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Estruturas Anatômicas das Articulações

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9 
 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ
FISIOTERAPIA
Franciele Ferreira de Sousa Ramos
Maria Raimunda
Thaynara Mendes Leão malheiros
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURAS ANATÔMICAS QUE ENVOLVEM A ARTICULAÇÃO DO QUADRIL, JOELHO E TORNOZELO 
GOIÂNIA-GO
11/2022 
 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ
FISIOTERAPIA
Franciele Ferreira de Sousa Ramos
Maria Raimunda
Thaynara Mendes Leão malheiros
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURAS ANATÔMICAS QUE ENVOLVEM A ARTICULAÇÃO DO 
QUADRIL, JOELHO E TORNOZELO 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Cines iologia e biomecânica, período da noturno da Faculdade Estácio de Sá. 
 
Solicitante: Profª. Marcelo Nishi 
 
 
GOIÂNIA-GO
11/2022
1. INTRODUÇÃO 
 
“Anatomia humana é o campo da biologia responsável por estudar a forma e a estrutura do organismo humano, bem como as suas partes. O nome anatomia origina-se do grego ana, que significa “parte”, e tomnei, que significa cortar, ou seja, é a parte da biologia que se preocupa com o isolamento de estruturas e seu estudo”
O sistema articular é formado pelas articulações, que podem ser definidas como a região de união entre dois ou mais ossos. Todos os ossos do corpo, com exceção do osso hioide, apresentam articulação com pelo menos um outro osso.
Existem diferentes formas de classificar uma articulação, sendo a mais comum a classificação que utiliza como critério o material encontrado entre os ossos. 
As articulações ou junturas podem ser definidas como o local de conexão entre dois ou mais ossos ou destes com as cartilagens. As principais funções desses locais são permitir a movimentação dos segmentos do corpo e manter todos os ossos do esqueleto juntos e estáveis.
3 
 
De acordo com o tipo de tecido conectivo entre os ossos, as articulações podem ser classificadas em três tipos básicos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.
2. Articulação do Quadril 
 
 
2.1 Definição 
 A articulação coxofemoral, também chamada de articulação do quadril, é uma articulação sinovial esferoide (em “bola-e-soquete”) na qual a cabeça do fêmur se articula com o acetábulo do quadril. 
 A articulação coxofemoral é multiaxial, ou seja, permite uma ampla gama de movimentos: flexão, extensão, abdução, adução, rotação externa, rotação interna e circundução. Contudo, quando comparada à articulação glenoumeral (do ombro), ela possui menor mobilidade e mais estabilidade, o que condiz com sua principal função, que é suportar o peso corporal. Todo o peso da parte superior do corpo é transmitido através dessa articulação para os membros inferiores durante o ortostatismo, sendo ela a articulação mais estável do corpo humano.
Função da Articulação do quadril 
 A articulação coxofemoral é a articulação entre a cabeça do fêmur e a concavidade hemisférica do acetábulo, localizada no aspecto lateral do quadril. A cabeça femoral é recoberta quase totalmente por uma cartilagem articular (hialina) à exceção apenas de uma depressão central irregular, a fóvea da cabeça do fêmur, que é o local de fixação do ligamento da cabeça do fêmur.
O acetábulo é formado pela fusão dos ossos do quadril (ílio, ísquio e púbis). Ele desempenha um papel muito importante na estabilidade da articulação do quadril já que ele envolve quase totalmente a cabeça do fêmur. O acetábulo tem uma região proeminente em formato de meia-lua, conhecida como superfície semilunar, que é recoberta por cartilagem articular. 
A superfície semilunar forma um anel incompleto que ocupa os aspectos superior e lateral do acetábulo, estando ausente apenas no seu segmento inferior. 
 Essa superfície é mais larga anterossuperiormente, já que é aí que a maior parte do peso do corpo se concentra durante o ortostatismo. No aspecto inferior do acetábulo encontramos a incisura do acetábulo.
 O assoalho central, não articular, é chamado de fossa do acetábulo. Essa área é desprovida de cartilagem e é contínua com a incisura do acetábulo. Ela contém tecido conjuntivo frouxo recoberto por membrana sinovial. 
 A margem do acetábulo serve para a fixação de um colar fibrocartilaginoso chamado de lábio do acetábulo, também conhecido por seu nome em latim: labrum do acetábulo. 
 Essa estrutura aumenta a profundidade do acetábulo ao elevar levemente a sua borda, ampliando assim a área da superfície articular em cerca de 10%. Inferiormente, o lábio do acetábulo continua-se com o ligamento transverso do acetábulo, fazendo a ponte entre as extremidades da incisura acetabular e transformando-a em um forame.
 Aspecto superior do acetábulo e a cabeça do fêmur suportam as maiores pressões. Essas áreas geralmente têm a cartilagem articular mais espessa. O acetábulo, com seu formato côncavo, e a cabeça do fêmur, que é esférica, estabelecem a relação anatômica entre o fêmur e a pelve. 
 Na posição ereta essa articulação é incongruente, mas quando a articulação do quadril está numa posição parcialmente fletida e abduzida, as superfícies articulares assumem uma posição mais congruente.
Cápsula articular
 A articulação coxofemoral é revestida externamente por uma cápsula fibrosa e internamente pela membrana sinovial. A camada fibrosa externa da cápsula fixa-se proximalmente ao acetábulo, próximo à sua borda, e ao ligamento transverso do acetábulo. 
 A partir da sua fixação proximal, a camada fibrosa estende-se lateralmente até à sua fixação distal, no fêmur. Ela se fixa na linha intertrocantérica anteriormente, na base do colo do fêmur, superiormente, próximo da crista intertrocantérica, posteriormente, e próximo ao trocânter menor, inferiormente. É importante enfatizar que o colo do fêmur possui uma parte da sua estrutura em situação intracapsular e outra extracapsular.
A cápsula da articulação coxofemoral é claramente mais espessa anterossuperiormente, correspondendo à área que suporta a maior parte do peso na posição ereta, quando o quadril está estendido. Posteroinferiormente, a cápsula é relativamente fina, e se fixa de maneira frouxa. 
 A cápsula possui dois grupos principais de fibras: as fibras longitudinais e as fibras circulares. As fibras longitudinais são mais externas e geralmente têm um trajeto espiral desde o quadril até o fêmur proximal. As fibras circulares, mais profundas, formam um colarinho em torno do colo do fêmur, conhecido como zona orbicular ou ligamento anular, que não possui fixações ósseas. A cápsula da articulação do quadril é reforçada inferiormente pelo ligamento pubofemoral e posteriormente pelo ligamento isquiofemoral.
Ligamento
 Os ligamentos da articulação coxofemoral podem ser divididos em dois grupos: ligamentos capsulares e ligamentos intracapsulares. Os ligamentos capsulares (ligamentos iliofemoral, pubofemoral, e isquiofemoral) são ligamentos intrínsecos da cápsula articular e desempenham um importante papel na manutenção da integridade da articulação durante os seus movimentos. Os ligamentos intracapsulares da articulação do quadril podem ser encontrados dentro da cápsula e incluem o ligamento transverso do acetábulo e o ligamento da cabeça do fêmur..
· Ligamento iliofemoral
 O ligamento iliofemoral é um ligamento triangular espesso que se funde à cápsula articular e está localizado nas faces anterior e superior da articulação coxofemoral. A sua fixação proximal situa-se entre a espinha ilíaca anteroinferior e a borda acetabular, enquanto distalmente, ele se fixa na linha intertrocantéricaloigamento pubofemoral.
· Ligamento isquiofemoral
 O ligamento pubofemoral encontra-se anteroinferiormente e reforça os aspectos anterior e inferior da cápsula articular. Ele surge do ramo iliopúbico, do ramo púbico superior e da crista obturatória do púbis. Este ligamento segue lateral e inferiormente, em direção à borda inferior da linha intertrocantérica, fundindo-se com a camada fibrosa da cápsula articular e com a banda medial do ligamento iliofemoral.
· Ligamento transverso do acetábulo
 O ligamento transverso do acetábulo é um ligamento plano e forte que transpõe a incisura do acetábulo, criando o forame acetabular, através do qual as estruturasneurovasculares entram na articulação coxofemoral. Ele completa a borda acetabular na região inferior e é contínuo perifericamente com o lábio do acetábulodoigamento da cabeça do fêmur
· Ligamento da cabeça do fêmur
 Esse ligamento é uma banda triangular plana de tecido conjuntivo que não contribui significativamente para a resistência e estabilidade da articulação do quadril. O seu ápice se fixa à fóvea da cabeça do fêmur, enquanto a sua base se fixa à incisura acetabular e ao ligamento transverso do acetábulo. Ele é coberto pela membrana sinovial e transporta um pequeno ramo da artéria obturatória, a artéria da cabeça do fêmur, que contribui para a vascularização da cabeça do fêmur.
Inervação
 A articulação coxofemoral é inervada pelos ramos articulares de múltiplos nervos que emergem do plexo lombossacral (L2-S1). A inervação para cada região específica da articulação normalmente corresponde à inervação do músculo que a atravessa:
· O nervo femoral inerva a porção anterior 
· O nervo obturatório inerva a porção inferior
· O nervo glúteo superior inerva a porção superior 
· O nervo para o músculo quadrado femoral inerva a porção posterior.
Vascularização
 O fornecimento sanguíneo da articulação coxofemoral provém das artérias femorais circunflexas medial e lateral (ramos da artéria femoral profunda), da artéria obturatória e das artérias glúteas superior e inferior. Em conjunto, estas artérias formam a anastomose periarticular, que como seu nome indica, se localiza em torno da articulação do quadril. Esta rede anastomótica dá origem a uma rede de artérias que são responsáveis pelo fornecimento de sangue para a cabeça e o colo do fêmur. Além disso, a artéria obturatória dá origem à artéria da cabeça do fêmur dentro do ligamento da cabeça do fêmur.
Movimentos
 Sendo uma articulação esferoide (em “bola-e-soquete”), a articulação coxofemoral permite a realização de vários movimentos: flexão, extensão, abdução, adução, rotação externa, rotação interna e circundução.
 A flexão da articulação coxofemoral aproxima a coxa do tronco. Quando o joelho está fletido, a articulação do quadril pode ser totalmente fletida, fazendo com que a coxa alcance a parede abdominal anterior. A gama de movimentos durante a flexão passiva é cerca de 120º e atinge os 145º durante a flexão ativa. A flexão do quadril é limitada pela tensão dos músculos isquiotibiais quando o joelho está estendido.
 A extensão da articulação do coxofemoral afasta a coxa do tronco. A extensão da articulação na vertical é limitada a cerca de 30º pela tensão dos ligamentos capsulares e pela forma das superfícies articulares.
 A abdução e a adução da articulação coxofemoral ocorre no plano coronal e têm uma amplitude de movimento de cerca de 45º. Com o quadril fletido, o grau de abdução é muito maior do que quando o quadril está estendido. A abdução da articulação coxofemoral é limitada pela tensão dos músculos adutores e pelos ligamentos pubofemorais. A flexão do quadril também torna a adução mais fácil e esse movimento é limitado pelo membro contralateral, pela tensão nos músculos abdutores, pela parte lateral do ligamento iliofemoral e pela fáscia lata.
 A rotação interna e externa da articulação do quadril ocorrem no plano horizontal, em torno do eixo mecânico do fêmur (e não em torno do eixo longo do corpo do fêmur). O eixo mecânico do fêmur passa pela sua cabeça e pela incisura intercondilar. Durante a rotação interna, o corpo do fêmur move-se anteriormente, fazendo com que os dedos do pé apontem medialmente. O oposto ocorre durante a rotação externa, onde o corpo do fêmur se move posteriormente, fazendo com que os dedos do pé apontem lateralmente. A rotação externa é muito mais ampla do que a rotação interna. Por exemplo, a amplitude da rotação interna com o quadril estendido é de cerca de 35º, enquanto a da rotação externa é de cerca de 45º. A rotação na articulação do quadril geralmente é maior quando o quadril está flexionado. A contração dos rotadores laterais e do ligamento isquiofemoral limita a rotação interna da articulação coxofemoral. Por oposição, a rotação externa é limitada pela contração dos rotadores mediais da coxa e pelos ligamentos iliofemoral e pubofemor
Músculos com ação na articulação coxofemoral
 Os principais músculos com ação na articulação coxofemoral podem ser divididos em grupos funcionais: flexores, extensores, adutores, abdutores, rotadores laterais e rotadores mediais. Um único músculo pode estar incluído em mais de um grupo. Há vários músculos que participam tanto da flexão como da adução e outros que fazem abdução e rotação interna.
Músculos com ação na articulação coxofemoral
· Flexão
Psoas maior, ilíaco e reto femoral, auxiliados pelos músculos pectíneo, tensor da fáscia lata e sartório
· 
Glúteo máximo, bíceps femoral, semitendíneo, semimembranáceo e adutor magno
· Abdução
Glúteos médio e mínimo, auxiliados pelos músculos tensor da fáscia lata, piriforme e sartório
· Adução
Grácil e adutores longo, curto e magno, auxiliados pelos músculos pectíneo, quadrado femoral e pelas fibras inferiores do glúteo máximo
· Rotação interna
Glúteos médio e mínimo, auxiliados pelo tensor da fáscia lata e pela maioria dos músculos adutores
· Rotação externa
Glúteo máximo, obturador interno, gêmeos superior e inferior, quadrado femoral e piriforme, auxiliados pelos músculos obturador externo e sartório
 Os principais flexores da articulação coxofemoral são o músculo iliopsoas (psoas maior e ilíaco) e o músculo reto femoral. Os músculos pectíneo, tensor da fáscia lata e sartório são agonistas, funcionando como flexores fracos. Os adutores longo e curto, além de serem adutores, também são agonistas da flexão da articulação coxofemoral.
 O extensor primário da articulação coxofemoral é o músculo glúteo máximo, sendo auxiliado pelos músculos isquiotibiais (bíceps femoral, semitendíneo e semimembranáceo) e pelo músculo adutor magno.
 Os abdutores primários da articulação coxofemoral são os músculos glúteos médio e mínimo, sendo os músculos tensor da fáscia lata, piriforme e sartório agonistas da abdução do quadril. Os abdutores da articulação do quadril desempenham um papel ativo na estabilização da pelve durante fases específicas da marcha. Os principais adutores da articulação do quadril são os adutores longo, curto e magno, e o músculo grácil. Eles são auxiliados pelos músculos pectíneo, quadrado femoral e pelas fibras inferiores do glúteo máximo.
 As fibras anteriores dos glúteos mínimo e médio são responsáveis pela rotação interna da articulação coxofemoral e são auxiliados nessa função pelo tensor da fáscia lata e pela maioria dos músculos adutores.
 A rotação externa é desempenhada pelo glúteo máximo em conjunto com um grupo de 6 pequenos músculos (rotadores laterais): piriforme, obturador interno, gêmeos superior e inferior, quadrado femoral, e obturador externo.
Articulação do Joelho 
 A articulação do joelho é uma articulação sinovial que conecta três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela. É uma complexa articulação em dobradiça formada por duas articulações: a articulação tibiofemoral e a articulação patelofemoral. A tibiofemoral é a articulação entre a tíbia e o fêmur, enquanto a patelofemoral é a articulação entre a patela e o fêmur.
 A articulação do joelho é a maior do corpo e, provavelmente, a que está sob mais estresse. A disposição dos ossos nessa articulação forma uma dobradiça que possibilita as ações dos músculos flexores e extensores do joelho. A organização dos ligamentos extracapsulares e intracapsulares, bem como as expansões dos músculos que cruzam a articulação fornecem a estabilidade necessária que compensa o estresse biomecânico sofrido pela articulação. 
 Como uma articulação em dobradiça, a articulação do joelho sempre deve se movimentar ao longo de um eixo realizando a flexão e a extensão do joelho no plano sagital. Ela também permite uma leve rotação medial durante a flexão e no último nível de extensão do joelho, bem como uma rotação lateralquando o joelho está “destravado”.
Informações importantes sobre a articulação do joelho
· Tipo
Articulação tibiofemoral: articulação em dobradiça, uniaxial
Articulação patelofemoral: articulação plana
· Articulações
Articulação tibiofemoral: côndilos lateral e medial do fêmur, platô tibial
Articulação patelofemoral: superfície lateral do fêmur, superfície posterior da patela
· Ligamentos e meniscos
Ligamentos extracapsulares: ligamento patelar, retináculos medial e lateral da patela, ligamento colateral medial (tibial), ligamento colateral lateral (fibular), ligamento poplíteo oblíquo, ligamento poplíteo arqueado, ligamento anterolateral
Ligamentos intracapsulares: ligamento cruzado anterior (LCA), ligamento cruzado posterior (LCP); menisco medial, menisco lateral
· Inervação
Nervo femoral (nervo para o vasto medial, nervo safeno), nervo tibial, nervo fibular comum (peroneal), divisão posterior do nervo obturatório
· Vascularização
Ramos geniculares da artéria circunflexa femoral lateral, artéria femoral, artéria tibial posterior, artéria tibial anterior e artéria poplítea
· Movimentos
Extensão, flexão, rotação medial, rotação lateral
Articulações do joelho
Articulação tibiofemoral
 A articulação tibiofemoral é uma articulação entre os côndilos lateral e medial da extremidade distal do fêmur e o platô tibial, que são revestidos por uma camada espessa de cartilagem hialina.Os côndilos medial e lateral são duas projeções ósseas localizadas na extremidade distal do fêmur, que possuem uma superfície lisa e convexa e são separados posteriormente por um sulco profundo, conhecido como fossa intercondilar.
 Os platôs tibiais são duas superfícies superiores ligeiramente côncavas dos côndilos localizados na extremidade proximal da tíbia e são separados por uma protuberância óssea conhecida como eminência intercondilar. A superfícies articulares da articulação tibiofemoral são incongruentes, de forma que a congruência é dada pelos meniscos medial e lateral. Essas estruturas fibrocartilaginosas em formato de crescente permitem uma distribuição mais uniforme da pressão exercida pelo fêmur sobre a tíbia.
Articulação patelofemoral
A articulação patelofemoral é uma articulação plana formada pela articulação da superfície patelar do fêmur (também conhecida como sulco troclear do fêmur) e a superfície posterior da patela. A superfície patelar do fêmur é um sulco na face anterior da porção distal do fêmur que se estende posteriormente até a fossa intercondilar.
A patela é um osso com formato triangular, com uma base proximal curva e um ápice distal. Sua superfície articular é formada pelas facetas medial e lateral, que são superfícies articulares côncavas cobertas por uma espessa camada de cartilagem hialina e separadas por uma linha vertical elevada. Medialmente à faceta medial existe uma terceira faceta que é menor e conhecida como faceta “ímpar”, que não possui cartilagem hialina.
Sendo um osso sesamoide, a patela está firmemente conectada ao tendão do músculo quadríceps femoral, que a mantém no lugar. Na porção distal da patela, uma extensão do tendão do quadríceps femoral forma uma banda central chamada de ligamento patelar. Esse é um ligamento forte e espesso que se estende do ápice patelar até a área superior da tuberosidade da tíbia.
Cápsula articular
 A cápsula articular da articulação do joelho é formada por tendões musculares e suas expansões, configurando uma bainha ligamentar espessa ao redor da articulação. A cápsula é relativamente fraca e se conecta às margens das superfícies articulares femoral e tibial. A porção anterior da cápsula possui uma abertura, cujas margens se conectam às bordas da patela. Uma segunda abertura também está presente na porção posterolateral da cápsula, que permite a passagem do tendão do músculo poplíteo.
 A cápsula é formada por uma camada externa fibrosa (que é contínua com os tendões adjacentes) e uma membrana sinovial interna que lubrifica as superfícies articulares, reduzindo a fricção e fornecendo nutrição para a cartilagem. A cápsula articular forma vários bolsões preenchidos por fluido, chamados de bursas, que reduzem o atrito com a articulação do joelho. As bursas mais importantes da articulação do joelho são:
· Bursa suprapatelar – Localizada superiormente à patela, entre o fêmur e o tendão do músculo quadríceps femoral 
· Bursa pré-patelar – Localizada anterior à patela, entre a patela e a pele 
· Bursa infrapatelar – Localizada inferiormente à patela, entre o ligamento patelar e a tíbia
Ligamentos e meniscos
 Os ligamentos da articulação do joelho podem ser divididos em dois grupos: ligamentos extracapsulares e ligamentos intracapsulares. Esses ligamentos conectam o fêmur à tíbia, mantendo-os na posição adequada, fornecendo estabilidade e prevenindo seu deslocamento. 
Ligamento patelar
 O ligamento patelar é uma faixa fibrosa forte e espessa, que é a continuação distal do tendão do quadríceps femoral. Ele é encontrado superficial e anteriormente à bursa infrapatelar e se estende do ápice da patela até a tuberosidade da tíbia.
 Ao longo de suas margens externas, o ligamento patelar se conecta aos retináculos medial e lateral da patela, que são extensões dos músculos vastos medial e lateral, respectivamente, bem como com a fáscia que os reveste. O ligamento patelar tem um papel importante na estabilização da patela, prevenindo que ela se desloque.
Ligamento colateral lateral (fibular)
 O ligamento colateral lateral é um forte ligamento que se origina do epicôndilo lateral do fêmur, posteriormente à origem do músculo poplíteo, e se estende distalmente para se inserir na superfície lateral da cabeça da fíbula.
Ligamento colateral medial (tibial)
 O ligamento colateral medial é um ligamento forte e plano encontrado na porção medial da articulação do joelho. Juntamente com o ligamento colateral lateral, ele age dando suporte à articulação do joelho e prevenindo movimentos laterais excessivos, ao restringir os movimentos de rotações interna e externa quando o joelho está estendido. Na literatura médica, o ligamento colateral medial às vezes é dividido em uma parte superficial e uma parte profunda:
Ligamento poplíteo oblíquo
O ligamento poplíteo oblíquo (ligamento de Bourgery) é uma expansão do tendão do músculo semimembranoso, que se origina posteriormente ao côndilo medial da tíbia e se dirige superiormente para se inserir no côndilo lateral do fêmur.
Ligamento poplíteo arqueado
O ligamento poplíteo arqueado é uma faixa espessa e fibrosa que se origina do aspecto posterior da cabeça da fíbula e se arqueia superomedialmente para se inserir na porção posterior da cápsula articular do joelho. O ligamento poplíteo arqueado reforça a parte posterolateral da cápsula articular e, juntamente com o ligamento poplíteo oblíquo, previne a hiperextensão do joelho.
Ligamentos cruzados
Os ligamentos cruzados possuem esse nome por se cruzarem obliquamente dentro da articulação na forma de uma cruz ou da letra X. Eles se cruzam dentro da cápsula articular, entretanto permanecem externos à cavidade sinovial. Os ligamentos cruzados são divididos em:
· Ligamento cruzado anterior
· Ligamento cruzado posterior
Meniscos
Os meniscos são placas fibrocartilaginosas em forma de crescente encontradas entre as superfícies articulares do fêmur e da tíbia e têm como função dar congruência à articulação tibiofemoral e absorver impactos. Os meniscos são espessos e vascularizados no seu terço externo, enquanto seus dois terços internos são mais delgados e avasculares. Além disso, os dois terços internos contêm fibras colágenas radialmente organizadas, enquanto o terço externo possui feixes largos organizados circunferencialmente. Por isso, acredita-se que a porção interna é mais adaptada para suportar peso e resistir às forças compressivas, enquanto a porção externa tem maior capacidade de resistir às forças de tensão. 
Os meniscos são divididos em:
 Menisco medial: placa fibrocartilaginosa semicircular, em forma de C, que recobre a superfície do platômedial da tíbia. Seu corno anterior se fixa à área intercondilar anterior da tíbia e se funde com o ligamento cruzado anterior. Seu corno posterior se fixa à área intercondilar posterior da tíbia, entre as fixações do menisco lateral e do ligamento cruzado posterior. 
 Menisco lateral: placa fibrocartilaginosa semicircular que recobre a superfície do platô tibial lateral. Seu corno anterior também se fixa à área intercondilar anterior da tíbia e se funde parcialmente com o ligamento cruzado anterior. De maneira semelhante, seu corno posterior se fixa à área intercondilar posterior, anteriormente ao corno posterior do menisco medial.
 Os meniscos são mantidos no lugar por vários ligamentos, incluindo o ligamento transverso, os ligamentos meniscofemorais e meniscotibiais (coronários). Ao estabilizar os meniscos, esses ligamentos também agem indiretamente prevenindo a luxação da articulação do joelho.
Inervação
A articulação do joelho é inervada pelo nervo femoral, através do nervo safeno e seus ramos musculares. A articulação também recebe contribuições dos nervos tibial e fibular comum e da divisão posterior do nervo obturatório.
Vascularização
A articulação do joelho possui rica vascularização que se origina da anastomose genicular formada por várias artérias. Existem aproximadamente dez artérias envolvidas na formação da anastomose genicular:
· Ramos descendentes: ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral, ramo genicular descendente da artéria femoral. 
· Ramos ascendentes: ramo circunflexo fibular da artéria tibial posterior, ramos recorrentes tibiais anterior e posterior da artéria tibial anterior. 
· Ramos da artéria poplítea: artérias geniculares lateral superior e inferior, artérias geniculares medial superior e inferior e artérias geniculares médias.
Movimentos
 Sendo uma articulação em dobradiça, os principais movimentos da articulação do joelho são a flexão e extensão no plano sagital. Ela também permite uma rotação medial limitada na posição de flexão e no último estágio de extensão, bem como uma rotação lateral quando o joelho está “destravado” e flexionado. Ao contrário da articulação do cotovelo, a articulação do joelho não é uma articulação em dobradiça verdadeira, pois ela possui um componente rotacional, um movimento acessório que acompanha a flexão e a extensão e, por isso, ela é chamada de articulação em dobradiça modificada.
 O grau de flexão do joelho depende da posição da articulação do quadril e se o movimento é passivo ou ativo. Quando o quadril está flexionado, o grau máximo de flexão do joelho é 140°, enquanto o quadril estendido permite uma flexão de apenas 120°. Isso ocorre pois os músculos isquiotibiais (músculos do jarrete) são tanto extensores do quadril como flexores do joelho, de forma que eles perdem um pouco da sua eficiência em fletir o joelho se o quadril estiver estendido e vice-versa. Além disso, uma maior amplitude de movimento da articulação do joelho é possível quando o joelho está passivamente fletido, chegando a 160°. O contato da porção posterior da perna (panturrilha) com a coxa é o principal fator limitante da flexão do joelho. Além disso, o padrão capsular da articulação do joelho restringe mais a flexão do que a extensão.
 Durante o movimento do joelho de flexão para extensão, os côndilos femorais rolam e deslizam posteriormente sobre o platô tibial, devido à sua grande superfície articular. O movimento de deslizamento posterior é importante, pois sem ele o fêmur iria simplesmente rolar para fora da tíbia antes que o movimento fosse completado. Além disso, como a superfície articular do côndilo lateral do fêmur é menor do que a do côndilo medial, o deslizamento posterior do côndilo medial durante os últimos graus de extensão resulta na rotação medial do fêmur sobre a tíbia. 
 Alguns movimentos acessórios da articulação do joelho são possíveis, mas dependem da sua posição. Por exemplo, a adução e a abdução são evitadas pelo “travamento” dos côndilos femorais e tibiais, bem como dos ligamentos colaterais e cruzados, quando o joelho está totalmente estendido. Por outro lado, quando o joelho está um pouco flexionado, a adução e a abdução limitadas são possíveis. Movimentos no eixo longitudinal, como rotação medial e lateral, também são afetados pelo grau de flexão articular e são possíveis se o joelho estiver um pouco flexionado. 
Ação dos músculos na articulação do joelho
Músculos que atuam na articulação do joelho
· Flexion
Bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso; iniciada pelo poplíteo e ajudada pelo grácil e pelo sartório
· Extensão
Quadríceps femoral (reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio) ajudado pelo tensor da fáscia lata
· Rotação medial
Poplíteo, semimembranoso e semitendinoso, ajudados pelo sartório e pelo grácil.
· Rotação lateral
Bíceps femoral
 Articulação do tornozelo 
 
 A articulação talocrural, também conhecida como articulação do tornozelo, é uma articulação sinovial que conecta os ossos da perna – a tíbia e a fíbula – ao tálus, um dos ossos do pé. Essa é uma articulação complexa, formada por duas superfícies articulares, que em conjunto constituem uma articulação do tipo gínglimo (articulação em dobradiça).
 A principal ação da articulação talocrural é permitir a dorsiflexão e a flexão plantar do pé, bem como certo grau de pronação e supinação, em conjunto com as articulações subtalar e transversa do tarso (articulação de Chopart). A articulação talocrural age também absorvendo o impacto do contato do calcanhar contra o solo durante as primeiras fases da marcha.
Informações importantes sobre a articulação talocrural
· Tipo
Articulação sinovial do tipo gínglimo (em dobradiça)
Uniaxial
· Superfícies articulares
Extremidade distal da tíbia
Maléolo medial da tíbia
Maléolo lateral da fíbula
Corpo do tálus
· Ligamentos
Ligamento colateral medial (partes tibiocalcânea, tibionavicular e tibiotalar)
Ligamento colateral lateral (ligamento talofibular anterior, ligamento talofibular posterior, ligamento calcaneofibular)
· Inervação
Nervo fibular profundo
Nervo tibial
Nervo sural
· Vascularização
Artéria tibial anterior
Artéria tibial posterior
Artéria fibular
· Movimentos
Dorsiflexão
Flexão plantar
Superfícies articulares
O tornozelo é na verdade um complexo articular formado pela extremidade e maléolo medial da tíbia, o maléolo lateral da fíbula e a superfície troclear do tálus. Todas as superfícies articulares da articulação talocrural são recobertas por cartilagem hialina.
Existem três superfícies articulares na articulação talocrural:
A extremidade distal da tíbia se articula com a tróclea do tálus, uma superfície arredondada no aspecto superior do osso. A tróclea do tálus é convexa nas suas superfícies laterais e ligeiramente côncava nas suas superfícies anterior e posterior. A extremidade distal da tíbia tem um formato recíproco, tornando-a congruente com a superfície talar.
O maléolo medial, uma projeção óssea da porção distal da tíbia, se articula com a superfície medial do tálus.
O maléolo lateral, uma proeminência da extremidade distal da fíbula, se articula com o aspecto lateral do tálus. O maléolo lateral da fíbula está posicionado mais distalmente e mais posteriormente do que o maléolo medial da tíbia.
Os maléolos da tíbia e da fíbula, juntamente com a parte transversal do ligamento tibiofibular inferior, formam um encaixe retangular no qual a tróclea do tálus se acopla.
Cápsula articular
 Aproximamente, a cápsula da articulação talocrural está conectada às margens das superfícies articulares do maléolo medial da tíbia e maléolo lateral da fíbula. Distalmente, a cápsula está conectada às margens da superfície troclear do tálus. A cápsula articular é relativamente fraca e fina, mas é fortalecida medial e lateralmente pelos fortes ligamentos colaterais, que serão discutidos abaixo. A superfície interna da cápsula é revestida por uma membrana sinovial, que se projeta na direção da articulação tibiofibular distal até o ligamento interósseo tibiofibular
LigamentosDevido a sua função de suporte de carga, a articulação talocrural tem que ser estável, sem entretanto perder sua ampla mobilidade. Os ligamentos que estabilizam a articulação talocrural são os ligamentos colaterais medial e lateral.
Ligamento colateral lateral
O ligamento colateral lateral é um ligamento robusto que reforça o aspecto lateral da articulação talocrural. Ele é formado por três partes:
· Ligamento talofibular anterior: um ligamento fraco e plano que se origina no maléolo lateral da fíbula e se estende anteromedialmente até a face lateral do colo do tálus.
· Ligamento talofibular posterior: um forte ligamento que se estende medial e posteriormente a partir da porção distal da fossa maleolar lateral da fíbula até o tubérculo lateral do tálus. Ele também se conecta ao maléolo medial através de suas fibras tibiais. 
· Ligamento calcaneofibular: um longo ligamento que se origina no ápice do maléolo lateral da fíbula e se estende posterior e inferiormente para se inserir no tubérculo no aspecto lateral do calcâneo.
Ligamento colateral medial
O ligamento colateral medial, também conhecido como ligamento deltoide ou ligamento deltóideo, é um forte ligamento de formato triangular que reforça o aspecto medial da articulação talocrural. Esse ligamento é importante para estabilizar a articulação durante a eversão do pé, impedindo deslocamentos da articulação (hipereversão). O ligamento colateral medial se origina do ápice e das bordas do maléolo medial. Dali, o ligamento se abre como um leque e se insere no tálus, no calcâneo e no navicular. O ligamento colateral medial é muito variável, podendo conter de 3 a 6 partes. Entretanto, o ligamento é mais comumente organizado em três partes contínuas, nomeadas de acordo com seus pontos de inserção: 
· Ligamento tibionavicular: formado por fibras superficiais do ligamento colateral medial que descem a partir do maléolo medial para se inserirem na tuberosidade navicular. Próximo ao seu ponto de inserção, o ligamento se funde com a margem medial do ligamento calcaneonavicular plantar.
· Ligamento tibiocalcâneo: forma a parte intermediária do ligamento colateral medial, que desce quase verticalmente a partir do maléolo medial para se inserir no sustentáculo do tálus.
· Ligamento tibiotalar: forma a parte profunda do ligamento colateral medial. É formado por uma porção anterior e uma posterior, ambas as quais se originam do ápice do maléolo medial. O ligamento tibiotalar anterior segue inferiormente para se inserir no tubérculo medial do tálus, enquanto o ligamento tibiotalar posterior se insere na porção posterior (não articular) da superfície medial do tálus
Inervação
 A inervação da articulação talocrural é feita pelos nervos fibular profundo, tibial e sural, cujas fibras são derivadas das raízes de L4 a S2.
Vascularização
 A articulação talocrural recebe seu suprimento arterial das artérias tibial anterior, tibial posterior e fibular. Essas artérias formam uma anastomose ao redor dos maléolos, que dá origem aos ramos maleolares anteriores lateral e medial, que irrigam a articulação do tornozelo. A drenagem venosa é feita através das veias correspondentes.
Movimentos
 Sendo uma articulação do tipo gínglimo (em dobradiça), a articulação do tornozelo só permite a flexão plantar (flexão) e dorsiflexão (extensão), que ocorrem ao longo do eixo transversal (medial-lateral) que passa através do tálus pelo plano sagital. A amplitude de movimento da articulação do tornozelo é de cerca de 30-50° na flexão plantar e cerca de 20° na dorsiflexão.
· A flexão plantar é restrita pelos músculos do compartimento anterior da perna (sobretudo pelo tibial anterior), pela parte anterior do ligamento colateral medial, pelo ligamento talofibular anterior e pela parte anterior da cápsula articular. A dorsiflexão é restrita pelos músculos do compartimento posterior da perna (sobretudo pelo gastrocnêmio e sóleo), pela porção posterior do ligamento colateral medial, pelo ligamento calcaneofibular e pela porção posterior da cápsula articular.
 A flexão plantar e a dorsiflexão da articulação talocrural raramente são realizadas isoladamente, mas em conjunto com movimentos das articulações subtalar e transversa do tarso (articulação de Chopart). Isso significa que a flexão plantar é comumente acompanhada de adução e inversão, permitindo a supinação do pé, enquanto a dorsiflexão é acompanhada de abdução e eversão, permitindo a pronação do pé.
 Na posição ereta, a articulação talocrural representa o ângulo de 90° formado entre a perna e o pé. Essa é a posição neutra da articulação do tornozelo, com cerca de 0-10° de flexão plantar. Como o peso do corpo age através de uma linha vertical que passa anteriormente à articulação, um forte suporte muscular é necessário posteriormente à articulação para manter a sua estabilidade e evitar que ela se incline para frente ou colapse. Esse suporte é feito principalmente pelos músculos sóleo e gastrocnêmio. A posição da articulação talocrural que garante maior estabilidade para o tornozelo é a dorsiflexão máxima.
Músculos que agem na articulação talocrural
· Flexão plantar
Gastrocnêmio, sóleo, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux, fibular longo, tibial posterior
· Dorsiflexão
Tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux, fibular terceiro
· Inversão
Tibial anterior, tibial posterior
· Eversão
Fibular longo, fibular terceiro, fibular curto
 Os principais músculos que realizam a flexão plantar são o gastrocnêmio e o sóleo. Outros flexores plantares relevantes são o flexor longo dos dedos, o flexor longo do hálux, o fibular longo e o tibial posterior. Um fato em comum a todos esses músculos é que eles entram no pé posteriormente aos maléolos medial e lateral.
 A dorsiflexão do pé na articulação talocrural é produzida pelos músculos tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro, que cruzam a articulação talocrural anteriormente.
 A inversão do tornozelo é produzida pelo principal dorsiflexor do pé, o tibial anterior, bem como pelo tibial posterior, que age como um flexor plantar. A eversão do pé é produzida pelo dorsiflexor fibular terceiro e pelos flexores plantares fibular longo e fibular curto.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Neste trabalho foi apresentado e apontando as principais estruturas relacionadas as articulações do quadril, joelho e tornozelo, 
 As estruturas ósseas que compõem o quadril são formadas pelos ilíacos, sacro e fêmur, formando assim as seguintes articulações: sínfise púbica, articulação sacro-ilíaca e articulação femoroacetabular.
 A estrutura articular do joelho é formada pelos côndilos femorais, côndilos tibiais e patela. Vários tecidos moles contribuem para a estabilidade do joelho (por exemplo, ligamentos cruzados e colaterais) e fornecem amortecimento dentro da articulação (por exemplo, meniscos).
 A articulação do tornozelo é formada pela união dos ossos da perna – tíbia e fíbula – e o osso do talo (um grupo de ossos conhecidos coletivamente como tarso, localizado no pé). Juntos, esses três ossos formam uma articulação sinovial que permite a flexão plantar e a flexão dorsal do pé.
REFERÊNCIAS 
https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/biologia/articulacoes.htm
 
 https://www.google.com/amp/s/m.biologianet.com/amp/anatomia-fisiologia-animal/articulacoes.htm
 https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-do-joelho
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/articulacao-do-tornozelo

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