 175º da Independência e 108º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Sebastião do Rego Barros Neto
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 10.5.1996
    ANEXO AO DECRETO QUE PROMULGA A CONVENÇÃO INTERAMERICANA SOBRE ARBITRAGEM COMERCIAL INTERNACIONAL, CONCLUÍDA NO PANAMÁ, EM 30 DE JANEIRO DE 1975/MRE.
    CONVENÇÃO INTERAMERICANA SOBRE ARBITRAGEM INTERNACIONAL
    Os Governos dos estados Membros da Organização dos Estados Americanos, desejosos de concluir uma Convenção sobre arbitragens Comercial Internacional, convieram no seguinte:
     ARTIGO 1
É válido o acordo das partes em virtude do qual se obrigam a submeter a decisão arbitral as divergências que possam surgir ou que hajam surgido entre elas com relação a um negócio de natureza mercantil. O respectivo acordo constará do documento assinado pelas partes, ou de troca de cartas, telegramas ou comunicações por telex.
    ARTIGO 2
A nomeação dos árbitros seráfeita na forma em que convierem as partes. Sua designação poderá se delegada a um terceiro, seja esta pessoa física ou jurídica.
Os árbitros poderão ser nacionais ou estrangeiros.
    ARTIGO 3
Na falta de acordo expresso entre as Partes, a arbitragem será efetuada de acordo com as normas de procedimento da Comissão Internacional de arbitragem Comercial.
    ARTIGO 4
As sentenças ou laudos arbitrais não impugnáveis segundo a lei ou as normas processuais aplicáveis terão força de sentença judicial definitiva. Sua execução ou reconhecimento poderá ser exigido da mesma maneira que a das sentenças proferidas por tribunais ordinários nacionais ou estrangeiros, segundo as leis processuais do pais onde forem executadas e o que for estabelecido a tal respeito por tratados internacionais.
    ARTIGO 5
1. Somente poderão ser denegados o reconhecimento e a execução da sentença por solicitação da parte contra a qual for invocada, se esta provar perante a autoridade competente do Estado em que forem pedidos o reconhecimento e a execução:
a) que as partes no acordo estavam sujeitas a alguma incapacidade em virtude da lei que lhes é aplicável, ou que tal acordo não é válido perante a lei a que as partes o tenham submetido, ou se nada tiver sido indicado a esse respeito, em virtude da lei do país em que tenha sido proferida a sentença; ou
b) que a parte contra a qual se invocar a sentença arbitral não foi devidamente notificada a designação do árbitro ou do processo de arbitragem ou não pôde, por qualquer outra razão, fazer valer seus meios de defesa; ou
c) que a sentença se refere divergência não prevista no acordo das partes de submissão ao processo arbitral; não obstante, se as disposições da sentença que se referem às questões submetidas à arbitragem puderem ser isoladas das que não foram submetidas à arbitragem, poder-se-á dar reconhecimento e execução às primeiras; ou
d) que a constituição do tribunal arbitral ou o processo arbitral não se ajustaram ao acordo celebrado entre as partes ou, na falta de tal a acordo, que a constituição do tribunal arbitral ou o processo arbitral não se ajustaram à lei do Estado onde se efetuou a arbitragem; ou
e) que a sentença não é ainda obrigatória para as partes ou foi anulada ou suspensa por uma autoridade competente do estado em que, ou de conformidade com cuja lei, foi proferida essa sentença.
1. Poder-se-á também denegar o reconhecimento e a execução de uma sentença arbitral, se a autoridade competente do Estado em que se pedir o reconhecimento e a execução comprovar:
a) que, segundo a lei desse Estado, o objeto da divergência não é suscetível de solução por meio de arbitragem; ou
b) que o reconhecimento ou a execução da sentença seriam contrárias à ordem pública do mesmo Estado.
    ARTIGO 6
Se se houver pedido à autoridade competente mencionada no Artigo V, parágrafo 1, "e", a anulação ou a suspensão da sentença, a autoridade perante a qual se invocar a referida sentença poderá, se o considera procedente, adiar a decisão sobre a execução da sentença e, a instância da parte que pedir a execução, poderá também ordenar à outra parte que dê garantias apropriadas.
    ARTIGO 7
Esta Convenção ficará aberta à assinatura dos Estados Membros da Organização dos Estados Americanos.
    ARTIGO 8
Esta Convenção está sujeita à ratificação. Os instrumentos de ratificação serãoi depositados na Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos.
    ARTIGO 9
Esta Convenção ficará aberta à adesão de qualquer outro Estado. Os instrumentos de adesão serão depositados na Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos.
    ARTIGO 10
1. Esta convenção entrará em vigor no 30º (trigésimo) dia a partir da data em que haja sido depositado o segundo instrumento de ratificação.
2. Para cada Estado que ratificar a Convenção ou a ela aderir depois de haver sido depositado o segundo instrumento de ratificação, a Convenção entrará em vigor no 30º (trigésimo) dia a partir da data em que tal Estado haja depositado seu instrumento de ratificação ou de adesão.
    ARTIGO 11
1. Os Estados Partes que tenham duas ou mais unidades territoriais em que vigorem sistemas jurídicos diferentes com relação a questões de que trata esta Convenção poderão declarar, no momento da assinatura, ratificação ou adesão, que a Convenção se aplicará a todas as suas unidades territoriais ou somente a uma ou mais delas.
2. Tais declarações poderão ser modificadas mediante declarações ulteriores, que especificarão expressamente a ou as unidades territoriais a que se aplicará esta Convenção. Tais declarações ulteriores serão transmitidas à Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos e surtirão efeito 30 (trinta) dias depois de recebidas.
    ARTIGO 12
Esta Convenção vigorará por prazo indefinido, mas qualquer dos Estados Partes poderá denunciá-la. O instrumento de denúncia será depositado na Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos. Transcorrido um ano, contado a partir da data do depósito do instrumento de denúncia, cessarão os efeitos da Convenção para o Estado denunciante, continuando ela subsistente para os demais Estados Partes.
   
 ARTIGO 13
O instrumento original desta Convenção, cujos textos em português, espanhol, francês e inglês são igualmente autênticos, será depositado na Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos. A referida Secretaria notificará aos Estados Membros da Organização dos Estados Americanos, e aos estados que houverem aderido à Convenção, as assinaturas e os depósitos de instrumentos de ratificação, de adesão e de denúncia, bem como as reservas que houver. Outrossim, transmitirá aos mesmos as declarações previstas no Artigos 11 desta Convenção.
EM FÉ DO QUE, os plenipotenciários infra-assinados, devidamente autorizados por seus respectivos Governos, firmam esta Convenção.
FEITA NA CIDADE DO PANAMÁ, República do Panamá, no dia trinta de janeiro de mil novecentos e setenta e cinco.
CHEGAMOS AO FINAL DO SEMESTRE!

Continue navegando