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Termorregulação Manutenção da temperatura corporal por mecanismos autonômicos e comportamentais em uma faixa compatível com a sobrevivência. Temperatura corporal: Conceitos: • Balanço GANHO X PERDA de calor = Eutermia • Descompensações: Hipotermia ou Hipertermia Efeitos possíveis: Desnaturação de proteínas; inativação de enzimas; estruturas de membranas modificadas; oferta de O2 insuficiente para os tecidos F E B R E A febre que se refere a temperatura corporal acima da faixa normal habitual pode ser causada por anormalidades do próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que afetam os centros de regulação térmica ‒ hipotálamo. Pirogênios = Muitos produtos de degradação de proteínas e algumas outras substâncias em particular toxinas liberadas das membranas celulares bacterianas podem elevar o ponto fixo do termostato hipotalâmico. Essas substâncias são conhecidas como pirogênios. Hipertermia x febre Febre: é uma elevação regulada da temperatura corporal, devido a uma alteração do ponto de regulação térmica Hipertermia : é uma elevação da temperatura corporal acima do ponto de regulação térmica Mecanismos de ação de pirogênios na produção da febre. Interleucina 1B Æ Células endoteliais = efeito autócrino e parácrino; Æ Hipotálamo & fígado = efeito endócrino. Papel da IL-1B = A IL-1B ao atingir o hipotálamo, produz febre imediatamente, elevando a temperatura corporal em 8 a 10 minutos. Apenas um décimo de milionésimo de 1g de toxina LPS ao atuar com macrófagos, neutrófilos pode causar febre. A qde de IL-1B formada em resposta a esse LPS, necessária para causar febre é de apenas alguns nanogramas. Experimentos sugeriram que a IL- 1B provoca febre ao induzir inicialmente a produção de prostaglandina E2 atuando sobre o hipotálamo, desencadeando a produção febril. A aspirina (antipirético) impede a formação de prostaglandina. Antipirético endógeno: Glicocorticóides Æ Inibe: síntese de citocinas (diminui a disponibilidade de prostaglandina) Æ Estimula: produção de proteínas inibidoras de fosfolipase A. Interleucina-6 = Resposta a estímulos mediados pela IL-1B e TNFa; Não induz a síntese de qualquer outra citocina conhecida. Principal função imunológica é potencializar o efeito de outras citocinas. PAMPs e DAMPs ativam receptores TLR ativando macrófagos e DC que liberam PGE2 e TNFa, IL1B e IL-6. Noradrenalina eleva a temperatura do corpo aumentando a termogênese no tecido adiposo marrom e induzir a vasoconstrição para prevenir a perda passiva de calor. Em adição acetilcolina contribui para a febre estimulando miocitos musculares para induzir o tremor. A IL-6 opera com a IL-1 na região mediana do núcleo pré- óptico do hipotálamo para induzir a síntese de COX2, a enzima responsável pela produção de PGE2 adicional. O receptor Rank expresso em astrocitos tb age pela via COX2-PGE2 para induzir febre. Neuronios expressam receptor 3 de PGE2 disparando o sistema nervoso simpático para liberar noradrenalina. Febre causada por lesões cerebrais: Quando uma cirurgia acontece na região do hipotálamo, verifica-se quase sempre o aparecimento de febre alta; em raras ocasiões observa-se o efeito oposto, ilustrando assim tanto a potência dos mecanismos hipotalâmicos de controle de temperatura corporal como a facilidade com que anormalidades do hipotálamo podem alterar o ponto fixo do controle térmico. Outra condição é a compressão do hipotálamo por tumores cerebrais. Características das condições febris: Calafrios: Mudança da Tº no ponto fixo hipotalâmico por destruição tecidual, bactérias ou desidratação -> A Tº corporal demora até atingir o novo ponto fixo de Tº. Como a Tº do corpo é inferior a pessoa apresenta calafrios e sente muito frio. Além disso a pele fica fria devido a vasoconstrição, e a pessoa treme até chegar na Tº hipotalâmica Controle comportamental: Piloereção; Intemação = O limite extremo de calor que uma pessoa pode suportar depende da umidade do ambiente. Se o ar for seco a pessoa aguenta até Tº de 65ºC o contrário a Tº do corpo aumenta muito. Quando a Tº corporal se eleva acima de 41 a 42,2ºC é provável que a pessoa sofra intemação. Sintomas: tontura, vômitos, delírio e perda de consciência e são exacerbados com a perda de eletrólitos no suor. Febre x auxilio da resposta imune Febre estimula a liberação de neutrófilos pela medula óssea dependente de G-CSF, promove o recrutamento de neutrófilos para os pulmões ou outros locais de infecção dependente do ligante de quimiocina CXCL8 que diminui a função da barreira endotelial nos vasos sanguíneos. Ao chegarem ao sitio de infecção o estresse térmico eleva o “respiratory burst” que aumenta a capacidade microbicida dos neutrófilos. Melhora a citotoxicidade de NK; Melhora o potencial de fagocitose aumentando a expressão de receptores. Aumenta a habilidade da apresentação de antígenos para ativar a resposta imune adaptativa. Induz a formação de citocinas. Aumenta a expressão de MHC I e II e moléculas coestimuladoras. Aumenta a expressão de receptor de quimiocina CCR7 via vasos linfáticos para drenar para os linfonodos. Exercicio 1.Explique desde o processo causado por DAMPs e PAMPs perifericamente de que forma pode ocorrer a produção de noradrenalina e acetilcolina pelo estímulo do hipotálamo e quais as suas funções? 2.Cite 3 respostas imunes benéficas decorrentes do aumento da temperatura pela febre.
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