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Teoria-Geral-dos-Direitos-Humanos-I-e-II

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Teoria Geral dos
Direitos Humanos
D
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ei
to
s
H
u
m
a
n
o
s
O Direitos Humanos formam um conjunto de 
normas jurídicas nacionais e internacionais
que buscam assegurar um patamar mínimo 
de dignidade para todo e qualquer ser 
humano.
Conceito
São normas de Direitos Humanos:
a) tratados internacionais;
b) costumes;
c) princípios gerais do Direito Internacional.
Âmbito Internacional
No âmbito interno destacam-se:
a) constituição;
b) leis específicas;
c) atos normativos secundários (decretos 
executivos). 
Âmbito Nacional
• Historicidade
• Universalidade
• Irrenunciabilidade
• Inalienabilidade
• Imprescritibilidade
Características
1ª Dimensão 2ª Dimensão 3ª Dimensão
Liberdade Igualdade Fraternidade
Direitos civis e políticos
Direitos sociais, 
culturais e econômicos
Direitos coletivos e 
difusos
Revolução Francesa Revolução Mexicana II Guerra Mundial
Declaração dos Direitos 
do Homem e do 
Cidadão (1789)
Constituição de Weimar 
(1919)
Declaração Universal 
dos Direitos 
Humanos (1948)
Estado absolutista –
liberal
Estado liberal – social
Estado social –
constitucional
Liberdade de 
expressão
Educação Meio ambiente
Atualmente já se projetam Direitos Humanos 
de quarta (biotecnologia) e quinta dimensão
(paz mundial).
Dimensões
• Direito Humanitário (normas de proteção 
humana em períodos de guerra)
• Liga das Nações (organismo internacional 
para a promoção da paz entre as nações)
• OIT (órgão internacional que promove o 
respeito e dignidade do trabalhador)
Precedentes Históricos
Global
• ONU
Regional
• Sistema Europeu de Direitos Humanos
• Organização dos Estados Americanos (OEA)
• Organização da Unidade Africana (OUA)
Sistemas de Proteção
Incorporação dos Tratados (fases):
a) negociação
b) assinatura
c) mensagem ao Congresso
d) aprovação mediante decreto legislativo
e) ratificação
f) promulgação mediante decreto presidencial
Incorporação
Tratados Internacionais sobre Direitos 
Humanos, aprovados na forma do art. 60, da 
Constituição, equivalem as Emendas 
Constitucionais (posição hierárquica 
constitucional).
Incorporação
Tratados sobre Direitos Humanos aprovado 
com base no rito tradicional terá estatura 
“supralegal”, isto é, estará abaixo da 
Constituição, mas acima das leis.
Incorporação
A ONU (Organização das Nações Unidas) é a 
responsável pela coordenação do sistema 
global (ou universal) de Direitos Humanos.
A OEA (Organização do Estados Americanos) é 
a responsável pela coordenação do sistema 
regional americano. 
Sistemas de Proteção
Todos os seres humanos nascem livres e iguais 
em dignidade e em direitos. Dotados de razão 
e de consciência, devem agir uns para com os 
outros em espírito de fraternidade.
Sistema Global (ONU)
Os Estados americanos adotaram uma série 
de instrumentos internacionais que se 
converteram na base de um sistema regional 
de promoção e proteção dos direitos 
humanos, conhecido como o Sistema 
Interamericano de Direitos Humanos.
Sistema Interamericano (OEA)
Através da OEA foram criados dois órgãos 
destinados a velar por sua observância:
• Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos
• Corte Interamericana de Direitos Humanos
Sistema Interamericano
Sua função é promover a observância e a 
defesa dos direitos humanos e servir como 
órgão consultivo da Organização dos Estados 
Americanos nesta matéria.
Comissão Americana
Órgão judicial autônomo que tem sede em São 
José da Costa Rica, cujo propósito é aplicar e 
interpretar a Convenção Americana de Direitos 
Humanos e outros tratados de Direitos 
Humanos.
Corte Interamericana
De acordo com a Convenção, só os Estados 
Partes e a Comissão têm direito a submeter 
um caso à decisão da Corte. 
Corte Interamericana
As sentenças da Corte são insuscetíveis de 
apelação, possuindo caráter definitivo, 
inapelável e vinculante.
Sentenças
Afirmação 
Histórica dos 
Direitos Humanos
Ao longo da história, a noção de dignidade da 
pessoa humana e seus direitos correlatos, 
deve-se em grande parte a dor física e ao 
sofrimento moral da humanidade.
História
A consciência histórica dos direitos humanos 
somente aconteceu após extenso trabalho 
preparatório, centralizado na limitação do 
poder político.
Limitação do Poder
A validade dos direitos humanos, independe 
de positivação em constituições, leis e 
tratados internacionais, justamente pela 
exigência de respeito à dignidade da pessoa 
humana, que se impõe a todos os poderes 
constituídos, oficiais ou não.
Dignidade da Pessoa Humana
Os direitos humanos surgem como um conjunto 
de faculdades e instituições que, em cada 
momento histórico, concretizam as exigências 
de dignidade, liberdade e igualdade humanas, 
que devem ser reconhecidas positivamente 
pelos ordenamentos jurídicos, nos planos 
nacional e internacional.
Reconhecimento
Apesar de algumas referências em períodos 
anteriores, a evolução histórica dos Direitos 
Humanos principia na baixa Idade Média, com 
as primeiras instituições que buscavam a 
limitação do poder político.
Referências Históricas
A Magna Carta (1215), na Inglaterra, elenca as 
prerrogativas garantidas a todos os súditos. 
Referido reconhecimento de direitos importa 
clara limitação do poder, com a definição de 
garantias específicas em caso de violação dos 
mesmos.
Referências Históricas
Durante o reinado dos Stuart, o Parlamento 
inglês, na tentativa de limitar o poder real, 
especialmente o poder de prender os 
opositores políticos, sem submetê-los ao 
processo criminal regular, editou a Lei de 
Habeas-Corpus (1679).
Habeas Corpus Act
Na Inglaterra (1689), foi promulgada a Declaração 
de Direitos – Bill of Rights – que institucionalizou a 
a divisão dos poderes, ou seja, uma forma de 
organização do Estado cuja função, em última 
análise, é proteger os direitos fundamentais da 
pessoa humana.
Bill of Rights
A Declaração da Virgínia (1776) constitui o 
registro de nascimento dos direitos humanos 
na História.
Declaração da Virgínia
A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão 
(1789) confirma a ideia de liberdade e igualdade 
dos seres humanos e reconhece a fraternidade, ou 
seja, a exigência de uma organização solidária da 
vida em comum.
Declaração de Direitos
Os direitos declarados em 1789 presume 
preexistência. Esses direitos derivam da 
natureza humana, são naturais. São direitos 
abstratos, do Homem, e não apenas de 
franceses, de ingleses etc.
Declaração de Direitos
São direitos imprescritíveis, não se perdem 
com o passar do tempo, pois se prendem à 
natureza imutável do ser humano.
Características
São inalienáveis, pois ninguém pode abrir mão 
da própria natureza.
Características
São individuais, porque cada ser humano é um 
ente perfeito e completo, mesmo se 
considerado isoladamente, 
independentemente da comunidade (não é 
um ser social que só se completa na vida em 
sociedade).
Características
São universais, pois pertencem a todos os 
homens, em consequência estendem-se por 
todo o campo aberto ao ser humano, 
potencialmente o universo.
Características
O reconhecimento dos direitos humanos de 
caráter econômico e social foi o principal benefício 
que a humanidade recolheu do movimento 
socialista, iniciado na primeira metade do século 
XIX.
Direitos Sociais
O titular desses direitos, com efeito, não é o ser 
humano abstrato, mas o conjunto dos grupos 
sociais esmagados pela miséria, doença, fome e 
marginalização.
Direitos Sociais
A plena afirmação dos novos direitos humanos 
(sociais e econômicos) ocorreram no século 
XX, com as constituições do México e da 
Alemanha. 
Direitos Sociais
A primeira Constituição a elevar os direitos 
trabalhistas ao “status” de direitos 
fundamentais, em conjunto com as liberdades 
individuais e os direitos políticos, foi a 
Constituição do México (1917).
Direitos Sociais
A Constituição do México regulamentou a 
limitação da jornada de trabalho, o 
desemprego, a proteção da maternidade, a 
idade mínima deadmissão de empregos nas 
fábricas e o trabalho noturno de menores na 
indústria.
Referências Históricas
A Constituição Alemã (1919), conhecida como 
Constituição de Weimar, assegurou que os 
direitos sociais têm por objeto não uma 
abstenção, mas uma atividade positiva do 
Estado, pois tais direitos só se realizam por 
meio de políticas públicas, isto é, programas 
de ação governamental.
Referências Históricas
Após a Segunda Guerra Mundial (1945) a 
humanidade compreendeu o valor supremo 
da dignidade humana. O sofrimento como 
matriz da compreensão do mundo e dos 
homens veio, mais uma vez, aprofundar a 
afirmação histórica dos direitos humanos.
Declaração Universal
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
aprovada pela Assembleia Geral das Nações 
Unidas, em 10 de dezembro de 1948, constitui 
o marco inicial dessa nova fase histórica, que 
se encontra em pleno desenvolvimento.
Declaração Universal
O movimento atual é no sentido de que a 
liberdade e a igualdade saiam do mundo 
teórico, meramente formal e se transponham 
para o cotidiano das pessoas e, portanto, para 
vida real.
Afirmação Histórica
Direitos Humanos e 
Responsabilidade 
do Estado
A proteção internacional aos direitos humanos 
teve início com a chamada proteção diplomática, 
cuja origem se deu no sistema das cartas de 
represálias, sistema no qual aquele que sofreu 
algum dano em território estrangeiro apela para o 
Estado de sua nacionalidade para que este exija a 
reparação do Estado responsável pelo dano.
Origem
O fundamento da proteção diplomática está 
no dever internacional de todos os Estados de 
fornecer um tratamento considerado 
internacionalmente adequado aos 
estrangeiros em seu território. O dano ao 
estrangeiro é um dano indireto ao Estado de 
sua nacionalidade.
Fundamento
A natureza das obrigações de proteção aos 
direitos humanos consagra o indivíduo como 
principal preocupação da responsabilidade 
internacional por violação dos direitos 
humanos.
Natureza Individual
Após várias tentativas de codificar esta 
responsabilidade internacional foi somente 
em 2001 que se fez um projeto de convenção 
sobre o assunto, que possui 58 artigos 
divididos em quatro partes.
Regulamentação
O conceito de responsabilidade é justificado 
pelo fato do ser humano ter o direito de ser 
respeitado enquanto pessoa e de não ser 
prejudicado em sua existência.
Justificativa
O fundamento da responsabilidade é alterum
nom laedere, honest vivere e suum cuique 
tribuere, ou seja, não lesar ao próximo, viver 
honestamente e dar a cada um o que é seu.
Fundamento
Ocorrência de um suporte fático, nexo causal 
entre o fato, ou ato e o dano, além da culpa 
(em sentido amplo) da conduta lesiva.
Elementos da Responsabilidade
Dever de reparação imputado a alguém, não 
necessariamente ao causador do dano. Além 
da pretensão reparatória ou indenizatória, a 
responsabilidade internacional por violação 
dos direitos humanos tem ainda a pretensão 
punitiva da responsabilidade criminal.
Consequência
A responsabilidade é essencial ao sistema 
jurídico internacional, sendo seu fundamento 
o princípio da igualdade soberana entre os 
Estados.
Direito Internacional
A responsabilidade pode ser dividida em duas 
grandes espécies, a penal e a civil.
Espécies de Responsabilidade
O fato ilícito é composto por um elemento 
subjetivo e outro objetivo. O subjetivo é a 
identificação da conduta atribuída a 
determinado Estado e o objetivo é o nexo 
entre a conduta estatal e a violação da 
obrigação internacional.
Elementos da Responsabilidade
O Estado enquanto ente público comete atos 
ilícitos através de seus agentes sendo 
necessário avaliar quais desses atos podem 
vincular o Estado.
Imputabilidade do Estado
O Brasil, ao ratificar tratados internacionais de 
direitos humanos, assume a obrigação 
internacional de respeitar e garantir direitos 
humanos devendo zelar que os atos dos 
poderes executivo, judiciário e legislativo 
sejam compatíveis com os direitos elencados 
nestes tratados.
Obrigação
O principal infrator dos direitos humanos é o 
poder executivo. Os agentes públicos deste 
poder violam as regras internacionais quando 
agindo de acordo com as normas internas ou 
de modo ultra vires ou ainda se omitindo 
injustificadamente ofendem direitos 
humanos.
Poder Executivo
Atos ultra vires ocorrem quando determinado 
órgão estatal atua excedendo os limites de sua 
competência fixados pelo Estado. O Estado 
pela sua própria conduta em escolher o 
agente que ultrapassou as competências 
oficiais do órgão, responde pela escolha dos 
mesmos.
Ultra Vires
Quanto ao Poder Legislativo, a violação de 
direitos humanos por leis internas é feita, em 
geral, de modo indireto. Com efeito, são atos 
administrativos ou judiciais que, embasados 
em leis, violam direitos humanos.
Poder Legislativo
A responsabilização internacional do Estado 
por violação de direitos humanos originada 
por ato judicial pode ocorrer em duas 
hipóteses: quando a decisão é tardia ou 
inexistente, ou quando a decisão judicial viola 
direitos humanos.
Poder Judiciário
Originalmente esta regra era aplicada aos 
litígios entre Estado e o estrangeiro, tentando 
evitar um possível confronto entre o Estado de 
origem do estrangeiro e o Estado litigante. Por 
isso a necessidade de esgotar os mecanismos 
internos de reparação, antes de a questão ser 
analisada pelo direito internacional.
Esgotamento Interno
É dever dos Estados a investigação e punição 
dos responsáveis por violações dos direitos 
humanos, de modo a prover reparações às 
vítimas de tais violações. Possui caráter 
preventivo, combatendo a impunidade para 
evitar a repetição dos atos que violem os 
direitos humanos.
Investigação e Punição
Entende-se por reparação a consequência 
maior da violação de obrigação internacional, 
ou seja, toda e qualquer conduta do Estado 
infrator para eliminar as consequências do 
fato internacionalmente lícito, o que 
compreende uma série de atos, inclusive as 
garantias de não-repetição.
Reparação
Discute-se quem deve obter a reparação se o 
indivíduo ou o Estado, já que são os Estados 
os titulares do direito de exigir reparação em 
face de violação de norma internacional. Na 
proteção aos direitos humanos busca-se a 
responsabilização internacional do Estado a 
fim de reparar o dano sofrido pelo indivíduo.
Titular da Reparação
Na área dos Direitos Humanos prevalece à 
proteção ao indivíduo devendo-se aceitar a 
titularidade da vítima no direito a obter a 
reparação. “A indenização é devida não ao 
Estado vítima, mas sim, ao indivíduo titular do 
direito protegido, que foi violado por conduta 
imputável ao Estado autor”.
Titular da Reparação
Quando a reparação consistir em compensar 
danos imateriais obtidos por conduta ilícita de 
um Estado, se está diante da satisfação, que é 
a reparação por danos morais que consistem 
em danos a dignidade e a honra do Estado.
Danos Morais
São exemplos de satisfação o pedido de 
desculpas, admissão da responsabilidade do 
Estado, a declaração de Tribunal da 
ilegalidade da conduta estatal, garantia de 
não repetição e o pagamento de uma soma 
simbólica pela conduta, feito voluntariamente 
pelo Estado infrator.
Satisfação
Reabilitação que vem a ser o apoio médico e 
psicológico às vítimas de violações de direitos 
humanos. Estabelecimento de datas 
comemorativas em homenagem as vítimas e 
ainda a inclusão em manuais escolares de 
textos relatando as violações de direitos 
humanos.
Outras Satisfações
Sanção é toda medida tomada como reação 
ao descumprimento anterior de obrigação 
internacional. 
Sanções
A violação aos direitos humanos gera 
obrigação erga omnes, pois nasce da violação 
de obrigação perante a comunidade 
internacional gerando como consequência o 
direito por parte de todos os Estados da 
comunidade internacional de exigir seu 
respeito. 
Obrigação Erga Omnes
Enumeradas no art. 41 da Carta da ONU 
podem ser: ruptura das relaçõeseconômicas e 
comerciais entre os Estados, interrupção das 
comunicações por via aérea, terrestre e 
marítima e a proibição de venda de 
determinados produtos ao país violador, entre 
outras.
Sanções Coletivas
Direitos Humanos 
na Constituição
Antigamente havia uma conexão imediata 
entre Direitos Humanos e direitos políticos 
(direitos de primeira dimensão), contudo essa 
visão e sua correlação com a democracia, 
encontra-se ultrapassada, ao menos no 
mundo ocidental.
Superação
Os Direitos Humanos encontram-se espaçados 
pela Constituição de 1988. A “humanização” 
do constituinte de 1987-88 se deve, 
principalmente, em razão da celebração de 
diversos tratados internacionais de proteção 
dos Direitos Humanos.
Superação
A “democratização” do Brasil recepcionou 
uma série de Direitos Humanos no texto 
constitucional de 1988. A dificuldade atual não 
é mais positivar os Direitos Humanos, mas sim 
torna-los plenamente eficazes.
Superação
Os princípios fundamentais (arts. 1º ao 4º) 
revelam a grande preocupação do legislador 
constituinte em adequar o texto 
constitucional brasileiro à realidade 
internacional dos Direitos Humanos.
Princípios Fundamentais
O art. 1º, prevê que o Brasil se constitui em 
“Estado Democrático de Direito” e possui, 
entre outros, os seguintes fundamentos: 
cidadania (II); dignidade da pessoa humana 
(III); os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa (IV) e o pluralismo político (V).
Princípios Fundamentais
O art. 3º, da CRFB, expõe os objetivos do 
Brasil.
Princípios Fundamentais
O art. 4º apresenta os princípios de regência 
internacional: prevalência dos direitos 
humanos (II); autodeterminação dos povos 
(III); defesa da paz (VI); solução pacífica dos 
conflitos (VII); repúdio ao terrorismo e ao 
racismo (VIII); cooperação entre os povos para 
o progresso da humanidade (IX).
Princípios Fundamentais
A Constituição organizou os direitos 
fundamentais (gênero) em cinco espécies: 
individuais e coletivos (art. 5º); sociais (arts. 6º 
ao 11); nacionalidade (arts. 12 e 13); políticos 
(arts. 14 ao 16) e partidos políticos (art. 17).
Direitos Fundamentais
Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade.
Direitos Fundamentais
São remédios constitucionais (ações 
garantidoras): habeas corpus, habeas data, 
mandado de segurança (individual e coletivo), 
mandado de injunção e ação popular.
Direitos Fundamentais
São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à infância, 
a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição.
Direitos Fundamentais
O direito a nacionalidade (nato e naturalizado) 
é outro Direito Humano assegurado pela 
Constituição.
Direitos Fundamentais
A participação política é outro Direito Humano 
assegurado pela Constituição nos seguintes 
termos: a soberania popular será exercida 
pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos 
termos da lei, mediante: plebiscito, referendo 
e iniciativa popular.
Direitos Fundamentais
A Constituição trata dos direitos dos partidos 
políticos nos seguintes termos: é livre a 
criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania 
nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da 
pessoa humana.
Direitos Fundamentais
A ordem econômica, fundada na valorização 
do trabalho humano e na livre iniciativa, tem 
por fim assegurar a todos uma existência 
digna, conforme os ditames da justiça social.
Ordem Econômica
Trata ainda a Constituição da Política Urbana, 
voltada para o desenvolvimento urbano, 
executada pelo Poder Público municipal, 
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem 
por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento 
das funções sociais da cidade e garantir o 
bem-estar de seus habitantes.
Ordem Econômica
A Ordem Social entre outros temas trata da 
previdência social, saúde e assistência social. 
Educação, cultura e desporto são temas 
também relacionados aos Direitos Humanos 
tratados nesta parte da Constituição.
Ordem Social
Comunicação social, meio ambiente, família, 
criança, adolescente, jovem, idoso e índios são 
temas considerados pela Constituição quando 
trata da Ordem Social.
Ordem Social
A Constituição de 1988 apresenta um texto 
rígido, mas aberto para as inovações dos 
direitos humanos. Os novos direitos que estão 
surgindo deverão ser em breve positivados no 
sistema legal, visto que sua supressão poderá 
causar discriminação, cerceamento da 
liberdade e redução da igualdade.
Direitos Humanos
Interpretação e 
Aplicação dos 
Direitos Humanos
Interpretar é explicar, esclarecer; dar 
significado ao vocábulo; reproduzir por outras 
palavras um pensamento exteriorizado; 
revelar o sentido de uma expressão; extrair, de 
uma frase, sentença ou norma, tudo o que a 
mesma contém.
Interpretação
Interpretar os Direitos Humanos significa 
buscar um equilíbrio entre o direito natural e o 
direito positivo, tendo como base 
fundamental a dignidade da pessoa humana, 
e daí extrair a interpretação mais favorável à 
proteção do ser humano no caso concreto.
Interpretação
A Conferência Mundial de Direitos Humanos, 
ocorrida em Viena, no ano de 1993 assentou 
que “todos os direitos humanos são 
universais, indivisíveis, interdependentes e 
inter-relacionados”.
Direitos Humanos
Com o fim da II Guerra Mundial houve uma 
tomada de consciência universal, com a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
“fundada na garantia da intangibilidade da 
dignidade da pessoa humana, na aquisição da 
igualdade entre as pessoas, na busca da 
efetiva liberdade, na realização da justiça”.
Declaração Universal
O direito positivo não pode contrariar ou 
negar vigência aos Direitos Humanos 
consagrados universalmente por serem 
indisponíveis e insuprimíveis, dado ao seu 
caráter de norma de valor supraconstitucional 
ou de natureza supre estatal.
Características
O valor da dignidade da pessoa humana 
impõe-se como núcleo básico e informador de 
todo e qualquer ordenamento jurídico, como 
critério e parâmetro de valoração a orientar a 
interpretação e compreensão de qualquer 
sistema normativo.
Dignidade Humana
O mais precioso valor da ordem jurídica 
brasileira, erigido como princípio fundamental 
pela Constituição de 1988, foi a dignidade da 
pessoa humana, que impõe a elevação do ser 
humano ao ápice de todo o sistema jurídico, 
sendo-lhe atribuído o valor supremo de 
alicerce da ordem jurídica.
Princípio Fundamental
Quando se trata de Direitos Humanos as 
normas não se excluem, mas se 
complementam. 
Complementariedade
Diante de um conflito de normas, ao invés de 
aplicar as regras jurídicas de solução de 
antinomias (critério cronológico, hierárquico 
ou da especialidade) ambas as normas devem 
ser aplicadas de forma complementar, 
buscando-se a melhor forma de se proteger a 
dignidade da pessoa.
Complementariedade
No âmbito dos Direitos Humanos os critérios 
cronológico, hierárquico ou da especialidade 
podem ser desconsiderados na hipótese de 
conflito entre normas a fim de que se aplique a 
norma mais favorável ao ser humano. Essa é a 
essência de aplicação do princípio “pro 
homine”.
Critério “pro-homine”
Teoria Geral dos
Direitos Humanos
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