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Dos embargos de terceiro Nas ações possessórias, vimos que quando o possuidor é esbulhado, turbado ou ameaçado em sua posse, poderá valer-se do interdito apropriado, para reaver a posse da coisa, ou fazer cessar agressão, mas tem casos em que a agressão indevida provém de um ato de apreensão judicial que recai sobre um bem de quem NÃO é parte no processo. OBJETIVO: Seu objetivo é fazer cessar a constrição judicial, que indevidamente recaiu sobre o bem de uma pessoa a qual não é parte do processo, é um TERCEIRO. Distingue-se da ação possessória em 2 pontos: 1. Podem ser ajuizados não só pelo possuidor, MAS pelo proprietário também. 2. E tem por finalidade, não afastar uma ameaça, esbulho ou turbação, mas sim uma CONSTRIÇÃO JUDICIAL, de quem não é parte no processo. Nesse caso, os embargos estão associados a outra ação, mas é uma ação autônoma, na qual NÃO pode ser autor aquele que é parte no processo principal e tem seu bem constrito, por exemplo. Linha do tempo AÇÃO DE EXECUÇÃO- NÃO SOU PARTE RESTRINGE MEU BEM ENTRO COM A AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO PORQUE NÃO SOU PARTE EXEMPLOS: 1. Compro um imóvel, e essa venda é declarada fraude a execução (uma vez reconhecida o juiz anula a venda e manda penhorar o bem), outra pessoa assume a propriedade desse bem, assume seu patrimônio e eu perco essa bem, sendo que não tenho nada a ver com o processo. É muito comum. As vezes eu posso até ter tirado a certidão, e não tinha nada, mas nada constou que tinha na empresa do proprietário. 3. 2. Acontece quando o cônjuge defende sua meação. Quando o casal é casado pelo regime de comunhão total de bens. E o marido faz dívida, sendo sócio de uma empresa, e acaba perdendo o bem quando desconsidera a personalidade jurídica e o bem é penhorado e o cônjuge, defenderá sua meação (sua metade, que não pode ser penhorado). É o mais comum. 3. Eu compro um imóvel, e não tiro nenhuma certidão sobre o proprietário e o imóvel. Esse bem é penhorado, e estou em vias de perder, eu entro com embargos. Porém, eu não vou ganhar porque eu não me precavi antes de comprar o imóvel, não tomei essas medidas. O terceiro não é parte no processo principal, ele é o autor, e os réus serão o autor e réu da ação principal. AUTOR DOS EMBARGOS- EMBARGANTE As partes do processo principal viram réus, e o autor vira o terceiro- DENTRO DOS EMBARGOS AUTOR E RÉU DA PARTE PRINCIPAL- RÉUS EMBARGADOS Onde será proposto os embargos de terceiro? Serão opostos na mesma vara do processo principal que houve a conscrição do bem, e serão apensados para uma decisão conjunta. OS DOIS PROCESSOS SÃO JULGADOS JUNTOS. Os direitos que o embargos de terceiro visa proteger são a propriedade e a posse. A sentença não declara esses direitos, ela apenas vai proteger a posse e a propriedade, ela não declara a posse nem a propriedade. Deve seguir o rito de uma ação normal- petição inicial, citação dos réus, contestação etc. Requisitos para propositura da ação: Além dos requisitos de propositura de uma ação ordinária, precisamos ter requisitos específicos, como: 1. Que haja um ato de apreensão judicial- Os embargos só cabem com a finalidade de desconstituir um ato de apreensão judicial ou afastar ameaça de que ele ocorra- art. 674. NÃO é necessário que essa apreensão esteja consumada, bastando apenas que ela tenha uma ameaça iminente. 2. Que sejam interpostos por quem invoque a condição de proprietário ou possuidor- Só pode ser parte no processo de embargos, aquele que não figura parte no processo principal, e aquele que é possuidor ou proprietário do bem. - O possuidor fiduciário também tem legitimidade de propor ação, isto é, aquele que foi transferida a propriedade como garantia de dívida (art. 674- parag. 1) Súmula 84: Autoriza ainda, que seja interposto os embargos até em casos de contrato de PROMESSA de compra e venda, em que a venda não tenha sido efetiva ainda. 3. Que o embargante seja terceiro- Aqueles que são parte no processo de execução NÃO podem oferecer embargos. O art. 674- parágrafo 2, estabelece: § 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843 ; II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução; III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte; IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos. 4. Que a apreensão seja indevida- Para os embargos serem acolhidos não basta apenas que o terceiro seja possuidor ou proprietário, mas a constrição precisa ser indevida, bem como, o terceiro NÃO pode ser responsável pelo pagamento da dívida. Embargos de terceiro do cônjuge ou companheiro: O cônjuge ou companheiro, seja qual for o regime de casamento, responde pelo pagamento das dívidas desde que tenham revertido em proveito do casal. A jurisprudência tem aceitado, tanto a utilização de embargos à execução, quanto de embargos a terceiro, dependendo da alegação. O cônjuge também poderá opor embargos de terceiro quando pretende livrar da constrição a sua meação ou seus bens próprios, que tenham sido atingidos (art. 674- parag.2-I), devendo provar que não tem responsabilidade pela dívida, que não reverteu em proveito do casal ou dos filhos, e que somente o cônjuge contraiu. Então, algumas observações: Se a execução for dirigida contra os dois (marido e mulher), porque há título executivo contra os dois, o mecanismo de defesa será os embargos do devedor, onde haverá apuração do valor devido. Nenhum deles poderá valer-se de embargos de terceiro, já que ambos são partes. Agora, se a execução é dirigida só a um, porque só ele integra o título, o executado poderá valer-se APENAS de embargos do devedor, e o seu cônjuge ou companheiro, poderá ajuizar embargos de devedor, se quiser discutir o débito ou embargos de terceiro, se quiser afastar a penhora (súmula 134 STJ). SÚMULA 134 STJ: Embora intimado da penhora em imóvel do casal, o cônjuge do executado pode opor embargos de terceiro para defesa de sua meação”. Os juízes tem usado bastante o princípio da fungibilidade nesse caso, por causar muita confusão acerca de qual embargos utilizar. Embargos de terceiro em caso de penhora de bens do sócio: Nas execuções contra as pessoas jurídicas, a penhora só pode recair sobre os bens dela, e não dos sócios, que não figuram como parte, com exceção do incidente de desconsideração da personalidade jurídica, se isso ocorrer NÃO cabe embargos de terceiro, devendo o sócio utilizar-se de outros meios de defesa, como embargos à execução. PORÉM, se não houver o incidente e mesmo assim o patrimônio do sócio for utilizado no processo, CABE embargos de terceiro, o mesmo vale em relação aos bens da empresa, vice e versa. Embargos de terceiro do adquirente em fraude à execução: A fraude a execução, quando reconhecida, torna a alienação ineficaz, o que permite ao credor requerer a penhora do bem em mãos do adquirente. Se esse adquirente quiser negar a fraude, ele poderá utilizar de embargos de terceiro. -Para configurar fraude à execução, é preciso que a venda tenha ocorrido depois da citação. - O artigo 792- parag.4° diz que o terceiro adquirente deverá ser intimado, antes da declaração da fraude, para que querendo, oponha embargos de terceiro. Porém nos embargos de terceiro, a fraude contra credores NÃO pode serutilizada. Os embargos de terceiro do credor com garantia real NÃO intimado: Nas execuções, os credores com garantia real são intimados quando tem penhora para que eles possam exercer seu direito de preferência. Porém, quando não for intimado da alienação judicial, com pelo menos cinco dias de antecedência, caberá EMBARGOS DE TERCEIRO. Assim, a alienação não será realizada. PRAZO Art. 675: Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Adjudicação- o credor pega para si o imóvel ou bem para si, em pagamento da dívida- se o imóvel vale mais do que a dívida eu pago a diferença. É quando o credor fica com o bem que está penhorado, interessa o credor aquele bem, objeto da penhora, ele não precisa dar lance, ele adjudica, embora seja possível que o credor possa arrematar esse bem, não existe proibição no código, ele pode dar lance, concorrer com outras pessoas incluindo inclusive o crédito que ele tem na execução. -Na adjudicação ele é obrigado a pegar o bem pelo valor da avaliação, ex: um imóvel que vale um milhão de reais, se ele for adjudicado vai ser por um milhão de reais, se ele tem um crédito de um milhão, quitaria. Mas ele poderá pegar esse imóvel como arrematante, dando 800 mil de lance por exemplo, ele concorre com outros arrematantes se houver no processo, e terá um crédito de 200 mil ainda. Então o credor pode escolher, o que for benéfico para ele. Alienação por iniciativa particular (o juiz manda vender o imóvel para um particular, sem leilão. A parte pede para o juiz a venda do bem para particular, quando tem oferta, pode ser inclusive em parcelas. Não aparece ninguém que quer o bem assim, eu vendo no particular por exemplo. Já na arrematação eu preciso depositar integral, sem parcelar. Arrematação- alguém arremata em leilão da penhora, sem antes da assinatura da carta (pode reivindicar esse bem a pessoa que está na posse do mesmo). Qual o prazo para interposição de embargos? Processo de conhecimento= a qualquer tempo, ANTES da sentença transitada em julgada. No cumprimento de sentença ou execução= 5 dias depois da adjudicação, alienação ou arrematação O prazo de embargos é SEMPRE antes da assinatura da carta para interpor assinado pelo juiz, da carta de adjudicação, arrematação em juízo ou carta da venda por iniciativa particular. Assinou a carta o ato está sacramentado e não cabe mais embargos de terceiro. Isso acontece porque depois de assinado a carta, ou quando ela já foi expedida, fica muito difícil voltar para que seja interposto embargos, fica difícil desfazer esse ato. Requer novo processo, inclusive ação reinvidicatória o que causa mais transtornos. Parágrafo único: Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz mandará intimá-lo pessoalmente. A parte pode informar para o juiz que existe um terceiro que não está sabendo dessa execução, para que a pessoa embargue se achar necessário. Art. 676: Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado. Parag. único: Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta. Juiz deprecado- Serão distribuídos ao juiz deprecado quando os bens indicados NÃO forem específicos. Ex: O juiz expede uma carta precatória para penhoras bens existentes em São Paulo, sem dizer ao certos os bens, então os embargos serão opostos em São Paulo. Juiz deprecante- Serão distribuídos ao juiz deprecante quando ele determinar a constrição de bens específicos ou se a carta já foi devolvida. Ex: O juiz expede uma carta em SP, dizendo para penhorar a casa com matricula n° xxx, no endereço xxx, então será interposto no juízo de Jundiaí. Art. 677: Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. -Aqui nesse caso, caso haja requerimento de audiência preliminar, o autor deve fazer comprovação sumária da sua condição de proprietário, sendo de bem imóvel, basta a juntada de documentos, porém, se for de outro tipo de bem, poderá precisar de testemunha para comprovar sua propriedade. - Esse rol se equivale da audiência de justificação. § 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz. § 2º O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, o domínio alheio. § 3º A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal. § 4º Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de constrição aproveita, assim como o será seu adversário no processo principal quando for sua a indicação do bem para a constrição judicial. - O autor, na inicial pode pedir ao juiz a sua manutenção ou reintegração provisória na posse do bem. Basta que fique comprovada sua posse ou propriedade e sua qualidade de terceiro. Art.678: A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. Parágrafo único: O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. Eu entro com embargos, eu peço que me de a posse provisória mas para isso o juiz poderá exigir uma caução, um depósito para garantir eventuais perdas, caso eu não seja bem sucedido no final da ação. Na prática o que ocorre, é que o juiz que tem dúvida não dá a posse provisória, mas existe a possibilidade de pedir caução. Art. 679- Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum. Os embargos poderão ser contestados em 15 dias, a qual seguirá o procedimento comum, que e aquele que segue o rito normal do código: petição inicial, contestação réplica, despacho saneador, marcação de audiência, produção de prova, sentença, recurso, trânsito em julgado e execução. -Poderá haver tutela de urgência, é a própria liminar que o juiz. Art.680: Contra os embargos do credor com garantia real, o embargado somente poderá alegar que: I - o devedor comum é insolvente; II - o título é nulo ou não obriga a terceiro; III - outra é a coisa dada em garantia. Embargos do credor com garantia real- ele tem hipoteca sob determinado imóvel, ele tem garantia real, não cabe conscrição, não cabe nulidade, caso contrário não tem discussão. Da oposição O código antigo trazia a oposição como uma das modalidades de intervenção de terceiros, era juntamente com denunciação da lide, e outras. Ela deixou de ser intervenção de terceiros no novo código e se transformou em uma ação autônoma. OBJETIVO: Consiste em uma ação na qual o terceiro ajuíza em face das partes originárias do processo. O terceiro formulará pretensão sobre o mesmo objeto disputado entre as partes. Quando cabe oposição? A oposição é a ação em que o terceiro tem uma pretensão que coincide com aquela posta em juízo entre autor e réu da demanda principal. O terceiro pretende obter o mesmo bem ou vantagem que já era o objeto da disputa inicial. Como é um caso litigioso, é necessário que o réu da ação principal já tenha sido citado. A possibilidade de o terceirose valer da oposição se estende até a sentença. O terceiro tentará convencer o juiz, de que nem o autor nem o réu merecem aquele pedido, e sim que ele merece o acolhimento. Como o terceiro, para ter êxito na oposição, precisa demonstrar que a sua pretensão merece ser acolhida mais do que o autor e réu. A oposição possui relação de prejudicialidade entre a ação originária, porque se o juiz reconhece a procedência da oposição, decidirá que o autor tem razão sobre aquele direito disputado na inicial, o que faz com a ação principal seja improcedente. Ambos será polos passivos da ação. OPOSIÇÃO GERARÁ LITISCONSORTE NECESSÁRIO ENTRE AS PARTES DO PROCESSO PRINCIPAL Ex: Imagine-se que A ajuíze em face de B uma ação possessória de um imóvel. Para tanto, precisará dizer que tem mais direito que o réu a essa posse; o réu se defenderá, alegando que lhe cabe manter a coisa consigo. A posse do imóvel será o objeto litigioso. Haverá oposição se um terceiro, C, for a juízo para sustentar que a melhor posse não é nem de A, nem de B, mas dele, C, e que o juiz deve afastar a pretensão dos dois primeiros, acolhendo tão somente a sua. Art. 682: Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. O terceiro é aquele que vai se opor, vai lutar por achar que ele tem o direito a coisa ou ao direito que está sendo disputado em um processo principal por partes diferentes. Ex- A e B litigam por algum motivo, mas eu acho que eu tenho direito sobre aquilo ou sobre aquele direito, eu entro no processo como opoente para me opor aos dois, eu viro um autor da ação dependente, contra os autores da ação principal, as partes da principal viram os réus. Se eu não entrar com a oposição, porque eu perdi o prazo ou porque não quero por exemplo, eu não perco meu direito, eu posso esperar a decisão do processo principal para saber quem ganhou e aí eu entro com ação especificamente contra aquela parte que foi vitoriosa naquela demanda principal. O fato de eu não entrar com a oposição não quer dizer que meu direito preclui para que eu entre com a ação. Art. 683: O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da ação. Oponente é o terceiro, deve seguir os requisitos da petição inicial e será proposto por dependência e será citado na pessoa de seu advogado para apresentar contestação no prazo COMUM de 15 dias. Normalmente quando são dois réus não é prazo comum, é a partir da citação de cada um, aqui não, o prazo será comum para os dois. Ex: eu discuto o domínio de um imóvel, porém eu tenho a posse por mais de 20 anos, o que me daria o direito ao usucapião. É um direito que se discute mas eu tenho direito da posse.. Art. 684: Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente. Opostos são a parte originária da ação principal. Se um deles reconhecer, concordar com a ação e disser que o oponente tem razão, a oposição passa a ser somente contra a outra parte que se opuser com uma contestação. Art. 685: Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. Os processos serão julgados pela mesma sentença e andaram juntos. Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução atende melhor ao princípio da duração razoável do processo. Oposição depois da audiência- deve parar o curso do processo porque muito provável precisará de provas. Oposição antes da audiência não precisaria parar o processo, e o oponente apresentará na audiência. EMBARGOS X OPOSIÇÃO A diferença para os embargos é que os embargos de terceiro estamos tratando de execução, cumprimento de sentença, entra por título extrajudicial, quando tem uma constrição de um bem que é seu. Aqui vamos discutir sobre um direito onde duas estão litigando, nos embargos não estão litigando, já tem uma ordem a ser cumprida. A oposição é apensada aos autos principais. Nos embargos, o terceiro não entra na disputa pela coisa litigiosa, mas quer somente liberar um bem indevidamente apreendido. Art. 686: Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar. O juiz decidirá simultaneamente os dois processos. Um exemplo: Imagine-se que A ajuíze ação possessória em face de B, a respeito de determinado imóvel. Se C for a juízo para dizer que a posse não deve ficar nem com A, nem com B, mas com ele, haverá oposição, porque o terceiro quer a mesma coisa que já era objeto da disputa. Se acolhida a oposição, a possessória será improcedente. Imagine- se, agora, que, nessa mesma ação, o juiz conceda liminar, e o oficial de justiça, ao cumpri-la, acabe apreendendo, por equívoco, não apenas o terreno disputado, mas uma parte do terreno vizinho, que pertence a C e que não era objeto da disputa. Caberá a C valer-se dos embargos de terceiro para obter a liberação do bem. PROCESSOS QUE CABEM OPOSIÇÃO: Só cabe oposição em processo de conhecimento, de procedimento comum ou de procedimento especial que se converta em comum após a citação do réu. Não cabe em processos de execução, ou de conhecimento que tenha procedimento especial e que assim prossiga após a citação. DA HABILITAÇÃO A partir do falecimento extingue a procuração, a partir desse instante todos os atos são nulos. Não é partir do momento que eu comunico o falecimento. O herdeiro poderá se habilitar através de advogado. Quando ocorre? Pelo falecimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder o processo. A sucessão se abre com a morte, NÃO com a notícia levada ao processo. Com a morte a procuração imediatamente se extingue. O advogado age mediante procuração, e com o falecimento imediatamente se extingue a mesma e não existirá mais, assim não tem poderes mais de representação. É preciso substitui-lo. Coloca-se as pessoas habilitadas no lugar das partes. Pode ser solicitado tanto pelos falecidos ou pela parte contrária. Porque as vezes o herdeiro NÃO tem interesse, como por exemplo em um processo contra o de cujus e não se habilitam automaticamente. Eu preciso que alguém provoque a habilitação, e cite essas pessoas para virem ao processo e assumirem condição de parte. Ou autor ou réu. ART. 687: A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder-lhe no processo. Quem são os sucessores? São as pessoas estipuladas na legislação civil- art. 1829. Precisamos ver se tem testamento, inventário, se tem inventariante (o juiz nomeia). Se ainda não há partilha de bens, quem representa o falecido é o espólio. Até que a habilitação seja julgada, o processo fica SUSPENSO. Quem pode requerer a habilitação? Tanto a parte contrária ao falecido, quanto os herdeiros do falecido podem pedir. Art. 688. A habilitação pode ser requerida: I - pela parte, em relação aos sucessores do falecido; II - pelos sucessores do falecido, em relação à parte. Art. 689: Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo principal, na instância em que estiver, suspendendo-se, a partir de então, o processo. Recebida a petição, o juiz ordenará a citação, para se apresentar em 5 dias. QUADRO-RESUMO MORTE EXTINÇÃO DA PROCURAÇÃO HABILITAÇÃO PELOS HERDEIROS PARTE CONTRÁRIA CITAÇÃO DOS HERDEIROSPARA PRONÚNCIA EM 5 DIAS DECISÃO DO PEDIDO HABILITAÇÃO IMEDIATAMENTE (EXCESSÃO SE HOUVER DILAÇÃO PROBATÓRIA ALÉM DA DOCIMENTAL- IRÁ PARA A INSTRUÇÃO) SENTENÇA RETOMADA DO CURSO DO PROCESSO Muitas vezes tem briga de quem tem direito de participar do processo, o juiz pode designar audiência para ouvir testemunha etc. E o juiz terá que decidir. O falecido pode ter deixado testamento e dizer que tal pessoa fica com imóvel, que está sendo discutido com ação, e essa pessoa pode não ser nada do falecido, então pode ter uma discussão bem grande. Se não tiver ninguém que possa representar, extingue-se o processo. Art. 691. O juiz decidirá o pedido de habilitação imediatamente, salvo se este for impugnado e houver necessidade de dilação probatória diversa da documental, caso em que determinará que o pedido seja autuado em apartado e disporá sobre a instrução. Art. 692. Transitada em julgado a sentença de habilitação, o processo principal retomará o seu curso, e cópia da sentença será juntada aos autos respectivos. Das ações de família Foi inserido pois antes não havia um procedimento especial genérico para essas ações. As peculiaridades desse procedimento revelam uma preocupação na solução consensual de controvérsia. Quando cabe? Aplica-se aos casos CONTENCIOSOS de divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. -NÃO se aplica aos procedimentos de jurisdição voluntária. Como divórcio, separação consensual. Por que está no procedimento especial? O mais importante é a recomendação de que todos os esforços sejam empreendidos para a solução consensual da controvérsia. O juiz deve dispor do auxílio de profissionais de diversas áreas para esse apoio. Outra diferença é que designada a audiência de conciliação, o réu será citado com antecedência de 15 dias, quando no comum o prazo de antecedência é de 20 dias. O mandado virá desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado a ele o direito de examinar o processo. Após realizada a audiência sem qualquer acordo ou conciliação, o processo seguirá o procedimento comum, passando a fluir o prazo de contestação para o réu. ART. 694:Todas as ações famílias terão esses procedimentos do código. Todos os esforços serão feitos para ter conciliação.
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