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Tema 2 - Tributação na agricultura

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23/08/2022 22:23	T002
 
23/08/2022 22:23	T002
 
TRIBUTAÇÃO NA AGRICULTURA
Prof. Jucelaine Bitarello 
Atualizado por Prof. Gabriela de Bem Fonseca
Nesta unidade temática, você vai aprender
Tributos incidentes dentro da atividade da agricultura;
Formas de tributação para Pessoa Física e Jurídica;
Método de apuração de tributos para Pessoa Jurídica.
Introdução
O agronegócio é o motor da economia nacional e registra grandes marcos históricos quantitativos e qualitativos. Também é conhecido por sua capacidade empregadora e geração de renda, sendo comparável apenas aos índices do setor industrial.
A Agricultura tem posição de destaque, pois trata-se de um segmento dinâmico que impulsiona os demais setores, assim como o industrial, comercial, de serviços, turismo, entre outros.
Segundo o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atualmente, cerca de 25% dos postos de trabalho no Brasil estão relacionados ao agronegócio. Isso se deve à expansão do segmento e à necessidade de se utilizar tecnologias cada vez mais avançadas, para as quais exige-se mão de obra especializada. Enquanto em muitos setores o desemprego só aumenta, o agronegócio sempre abre novas oportunidades.
Então, conhecer as formas de tributação possíveis dentro dessa potência chamada agricultura é extremamente necessário, pois existem algumas particularidades no ambiente tributável agrícola, que vamos descobrir.
Bons estudos.
Tributação na Agricultura
Na questão da tributação na atividade rural, tanto pessoa física quanto pessoa jurídica estão sujeitas ao regime específico.
Tributação Pessoa Física
O Regulamento do Imposto de Renda (RIR 1999), ao tratar da tributação das pessoas físicas, define a partir no Art. 58 a atividade rural como exploração da agricultura e a transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas a composição e as características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador, com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais.
 
Fique de olho!
O resultado da exploração da atividade rural por pessoas físicas deverá ser feito mediante escrituração do livro-caixa, exceto para contribuintes cuja receita anual seja de valor até R$ 4.800.000,00, estando dispensados da escrituração do livro.
Segundo o RIR/1999, a base tributável para a atividade rural pessoa física será apurada por meio do regime financeiro, isto é, Receitas Recebidas e Despesas Pagas. A receita é composta pela venda de produtos oriundos de atividades rurais executadas pelo próprio produtor rural. As despesas são divididas em despesas de custeio e investimentos, as quais são indispensáveis para realização da atividade rural.
Sendo assim, o resultado alcançado pelas receitas recebidas, deduzidas as despesas pagas, servirão de base para apuração do imposto de renda. Importante explicitar que, caso ocorra prejuízo, ele poderá ser compensado integralmente com o resultado positivo dos anos seguintes.
De acordo com RIR/1999, no caso de exploração de uma unidade rural por mais de uma pessoa física, cada produtor rural deve escriturar as parcelas da receita, da despesa de custeio, dos investimentos e dos demais valores que integram a atividade rural que lhe caibam.
Ou seja, em uma p ropriedade em que há uma família explorando a atividade rural, tanto a receita como as despesas podem ser divididas e não tributadas apenas por uma pessoa, o que muitas vezes gera um alto valor de imposto a pagar.
Vale destacar que o Livro Caixa não precisa ser autenticado por órgão público, mas deve ter suas folhas numeradas sequencialmente e deve conter “Termos” de abertura e de encerramento. Dessa forma, segue os seguintes passos:
1. A escrituração do livro caixa
a) Deverá abranger as receitas, as despesas de custeio, os investimentos e demais valores que integram o resultado da atividade rural;
b) Deverá ser realizada até a data prevista para entrega da Declaração de Ajuste Anual do ano – calendário correspondente;
c) As receitas e as despesas lançadas no Livro Caixa devem ser comprovadas mediante documentação que identifique o adquirente dos bens ou o beneficiário do pagamento das despesas, o valor e a data da operação, devendo esse documento ser mantido à disposição da fiscalização enquanto não ocorrer a decadência ou prescrição.
 
2. Arbitramento do resultado por falta de escrituração
· Se dá quando não tem a escrituração das operações realizadas no período e, nesse caso, o arbitramento é de 20% da receita bruta.
3. Exploração de um mesmo imóvel rural por mais de uma pessoa
· Se dá quando os arrendatários, os condôminos e os parceiros na exploração da atividade rural deverão apurar o resultado separadamente, na proporção dos rendimentos e das despesas que couberem a cada um, devendo essa condição ser comprovada documentalmente (mediante contrato escrito).
 
4. Arbitramento do resultado por falta de escrituração
a) A receita bruta da atividade rural é constituída pelo montante das vendas dos produtos oriundos das atividades rurais.
b) A receita bruta da atividade rural deverá ser comprovada por documentos usualmente utilizados nessas atividades, tais como: Nota Fiscal de Produtor, Nota Fiscal de Entrada, Nota Promissória Rural vinculada à Nota Fiscal de Produtor.
5. Não são considerados integrantes da atividade rural:
a) Aluguel ou arrendamento de máquinas e equipamentos agrícolas, pastagens e prestação de serviços de transporte de produtos de terceiros;
b) Venda de recursos minerais (pedras preciosas, areia, aterro, pedreiras etc.);
c) Prêmios ganhos a qualquer título pelos animais que participarem de concursos, competições, feiras e exposições;
d) Receitas da exploração do turismo rural e hotel fazenda;
e) Venda da terra nua, devendo o resultado positivo apurado em tal operação ser tributado como ganho de capital.
Alguns outros aspe ctos relevantes devem ser considerados, tais como despesas de custeio e investimentos. As despesas são deduzidas das receitas e representam os gastos realizados, por exemplo: combustíveis, salários, aluguéis, arrendamentos, ferramentas e utensílios, corretivos e fertilizantes, defensivos agrícolas, rações, vacinas e medicamentos. Da mesma forma, os investimentos em benfeitorias, culturas permanentes, aquisição de tratores, implementos, veículos, animais de trabalho, construção de estradas internas, entre outros itens. Outro ponto interessante é que as despesas de custeio e os investimentos serão comprovados por meio de documentos idôneos, tais como: Nota Fiscal do fornecedor, recibos, contratos, laudo de vistoria.
Por fim, a Declaração de Ajuste Anual compreende a apuração do resultado da atividade rural explorada por pessoa física e deve ser demonstrada na Atividade Rural, cujo preenchimento é obrigatório caso o contribuinte se enquadre em qualquer uma das seguintes situações:
1. Que tenha apurado resultado positivo de atividade rural, em qualquer montante, e está obrigado a apresentar a Declaração de Ajuste relativa ao ano-calendário em questão; 2. Deseje compensar prejuízos acumulados;
3. Pode optar pelo desconto simplificado.
 
Infográfico
Tributação Pessoa Jurídica
Os próximos parágrafos estão reservados para a descrição das especificidades da pessoa jurídica na atividade rural. As pessoas jurídicas que tenham por objeto a exploração da atividade rural estão sujeitas aos procedimentos a seguir focalizados no tocante à apuração e à tributação dos resultados decorrentes dessa atividade, em consonância com o RIR/1999.
Citam-se alguns BENEFÍCIOS FISCAIS:
1. Depreciação de bens do ativo imobilizado, exceto terra nua, adquiridos para uso nessa atividade, integralmente no ano da aquisição (não fará jus ao benefício a pessoa jurídica rural que direcionar a utilização do bem exclusivamente para outra atividade estranha à atividade rural própria);
2. Não sujeito ao limite de 30% do lucro real para fins de compensação de prejuízos fiscais de períodos-base anteriores,apurados na atividade rural (o referido limite de 30% somente se aplica à compensação de prejuízos para fins de apuração do lucro real. A Contribuição Social sobre o Lucro, no entanto, fica limitada a 30% do resultado positivo).
Outro aspecto relevante a ser considerado é que a empresa rural explora por vezes outras atividades. Dessa forma, a pessoa jurídica que exercer essa função dupla deve segregar, contabilmente, as receitas, os custos e as despesas referentes à atividade rural das demais atividades. Vejamos o seguinte quadro:
Faz-se necessário destacar que para a legislação do imposto de renda impõe a caracterização da atividade rural (afora obviamente as atividades principais) sujeita às seguintes condições:
1. A atividade deve ser praticada pelo próprio produtor (requisito subjetivo);
2. Devem ser utilizadas matérias-primas exclusivamente produzidas na área rural explorada;
3. Devem ser utilizados “utensílios usualmente empregados nas atividades rurais;
A opção de enquadramento tributário pode ser feita pelos seguintes regimes tributários:
 
Opção pelo Lucro Presumido
· De forma geral, trata-se de um lucro fixado a partir de percentuais padrões aplicados à receita operacional. A partir desse resultado, são somadas as demais receitas, por isso é chamado de Lucro Presumido. Os percentuais aplicados variam conforme a atividade. Para a atividade rural tem-se um percentual de 8% para o IRPJ e 12% para o CSLL, conforme a Lei 9.249/1995.
Opção Pelo Lucro Arbitrado
· O regime do lucro arbitrado, a princípio, sugere uma situação punitiva, pois é considerada uma prerrogativa do Fisco arbitrar o lucro da empresa.
 
Tributação Com Base No Lucro Real
A pessoa jurídica que explore atividade rural pode optar pelo regime do lucro real, e pode:
a) apurar o lucro real trimestralmente, em 31 de março, em 30 de junho, em 30 de setembro e em 31 de dezembro;
b) optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa.
Simples Nacional
· No caso do produtor rural, poderá ser feita opção pelo Simples Nacional, desde que ele esteja inscrito no CNPJ. Sendo assim, conforme a LC 123/2006, será recolhido de forma unificada oito impostos, como o IRPJ – Imposto sobre a renda da Pessoa Jurídica, CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, IPI – Imposto sobre produtos industrializados, COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, PIS/ PASEP, CPP – Contribuição Patronal Previdenciária, ICMS e ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.
Na esfera estadua l, tem-se a incidência do ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, que varia conforme o produto vendido, algumas culturas pecuárias gozam de isenções dependendo da aplicação como destinado a produtor, à cooperativa de produtores, à indústria de ração animal.
É importante citar que para além dessas formas de impostos para pessoas físicas e jurídicas também deve ser considerado aqui, para fins de conhecimento dos principais tributos incidentes na atividade agrícola, o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), de competência da União, que incide sobre os imóveis localizados fora do perímetro urbano (zona rural).
 Para fins de entendimento do imposto, imóvel rural é a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de terras, localizada na zona rural de cada município.
 As alíquotas desse tributo são fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas e não poderá incidir sobre as pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.
 O ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
 Compete à Secretaria da Receita Federal (RFB) a administração do ITR, incluídas as atividades de arrecadação, tributação e fiscalização.
 O ITR tem como fundamento legal a Lei nº 9.393/1996, regulamentada pelo Decreto nº 4.382/2002 e disciplinada pela Instrução Normativa SRF nº 256/2002.
 A apuração e o pagamento do ITR devem ser efetuados independentemente de prévio procedimento da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela RFB, sujeitando-se à posterior homologação.
https://www.sites.google.com/ulbra.br/G000219GS001/t002	1/24
https://www.sites.google.com/ulbra.br/G000219GS001/t002	1/24

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