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Tema 4 - Tributação na pecuária

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08/09/2022 21:26	T004
 
08/09/2022 21:26	T004
 
TRIBUTAÇÃO NA
PECUÁRIA
Prof. Jucelaine Bitarello 
Atualizado por Prof. Gabriela de Bem Fonseca
Nesta unidade temática, você vai aprender
Quais as opções de tributação para atividade pecuária,
Quais os impostos incidentes para o pecuarista PF;
Quais os métodos de apuração de Imposto de Renda para a PJ.
Introdução
A questão tributária tem sido uma das maiores preocupações para a finalidade da existência da Contabilidade, pois ainda, em boa medida, ela é tida como “o fiscal dos governos”. No entanto, esse não deve ser o entendimento que os profissionais da área devem ter, e tão pouco os gestores dos negócios agropecuários. Assim, neste capítulo busca-se dar aprofundamento sobre os tributos sobre a venda e o resultado, considerando os diferentes enquadramentos tributários existentes no ordenamento brasileiro.
O pecuarista, como tem um ciclo operacional "mais lento" do que a agricultura, deve ficar muito atento à forma de apuração dos seus tributos, sejam eles pessoa física ou pessoa jurídica.
Para isso, deve conhecer alguns meandros que o legislador deixou ao confeccionar as normas tributárias, como quais tributos incidem sobre a opção de pessoa física ou limites para o Simples Nacional são dessas escolhas que tornam a Pecuária um dos motores da economia nacional.
Bons estudos.
Tributação na Pecuária
A atividade pecuarista tal como qualquer outra está sujeita à tributação da renda, entretanto, tal como na atividade agrícola, existe a realidade do produtor ter seu imposto de renda atrelado à pessoa física ou jurídica. O Imposto de Renda é de competência federal, o fato gerador deste tributo é a renda auferida por pessoas jurídicas e físicas, sendo que em cada sistema existe o percentual fixado pelo Governo. A Receita Federal é a responsável por arrecadar os valores e também manter os registros e a fiscalização de pessoas físicas e jurídicas. O Artigo 1º do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 regulamenta a tributação, a fiscalização, a arrecadação e a administração do imposto sobre a renda.
Tributação Pessoa Física 
O Imposto de Renda Pessoa Física incide sobre a renda de brasileiros residentes ou não no país, cujas fontes de renda sejam originadas no Brasil. A Receita Federal apresenta alíquotas diferenciadas que variam de acordo com a renda dos contribuintes. A obrigação é anual e consiste em explicar a evolução patrimonial obtida ao longo do período. Com relação à atividade rural, são tributáveis os resultados positivos provenientes da atividade rural exercida pelas pessoas físicas. Mais especificamente, o artigo 5º da Lei nº 8.023/90 dispõe acerca da “opção” do contribuinte, pessoa física, na composição da base de cálculo, o resultado da atividade rural.
O Artigo 58 do Decreto nº 3.000/99 aponta as atividades rurais que podem ser exploradas pela pessoa física, são elas: a agricultura, a pecuária, a extração e a exploração vegetal e animal, exploração de diversas culturas animais, transformação de produtos decorrentes da atividade rural – desde que as características naturais não sejam alteradas – e cultivo de florestas. O artigo exclui as atividades que fazem a intermediação de animais e produtos agrícolas.
A Tributação do imposto de renda pelo sistema pessoa física de acordo com a legislação vigente permite diversas deduções com os gastos com educação, despesas médicas e com dependentes, pensão alimentícia, contribuição à previdência social e contribuição à previdência do empregado doméstico. É possível, ainda, o produtor rural compensar prejuízos e considerar os investimentos como despesas do período.
 
Fique de olho!
Aqui também cabe destacar que existem outros tributos que incidem sobre o pecuarista pessoa física, e que não é apenas o IRPF.
Tributação Pessoa Jurídica 
No Brasil, existem três regimes de tributação, são eles: o Simples Nacional, o Lucro Real, o Lucro Presumido e o Lucro Arbitrado. Cada um desses regimes possui suas características, vantagens e desvantagens. Entender a particularidade de cada um deles pode auxiliar a gestão financeira da empresa. Portanto, entender o cenário macroeconômico pode contribuir na escolha do melhor regime tributário, lembrando que escolha a opção por um regime vale para todo ano-calendário.
É de competência dos contadores e administradores empresariais tomarem a decisão de enquadramento tributário anual, haja vista que há três regimes: Lucro Real, Presumido ou Simples. Sendo que, aos primeiros, os contadores, compete, na medida do conhecimento técnico e científico, informar aos segundos, os administradores, qual forma de enquadramento é mais benéfica para as empresas, ressalvadas as exigências legais que não permitem a liberdade de enquadramento, sen- do que, por essas razões, só e somente cabe o Regime Tributário pelo Lucro Real.
De acordo com a Receita Federal, o arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizado pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso.
Outro aspecto interessante é que não é permitido mudança de enquadramento no exercício fiscal. Por isso, é relevante que se faça o planejamento tributário no início do exercício, principalmente levando em consideração o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobe o Lucro Líquido (CSLL), a qual é feita em três formas distintas:
a) Lucro Real – apuração anual ou trimestral;
b) Lucro Presumido;
c) Simples Nacional – opção exclusiva para Microempresa (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).
Ainda, para efeitos de conhecimento, a pessoa jurídica que explora atividade rural e tenha auferido receita bruta anual nos limites máximos citados pode se enquadrar como ME ou EPP. Para efeitos de receita bruta, é considerado o produto da venda de bens e serviços nas operações próprias e/ou prestadas a terceiros. Assim, atendidas as condições exigidas na legislação, essas empresas devem manter em boa ordem e guarda de todos os registros e documentos referente à movimentação financeira e econômica da manutenção do plantel.
Relevante aspecto para a contabilidade rural é a permissão do reconhecimento das receitas pelo regime de caixa na atividade rural. Em outros termos, é o reconhecimento da receita à medida dos recebimentos.
O Simples Nacional
A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, criou o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, com efeito a partir de 01 de julho de 2007.
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Esse regime inclui a participação da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. De acordo com a mencionada lei, aplica-se em parte ao produtor rural limitado ao faturamento denominado no artigo 3º da Lei Complementar.
Fique de olho!
Além disso, é válido mencionar que a tributação efetuada de forma simplificada e alíquotas reduzidas incidentes sobre a receita bruta, previstas no Capítulo IV da Lei Complementar, não foram estendidas a essas pessoas físicas, ou seja, valem apenas para pessoa jurídica.
Lucro Presumido
O Lucro Presumido é um regime optativo para a apuração do lucro e o imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ), no qual a receita está baseada em valores globais para presumir o lucro. Conceitualmente, podemos afirmar que o Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do Lucro Real. Uma vantagem desse regime é para empresas que auferem um lucro acima de 32% da receita bruta. Depois de obtido o valor do Lucro Presumido, são calculados os impostose as contribuições federais.
Usualmente, a opção é manifestada com o pagamento da primeira quota ou quota única do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano calendário, sendo considerada definitiva para todo o ano-calendário. A renda da atividade rural poderá ser tributada pela opção do Lucro presumido, tendo em vista o art. 13 da Lei nº 9.718/98, que estabelece que a pessoa jurídica poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido, desde que respeitados os parâmetros apresentados pela mesma lei, em que a pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais).
Lucro Real 
O Lucro Real pode ser definido como o resultado do período antes de computar a provisão para o imposto de renda, ajustando-se o valor calculado por meio das adições, exclusões ou compensações autorizadas pela legislação do imposto de renda.
O lucro é apurado como extra contábil e escriturado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, que é composto por duas partes: a parte A (destinada aos lançamentos de ajuste do lucro) e a parte B (dedicada ao controle dos valores que não constam na escrituração contábil, mas que influenciam no lucro real de períodos futuros).
 
Fique de olho!
O Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas através de regulamentações emitidas pela Receita Federal.
Cabe destacar que caso a pessoa jurídica explorar outras atividades, além da atividade rural, também denominada empresa com atividade mista, deverá segregar contabilmente as receitas, os custos e as despesas referentes à atividade rural das demais atividades, bem como demonstrar, no LALUR, separadamente, o resultado contábil dessas atividades.
O Lucro real é a base de cálculo do imposto de renda pessoa jurídica e sua alíquota de 15%. Importa destacar, ainda, que há a incidência do adicional de 10% sobre a parcela do lucro real que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do período de apuração.
Dentro das possibilidades que o Lado B do Livro de Apuração do Lucro Real possibilita, destaca-se, ainda, que a pessoa jurídica poderá diminuir do imposto devido:
 O valor dos incentivos fiscais de dedução do imposto, observados os limites e prazos da legislação vigente;
 O valor dos incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados com base no lucro da exploração;
 Imposto de renda pago ou retido na fonte, incidentes sobre receitas computadas no lucro real;
 O imposto de renda pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores.
No caso de empresa com atividade mista e na impossibilidade de segregar as contas contabilmente, a pessoa jurídica deverá ratear os valores proporcionalmente às porcentagens que a receita líquida de cada atividade representa em relação à receita total. Não ocorrendo receita líquida no ano-calendário, a porcentagem será determinada com base nas despesas de cada atividade. Existe, ainda, a previsão legal que a pessoa jurídica sujeita à tributação pelo lucro real possa optar pelo pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de cálculo estimada, mediante a aplicação, sobre a receita bruta auferida mensalmente.
Para essa situação, a base de Cálculo da Receita Federal do Brasil é de 8%. A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional de 10% (dez por cento). Essas normas estão disciplinadas no RIR/99, artigos 185 a 206. A seguir, há um exemplo da apuração do imposto de renda por estimativa com adicional:
 
https://www.sites.google.com/ulbra.br/G000219GS001/t004	1/18
https://www.sites.google.com/ulbra.br/G000219GS001/t004	1/18

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