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A (Des) Necessidade de Regulamentação da Dispensa Coletiva no Brasil Uma análise sob a ótica do Valor Social do Trabalho e da Dignidade da Pessoa Humana

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“(DES)NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DA DISPENSA COLETIVA NO 
BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO VALOR SOCIAL DO TRABALHO E 
DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA’’ 
Luana Santiago Barreira1 
18 de novembro de 2022 
O artigo escrito por Nelma Karla Waideman Fukuoka e Victor Hugo de Almeida, 
A (Des) Necessidade de Regulamentação da Dispensa Coletiva no Brasil: Uma 
análise sob a ótica do Valor Social do Trabalho e da Dignidade da Pessoa 
Humana possui como principal objetivo tratar sobre a dispensa coletiva em massa dos 
trabalhadores, relatar sobre o processo de arbitrariedade, partindo do pressuposto de 
não ser regulamentada por lei e a necessidade de negociação coletiva para efetivação. 
Além disso, ressaltar que essas ações apresentam relação contraditória estreita com 
os princípios e direitos trabalhistas que são assegurados na Constituição Federal 
promulgada em 1988. 
Diante disso, seguindo a ideia de uma breve contextualização, os autores 
apontam que o desemprego pode ser considerado uma das maiores problemáticas da 
atualidade. Tal fato devido a globalização, uma vez que o desenvolvimento tecnológico 
possui ligação estreita com qualificação dos trabalhadores, a exemplo do Toyotismo, 
o qual seus requisitos postos de trabalho com caráter exigente, influenciando de forma 
direta nas altas taxas de desemprego seguindo um contexto generalizado, 
predominantemente global. Seguindo esse pressuposto, torna-se possível a 
concordância com autores, uma vez que é notável que devido o avanço tecnológico, 
informática e extensão do mercado houve uma diminuição de forma severa nos 
benefícios dos empregados cujo afetaram o mercado de trabalho. 
 
Posteriormente, os autores criticam a narrativa predominantemente liberal 
exposta por essas empresas, onde o empregado de menor custo possui a capacidade 
de gerar mais empregos. Tal fato possui caráter ilusório, já que a renda neste tipo 
de relação empregatícia está se concentrando apenas em uma parte, os sócios da 
empresa, diminuir esse vínculo com os empregados influencia no aumento de relações 
de trabalho não convencionais, que não assinam a carteira, previdência social não 
existe, consequentemente aumentando a desigualdade social em um contexto global. 
 
 
 
1 Direito – IBMR – luana.barreira@gfaa.com.br 
Vale reiterar que nos anos de 2020 e 2021 o mundo passou por uma crise 
pandêmica, do vírus Covid 19, o qual o mundo inteiro foi abatido, e essas relações 
empregatícias improváveis com clareza afetaram ainda mais na realidade de 
dificuldade desses trabalhadores e suas famílias que sofreram agravadas crises 
financeiras devido os fechamentos repentinos das empregadoras e das dispensas em 
massa. 
 
Discorrendo sobre a (des) necessidade de regulamentação da dispensa coletiva 
no Brasil, vale evidenciar pontos importantes, a exemplo do amparo pela Constituição 
Federal no que se refere a proteção contra dispensa arbitrária em âmbito individual, 
prevendo indenização compensatória e outros direitos, e também a proteção quanto à 
dispensa coletiva, no qual o apoio é mais amplo em decorrência ao impacto 
econômico e social. Outro ponto discutido é sobre as empresas que utilizam em 
casos de dificuldade o uso de certas políticas públicas, a citar o Plano de Proteção a 
Empresa (PPE), que trata a diminuição da carga horária para não proverem a 
demissão do trabalhador. 
 
Retornando ao ponto sobre os casos de dispensa coletiva, principal forma legal 
de ser utilizada pelas empresas é com o propósito de redução do quadro de 
funcionários. Tornando-se evidente, a ótica transparente que o Direito Coletivo do 
Trabalho no Brasil possui a necessidade de ser modificado a fim de ser utilizado como 
um instrumento para justiça social, redistribuição de renda e inclusão social de todas 
as classes de trabalhadores que vivenciam a dificuldade do desemprego e trabalhos 
não convencionais. 
 
 Em conclusão, existem consequências de não existir ordenamento jurídico no 
que concerne a dispensa coletiva, sendo necessário a pesquisa de jurisprudências 
para conseguir suprir a brecha existente e impedir que as ameaças de desemprego 
sejam utilizadas como pretexto para limitação dos direitos. A solução está construída 
na intervenção do Poder Executivo se aliando ao Congresso e a OIT a fim de introduzir 
tais ausências no ordenamento brasileiro; uma vez que o cenário dos empregados e 
empregadores se encontra constantemente em mudanças sendo indispensável um 
acompanhamento do mesmo para uma boa elaboração de novas políticas públicas 
para empregos cujo se adequem a crise econômica e empregatícia. 
_____________________ 
2 Direito – IBMR – luana.barreira@gfaa.com.br

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