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Dos embargos de terceiro

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Dos embargos de terceiro 
 Nas ações possessórias, vimos que quando o 
possuidor é esbulhado, turbado ou ameaçado 
em sua posse, poderá valer-se do interdito 
apropriado, para reaver a posse da coisa, ou 
fazer cessar agressão, mas tem casos em que 
a agressão indevida provém de um ato de 
apreensão judicial que recai sobre um bem de 
quem NÃO é parte no processo. 
OBJETIVO: Seu objetivo é fazer cessar a constrição 
judicial, que indevidamente recaiu sobre o bem de 
uma pessoa a qual não é parte do processo, é um 
TERCEIRO. 
 Distingue-se da ação possessória em 2 
pontos: 
1. Podem ser ajuizados não só pelo possuidor, 
MAS pelo proprietário também. 
2. E tem por finalidade, não afastar uma 
ameaça, esbulho ou turbação, mas sim uma 
CONSTRIÇÃO JUDICIAL, de quem não é 
parte no processo. 
 Nesse caso, os embargos estão associados a 
outra ação, mas é uma ação autônoma, na 
qual NÃO pode ser autor aquele que é parte 
no processo principal e tem seu bem 
constrito, por exemplo. 
 
Linha do tempo 
AÇÃO DE EXECUÇÃO- NÃO SOU PARTE 
 
RESTRINGE MEU BEM 
 
ENTRO COM A AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO 
PORQUE NÃO SOU PARTE 
EXEMPLOS: 
1. Compro um imóvel, e essa venda é declarada 
fraude a execução (uma vez reconhecida o 
juiz anula a venda e manda penhorar o bem), 
outra pessoa assume a propriedade desse 
bem, assume seu patrimônio e eu perco essa 
bem, sendo que não tenho nada a ver com o 
processo. É muito comum. As vezes eu posso 
até ter tirado a certidão, e não tinha nada, 
mas nada constou que tinha na empresa do 
proprietário. 
3. 
 
2. Acontece quando o cônjuge defende sua 
meação. Quando o casal é casado pelo 
regime de comunhão total de bens. E o 
marido faz dívida, sendo sócio de uma 
empresa, e acaba perdendo o bem quando 
desconsidera a personalidade jurídica e o bem 
é penhorado e o cônjuge, defenderá sua 
meação (sua metade, que não pode ser 
penhorado). É o mais comum. 
3. Eu compro um imóvel, e não tiro nenhuma 
certidão sobre o proprietário e o imóvel. Esse 
bem é penhorado, e estou em vias de perder, 
eu entro com embargos. Porém, eu não vou 
ganhar porque eu não me precavi antes de 
comprar o imóvel, não tomei essas medidas. 
 
 O terceiro não é parte no processo principal, 
ele é o autor, e os réus serão o autor e réu da 
ação principal. 
AUTOR DOS EMBARGOS- EMBARGANTE 
 
 As partes do processo principal viram réus, e o 
autor vira o terceiro- DENTRO DOS EMBARGOS 
 AUTOR E RÉU DA PARTE PRINCIPAL- 
RÉUS EMBARGADOS 
Onde será proposto os embargos de terceiro? 
Serão opostos na mesma vara do processo principal 
que houve a conscrição do bem, e serão apensados 
para uma decisão conjunta. 
OS DOIS PROCESSOS SÃO JULGADOS JUNTOS. 
Os direitos que o embargos de terceiro visa proteger 
são a propriedade e a posse. 
 A sentença não declara esses direitos, ela 
apenas vai proteger a posse e a propriedade, 
ela não declara a posse nem a propriedade. 
 Deve seguir o rito de uma ação normal- 
petição inicial, citação dos réus, contestação 
etc. 
Requisitos para propositura da ação: 
Além dos requisitos de propositura de uma ação 
ordinária, precisamos ter requisitos específicos, 
como: 
1. Que haja um ato de apreensão judicial- Os 
embargos só cabem com a finalidade de 
desconstituir um ato de apreensão judicial ou 
afastar ameaça de que ele ocorra- art. 674. 
NÃO é necessário que essa apreensão esteja 
consumada, bastando apenas que ela tenha 
uma ameaça iminente. 
2. Que sejam interpostos por quem invoque a 
condição de proprietário ou possuidor- Só 
pode ser parte no processo de embargos, 
aquele que não figura parte no processo 
principal, e aquele que é possuidor ou 
proprietário do bem. 
- O possuidor fiduciário também tem legitimidade de 
propor ação, isto é, aquele que foi transferida a 
propriedade como garantia de dívida (art. 674- parag. 
1) 
Súmula 84: Autoriza ainda, que seja interposto os 
embargos até em casos de contrato de PROMESSA de 
compra e venda, em que a venda não tenha sido 
efetiva ainda. 
3. Que o embargante seja terceiro- Aqueles 
que são parte no processo de execução NÃO 
podem oferecer embargos. 
O art. 674- parágrafo 2, estabelece: 
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos 
embargos: 
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de 
bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no 
art. 843 ; 
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de 
decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em 
fraude à execução; 
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de 
desconsideração da personalidade jurídica, de cujo 
incidente não fez parte; 
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação 
judicial do objeto de direito real de garantia, caso não 
tenha sido intimado, nos termos legais dos atos 
expropriatórios respectivos. 
4. Que a apreensão seja indevida- Para os 
embargos serem acolhidos não basta apenas 
que o terceiro seja possuidor ou proprietário, 
mas a constrição precisa ser indevida, bem 
como, o terceiro NÃO pode ser responsável 
pelo pagamento da dívida. 
 
Embargos de terceiro do cônjuge ou companheiro: O 
cônjuge ou companheiro, seja qual for o regime de 
casamento, responde pelo pagamento das dívidas 
desde que tenham revertido em proveito do casal. 
 A jurisprudência tem aceitado, tanto a utilização 
de embargos à execução, quanto de embargos a 
terceiro, dependendo da alegação. 
 O cônjuge também poderá opor embargos de 
terceiro quando pretende livrar da constrição a sua 
meação ou seus bens próprios, que tenham sido 
atingidos (art. 674- parag.2-I), devendo provar que 
não tem responsabilidade pela dívida, que não 
reverteu em proveito do casal ou dos filhos, e que 
somente o cônjuge contraiu. 
Então, algumas observações: 
 Se a execução for dirigida contra os dois 
(marido e mulher), porque há título executivo 
contra os dois, o mecanismo de defesa será 
os embargos do devedor, onde haverá 
apuração do valor devido. Nenhum deles 
poderá valer-se de embargos de terceiro, já 
que ambos são partes. 
 Agora, se a execução é dirigida só a um, 
porque só ele integra o título, o executado 
poderá valer-se APENAS de embargos do 
devedor, e o seu cônjuge ou companheiro, 
poderá ajuizar embargos de devedor, se 
quiser discutir o débito ou embargos de 
terceiro, se quiser afastar a penhora (súmula 
134 STJ). 
SÚMULA 134 STJ: Embora intimado da penhora em 
imóvel do casal, o cônjuge do executado pode opor 
embargos de terceiro para defesa de sua meação”. 
 Os juízes tem usado bastante o princípio da 
fungibilidade nesse caso, por causar muita 
confusão acerca de qual embargos utilizar. 
Embargos de terceiro em caso de penhora de bens do 
sócio: Nas execuções contra as pessoas jurídicas, a 
penhora só pode recair sobre os bens dela, e não dos 
sócios, que não figuram como parte, com exceção do 
incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica, se isso ocorrer NÃO cabe embargos de 
terceiro, devendo o sócio utilizar-se de outros meios 
de defesa, como embargos à execução. 
PORÉM, se não houver o incidente e mesmo assim o 
patrimônio do sócio for utilizado no processo, CABE 
embargos de terceiro, o mesmo vale em relação aos 
bens da empresa, vice e versa. 
Embargos de terceiro do adquirente em fraude à 
execução: 
A fraude a execução, quando reconhecida, torna a 
alienação ineficaz, o que permite ao credor requerer a 
penhora do bem em mãos do adquirente. Se esse 
adquirente quiser negar a fraude, ele poderá utilizar 
de embargos de terceiro. 
-Para configurar fraude à execução, é preciso que a 
venda tenha ocorrido depois da citação. 
- O artigo 792- parag.4° diz que o terceiro adquirente 
deverá ser intimado, antes da declaração da fraude, 
para que querendo, oponha embargos de terceiro. 
 Porém nos embargos de terceiro, a fraude 
contra credores NÃO pode serutilizada. 
Os embargos de terceiro do credor com garantia real 
NÃO intimado: 
Nas execuções, os credores com garantia real são 
intimados quando tem penhora para que eles possam 
exercer seu direito de preferência. Porém, quando 
não for intimado da alienação judicial, com pelo 
menos cinco dias de antecedência, caberá 
EMBARGOS DE TERCEIRO. Assim, a alienação não 
será realizada. 
PRAZO 
Art. 675: Os embargos podem ser opostos a qualquer 
tempo no processo de conhecimento enquanto não 
transitada em julgado a sentença e, no cumprimento 
de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) 
dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa 
particular ou da arrematação, mas sempre antes da 
assinatura da respectiva carta. 
 Adjudicação- o credor pega para si o imóvel 
ou bem para si, em pagamento da dívida- se o 
imóvel vale mais do que a dívida eu pago a 
diferença. 
É quando o credor fica com o bem que está 
penhorado, interessa o credor aquele bem, objeto 
da penhora, ele não precisa dar lance, ele 
adjudica, embora seja possível que o credor possa 
arrematar esse bem, não existe proibição no 
código, ele pode dar lance, concorrer com outras 
pessoas incluindo inclusive o crédito que ele tem 
na execução. 
-Na adjudicação ele é obrigado a pegar o bem 
pelo valor da avaliação, ex: um imóvel que vale 
um milhão de reais, se ele for adjudicado vai ser 
por um milhão de reais, se ele tem um crédito de 
um milhão, quitaria. Mas ele poderá pegar esse 
imóvel como arrematante, dando 800 mil de 
lance por exemplo, ele concorre com outros 
arrematantes se houver no processo, e terá um 
crédito de 200 mil ainda. Então o credor pode 
escolher, o que for benéfico para ele. 
 Alienação por iniciativa particular (o juiz 
manda vender o imóvel para um particular, 
sem leilão. 
A parte pede para o juiz a venda do bem para 
particular, quando tem oferta, pode ser inclusive 
em parcelas. Não aparece ninguém que quer o 
bem assim, eu vendo no particular por exemplo. 
Já na arrematação eu preciso depositar integral, 
sem parcelar. 
 Arrematação- alguém arremata em leilão da 
penhora, sem antes da assinatura da carta 
(pode reivindicar esse bem a pessoa que está 
na posse do mesmo). 
Qual o prazo para interposição de embargos? 
Processo de conhecimento= a qualquer tempo, 
ANTES da sentença transitada em julgada. 
No cumprimento de sentença ou execução= 5 dias 
depois da adjudicação, alienação ou arrematação 
 O prazo de embargos é SEMPRE antes da 
assinatura da carta para interpor assinado 
pelo juiz, da carta de adjudicação, 
arrematação em juízo ou carta da venda por 
iniciativa particular. Assinou a carta o ato está 
sacramentado e não cabe mais embargos de 
terceiro. 
 Isso acontece porque depois de assinado a 
carta, ou quando ela já foi expedida, fica 
muito difícil voltar para que seja interposto 
embargos, fica difícil desfazer esse ato. 
Requer novo processo, inclusive ação 
reinvidicatória o que causa mais transtornos. 
 
Parágrafo único: Caso identifique a existência de 
terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz 
mandará intimá-lo pessoalmente. A parte pode 
informar para o juiz que existe um terceiro que não 
está sabendo dessa execução, para que a pessoa 
embargue se achar necessário. 
Art. 676: Os embargos serão distribuídos por 
dependência ao juízo que ordenou a constrição e 
autuados em apartado. 
Parag. único: Nos casos de ato de constrição 
realizado por carta, os embargos serão oferecidos no 
juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo 
deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta. 
Juiz deprecado- Serão distribuídos ao juiz deprecado 
quando os bens indicados NÃO forem específicos. 
Ex: O juiz expede uma carta precatória para penhoras 
bens existentes em São Paulo, sem dizer ao certos os 
bens, então os embargos serão opostos em São 
Paulo. 
Juiz deprecante- Serão distribuídos ao juiz 
deprecante quando ele determinar a constrição de 
bens específicos ou se a carta já foi devolvida. 
Ex: O juiz expede uma carta em SP, dizendo para 
penhorar a casa com matricula n° xxx, no endereço 
xxx, então será interposto no juízo de Jundiaí. 
 
Art. 677: Na petição inicial, o embargante fará a prova 
sumária de sua posse ou de seu domínio e da 
qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol 
de testemunhas. 
-Aqui nesse caso, caso haja requerimento de 
audiência preliminar, o autor deve fazer comprovação 
sumária da sua condição de proprietário, sendo de 
bem imóvel, basta a juntada de documentos, porém, 
se for de outro tipo de bem, poderá precisar de 
testemunha para comprovar sua propriedade. 
- Esse rol se equivale da audiência de justificação. 
§ 1º É facultada a prova da posse em audiência 
preliminar designada pelo juiz. 
§ 2º O possuidor direto pode alegar, além da sua 
posse, o domínio alheio. 
§ 3º A citação será pessoal, se o embargado não tiver 
procurador constituído nos autos da ação principal. 
§ 4º Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de 
constrição aproveita, assim como o será seu 
adversário no processo principal quando for sua a 
indicação do bem para a constrição judicial. 
- O autor, na inicial pode pedir ao juiz a sua 
manutenção ou reintegração provisória na posse do 
bem. Basta que fique comprovada sua posse ou 
propriedade e sua qualidade de terceiro. 
Art.678: A decisão que reconhecer suficientemente 
provado o domínio ou a posse determinará a 
suspensão das medidas constritivas sobre os bens 
litigiosos objeto dos embargos, bem como a 
manutenção ou a reintegração provisória da posse, se 
o embargante a houver requerido. 
Parágrafo único: O juiz poderá condicionar a ordem 
de manutenção ou de reintegração provisória de 
posse à prestação de caução pelo requerente, 
ressalvada a impossibilidade da parte 
economicamente hipossuficiente. Eu entro com 
embargos, eu peço que me de a posse provisória mas 
para isso o juiz poderá exigir uma caução, um 
depósito para garantir eventuais perdas, caso eu não 
seja bem sucedido no final da ação. Na prática o que 
ocorre, é que o juiz que tem dúvida não dá a posse 
provisória, mas existe a possibilidade de pedir caução. 
Art. 679- Os embargos poderão ser contestados no 
prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o 
procedimento comum. 
 Os embargos poderão ser contestados em 15 
dias, a qual seguirá o procedimento comum, 
que e aquele que segue o rito normal do 
código: petição inicial, contestação réplica, 
despacho saneador, marcação de audiência, 
produção de prova, sentença, recurso, 
trânsito em julgado e execução. 
-Poderá haver tutela de urgência, é a própria liminar 
que o juiz. 
Art.680: Contra os embargos do credor com garantia 
real, o embargado somente poderá alegar que: 
I - o devedor comum é insolvente; 
II - o título é nulo ou não obriga a terceiro; 
III - outra é a coisa dada em garantia. 
Embargos do credor com garantia real- ele tem 
hipoteca sob determinado imóvel, ele tem garantia 
real, não cabe conscrição, não cabe nulidade, caso 
contrário não tem discussão. 
 
Da oposição 
O código antigo trazia a oposição como uma das 
modalidades de intervenção de terceiros, era 
juntamente com denunciação da lide, e outras. 
 Ela deixou de ser intervenção de terceiros no 
novo código e se transformou em uma ação 
autônoma. 
OBJETIVO: Consiste em uma ação na qual o terceiro 
ajuíza em face das partes originárias do processo. O 
terceiro formulará pretensão sobre o mesmo objeto 
disputado entre as partes. 
Quando cabe oposição? 
 A oposição é a ação em que o terceiro tem 
uma pretensão que coincide com aquela 
posta em juízo entre autor e réu da demanda 
principal. 
 O terceiro pretende obter o mesmo bem ou 
vantagem que já era o objeto da disputa 
inicial. 
 Como é um caso litigioso, é necessário que o 
réu da ação principal já tenha sido citado. 
 A possibilidade de o terceirose valer da 
oposição se estende até a sentença. 
 O terceiro tentará convencer o juiz, de que 
nem o autor nem o réu merecem aquele 
pedido, e sim que ele merece o acolhimento. 
 Como o terceiro, para ter êxito na oposição, 
precisa demonstrar que a sua pretensão 
merece ser acolhida mais do que o autor e 
réu. 
 A oposição possui relação de prejudicialidade 
entre a ação originária, porque se o juiz 
reconhece a procedência da oposição, 
decidirá que o autor tem razão sobre aquele 
direito disputado na inicial, o que faz com a 
ação principal seja improcedente. 
 Ambos será polos passivos da ação. 
 
OPOSIÇÃO GERARÁ LITISCONSORTE 
NECESSÁRIO ENTRE AS PARTES DO PROCESSO 
PRINCIPAL 
Ex: Imagine-se que A ajuíze em face de B uma ação 
possessória de um imóvel. Para tanto, precisará dizer 
que tem mais direito que o réu a essa posse; o réu se 
defenderá, alegando que lhe cabe manter a coisa 
consigo. A posse do imóvel será o objeto litigioso. 
Haverá oposição se um terceiro, C, for a juízo para 
sustentar que a melhor posse não é nem de A, nem de 
B, mas dele, C, e que o juiz deve afastar a pretensão 
dos dois primeiros, acolhendo tão somente a sua. 
Art. 682: Quem pretender, no todo ou em parte, a 
coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu 
poderá até ser proferida a sentença, oferecer 
oposição contra ambos. 
 O terceiro é aquele que vai se opor, vai lutar 
por achar que ele tem o direito a coisa ou ao 
direito que está sendo disputado em um 
processo principal por partes diferentes. 
Ex- A e B litigam por algum motivo, mas eu acho que 
eu tenho direito sobre aquilo ou sobre aquele direito, 
eu entro no processo como opoente para me opor aos 
dois, eu viro um autor da ação dependente, contra os 
autores da ação principal, as partes da principal viram 
os réus. 
 Se eu não entrar com a oposição, porque eu 
perdi o prazo ou porque não quero por 
exemplo, eu não perco meu direito, eu posso 
esperar a decisão do processo principal para 
saber quem ganhou e aí eu entro com ação 
especificamente contra aquela parte que foi 
vitoriosa naquela demanda principal. O fato 
de eu não entrar com a oposição não quer 
dizer que meu direito preclui para que eu 
entre com a ação. 
Art. 683: O opoente deduzirá o pedido em 
observação aos requisitos exigidos para propositura 
da ação. 
 Oponente é o terceiro, deve seguir os 
requisitos da petição inicial e será proposto 
por dependência e será citado na pessoa de 
seu advogado para apresentar contestação 
no prazo COMUM de 15 dias. Normalmente 
quando são dois réus não é prazo comum, é a 
partir da citação de cada um, aqui não, o 
prazo será comum para os dois. 
Ex: eu discuto o domínio de um imóvel, porém eu 
tenho a posse por mais de 20 anos, o que me daria o 
direito ao usucapião. É um direito que se discute mas 
eu tenho direito da posse.. 
Art. 684: Se um dos opostos reconhecer a 
procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o 
opoente. Opostos são a parte originária da ação 
principal. Se um deles reconhecer, concordar com a 
ação e disser que o oponente tem razão, a oposição 
passa a ser somente contra a outra parte que se 
opuser com uma contestação. 
Art. 685: Admitido o processamento, a oposição será 
apensada aos autos e tramitará simultaneamente à 
ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma 
sentença. Os processos serão julgados pela mesma 
sentença e andaram juntos. 
Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o 
início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o 
curso do processo ao fim da produção das provas, 
salvo se concluir que a unidade da instrução atende 
melhor ao princípio da duração razoável do processo. 
Oposição depois da audiência- deve parar o curso do 
processo porque muito provável precisará de provas. 
Oposição antes da audiência não precisaria parar o 
processo, e o oponente apresentará na audiência. 
EMBARGOS X OPOSIÇÃO 
A diferença para os embargos é que os embargos de 
terceiro estamos tratando de execução, cumprimento 
de sentença, entra por título extrajudicial, quando 
tem uma constrição de um bem que é seu. Aqui 
vamos discutir sobre um direito onde duas estão 
litigando, nos embargos não estão litigando, já tem 
uma ordem a ser cumprida. 
 A oposição é apensada aos autos principais. 
 Nos embargos, o terceiro não entra na 
disputa pela coisa litigiosa, mas quer somente 
liberar um bem indevidamente apreendido. 
Art. 686: Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a 
ação originária e a oposição, desta conhecerá em 
primeiro lugar. O juiz decidirá simultaneamente os 
dois processos. 
Um exemplo: Imagine-se que A ajuíze ação 
possessória em face de B, a respeito de determinado 
imóvel. Se C for a juízo para dizer que a posse não 
deve ficar nem com A, nem com B, mas com ele, 
haverá oposição, porque o terceiro quer a mesma 
coisa que já era objeto da disputa. Se acolhida a 
oposição, a possessória será improcedente. Imagine-
se, agora, que, nessa mesma ação, o juiz conceda 
liminar, e o oficial de justiça, ao cumpri-la, acabe 
apreendendo, por equívoco, não apenas o terreno 
disputado, mas uma parte do terreno vizinho, que 
pertence a C e que não era objeto da disputa. Caberá 
a C valer-se dos embargos de terceiro para obter a 
liberação do bem. 
PROCESSOS QUE CABEM OPOSIÇÃO: 
 Só cabe oposição em processo de 
conhecimento, de procedimento comum ou 
de procedimento especial que se converta em 
comum após a citação do réu. Não cabe em 
processos de execução, ou de conhecimento 
que tenha procedimento especial e que assim 
prossiga após a citação. 
 
DA HABILITAÇÃO 
 A partir do falecimento extingue a 
procuração, a partir desse instante todos os 
atos são nulos. Não é partir do momento que 
eu comunico o falecimento. 
 O herdeiro poderá se habilitar através de 
advogado. 
Quando ocorre? 
Pelo falecimento de qualquer das partes, os 
interessados houverem de suceder o processo. 
 A sucessão se abre com a morte, NÃO com a 
notícia levada ao processo. 
 Com a morte a procuração imediatamente se 
extingue. 
 O advogado age mediante procuração, e com 
o falecimento imediatamente se extingue a 
mesma e não existirá mais, assim não tem 
poderes mais de representação. É preciso 
substitui-lo. 
 Coloca-se as pessoas habilitadas no lugar das 
partes. 
 Pode ser solicitado tanto pelos falecidos ou 
pela parte contrária. Porque as vezes o 
herdeiro NÃO tem interesse, como por 
exemplo em um processo contra o de cujus e 
não se habilitam automaticamente. 
 Eu preciso que alguém provoque a 
habilitação, e cite essas pessoas para virem 
ao processo e assumirem condição de parte. 
Ou autor ou réu. 
ART. 687: A habilitação ocorre quando, por 
falecimento de qualquer das partes, os interessados 
houverem de suceder-lhe no processo. 
Quem são os sucessores? 
 São as pessoas estipuladas na legislação civil- 
art. 1829. 
 Precisamos ver se tem testamento, 
inventário, se tem inventariante (o juiz 
nomeia). 
 Se ainda não há partilha de bens, quem 
representa o falecido é o espólio. 
 Até que a habilitação seja julgada, o processo 
fica SUSPENSO. 
 
Quem pode requerer a habilitação? 
 Tanto a parte contrária ao falecido, quanto os 
herdeiros do falecido podem pedir. 
Art. 688. A habilitação pode ser requerida: 
I - pela parte, em relação aos sucessores do falecido; 
II - pelos sucessores do falecido, em relação à parte. 
Art. 689: Proceder-se-á à habilitação nos autos do 
processo principal, na instância em que estiver, 
suspendendo-se, a partir de então, o processo. 
 Recebida a petição, o juiz ordenará a citação, 
para se apresentar em 5 dias. 
QUADRO-RESUMO 
MORTE EXTINÇÃO DA PROCURAÇÃO 
 
 HABILITAÇÃO 
 PELOS HERDEIROS PARTE CONTRÁRIA 
 
CITAÇÃO DOS HERDEIROSPARA PRONÚNCIA EM 5 
DIAS 
 
DECISÃO DO PEDIDO HABILITAÇÃO IMEDIATAMENTE 
(EXCESSÃO SE HOUVER DILAÇÃO PROBATÓRIA ALÉM DA 
DOCIMENTAL- IRÁ PARA A INSTRUÇÃO) 
 
SENTENÇA 
 
RETOMADA DO CURSO DO PROCESSO 
 
 
 Muitas vezes tem briga de quem tem direito 
de participar do processo, o juiz pode 
designar audiência para ouvir testemunha etc. 
E o juiz terá que decidir. 
 O falecido pode ter deixado testamento e 
dizer que tal pessoa fica com imóvel, que está 
sendo discutido com ação, e essa pessoa pode 
não ser nada do falecido, então pode ter uma 
discussão bem grande. 
 Se não tiver ninguém que possa representar, 
extingue-se o processo. 
Art. 691. O juiz decidirá o pedido de habilitação 
imediatamente, salvo se este for impugnado e houver 
necessidade de dilação probatória diversa da 
documental, caso em que determinará que o pedido 
seja autuado em apartado e disporá sobre a instrução. 
Art. 692. Transitada em julgado a sentença de 
habilitação, o processo principal retomará o seu 
curso, e cópia da sentença será juntada aos autos 
respectivos. 
 
Das ações de família 
 Foi inserido pois antes não havia um 
procedimento especial genérico para essas 
ações. 
 As peculiaridades desse procedimento 
revelam uma preocupação na solução 
consensual de controvérsia. 
Quando cabe? 
Aplica-se aos casos CONTENCIOSOS de divórcio, 
separação, reconhecimento e extinção de união 
estável, guarda, visitação e filiação. 
-NÃO se aplica aos procedimentos de jurisdição 
voluntária. Como divórcio, separação consensual. 
Por que está no procedimento especial? 
 O mais importante é a recomendação de que 
todos os esforços sejam empreendidos para a 
solução consensual da controvérsia. 
 O juiz deve dispor do auxílio de profissionais 
de diversas áreas para esse apoio. 
 Outra diferença é que designada a audiência 
de conciliação, o réu será citado com 
antecedência de 15 dias, quando no comum o 
prazo de antecedência é de 20 dias. O 
mandado virá desacompanhado de cópia da 
petição inicial, assegurado a ele o direito de 
examinar o processo. 
 Após realizada a audiência sem qualquer 
acordo ou conciliação, o processo seguirá o 
procedimento comum, passando a fluir o 
prazo de contestação para o réu. 
ART. 694:Todas as ações famílias terão esses 
procedimentos do código. Todos os esforços serão 
feitos para ter conciliação.

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