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DANIELLY LEITE DE MELO – 0516577 Sociolinguística: O Preconceito Linguístico e as Variedades Linguísticas no ensino. Pré-Projeto de Pesquisa apresentado a UNIP Interativa – Polo ITAPORANGA – PB – Curso de Letras (Português/Inglês), como requisito para elaboração de Trabalho de Curso. Orientação: ITAPORANGA-PB 2022 1. INTRODUÇÃO A linguagem é dinâmica e tem muitas mudanças. Esse fato vem de toda língua que chamamos de variação linguística, que é limitada pelo contexto histórico, geográfico e sociocultural do falante. A formação social da população brasileira é composta por diferentes contribuições socioculturais como: cor da pele, status social, forma de falar e se expressar ou expressar sua própria cultura, que podem variar de acordo com a região de origem de cada indivíduo, onde os diferentes tipos surgem preconceito. Como essas mudanças são para comunicação, nunca devemos considerá-las erradas. Ao apontar que essas mudanças estão erradas, cometemos o que chamamos de "viés de linguagem". Como todos os preconceitos, o ato maquiavélico é defender uma determinada posição que se impõe porque é mais adequada e às vezes mais "bonita", e infelizmente esse ato errado existe no Brasil. Por exemplo, a retórica depreciativa sobre o discurso dos moradores da zona rural é uma espécie de convecção, que não apenas não promove o processo de educação democrática, mas dificulta nosso enriquecimento do patrimônio cultural. Desta forma, ao contrário do Português Padrão, o Português Não Padrão é característico de falantes marginalizados, economicamente desfavorecidos, “errados” por falarem uma língua diferente da norma padrão tão prestigiada, criando assim vários mitos cotidianos. Principalmente preconceito linguístico. Os linguistas concordam que as normas padrão, uma vez estabelecidas, adquirem tanta importância e tanto prestígio social que todas as outras variantes são consideradas "inadequadas", "insuficientes", feias", "erradas", "falhas”., "pobres"... Norma padrão, norma oficial, usada na literatura, mídia, leis e decretos governamentais, ensinada nas escolas e na interpretação gramatical, é o status socioeconômico. Nosso principal objetivo é tentar diminuir o preconceito de que somente as pessoas que falam de acordo com as normas culturais podem falar corretamente. Dessa forma, os temas escolhidos para o estudo têm papel fundamental na compreensão da variação linguística e do contexto educacional, mas são válidos e coerentes. Com isso, podemos priorizar os principais aspectos e fatores que norteiam o resgate de diferentes áreas de valores culturais, principalmente na linguagem oral e escrita, pois assim os preconceitos linguísticos serão mitigados, o valor cultural como e o respeito às diferenças passarão a fazer parte do o ambiente escolar uma prática. 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Enfatiza a importância de dar aos alunos a oportunidade de conhecer as diferentes culturas e tradições, dando-lhes a oportunidade de apreciar a diversidade das línguas nativas, valorizando cada língua e combatendo o preconceito que existe nas formas populares em oposição às utilizadas por grupos de prestígio na sociedade. 2.2 Objetivos Específicos Fomentar o respeito mútuo, a solidariedade, o pensamento crítico, o diálogo e a compreensão entre as culturas; Entender que a linguagem é composta de variantes linguísticas, que devem ser respeitadas de acordo com a situação de produção; Superar a discriminação relacionada às diferentes formas de falar dos brasileiros por meio de atividades interativas agradáveis. Discutir o impacto do viés linguístico na sociedade brasileira; Informar os alunos sobre preconceitos linguísticos dentro e fora da sala de aula; Aumentar a consciência crítica dos alunos contra o preconceito linguístico. 3. JUSTIFICATIVA Conforme mencionado na seção anterior, não é mais possível projete o trabalho em sua língua nativa na sala de aula sem pensar considerado por uma série de estudos sociolinguísticos foram estabelecidos até o momento. Os professores de português refletem a urgência sobre esta questão, vamos incontáveis ilimitados implicar uma distorção do processo, o resultado global Ignorância, porque não dizer, os profissionais da educação estão mal preparados faça negócios neste campo. Dado o que é revelado na introdução, este trabalho garante uma melhor compreensão dos pressupostos teóricos da sociolinguística, e colocaremos em primeiro lugar os estudos da linguagem do século XX em um sentido geral. Comecemos pelo linguista suíço Ferdinand Saussure e pelo linguista americano Noam Chomsky. Para Saussure, a linguística tem por único e verdadeiro objeto a língua considerada em si mesma e por si mesma. Saussure postula algumas dicotomias e vai isolando o que, segundo ele, seria de interesse da ciência linguística. Essas dicotomias, as que são mais importantes langue e parole, sincronia e diacronia, é a perspectiva sincrônica, segundo Saussure, que permite o estudo científico da língua. Nas escolas de hoje, alunos e professores têm um forte viés linguístico contra aqueles que falam línguas diferentes da língua padrão. Esse preconceito leva à discriminação, cria problemas nas interações entre alunos e entre professores e alunos e torna a sala de aula um local de exclusão social. No entanto, nos Estados Unidos, a visão formal da língua ganha destaque, a partir da década de 1960, com Noam Chomsky e a corrente denominada gerativismo, segundo a qual a língua (i) é concebida como um sistema de princípios universais; (ii) é vista como o conhecimento mental que um falante tem de sua língua a partir do estado inicial da faculdade da linguagem, ou seja, a competência. O que interessa ao gerativista é o sistema abstrato de regras de formação de sentenças gramaticais. Como vimos, pelo menos até a década de 1960, as duas abordagens teóricas mais proeminentes em linguística foram o estruturalismo e o gerativismo. De fato, a concepção estruturalista de linguagem de Ferdinand de Saussure elevou amplamente a linguística ao status de um campo científico inteiro, com objetos e métodos bem definidos. Chomsky refinou ainda mais os objetivos dessa ciência, propondo que a habilidade da linguagem é um componente universal e inato da espécie humana, cujas regras podem ser descritas analisando a estrutura gramatical (aceitável) de diferentes idiomas 4. REFERÊNCIAL TEÓRICO De acordo com Azevedo e Damasceno (2017), a estruturação do ensino da Língua Portuguesa no contexto escolar torna-se um desafio para os professores e uma difusa compreensão para os estudantes, pois através de um processo no qual, os textos não são articulados com as vivências e entendimentos de mundo dos educandos, torna-se maçante e até impossível esse trabalho na escola. Também há a necessidade de promover o ensinamento das variadas falas encontradas pelo país, como o jeito de falar dos nordestinos, dos sulistas e etc. Conforme Bakhtin (2007), como alguns fatores compõem a tão ampla e diversificada língua, passa a se considerar os de maior importância quanto à aquisição das habilidades do leitor e de escritor o poder da língua, as relações entre língua com identidade cultural e cidadania, noções básicas de erro, a gramática e também desvio da língua padrão. Corrobora: Como a separação da linguagem e da fala, separam-se a sociedade e os indivíduos ao mesmo tempo. Portanto, a linguagem não é função do locutor: é produto do registro passivo dos indivíduos, nunca pressupõe premeditação [...] Pelo contrário, as palavras são atos pessoais de vontade e sabedoria. Embora a linguagem seja heterogênea, ela constitui um sistema de símbolos,no qual existe essencialmente apenas uma combinação de sensação e imagens auditivas. (BAKHTIN, 2007, p. 79). De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, BNCC (2018), a Língua Portuguesa, na concepção de língua/linguagem se estruturam de forma polissêmica e multicultural, pois abrange suas peculiaridades e diversidades linguísticas. Apropriando-se de variadas espécies de gêneros textuais para aproximar os alunos 7 do processo de leitura e escrita, com a intencionalidade de formar e defender uma postura de autonomia na formação dos sujeitos. Segundo a BNCC: Se uma face do aprendizado da Língua Portuguesa decorre da efet iva atuação do estudante em práticas de linguagem que envolvem a leitura/escuta e a produção de textos orais, escritos e multissemióticos, situadas em campos de atuação específicos, a outra face provém da reflexão/análise sobre/da própria experiência de realização dessas práticas. Temos aí, portanto, o eixo da análise linguística/semiótica, que envolve o conhecimento sobre a língua, sobre a norma-padrão e sobre as outras semioses, que se desenvolve transversalmente aos dois eixos – leitura/escuta e produção oral, escrita e multissemiótica – e que envolve análise textual, gramatical, lexical, fonológica e das materialidades das outras semioses. Ação social significa desenvolver nos estudantes uma postura autônoma e investigativa, em que sejam capazes de refletir e desenvolve r pensamento crítico. (BRASIL, 2018, p. 82). A respeito do estudo das variações linguísticas, Bagno diz: À professora e ao professor de língua portuguesa cabe o trabalho da reeducação sociolinguística de seus alunos e de suas alunas. O que significa isso? Significa valer-se do espaço e do tempo escolares para formar cidadãs e cidadãos conscientes da complexidade da dinâmica social, conscientes das múltiplas escalas de valores que empregamos em todo momento em nossas relações com as outras pessoas por meio da linguagem (2007, p. 82). Este facto é suportado não só ao nível linguístico, mas também ao nível da relevância sensorial e imagética. Assim, além de “envolver-se” na leitura, os alunos saberão “nadar” nas correntes do entendimento, orientando-se, enriquecendo e transformando seu mundo quando necessário. 5. METODOLOGIA Ao que se refere ao método de abordagem, foi utilizado o método dedutivo que, de acordo com a concepção de Costa (2001) é o método que parte do geral e desce para o subjetivo, ou seja, “[...] Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. ” Assim sendo, partir dos fenômenos gerais observados, teóricos e empíricos, será exposta uma concepção subjetiva para responder o problema apontado. Concernente ao método de procedimento, foi utilizado o monográfico, uma vez que tem por estrutura a observação direta de um fato, que, de acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 151): [...] um estudo sobre um tema específico ou particular de suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina. Portanto, pode-se entender que um procedimento monográfico se refere ao estudo de uma determinada propriedade a partir de um conceito cientifico de um fato ou fenômeno. 6. REFERÊNCIAS BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz? 49. ed. São Paulo: Loyola, 2007. CALVET, Louis-Jean: Sociolinguística: Uma introdução crítica. São Paulo: Parábola Editorial, 2002, 160p., 18cm. MARTELLOTA, Mário Eduardo (Orgs). Manual de linguística: sociolinguística. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2010. MARTINET, André. Elementos de linguística geral. Rio de janeiro: Clássica, 2014. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Brasília: MEC, 2018. Disponível em:< http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_sit e.pdf >. Acesso em: 01 de setembro de 2022. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002. WAITZ, Inês Regina. O ensino da literatura e seu espaço de Formação. 2008. Disponível em < http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/reduc/article/viewFile/201/199 >Acesso em 02 de setembro de 2022. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_sit%20e.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_sit%20e.pdf http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/reduc/article/viewFile/201/199
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