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Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Urgência e Emergência - aula 1 Prof. Roberto Salvador 06/08/19 Arritmias e uso do desfibrilador manual Arritmias: - Sintomáticas: • Estáveis. • Instáveis (baixo débito; dor precordial ou congestão). - Assintomáticas. Nas bradiarritmia e nas taquiarritmia, o paciente pode se apresentar de duas maneiras: tem sintoma ou não tem sintoma. Então, o paciente pode chegar com dor de garganta e no exame físico detectar uma bradicardia. Ou seja, ele nem tinha sintomas dessa arritmia (a queixa era outra). Ou então ele vem com queixa de palpitação, fraqueza, tontura, mal estar, sensação de aperto no peito. Esses sintomáticos são divididos em estáveis e instáveis. Os instáveis são as emergências. Eles podem ter sinais de baixo débito, sinais de choque como pulso fino e hipotensão. Mas pode também ter repercussões no SNC como tontura, fraqueza, síncope. Dor precordial é outro sintoma de baixo débito por má perfusão coronariana. Pode ter sinais de congestão. O coração não consegue bombear, o ventrículo esquerdo ejeta muito volume. O que chega nele vai acumulando, fica congesto e tem edema pulmonar. Essa congestão tem que interpretar como insuficiência cardíaca aguda provavelmente pela arritmia. Obs.: paciente com quadro de sepse tem vasodilatação, perde líquido, faz mal perfusão nos tecidos. Fica taquicárdico com pulso fino ou hipotenso. Aqui o problema é na área cardíaca. A bradiarritmia leva ao baixo débito, pulso fino e hipotensão. A causa é cardíaca. Então, a bradiarritmia é causada pelo coração. Ele chocou porque o coração não trabalho (e não o coração tentou compensar o estado de choque). Aqui temos uma arritmia levando ao baixo débito = isso é a essência do choque cardiogênico (seja por bradiarritmia ou taquiarritmia). Se o paciente está instável, independente da arritmia (bradi ou taqui), devemos começar com MOV, fazer ABCDE, etc. Ou seja, devemos tratar o paciente e não somente a arritmia. �1 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Arritmias: - Taquirritmias: • Ventricular. • Supraventricular atrial ou nó AV. - Bradirritmias: • Nó sinusal. • Nó Atrioventricular (BAV). As arritmias se dividem em bradiarritmia e taquiarritmia. Toda vez que pensamos em taquiarritmias o problema pode estar no ventrículo ou acima do ventrículo (nesse caso é no átrio ou no nó AV). Nas bradiarritmias o problema está no nó sinusal. O automatismo cardíaco é originado no nó sinusal. E o problema pode ser também no nó atrioventricular (são os bloqueios atrioventriculares). Nunca tratar o ECG, mas sim o paciente com arritmia!!! Nunca devemos esquecer de olhar o nosso paciente. Olhamos o ritmo, vemos que tem bloqueio AV Mobitz I, mas o paciente está conversando. É menos mal. Dai pedimos um eletro, fazemos um eco, chamamos o cardiologista par ver a origem disso. Então, primeiro devemos ver o paciente. Não é porque vimos uma arritmia que devemos já ir chocando o paciente, ele pode estar bem. Devemos fazer o exame físico focado no ABCDE, buscamos estabilidade hemodinâmica e tiramos a história baseada no SAMPLE. Avaliação do paciente com arritmia: - Exame físico: • ABCDE. • Estabilidade hemodinâmica. - História: • SAMPLE: - Frequência e duração do episódio. - Início e precipitantes. - Fatores de alívio e agravamento. - Sintomas. �2 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena - Qualquer doença subjacente. - Medicação. Estável ou instável? - Instabilidade hemodinâmica não se refere apenas à hipotensão arterial!!! - Sonolência, distúrbio de comportamento, tontura. - Dor precordial, dispneia, congestão pulmonar, TEC aumentado, FC < 50 bpm. Os sinais de instabilidade são: primeiro, instabilidade hemodinâmica não é somente hipotensão. Hipotensão é um dos sinais. Outro sinal é sonolência, distúrbio de comportamento e tontura (indicam má perfusão do cérebro - arritmia que levou ao baixo débito e perfundiu mal o cérebro), dor precordial, dispnéia, sinais de congestão, aumento do tempo de enchimento capilar, freqüência cardíaca abaixo de 50 bpm. Esses sinais podemos guardar com o sinal da cruz: Bradicardias e Bradiarritmias: - Adulto: FC < 50 bpm. - Criança: FC < 60 bpm. Em criança, como as frequências cardíacas são maiores, consideramos bradicardia importante abaixo de 60. Mas no adulto, a bradicardia é quando a freqüência está abaixo de 50. Somente a bradicardia abaixo de 50 é importante? Não, deve estar associado a baixo débito também. �3 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Sempre afastar as causas reversíveis: Na sala de emergência temos que pensar em reverter causas que podemos reverter no momento e que se não revertidas podem levar o paciente a óbito: são os H's e T’s. Dica para lembrar os 5 H’s e 5 T’s: Enquanto não revertemos essas causas que são urgências, o paciente não melhora da arritmia. Os H’s e T’s podem ser causas de todas as arritmias, porque qualquer coisa interfere no funcionamento cardíaco. �4 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena �5 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena O paciente com bradicardia tem que avaliar a condição clínica (avaliar o paciente): faz MOV e ABCDE, além de tratar causas simples. Depois avaliamos se tem sinais de baixo débito. Se ele tiver, está instável. Nesse caso, devemos dar atropina (0,5 mg/dose) EV (ao administrar tem que erguer o braço). Pode repetir essas does de 0,5 mg a cada 3-5 minutos. A dose máxima é 3 mg (ou seja 6 vezes). (VCP) Enquanto estamos fazendo 0,5 mg não devemos esperar dar 3 mg para pensar em outro plano. Então enquanto administramos 0,5 mg e vemos que não está respondendo, já temos que começar a elaborar o plano B. A alternativa quando o paciente não está respondendo é marcapasso transcutâneo ou dopamina em infusão contínua ou adrenalina. No PS, em geral, tem mais fácil dopamina ou adrenalina. Até achar o cabo do marcapasso pode levar tempo. Então, se estamos na quarta atropina e o paciente não melhorou, o próximo passo é dopamina enquanto preparamos o marca passo. Nesse caso, o marca passo é o transcutâneo. Ele é temporário. Colocamos as pazinhas adesivas nos mesmos locais da parada cardíaca. E devemos avisar sempre o paciente que vai dar uns choquinhos, além de sedá-lo um pouco. Estímulos eletricamente para aumentar a freqüência cardíaca. Se o paciente respondeu a atropina e não tem nenhum H ou T para corrigir, está estável (pulso e pressão arterial boas), devemos, então, encaminhar para a cardiologia para fazer exames (como cateterismo e ecocardiograma) para descobrir o por quê da arritmia. As vezes o paciente é chagassico e nesse caso o próximo passo é colocar marcapasso. Marca - passo: �6 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena O marca-passo temos dois tipos: O transvenoso em que punciona-se a subclávia e deixa a ponta do cateter do marcapasso no ventrículo. Subcutâneo que é implantado e também passa pela subclávia. Ele emite os impulsos elétricos pelo coração. Obs.: podemos iniciar a dopamina, mesmo antes de dar a dose máxima de atropina. Relembrando: Atropina a cada 3-5 min 0,5mg/dose —> infusão contínua de dopamina —> e/ou marcapasso transcutâneo. A gente coloca marcapasso se a dopamina não resolveu ou logo depois da atropina. Mas em geral, é mais rápido dar dopamina depois da atropina. Tem etapas que são da emergência e tem etapas que são do cardiologista. Primeiro vamos entender o ECG: Temos onda P, complexo QRS e onda T. A onda P corresponde a despolarização do átrio. Então, primeiro o despolariza e depois contrai as fibras musculares. Isso leva milissegundos. Entre o inicio e o final da onda P, ele não esta contraindo o tempo todo. Ele começa a contar no meio da onda para o final. O átrio termina de contrair antes do QRS. Há um intervalo entre a onda P e o complexo QRS que é um bloqueio feito nó AV para dar tempo de contrair a camadamuscular do átrio. Quando termina de contrair o átrio, o feixe de Hiz despolariza e acontece a contração após o septo. �7 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Em azul tem a sístole do átrio que começa no meio da onda P. Despolariza um pouco e vem em seguida a contração. Precisamos do no AV para que segure esse impulso elétrico. Senão, o ventrículo iria contrair ao mesmo tempo do átrio. Esse esquema é do ciclo cardíaco: �8 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Primeiro despolariza um pouquinho, ai o átrio começa a contrair, termina de despolarizar e o átrio termina de contrair. Precisa do nó AV para segurar. Em amarelo no desenho acima tem a despolarização do átrio. É possível ver que o volume do átrio não alterou. No segmento entre o final da onda P e inicio da onda Q é quando o impulso está passando pelo nó AV. O nó atrioventricular segura e depois contrai o ventrículo. Quando o impulso passa pelo nó AV, ele entra no ventrículo pelo septo interventricular. Então o septo é o primeiro a contrair. A onda Q é a despolarização do septo. Depois disso despolariza as paredes laterais, que é a maior massa de músculo cardíaco do ventrículo, correspondente a onda R. Depois termina de despolarizar a porção final do ventrículo que é a onda S. Então, começa a contração que é a próxima onda. O segmento ST é quando cada fibra está em uma fase (algumas ja se despolarizaram, outras não). Então esse ponto é perigoso, porque se dermos um choque bem nessa hora vai gerar focos de arritmia. Por isso, na hora que vamos sincronizar o choque não podemos chocar nessa fase ST porque pode gerar fibrilação ventricular. Obs.: o ST é chamado de período vulnerável. A contração do ventrículo acontece até o final do ST. Depois disso começa a repolarizar. Quando a pessoa infarta, tem elevação do segmento ST porque há problemas nessa fase da contração muscular. �9 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Bradicardia sinusal: Para saber a freqüência cardíaca estimada: contar quantos quadradinhos tem entre dois QRS. E dividir 1500 por esse número. - Adultos: FC < 50 bpm em repouso. - Criança: FC < 60 bpm em repouso. - Justificativa do ritmo sinusal: • Eixo onda P positivo D1 e AVF. �10 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena • Intervalo P-R normais e constantes. Uma vez que diagnosticamos a bradicardia devemos ver se é sintomática ou não. Se for sintomática devemos ver se tem baixo débito ou não. Para dizer que é sinusal: o eixo da onda P deve ser positiva em DI e avF; o intervalo PR é normal e constante em todas as derivações. Na prova pode cair: qual o ritmo e por que? Uma bradicardia sinusal pode ser instável? Pode, porque o débito cardíaco é freqüência cardíaca x volume sistólico. Se a freqüência é muito baixo, então o volume sistólico não é suficiente para manter o débito necessário. Ai pode estar com pulso fino, hipotenso, dor precordial. • Causas: - Atletas (normal). - Hipertensão intra-craniana. - Hipóxia, hipercalemia. - Hipercalcemia. - Estimulação vagal, hipotermia. - Hipotireoidismo, síndrome do QT longo. - Drogas: digoxina, beta-bloqueadores, clonidina, opióides, sedativos, hipnóticos, amiodarona. As causas de bradicardia sinusal são: além de cardiopatias primárias, pode ser causada por H’s e T’s. Medicamentos como betabloqueador podem causar bradicardia sinusal. Na emergência não precisamos localizar as causas cardíacas, mas sim estabilizar o paciente e ter certeza que não é H e T (H e T é responsabilidade do emergencista). �11 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena - Causas reversíveis: • Hipovolemia. • Hipóxia. • Hidrogênio, íon/ ion de (acidose). • Hipoglicemia. • Hipo/ Hipercalemia. • Hipotermia. • Tensão no tórax (pneumotórax). • Tamponamento cardíaco. • Toxinas. • Trombose pulmonar. • Trombose coronariana. • Terapêutica: - Estável —> tratar causa subjacente. - Instável —> medidas de emergência. Se o paciente está estável devemos somente tratar a causa subjacente, ou seja, pode ser qualquer coisa, só precisamos eliminar os H’s e T’s e encaminhar para o cardiologista. Se está instável devemos fazer as medidas de emergência: atropina, dopamina e marcapasso dependendo resposta. Bloqueios atrioventriculares: - Sempre afastar as causas reversíveis. �12 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Se tem um bloqueio no nó AV, no eletro estará alterado o segmento PR. A alteração dos bloqueios estará sempre nesses segmentos então dependendo de como ele se comportar sabemos se é tipo I, tipo II, total, etc. Bloqueio A-V de primeiro grau: - Atraso na condução através do nó AV. - Prolongamento do intervalo PR. - “É o plantonista que sempre se atrasa mas a equipe sabe que ele virá”. - Habitualmente assintomático. - Causas: • Febre reumática aguda, doença de Lyme, cardiopatia congênita (CIA, anomalia de Ebstein), cardiomiopatia, após cirurgia cardíaca cardíaca, crianças normais. • Drogas: toxicidade digitálicos. - Terapêutica: tratar causa subjacente. - Se achado isolado – benigno: sem necessidade de terapêutica ou seguimento. - 5H + 5T. No bloqueio tipo I é aumento mais de 3 quadradinhos e constante. Todos os impulsos que saem do átrio chegam no ventrículo, mas demoram um pouco mais do que normalmente. Se a freqüência está baixa, independente do bloqueio, pode estar instável. Mas a maior parte dos pacientes descobre isso quando vai fazer exames de rotina. Habitualmente é assintomático. As causas são várias. Na maior parte das vezes é achado isolado. �13 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Bloqueio AV de segundo grau: Mobitz tipo I – Wenckbach: Bloqueio 2º grau: Aquele que aumenta o tempo todo é o Mobitz I. Quando o intervalo é normal e do nada para de ter é o Mobitz II. - Aumento progressivo do intervalo PR até que um QRS não é conduzido (não contração ventricular). - Plantonista que um dia chega 10 minutos atrasado, outro dia 20 minutos, outro 30 minutos até que um dia não aparece (faltou no plantão). - Não progride habitualmente para bloqueio A-V completo. - Causas: • Miocardite, cardiomiopatia, cardiopatia congênita, cirurgia cardíaca, infartomiocárdio, atividade parassimpática aumentada, febre reumática aguda. • Drogas: toxicidade digitálica, toxicidade de beta-bloqueadores. - Tratamento: tratar causa subjacente. O segmento vai aumentado e uma hora que o átrio contrai mas não chega no ventrículo (tem uma onda P que não gera QRS). Habitualmente não progride para BAV total. As causas, além dos H’s e T’s, tem miocardite, cardiopatia congênita, cirurgia cardíaca, infarto, atividade cardíaca parassimpática aumentada. O tratamento depende se esta estável ou instável. Estável trata causa subjacente. E o instável trata com atropina, dopamina e marcapasso. Bloqueio AV de segundo grau: Mobitiz tipo II: �14 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena - PR constante antes de QRS não conduzido. - “Plantonista que sempre chega na hora corretamente até que um dia sem aviso prévio nenhum, simplesmente não aparece”. - Bloqueio a jusante do nó AV no feixe de HIS. - Não existem em corações normais, habitualmente com doença estrutural ou pós- operatório. - Adultos: IAM, isquemia. - Pode progredir para BAV completo. - Pode necessitar de Pacemaker. - 5H + 5T. O intervalo PR é sempre certinho e do nada não conduz. Ele é o mais imprevisível e tudo que é imprevisível pode virar bloqueio atrioventricular total. Esse padrão não é regular como no Mobitz I (que aumenta, aumenta, para, aumenta, aumenta para). Não existe em coração normal, então em geral ele é cardiopata (qualquer tipo de cardiopatia). Como decorar os bloqueios: Bloqueio de 1º grau - É o BAIANO: chega atrasado mas vai para o trabalho. Bloqueio Mobitz tipo I - é o CARIOCA: começa a semana ele vai para o trabalho, dai na quarta feira da uma passadinhana praia e na sexta feira ja fica o dia inteiro na praia e não vai trabalhar. Bloqueio Mobitz II - é o PAULISTA: todo dia acorda para ir trabalhar e chega no horário, mas tem dia que ele não chega no trabalho porque tem muito trânsito. No dia seguinte está no trabalho de novo. Bloqueio AV de terceiro grau (completo): �15 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena - Dissociação completa da condução átrio ventricular. - Onda P normal. - Pacemaker juncional – QRS estreito. - Pacemaker ventricular – QRS alargado. - Frequência 30-50 bpm. - Causas: • Congênito: lúpus materno ou doença, tecido conjuntivo, cardiopatia congênita (L-TGA ou anomalia do septo AV). • Adquirido: pós-op, febre reumática aguda, cardite de Lyme, miocardiopatia, infarto (IAM), escorpionismo. - Pode necessitar de “Pacemaker” se sintomático, ou especialmente se de tipo adquirido. - 5H + 5T. Dica: dobrar a folha e marcar com risquinhos todas as ondas P. Dai vemos que o intervalo entre as ondas P são sempre regulares. Além disso podemos ver que tem onda P escondida no QRS, e isso quer dizer que eles não estão se falando. O átrio trabalha em um ritmo e o ventrículo assumiu um ritmo ventricular, eles não se comunicam. A onda P é normal. E tem uma marcapasso com QRS estreito que é bem na junçãozinha. Tem uma QRS estreito mas quem está assumindo é a junção atrioventricular. Se o marcapasso for no ventrículo, dai o QRS alarga. Tem o nó sinusal, dai o impulso passa pelo átrio e vai para o nó AV. Porém o nó AV está bloqueado, então o impulso não passa. Isso vai gerando onda P (mas despolariza, não passa e não gera QRS). Então de onde vem esse QRS no eletro? Há fibras no feixe de Hiz que começam a assumir o automatismo e como ela está bem no feixe, ela conduz. Quando o marcapasso está na junção, o QRS é estreito porque a condução no feixe de Hiz não mudou. Porém se o marcapasso assumido for no ventrículo, faz uma onda de condução em outro sentido e o QRS fica alargado. Então, o BAV total pode se apresentar com QRS estreito ou alargado. Na prova vai cair com o QRS estreito. A chance de um BAV total vir instável é bem maior do que de uma bradicardia sinusal. As causas são sempre com problemas cardíacos importantes, seja qual for. �16 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena �17 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Marca – passo transcutâneo: - Estabelecer a FR (iniciar com 60-70 bpm). - Modo: • Sob demanda: sensibilidade no tórax. • Fixo: indicado na bradicardia sintomática. - Carga de estimulação: sempre a menor possível. • Iniciar com 20MA. • Detectar o sinal do equipamento no traçado. • Cada espícula deve gerar um QRS (captura elétrica adequada no monitor). • Aumentar 10 a 20% por vez para obter o resultado. - Checar a captura mecânica: pulso femoral (freq. pulso = elétrica). - Aumentar 10 a 20% do valor obtido (limite de segurança). Quando vamos usar um marcapasso, primeiro temos que estabelecer uma freqüência cardíaca. Como 50 é uma freqüência baixa, começamos de 60 ou 70. Primeiro colocamos 70 para melhorar o débito do paciente. Depois temos que escolher os modos: um é de demanda e o outro é fixo. O de demanda pega os movimentos do tórax (por exemplo se fizer exercício aumenta a frequência), mas isso não é para emergência. O fixo estabelece uma freqüência independente do que está acontecendo. Esse modo é o usado na emergência. Após isso vamos para a carga, precisa avisar o paciente (porque doi um pouco já que é um choque) e se o paciente estiver muito nervoso deve seda-lo. Começa com 20 mili amperes. E vai aumentado de 20 em 20. Devemos detectar o traçado no eletrocardiograma, em que a espicula gere um QRS. Se a espicula não for suficiente para gerar um QRS temos que aumentar a carga (aumenta de 20 em 20). Quando aciona o botão marcapasso, colocamos o modo fixo. Na imagem está com 70 bpm com 80 mili amperes. Isso vai controlando nos botões, tanto a carga como a frequência. �18 Urgência e Emergência | Anna Julia Pena Se não gera QRS a voltagem está baixa, então tem que aumentar a voltagem. Com 80, cada uma das espiculas gera um QRS que é meio alargado (contração é gerada no ventrículo). �19
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