Curso_ 222RGR2497A - PRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃO

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PRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃOPRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃO
PRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃOPRINCÍPIOS DA ANIMAÇÃO
Autor: Me. Luiz Gustavo Luz
Revisor : Edni l ton Costa
IN IC IAR
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introdução
Introdução
Olá, aluno(a). Em nossos estudos, partiremos de uma breve contextualização
histórica, que desemboca no desenvolvimento dos 12 princípios da animação.
Esses princípios, que têm sua origem na animação tradicional, permanecem
relevantes nos dias de hoje, em que há a predominância do uso de
ferramentas que contribuem para a automação dos processos, em duas ou
três dimensões.
Em seguida, trataremos de três desses princípios, individualmente: o princípio
de animação direta e pose a pose; o princípio de comprimir e esticar e o
princípio de antecipação. Ao abordar cada um deles, traremos de exemplos
para que você compreenda, na prática, a razão pela qual eles são tão
necessários.
Bons estudos!
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A necessidade de expressar personagens em movimento, por meio do
desenho, é quase tão antiga quanto a própria humanidade. Nos primeiros
registros feitos pelo homem pré-histórico já é possível veri�car a intenção de
expressar o movimento (CRUZ, 2006). Contudo, a obtenção de resultados que
se assemelham à animação tal qual conhecemos é bem mais recente. Foi com
o desenvolvimento de brinquedos ópticos, que se multiplicaram ao longo do
século 19, que surgiu a noção de que a mudança rápida entre imagens
poderia provocar a ilusão de movimento.
Dentre esses brinquedos ópticos, estava o Fenacistiscópio, desenvolvido em
1832, pelo físico belga Joseph Antoine Plateau (CÀMARA, 2005). Consistia em
um disco que, ao ser girado, apresentava uma animação cíclica ao seu
observador. Anos mais tarde, surgiram outros brinquedos similares, como o
Zootrópio, o Praxinoscópio e o Cinetoscópio, baseados no mesmo princípio
de animações em ciclos, além do �ip book , que consistia em um livreto, cujas
páginas com desenhos em sequência eram folheadas rapidamente, criando a
ilusão de movimento para o espectador.
Antecedentes e os 12Antecedentes e os 12
Princípios da AnimaçãoPrincípios da Animação
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No �nal do século 19, os irmãos Lumière �zeram a primeira exibição de um
�lme ao público. Eles haviam �lmado um trem chegando à estação e
operários saindo de uma fábrica (KORNIS, 2008). O advento dessa tecnologia -
uma dentre aquelas que deram origem ao cinema – contribuiu para que a
animação, dali em diante, fosse pensada de outra maneira.
Nos primeiros anos do século 20, foram produzidos vários �lmes que �zeram
uso de técnicas de animação, como Humorous Phases of Funny Faces (1906) de
James Stuart Blackton; Fantasmagorie (1908) de Émile Cohl; Little Nemo (1911)
e Gertie the Dinosaur (1914) de Winsor McCay, dentre outros (CÀMARA, 2005).
Contudo, esses �lmes ainda continham características experimentais. Um
grande avanço nas técnicas de produção de animações deu-se em 1915,
quando Earl Hurd patenteou o uso de folhas de acetato aplicado à animação
(BACHMAN; SLATER, 2002). Tratavam-se de células transparentes em que
eram desenhados os elementos animados da animação. Essas células eram
posicionadas sobre os cenários, de modo que estes não precisassem ser
redesenhados a cada frame. Tal tecnologia foi essencial à viabilização das
produções de animação que a sucederam, e perdurou praticamente
inalterada até o desenvolvimento na animação computadorizada.
Figura 1.1 - Disco como o do Fenacistiscópio (1833) 
Fonte: Joortje1 / Wikimedia Commons.
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Os desenhos animados em série, tal qual conhecemos hoje, surgiram em
1919, com O Gato Félix , criado por Otto Messmer e Pat Sullivan. A produção
rendeu algo em torno de 175 curtas animados, sendo interrompida em 1930
(CÀMARA, 2005).
Em 1928, Walt Disney produziu seu primeiro �lme de animação sincronizada
com o som, chamado Steamboat Willie (O Barco a Vapor do Willie),
protagonizado pelo personagem Mickey Mouse (BACHMAN; SLATER, 2002). Já
em 1937, a Disney produziu o longa de animação Branca de Neve e os Sete
Anões, que utilizava a tecnologia, chamada multiplano, em que as folhas de
acetato eram registradas em vários níveis, criando a ilusão de profundidade a
partir do deslocamento de planos (CÀMARA, 2005).
E foi a partir dos estudos de vários animadores da Disney que foram criados
os chamados 12 princípios da animação. Ollie Johnston e Frank Thomas – que
pertenciam a um grupo de animadores dos estúdios, conhecidos como
Disney's Nine Old Men (Os “Nove Homens Velhos”), responsáveis pela
produção da maioria dos �lmes da Disney até o �nal da década de 1970 –
publicaram um livro que reunia os princípios utilizados por seus animadores,
chamado The Illusion of Life: Disney Animation . Os 12 princípios são:
Figura 1.2 - O Gato Félix. 
Fonte: Otto Messmer / Wikipédia.
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Presentes em todos os �lmes da Disney, esses princípios foram fundamentais
para que a animação ganhasse expressividade e, ao mesmo tempo, parecesse
natural para o espectador, permitindo que ele se mantivesse imerso na
história.
praticar
Vamos Praticar
A animação se desenvolveu pouco a pouco, a partir de várias experimentações que
deram origem a técnicas diversas. Uma dessas técnicas foi essencial para que a
produção de �lmes animados se tornasse mais e�ciente, dispensando que os
cenários tivessem de ser redesenhados a cada frame .
Assinale a alternativa que apresenta a técnica descrita no trecho:
a) A Fenacistiscópia.
Figura 1.3 - Os 12 princípios 
Fonte: Oliver Shirra / 123RF.
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b) A técnica de �ip book .
c) A sincronização com o som.
d) O uso de folhas de acetato.
e) O princípio do apelo.
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Como vimos anteriormente, os 12 princípios da animação foram reunidos a
partir das experiências trocadas por animadores da Disney durante a
produção dos seus primeiros �lmes de animação, por volta da década de
1930. Dentre esses princípios, estão aqueles que chamamos de animação
direta e pose a pose ( straight ahead action and pose to pose ), que trataremos
neste Capítulo.
Para começar, é importante compreender que a animação é feita a partir de
uma sequência de quadros ou frames , que são exibidos em sequência, de
modo a provocar no observador a ilusão de movimento. Para que a ilusão
ocorra, é importante que esses frames se relacionem com aqueles que os
antecedem e sucedem, formando uma sequência coesa.
Dito isso, vamos ao princípio de animação direta e pose a pose. Na verdade,
esse princípio versa sobre duas técnicas distintas de animação. A primeira
delas, chamada animação direta, coincide com o modo que as animações
vinham sendo feitas. É um modo intuitivo em que os frames são desenhados
em sua ordem de exibição.
Animação Direta e Pose aAnimação Direta e Pose a
PosePose
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A animação direta trazia uma série de problemas para o animador, uma vez
que era muito difícil de ter controle sobre o que acontecia na cena. Os objetos
e personagens ora aumentavam de tamanho, ora diminuíam. Isso, porque a
animação direta funciona como uma espécie de bola de neve, em que as
distorções vão se acumulando no processo.
Outro problema da animação direta é a falta de controle sobre a cena. O
método traz di�culdades para o animador, como a de antever o momento em
que o personagem chegará a determinado lugar nacena.
Para contornar esses problemas, desenvolveu-se a técnica da animação pose
a pose, baseada em posições-chave ( keyframes ). Essa técnica consiste em
desenhar, primeiramente, as poses principais da cena e, depois, preencher a
cena com frames intermediários. Se na animação direta, desenhamos o frame
1, depois o 2, 3, 4, 5 etc. Pela ordem, na animação pose a pose, desenhamos o
1, depois o 8, o 14, o 21 e, só depois, ligamos uma pose a outra.
Esse sistema permite muito controle sobre a cena, mas a crítica que é feita a
ele é que há a perda de espontaneidade, o que supostamente deixaria a
animação um pouco engessada ou sem vida.
É por esse motivo que a técnica da animação pose a pose não substituiu a
animação direta. O que acontece é que há momentos em que se usa uma
técnica e há momentos em que se opta pela outra, a depender do que estiver
sendo desenhado. 
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No método pose a pose, os intervalos são desenhados depois. Observe que,
na Figura 1.4, há uma distância de seis frames entre as poses. Essa distância é
determinada de acordo com o ritmo da cena.
O animador espanhol Sergi Càmara explica que há uma prática de animação
combinada, em que os princípios da animação direta e da animação pose a
pose são utilizados dentro de um mesmo processo (CÀMARA, 2005). Para se
apropriar da espontaneidade da animação direta e ter o controle da
animação pose a pose, o animador plani�ca a ação a partir de esboços, que
ajudam a garantir que os volumes se mantenham e que o personagem estará
no lugar certo no tempo certo, para, então, re�nar os traços fazendo uso da
animação direta, o que dá vivacidade ao resultado �nal. 
Figura 1.4 - Método pose a pose. 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Não há técnica superada, apenas escolhas que se adaptam melhor a cada
caso. Para animar movimentos de difícil previsão, como o da fumaça ou da
copa de uma árvore balançando ao vento, o indicado é utilizar a animação
direta. Para movimentos completamente previsíveis, como a queda de um
objeto sólido ou movimentos duros de um robô, a animação pose a pose há
de bastar. 
praticar
Vamos Praticar
Animação direta e animação pose a pose consistem em um dos 12 princípios da
animação, demarcados por Ollie Johnston e Frank Thomas. Esse princípio trata de
técnicas de animação, que se referem à ordem em que os frames serão desenhados
durante o processo de produção da cena.
saiba mais
Saiba mais
Para compreender melhor os princípios
estudados até aqui, recomenda-se o vídeo a
seguir. Trata-se de uma breve explicação
sobre o princípio da animação direta e pose a
pose, junto à exibição de alguns exemplos
práticos.
ASS I ST IR
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Sobre o princípio de animação direta e pose a pose, assinale a alternativa correta .
a) A técnica de animação direta deu lugar à pose a pose, uma vez que é
necessário que o animador tenha total controle sobre os elementos de cena.
b) A técnica de animação pose a pose consiste em desenhar os frames na
sequência em que eles serão exibidos.
c) As técnicas podem ser utilizadas de forma combinada, marcando as
posições-chave por meio de esboços rudimentares e fazendo o detalhamento
por meio da animação direta.
d) A técnica de animação combinada eliminou a necessidade da animação
direta, já que, com ela, pode-se extrair o melhor dos dois mundos em uma
animação.
e) Movimentos frenéticos em uma cena são melhor retratados pela técnica
de animação pose a pose, uma vez que ela propicia que as ações se
desenvolvam de maneira espontânea.
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Comprimir e esticar é mais um dos 12 princípios da animação, apontados por
Ollie Johnston e Frank Thomas (1981). Trata-se de um princípio que fornece ao
espectador informações sobre as propriedades físicas dos objetos animados,
como a consistência dos materiais e sua velocidade de deslocamento.
Um objeto é comprimido e esticado em cena quando ele está sofrendo algum
tipo de força, seja alguma tração, pressão ou colisão com outro objeto. Assim,
objetos que se deformam mais parecem estar sofrendo mais impacto das
forças que atuam sobre eles ou, então, dão a entender que são mais
maleáveis, como borracha. 
Comprimir e EsticarComprimir e Esticar
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Se o objetivo do animador é fazer com que o objeto pareça extremamente
duro, por outro lado, basta fazer com que ele não se deforme após o impacto.
Na cultura da animação, o espectador está habituado a ver as coisas se
deformarem de maneira muito mais intensa do que é percebido no mundo
real, de modo que a não deformação do objeto, diante de uma expectativa de
deformação, tende a dar ênfase a sua rigidez.
O mesmo princípio que trata do grau de maleabilidade também serve para
indicar a velocidade de deslocamento de um personagem ou objeto, tornando
uma aceleração ou desaceleração brusca mais expressiva. A deformação,
nesse caso, reproduz o movimento do olho ao tentar acompanhar um objeto
que está muito rápido e que acaba parecendo mais alongado do que
realmente é. É como ver o princípio de comprimir e esticar empregado para
dar ênfase a movimentos ágeis de personagens.
Comprimir e esticar também nos ajuda a indicar o peso de objetos maleáveis
ou de corpos, quando a deformação acompanha o sentido da gravidade. Se
um personagem carrega um saco com um objeto dentro, esse saco
conformar-se-á revelando parte dos contornos do objeto. Quanto mais
pesado o objeto for, mais o saco se deformou e mais ele revelará a forma
desse objeto. Somando essas propriedades às dinâmicas de movimento, dá
Figura 1.5 - A bola quicando é um exemplo clássico de aplicação do princípio
de comprimir e esticar 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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para reproduzir a sensação de arrasto própria do deslocamento de coisas
pesadas.
No começo, dissemos que esse princípio expressava propriedades físicas dos
materiais, contudo, é importante pontuar que ele também é muito utilizado
para dar ênfase a estados emocionais. As expressões faciais e corporais dos
personagens podem se deformar de modo elástico, tornando mais claras
suas expressões e, por conseguinte, os sentimentos que eles pretendem
passar. 
A maleabilidade dos corpos e das expressões dos personagens pode lhes
conferir carisma e passar um ar divertido ao espectador, como se eles fossem
feitos de borracha ou de algum material macio. Tal recurso permite planejar
movimentos com efeitos cômicos. Em contrapartida, personagens fortes ou
pesados podem apresentar baixa deformação em seus movimentos,
enfatizando suas características para o público. 
saiba mais
Saiba mais
Para compreender melhor os princípios de
comprimir e esticar, recomendo que você
assista ao vídeo que segue no link a seguir.
Os exemplos práticos contribuirão para
reforçar o que foi discutido neste tópico.
ASS I ST IR
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praticar
Vamos Praticar
O princípio de comprimir e esticar traz à animação qualidades do mundo material,
que podem ser facilmente reconhecidas pelo espectador a partir de suas
experiências com objetos do mundo real, que também se comprimem e esticam,
mas na animação esses princípios expressam um pouco mais do que isso.
Sobre as funções do princípio de comprimir e esticar, assinale a alternativa
correta :
a) O princípio de comprimir e esticar serve apenas para caracterizar as
propriedades materiais dos objetos, sem possuir qualquer função expressiva.
b) O princípio de comprimir e esticar deve reproduzir o comportamento
mecânico dos materiais, quandosubmetidos a forças exteriores.
c) O princípio de comprimir e esticar não tem qualquer compromisso com a
reprodução das propriedades físicas dos materiais, uma vez que a animação
é livre.
d) O princípio de comprimir e esticar são dois princípios opostos, que não se
correlacionam, sendo um a negação do outro.
e) O princípio de comprimir e esticar serve à expressão de qualidades
materiais do objeto ou personagem, de deslocamento e, também, de
emoções.
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O princípio da antecipação é aquele que compreende que, antes de algo
acontecer, há uma preparação. Se meu personagem vai arremessar uma
pedra no rio, antes, ele deve inclinar o corpo de lado, rotacionar o tronco,
posicionar a mão que segura a pedra no sentido oposto ao arremesso para
pegar impulso e, só então, ele iniciará o arremesso em si.
AntecipaçãoAntecipação
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O exemplo dado pode dar a impressão que o princípio só se aplica a ações
planejadas, mas mesmo um personagem reagindo a um susto, este faz
movimentos de preparação. A preparação acompanha mesmo movimentos
sutis e sempre estará presente se quisermos dar um aspecto de �uidez às
cenas.
A antecipação ajuda a preparar o espectador para a cena seguinte,
conduzindo o seu olhar para a ação. Assim, ela ajuda a ditar o ritmo da
animação, pois faz a mediação entre cada uma das ações que ocorrerão.
Quando passamos a prestar atenção nesse princípio, podemos notar o
quanto ele está presente em cada gesto. O exame de movimentos comuns
pode revelar vários níveis de antecipação, uma vez que até mesmo
movimentos simples são precedidos de rituais complexos de preparação.
reflita
Re�ita
Você viu que os 12 princípios da animação foram sendo
descobertos a partir da experiência e das re�exões dos
próprios animadores, enquanto desenvolviam sua arte. Esses
princípios continuam sendo essenciais nos dias de hoje,
contudo, há alguns animadores que trabalham com mais
princípios, como descreve Sergi Càmara, em seu livro
(CÀMARA, 2005).
Você acha que ainda é possível desenvolver novos princípios
da animação? Será que podemos identi�car novas diretrizes
que sejam capazes de oferecer perspectivas diferenciadas aos
projetos de animação? Será que aqueles princípios,
desenvolvidos no início do século 20, continuam atendendo a
todas as demandas da produção de animação do século 21?
Fonte: Adaptado de Sergi Càmara (2005).
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O tempo de antecipação pode ser manipulado pelo animador, de forma que
aquela fração de segundo a mais possa aumentar a ansiedade sobre a
resolução da ação. Tal recurso pode ser utilizado de modo cômico, bem como
pode servir para aumentar a tensão de uma situação.
saiba mais
Saiba mais
A animação a seguir fornece exemplos da
aplicação do princípio de antecipação à
animação. Observe como o emprego desse
princípio permite que as cenas pareçam mais
naturais e expressivas.
ASS I ST IR
Figura 1.6 - A preparação para o soco envolve o giro de tronco e de quadril, o
cotovelo elevado, o recuo da mão, a guarda próxima ao queixo etc. 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Se de um lado, a antecipação conduz à ação e a enfatiza por meio de
contrastes – como no caso de um boxeador que arma o soco no sentido
oposto ao movimento, antes de voltá-lo contra o adversário – do outro, ela
pode levar a uma transição suave entre um estado e outro, como no caso de
um personagem que faz um movimento sorrateiro para se aproximar de um
objeto.
praticar
Vamos Praticar
O princípio da antecipação é um dentre os 12 princípios da animação,
desenvolvidos por animadores da Disney, por volta da década de 1930. Nesse
princípio, subentende-se que, por detrás de toda ação, há uma preparação para
realizá-la.
Sobre seus estudos sobre o princípio da antecipação, assinale a alternativa correta
.
a) O princípio da antecipação diz respeito à capacidade do animador de
saber onde o personagem vai chegar ao �m de um movimento.
b) O princípio da antecipação diz respeito à capacidade de o animador
antever o que o seu público quer, oferecendo os desfechos que eles esperam
para a ação.
c) O princípio da antecipação trata da reação de um personagem que estava
atento à ação do outro, portanto, foi capaz de antecipá-la.
d) O princípio da antecipação se refere à preparação para a ação, ou seja, aos
movimentos que são feitos para desencadear a ação.
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e) O princípio da antecipação é sempre contrastante com a ação, como no
caso de um jogador que vai chutar a bola, mas antes move seu pé no sentido
contrário para pegar impulso.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
O Desenho Animado
Editora : Editorial Estampa
Autor : Sergi Càmara
ISBN : 972-33-2133-5
Comentário : esse livro aborda o processo de criação
da animação, desde o planejamento até a execução.
Não chega a ser um guia completo para a prática da
animação, mas fornece a base que todo animador
precisa para começar a animar. Apesar de o material se
dirigir à animação tradicional, os conhecimentos
apresentados podem ser perfeitamente aplicados à
animação feita no computador, seja em duas ou três
dimensões.
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FILME
Uncle Tom's Crabbin'
Ano : 1927
Comentário : O Gato Félix foi a primeira série animada
em cartoon. Esse vídeo do ano de 1927, produzido pela
Pat Sullivan Cartoon, foi originalmente feito na fase do
cinema mudo e, posteriormente, o som foi inserido.
Assista ao �lme e observe as peculiaridades das
animações do começo do século 20.
TRA ILER
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conclusão
Conclusão
A animação é uma área relativamente recente das artes. Surgiu praticamente
junto ao cinema e se desenvolveu paralelamente às demais tecnologias
audiovisuais. Com a chegada da informática, automatizaram-se muitos de
seus processos sem, contudo, afastar-se daqueles princípios básicos que
surgiram assim que a animação se consolidou como um produto destinado
ao consumo de massa.
Ao percebermos como operam esses princípios, abrimo-nos para enxergar as
obras de animação de uma maneira diferente, compreendendo as intenções
por detrás de cada escolha que se apresenta. Ao mesmo tempo,
compreendemos a dimensão do trabalho de animação, em que cenas de
poucos segundos são produtos de uma quantidade imensa de decisões,
apoiadas em muitas técnicas e soluções criativas.
referências
Referências
Bibliográ�cas
BACHMAN, G; SLATER, T. J. American silent �lm : discovering marginalized
voices. Carbondale and Edwardsville: Southern Illinois University Press, 2002.
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CÀMARA, S. O desenho animado . Lisboa: Estampa Editorial, 2005.
CRUZ, P. R. Do desenho animado à computação grá�ca : a estética da
animação à luz das novas tecnologias. Salvador, 2006. Disponível em:
http://www.bocc.ubi.pt/pag/cruz-paula-desenho-animado-computacao-
gra�ca.pdf . Acesso em: 19 dez. 2019.
KORNIS, M. A. Cinema, televisão e história . Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2008.
THOMAS, F.; JOHNSTON, O. The Illusion of Life : Disney animation. New York:
Disney Editions, 1981.
http://www.bocc.ubi.pt/pag/cruz-paula-desenho-animado-computacao-grafica.pdf