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O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E SEUS ELEMENTOS

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O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E SEUS ELEMENTOS
Prof. Gabriela de Bem Fonseca
Nesta unidade temática, você vai aprender
· Objetivos do Planejamento Tributário;
· Tipos de Planejamento Tributário;
· Elementos do Planejamento.
O planejamento tributário e seus elementos
O profissional que deseja atuar com planejamento tributário deve ter conhecimento em gestão de estratégia. Deve, ainda, saber interpretar a legislação relativa aos tributos, ter técnicas contábeis e de controle para que o seu planejamento tributário seja baseado por interpretações e aplicações oportunas das leis, para que assim alcance o diferencial competitivo.
Para isso, será apresentado neste conteúdo muito do que se faz necessário para compreender a gestão estratégica tributária, pois Moge (2011, p. 15) afirma que “para se fazer qualquer tipo de planejamento, é necessário uma visão ampla do negócio, e com o planejamento tributário não pode ser diferente”, assim descrevendo o que são os tributos, a quem compete cada tributo e os regimes de tributação com intenção de auxiliar na interpretação dos resultados propostos nos objetivos.
Para entendimento da Gestão tributária é importante conhecermos todos os passos da formação dos tributos, qual sua função dentro do mercado e, principalmente, por que pagamos os impostos. A existência dos tributos está relacionada com uma figura centralizadora e responsável pela organização dos padrões sociais de convivência de um povo, num certo território ou até mesmo povos de diferentes territórios, denominados como Estado. Para essa organização, o povo delega poderes a um ente chamado de governo, que se compromete em zelar pelo bem da comunidade, enquanto o povo se compromete em fornecer-lhe os recursos necessários.
O Estado de Direito é uma sociedade civil política e juridicamente organizada. Ela é estabelecida em três poderes: Poder Legislativo, Executivo e Judiciário e assim é tanto em nível nacional, estadual e municipal. É fundamental esse entendimento para que possamos abordar as fontes do direito onde são emanadas as normas e princípios.
As fontes de Direito não se restringem apenas às leis, elas incorporam uma série de princípios e normas de conduta que regulam a convivência da sociedade. Fonte tem o sentido de origem, proveniência, lugar de onde emanam normas e princípios jurídicos.
As fontes do Direito em fontes primárias e secundárias, onde as fontes primárias podem inovar em matéria jurídica. Isso significa que podem criar, modificar ou extinguir preceitos jurídicos, o que está apresentado no Quadro abaixo.
As fontes secundárias não têm o poder de inovar no que diz respeito à matéria jurídica. Elas podem detalhar ou auxiliar com explicação prática ou, ainda, reunir e consolidar, num único texto legal, a legislação dispersa sobre determinado produto, assim são apresentados neste grupo os decretos, jurisprudência e os costumes. As normas complementares das leis, tratados e decretos como fontes secundárias, além do decreto regulamentar, jurisprudência e costumes.
Conhecer o mínimo da estrutura governamental e tributária é fundamental no dia a dia na administração de tributos (apuração, recolhimento, atendimento de obrigações acessórias ligadas aos tributos etc.), é de grande importância conhecer as funções dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em todas as esferas.
O Estado tributa porque precisa de recursos para tratar do que é de interesse comum, mas também porque tem poder para tanto, o chamado poder coercitivo. A ação de tributar é uma prática que perdura há séculos, mas até a função de tributar do estado tem limitações.
As limitações ao poder de tributar devem ser observadas sob dois aspectos: o primeiro diz respeito aos princípios, os quais regulam, norteiam a competência dos entes políticos; o segundo as imunidades, regras que proíbem a tributação sobre certos bens, pessoas ou fatos a fim de proteger determinados conteúdos axiológicos (é o ramo da filosofia que estuda os valores) contidos na Constituição. Além de estabelecer quais são os tributos que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem instituir e cobrar, a Constituição Federal estabelece limites, que funcionam como princípios gerais, as quais devem se subordinar todas as normas de natureza tributária.
Os Princípios Constitucionais, que funcionam como limitações ao poder coercitivo (obrigatório) dos governos em suas diversas esferas, são os seguintes:
Princípio da Legalidade:
O Princípio da Legalidade traz uma proteção para o cidadão, uma vez que o processo de tramitação de uma lei é público e segue um ritual específico de legitimação. Assim, o contribuinte pode tomar conhecimento do que está sendo discutido antes mesmo da publicação da Lei. Se a Constituição não criasse essa limitação, o cidadão ficaria totalmente exposto às vontades do Poder Executivo.
Princípio da Igualdade (Isonomia):
Assim, o princípio da isonomia jurídica, também conhecido como princípio da igualdade, diz que todos são iguais perante a lei, devendo nos garantir um tratamento igualitário, pela entidade tributante, para aqueles que estão em condições iguais de fato para contribuir. A existência de desigualdades justifica a criação de categorias ou classes distintas de contribuintes. Esse princípio estabelece que o agente arrecadador deva tratar de forma igual os contribuintes com uma situação econômica semelhante. A situação econômica equivalente é chamada no âmbito tributário de capacidade contributiva. Segundo o princípio da igualdade, quem tem maior poder aquisitivo deve pagar mais tributos. Essa é a lógica que orienta, por exemplo, a progressividade da tabela do imposto de renda das pessoas físicas.
Princípio da Irretroatividade Tributária:
Rezende, Pereira e Alencar (2010) explicam que o princípio da irretroatividade proíbe os entes federativos de retroagir efeitos da lei, quer dizer, não podem cobrar tributos referentes a fatos gerados antes do início da vigência da lei, sendo ela para aumentar ou criar tributos.
Princípio da Anterioridade:
Como esse texto gerou alguns problemas, já que se a Lei fosse alterada no dia 31 de dezembro o tributo poderia ser cobrado a partir de 01 de janeiro, a Emenda Constitucional N.42 de 19/12/2003, corrigiu tal distorção ao acrescentar a alínea “c”, estabelecendo que a cobrança do tributo não possa ocorrer antes de decorridos 90 (noventa) dias da data da publicação de antecedência (anterioridade nonagesimal), o que deve ser observado de forma paralela e cumulativa à anterioridade de exercício. Com isso o contribuinte tem, portanto, uma segurança de, no mínimo, 90 dias entre a data da publicação da lei e sua vigência.
Exemplificando:
Uma lei municipal que proponha o aumento da alíquota do ISSQN, em julho de 2015, só será aplicável aos eventos ocorridos a partir de janeiro de 2016. Se observada apenas a anterioridade nonagesimal, alíquota maior poderia ser cobrada já em novembro de 2015, mas, em atendimento à anterioridade de exercício a cobrança só poderá ser feita no exercício seguinte, ou seja, a partir do início de 2016.
Já se a mesma lei fosse publicada em 31 de dezembro de 2015, a nova alíquota só alcançaria os eventos ocorridos a partir de 01 de abril de 2016, pois, embora pelo princípio da anterioridade de exercício pudesse ser exigida já em janeiro de 2016, pelo princípio da anterioridade nonagesimal seria necessário esperar 90 dias da publicação da lei.
O princípio da anterioridade foi criado com a intenção de proteger o contribuinte contra a eficácia das leis que instituem ou majorem tributos, revoguem ou reduzam isenções fiscais, sendo corolário do princípio da segurança jurídica, que tem como objetivo evitar surpresas para o colaborador.
Princípio da Vedação ao Confisco (significa a tomada de propriedade de uma determinada pessoa ou organização sem compensação por parte do ente político):
O princípio da vedação ao confisco estabelece que o tributo não pode exercer efeito confiscatório, assim, não pode destruir o patrimônio daquele que está sendo tributado ou inviabilizaras atividades econômicas produtoras de riqueza.
Disse que o estudo feito previamente, antes da realização do fato administrativo, pesquisando seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário. Segundo Oliveira (2008), a expressão planejamento tem por significado literal o ato de planejar, trabalho necessário para desenvolvimento de qualquer empreendimento, uma aplicação coordenada de ações para o alcance de objetivos.
Para Fabretti (2009), o planejamento tributário exige, antes de tudo, bom senso do planejador. Segundo o autor, deve-se avaliar o custo/benefício, pois não existe uma fórmula mágica para planejamento tributário, e sim alternativas ou lacunas (brechas) existentes na legislação.
Uma vez bem elaborado e definido, o planejamento tributário vai nortear a atividade econômica da empresa e, então, passa-se à etapa seguinte, que é a da gestão de tributos. Ou seja, o gerenciamento da emissão de documentos comerciais e fiscais, da escrituração contábil e fiscal, da apuração do montante devido dos tributos , do controle de diversos prazos de pagamento, da prestação de dezenas de informações exigidas pelas autoridades tributárias federais, estaduais e municipais etc.
O conceito do Planejamento Tributário visa reduzir a carga tributária utilizando-se de um estudo prévio de acordo com cada atividade empresarial. Visa identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e seus efeitos. O caráter preventivo do planejamento tributário decorre do fato de não se poder escolher alternativas senão antes de se concretizar a situação. Após concretização dos fatos, via de regra, somente se apresentam duas alternativas para o sujeito passivo da relação jurídico-tributário: pagar ou não pagar o tributo decorrente da previsão legal descrita como fato gerador. A alternativa de não pagar se caracterizará como prática ilícita, sujeitando-se a empresa à ação punitiva do estado, caso ele venha a tomar conhecimento de tal prática.
Cada uma das formas de tributação tem a sua vantagem dentro desse contexto, por meio de estudos da realidade de cada empresa, aliado a um profundo conhecimento da legislação. Não há um tipo de tributação que seja benéfico para a totalidade das empresas. Cada pessoa jurídica deve considerar suas particularidades, meios de operação, e tipos de atividades que desenvolvem para conseguir vislumbrar a forma mais econômica de tributação. Uma vez formalizada com a receita federal, ela é obrigada a cumprir o calendário anual.
Evasão Fiscal
A evasão fiscal, ao contrário da elisão fiscal, consiste em prática contrária à Lei, geralmente é cometida após a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária objetivando reduzi-la ou ocultá-la. A evasão fiscal é o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos usados para evadir tributos estão a omissão de informações, as falsas declarações e a produção de documentos que contenham informações falsas ou distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas etc.
Essa condição está prevista e capitulada na Lei dos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Lei N. 8.137/90). É preciso ter muita atenção no atendimento da legislação tributária, pois na busca de pequenas brechas legais a empresa pode incorrer em crime grave e responder às penalidades cabíveis.
Referências
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 23. ed., 2018.
BRASIL. Código Tributário Nacional. São Paulo - SP. Disponível também na biblioteca virtual, 2020.
CASTRO, Flávia de Almeida Viveiros de. Gestão e Planejamento de Tributos. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2014.
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro. 17. ed. Rio de Janeiro – RJ: Forense, 2020.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
HARADA, Kiyoshi. Direito financeiro e tributário. 19. ed. São Paulo – SP: Atlas, 2020,
MOGE, José Eduardo et. al. Gestão de Tributos na Empresa Moderna. São Paulo: Senac São Paulo, 2011.
OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
REZENDE, Amaury José; PEREIRA, Carlos Alberto; ALENCAR, Roberta Carvalho. Contabilidade Tributária. Entendendo a Lógica dos Tributos e seus Reflexos sobre os Resultados das Empresas. São Paulo: Atlas, 2010.
Créditos
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