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PROCESSO CIVIL IV

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PROCESSO CIVIL IV
AULA DIA 09/03
Teoria geral do Processo de Execução:
O que fazer diante de uma sentença genérica? Ilíquida art. 509 a 512 CPC
Obs: A liquidação de sentença é exceção, pois na maioria dos casos a sentença é líquida.
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação; (se dá diante da necessidade de produção de uma única prova; prova pericial, quando for necessário provar por exemplo o valor da obrigação devida, exclusivamente por prova pericial).
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo. (deve ser visto como uma forma até mesmo subsidiária de liquidação, diante da necessidade de se provar por outros meios, então se eu tenho que provar as despesas que foram suportadas pela parte autora por prova documental, testemunhal e até mesmo por prova pericial, deverá se valer do procedimento comum, agora se o objeto da liquidação por conta da natureza do fato que se pretende demonstrar exija tão somente a prova pericial, deverá se estabelecer que a liquidação seja feita por essa espécie).
Procedimentos da Liquidação por arbitramento e pelo procedimento comum:
Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código. 
Se a liquidação foi iniciada pelo devedor, quem vai ser intimado na pessoa do seu advogado será o credor; do contrário é bem mais comum de ocorrer ou seja, o credor iniciando a obrigação e a parte contrária será intimada. 
Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes. (A liquidação não depende do trânsito em julgado da decisão que se pretende liquidar. Então e eu tenho um recurso sendo julgado pelo STJ, diante de uma sentença genérica proferida, eu posso, enquanto o recurso não e julgado, iniciar a liquidação em primeira instância para que o valor seja determinado).
De acordo com esses artigos, vemos que a liquidação pode ser requerida tanto pelo exequente como pelo executado. A natureza da liquidação de sentença é de processo de conhecimento, portanto há necessidade de respeitar determinadas formalidades. Busca-se o convencimento do julgador para que se chegue à obrigação correta, determinada, que não se discuta mais e para que possa ser cumprida. E ao final (após, apresentadas provas que comprovem a obrigação devida) definido o valor, inicie-se o cumprimento de sentença.
Obs: A liquidação se sentença é um procedimento prévio (anterior), ao cumprimento de sentença, portanto não faz parte dede. Antecede a fase de liquidação art. 1.015 pún do CPC, tem natureza cognitiva. As decisões devem ser atacadas por agravo de instrumento.
A liquidação de sentença pode ser também a liquidação de decisão interlocutória, não necessariamente a liquidação de sentença tem como objeto uma sentença, pode ter como objeto uma decisão interlocutória, conforme o artigo 356 do CPC. O sistema processual admite tanto o cumprimento de decisões definitivas como interlocutórias.
Ex: tem-se uma inicial com 3 pedidos e desses 3 pedidos o juiz conclui que ele não precisa da produção de provas para resolve-lo, e pode ser julgado antecipadamente, e quanto aos outros 2 pedidos, ele conclui que há necessidade de prova pericial, com base no art. 356, o juiz decide o pedido que não depende de produção de prova. Essa decisão tem natureza de decisão interlocutória; se ela não for impugnada pelo réu, ela se tornará definitiva e aí admitirá o cumprimento de sentença. O mesmo artigo 356 também prevê que a decisão interlocutória pode ser genérica e não liquida, isso faz com que o cumprimento de sentença dependa de liquidação; em suma a liquidação pode envolver tanto sentença como decisão interlocutória, essas são as duas possibilidades diante da liquidação de sentença; (procedimento necessário para determinar a obrigação devida de acordo com o título executivo judicial).
Não há procedimento de liquidação de sentença diante de título executivo extrajudicial; pois ou ele apresenta uma obrigação líquida ou então não teremos a execução.
A decisão que encerra a fase de liquidação é uma decisão interlocutória, o recurso cabível para ataca-la é o agravo de instrumento. 
CMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA
Art. 520 CPC
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
Já vimos que a execução pode ser definitiva ou provisória
A execução definitiva é aquela que se instaura diante de um titulo cuja definição não depende do julgamento de nenhum recurso, se instaura diante de uma decisão judicial transitada em julgado. A ideia de definitividade dá para nós a certeza de que a obrigação que é declarada no título não será modificada, torna-se estável. Mas vimos também que existe a possibilidade diante de um título executivo judicial não transitado em julgado de termos o cumprimento provisório de sentença, agora entenderemos as exigências do legislador para que ocorra o cumprimento provisório aconteça.
O cumprimento provisório não é apenas de sentença de acordo com o art. 356 do CPC permite que uma decisão interlocutória seja satisfeita de maneira definitiva ou provisória, antes que o processo chegue à sentença;
O cumprimento provisório não tem uma formalidade maior para que se inicie, então se tenho uma obrigação de pagar quantia já determinada, enquanto pendente o julgamento de recurso sem efeito suspensivo posso iniciar o cumprimento provisório que ocorrerá da mesma maneira do definitivo. 
Se tenho uma dívida de 50 mil reais que ainda não se tornou definitiva pois está pendente de um recurso especial, desejando o credor, ele requer a minha intimação para pagamento e diante da inércia será acrescido de multa e honorários advocatícios assim como ocorre no cumprimento definitivo.
O cumprimento provisório é uma faculdade do exequente, pois se o executado tiver algum prejuízo em função do início do cumprimento provisório, o inciso I do artigo 520 já estabelece de maneira expressa que caberá ao exequente ressarci-lo, se o exequente quiser, ele está ciente de que eventual modificação da obrigação trazendo prejuízo para o executado o fato de iniciar o cumprimento de sentença provisória, fará com que ele, exequente seja responsável por ressarcir o prejuízo causado.
EXEMPLO: Imagina que você seja credor de uma considerável quantia em dinheiro, mas essa decisãoque te torna credor não transitou em julgado porque ainda existe um recurso especial interposto pela parte contrária pendente de julgamento no STJ. Se você quiser pode esperar o julgamento do STJ e depois do trânsito em julgado iniciar o cumprimento de sentença definitivo, mas se você estiver precisando do dinheiro , ou pensar que o réu pode perder o patrimônio ou se desfazer dele ou até mesmo falir, aí você inicia o Cumprimento de Sentença e as contas do réu são penhoradas, já que o cumprimento provisório vai admitir o mesmo procedimento do definitivo... mas depois de algum tempo STJ vem e diz que essa decisão não deve ser mantida pois, Se você causou um prejuízo ao executado, a penhora das contas pode ser considerada um prejuízo desde que efetivamente demonstrado, você será obrigado e ressarcir o prejuízo causado. 
Por outro lado, se a decisão do STJ mantiver a decisão exequenda e com isso ocorrer o trânsito em julgado, o cumprimento provisório se torna definitivo e você acaba sendo beneficiado pelo cumprimento provisório; O cumprimento provisório pode fazer você ganhar tempo, ou que adiante o cumprimento/execução definitivo, mas por conta da questão da responsabilidade do exequente por eventuais prejuízos causados ao executado é sempre uma questão importante de decidir quando se tem um processo em curso.
Vejamos o inciso IV do art. 520
Esse inciso estabelece que a prática de atos expropriatórios e também o levantamento de eventuais quantias depositadas no cumprimento provisório tem como condição a prestação de uma caução por parte do exequente.
Uma coisa é permitir o início do cumprimento provisório, outra coisa é admitir que esse cumprimento provisório, atinja o patrimônio do devedor e exproprie eventuais bens ou diante de uma penhora ou deposito em dinheiro, represente a transferência do dinheiro para a parte exequente antes do trânsito em julgado. Para que isso não aconteça, o legislador exige que o exequente traga uma garantia;
Vamos supor que uma pessoa com muito patrimônio seja credora de outra; Na qualidade de credora ela inicia o cumprimento provisória e diz que quer a penhora avaliação e expropriação do terreno do executado. Se a sentença (objeto do cumprimento de sentença) ainda não estiver transitado em julgado, a expropriação só será possível se o credor/exequente apresentar uma garantia; se trouxer ao processo uma caução que pode ser real ou fidejussória) visando proteger o executado pois se o executado tiver seu patrimônio expropriado e depois por força do julgamento do recurso por ele interposto, a decisão for modificada, o executado perde, ou corre grande risco de perder seu dinheiro ou o equivalente que corresponderia ao valor dos seus bens.
Então quando chegar na fase de expropriação o juiz via de regra deve exigir que o exequente preste uma caução correspondente ao valor da obrigação ou dos bens que serão expropriados e que seja capaz do futuro de suportar eventual modificação do julgado.
No Art. 521 quando o legislador trata da caução fala da possibilidade dela ser dispensada. 
OBS IMPORTANTES: A caução só é necessária para que atos expropriatórios sejam praticados 
O que são atos expropriatórios? Penhora e avaliação não são!!!
Expropriação é = Fazer com que o patrimônio do devedor seja convertido em dinheiro para que o credor receba; apenas atos que façam com que o patrimônio do devedor seja transferido para terceiro ou até mesmo para o próprio exequente, como é o caso do levantamento de depósito e de dinheiro que foi penhorado, exigirá a apresentação da caução, a penhora e a avaliação em si, dispensam a caução.
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III - pender o agravo fundado nos incisos II e III do art. 1.042;
(Revogado)
III – pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
Diante de uma obrigação de natureza alimentar, se o exequente não tem condição de prestar caução, aqui ele não tem que se preocupar pois o levantamento do dinheiro se dá imediatamente porque senão considerando a natureza do crédito ele teria dificuldade de subsistência.
Numa execução de alimentos por exemplo, o juiz logo assim que o processo é distribuído o juiz determina que o réu pague à parte autora uma determinada importância, mas essa decisão foi submetida à AI ,e o devedor continua recorrendo e a decisão ainda não transitou em julgado; Se tivesse que aguardar o transito em julgado para entregar as pensões à parte credora, o prejuízo para ela seria muito maior, então considera-se razoável a dispensa de caução nesse caso do inciso I do 521.
Já o inciso II parece mais estranho pois dispensa a caução independente da natureza do crédito quando o credor demonstrar situação de necessidade; o que eu parece subjetivo, pois podem ter várias interpretações de situação de necessidade mas pode ser encontrado exemplo na jurisprudência do que é e o que não é, um tratamento de saúde por exemplo, pode ser que o juiz dispense a caução.
Os incisos III e IV estabelecem critérios objetivos, ou seja, a caução é dispensada quando pendente o agravo do Art. 1042 que é o agravo em recurso especial ou extraordinário; diante da negativa de segmento do recurso especial e do extraordinário a parte recorrente tem o agravo do 1042 à sua disposição.
O inciso IV dá valor à jurisprudência dos tribunais superiores dizendo que se a sentença que é objeto do cumprimento provisório for fundamentada em jurisprudência dos TS ou em conformidade com acórdão proferido em recurso extraordinário ou especial repetitivo, fica dispensada a caução; nesse caso o legislador quer dizer que o entendimento dos tribunais superiores será mantido, então a chance do recorrente modificar sua situação é muito pequena, então vamos dispensar a caução.. aí vem a desgraça, nada é tão ruim que o legislador não possa piorar, estamos lutando para entender em quais hipóteses a caução será exigida e as hipóteses que o 521 estabelece de dispensa de caução quando lemos o parágrafo único temos a sensação de raiva kkkk
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
Pois mostra que o legislador tentou dispensar a caução em alguns casos (um entendimento particular dele) ele diz no pún assim: se o juiz quiser ele mantem a exigência de caução porque ele vai poder fundamentar alegando que há risco de difícil reparação, para que o levantamento da quantia depositada ou eventual expropriação, não seja permitida.
Esse parágrafo é inadequado pois numa situação como essa juiz poderá ignorar as hipóteses objetivas anteriormente para proteger o executado até o transito em julgado pode correr o risco dessa medida capaz de tornar até ineficaz o processo executivo.
Art. 522. O cumprimento provisório da sentença será requerido por petição dirigida ao juízo competente.
Parágrafo único. Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade poderá ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal:
I - decisão exequenda;
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
III - procurações outorgadas pelas partes;
IV - decisão de habilitação, se for o caso;
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para demonstrar a existência do crédito.
É uma exigência formal
4 PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
Princípio do Contraditório e Ampla Defesa:Está previsto na CF art 5º LV contraditório significa a oportunidade de ser contra aquilo que submetido à apreciação jurisdicional tem a oportunidade de contrariar aquilo que a parte adversa traz ao processo; e ampla defesa é a ampla oportunidade de defender os interesses tanto autor como réu têm como garantia de defender seus interesses; 
A execução de título extrajudicial não é antecedida por um processo de conhecimento, e essa é a grande diferença de execução de título judicial para o extrajudicial; Se, tenho um contrato firmado na presença de duas testemunhas ele representa um título executivo extrajudicial. Quando levado à execução instaura-se a execução autônoma e o executado é citado. E ele tem a oportunidade de se defender por meio dos embargos à execução e considerando que não houve um processo de conhecimento prévio, é possível que o legislador faça restrições à matéria de defesa que o executado poderá se valer nos embargos à execução? NÃO. Quando se fala em embargos à execução, o legislador não apresenta nenhuma restrição aos argumentos de defesa que o executado pode se valer;
Princípio da menor onerosidade ou sacrifício do devedor:
Esse princípio não é para impedir que a execução cumpra a sua finalidade, mas para estabelecer o mínimo de proteção e a premissa é a existência de alternativas.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
Se só houver uma forma para promover a execução (lamento, o executado vai sofrer)
Princípio da efetividade ou do desfecho único:
Princípio representa uma norma jurídica diferente das regras; o principio impõe que nós diante de um caso concreto façamos a interpretação de acordo c/ ele; 
O desfecho único que o processo de execução deve ter é a satisfação da obrigação que é devida. 
Primazia da tutela específica:
Como temos uma execução iniciada por óbvio há uma obrigação que não foi adimplida. É necessário que se identifique a natureza da obrigação e ao final deve prevalecer o cumprimento daquela obrigação específica. Imagina, que tenhamos um contrato, de um lado temos uma pessoa que não pagou e de outro lado uma que vendeu, isso vai importar quando temos variações importantes de preços e produtos; você comprou uma safra inteira de soja, antes da colheita por um determinado preço. Depois da colheita o preço sobe consideravelmente. E o vendedor diz que não vai te dar a soja, que vai te entregar o dinheiro de volta e vai vender para outra pessoa. O direito que lhe assiste é o cumprimento da obrigação específica que foi contratada. Por isso na execução o juiz deve sempre que possível prestigiar a obrigação especifica para não permitir que a parte credora seja prejudicada. A execução se move a favor do exequente; O comportamento do juiz aqui sem violação ao princípio da isonomia é diferente do processo de conhecimento ao nosso ver pois no processo de execução o juiz fica ao lado da obrigação que deve ser cumprida; deve se esforçar para que a execução tenha efetividade e que o exequente tenha o que lhe pertencia por direito; 
Eventualmente pode dar errado, SIM.
EXEMPLO: Imagina que se tenha uma obrigação para entrega de coisa certa, eu contratei a entrega de determinado produto, tem o título executivo extrajudicial ou a obrigação é declarada por um título judicial. 
Quando inicia-se a fase de cumprimento de sentença ou de execução, contata-se que aquele bem não existe mais, que por força do tempo, má fé do executado ou qualquer outra coisa do tipo o bem se deteriorou, nessa hipótese, eu credor tenho direito de receber pelo valor do bem além do prejuízo que foi causado terá uma conversão da execução para que ao invés de exigir a entrega do bem, naquele momento, diante da impossibilidade eu passe a exigir o pagamento de uma quantia em dinheiro, isso deve acontecer apenas em caráter excepcional, o juiz não deve admitir sempre que ocorra a conversão ela deve ser vista com reservas para que os princípios da execução não sejam violados.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
Art. 525§ 
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
Defesas que o executado pode alegar na impugnação ao cumprimento de sentença. As hipóteses são taxativas; o legislador restringe propositalmente a participação do executado nessa fase do processo e há quem pense que isso é um cerceamento do princípio da ampla defesa, essa interpretação não é a mais adequada, pois fazendo isso ignora-se o fato de que o executado já participou anteriormente do processo ou pelo menos teve a oportunidade de participar na fase de conhecimento que antecede o cumprimento de sentença. Como ele já teve a ampla defesa no início, na fase cognitiva, agora o legislador não restringe de forma infundada a sua participação, então, prevalece na doutrina que o fato do executado na impugnação ao cumprimento de sentença sofrer restrições aos argumentos defensivos, não faz com que o princípio da ampla defesa seja violado, o que se tem é a lógica diante de um processo que se iniciou dando a ele total oportunidade de participação;
A principal defesa ao cumprimento de sentença ou na fase de cumprimento de sentença é a impugnação ao cumprimento de sentença;
Os embargos à execução é a principal defesa na execução de título extrajudicial;
Há também uma terceira espécie defensiva que se aplica tanto no cumprimento de sentença como na execução de título extrajudicial que é e exceção de pré executividade;
Obs: Se a impugnação sofre restrição, essa restrição se justifica exatamente por conta de ter o agora executado tido todo e qualquer direito ou motivo para alegar na fase de cumprimento de sentença. EXEMPLO: Na contestação, se estivermos trabalhando num processo em que o executado é o réu, ele teve a oportunidade de alegar todos os argumentos possíveis enquanto que, agora, na fase de cumprimento de sentença, haverá uma restrição. 
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
Vinculação do patrimônio do devedor diante da obrigação que é devida
Art.789 CPC O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. 
Determinados bens não poderão ser usados para satisfazer obrigações do processo executivo (há certos bens que são impenhoráveis por exemplo).
Os bens presentes deve-se identificar a partir de quando
Presentes a partir da contratação da obrigação;
Ou do momento do início da execução
Quando se inicia uma execução deve-se avaliar se ao final a parte autora/exequente uma vez condenada terá condições de fazer com que as obrigações sejam cumpridas;
Hoje você ajuizaria uma ação de execução contra uma empresa que decretou falência?
Não pois sabe-se que essa empresa não terá condições de adimplir com a obrigação, será uma perda de tempo.
Ao final quando iniciar o cumprimento se sentença noa será encontrado nenhum bem no nome dessa PJ.
Porém se você observar que houve uma fraude à execução e você foi lesado aí será diferente...
É importante saber a diferença de fraude contra credores e a fraude à execução disposta no art. 792 cpc é 
Art. 792.A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828 ;
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V- nos demais casos expressos em lei.
§ 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
§ 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.
§ 3º Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
§ 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.
Seguir
Para fins de fraude a execução temos uma restrição maior do que a fraude contra credores (direito material cc) Art. 158 cc
Quando digo que alguma de maneira fraudulenta se desfez de seu patrimônio para fraudar credores
Antes de se falar em fraude a exemplo, precisamos lembrar que a fraude contra credores se da de modo mais tormentoso pois se exige daquele quer mostrar a fraude cumpra alguns requisitos legais; características:
a) provar a insolvência
b) vontade do devedor de se tornar insolvente (mais difícil de provar, pois deve-se mostrar que ele fez de propósito, que havia intenção de se tornar insolvente); depende da situação específica.
c) provar que aquele que adquiriu o bem do devedor (adquirente) tinha como ter ciência de que o devedor se tornava insolvente a partir de então.
Quando se caracteriza a fraude à execução é muito mais fácil torná-la ineficaz
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
II - do sócio, nos termos da lei;
III- do devedor, ainda que em poder de terceiros;
IV- do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Seguir
Os bens do devedor serão alcançados pela execução pela regra do 789 mas permite que essa regra seja interpretada de maneira extensiva para que outas pessoas se sujeitem a execução de bens diante do processo executivo.
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei.
§ 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
§ 2º Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1º nomear quantos bens da sociedade, situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito.
§ 3º O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo.
§ 4º Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente previsto neste Código.
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube. 
PROCEDIMENTO
É A EXTERIORIZAÇÃO DO PROCESSO MANEIRA COMO OS ATOS PROCESSUAIS DEVEM SER PRATICADOS. 
A) IDENTIFICAR A NATUREZA DO TÍTULO EXECUTIVO: para saber como a execução se iniciará e diante disso, será possível estabelecer a continuidade do processo 
consegue-se identificar qual é o nome da execução apenas pelo fato de identificar a natureza do título se consegue denominar e execução, e os atos praticados em umas espécies de execução podem não ser comuns a outros ato da execução
Como se dá início à execução se distribui uma petição inicial, pagar custas, observar os requisitos da petição inicial… diante do processo de execução o executado toma conhecimento através de citação.
	Se estivermos diante do cumprimento de sentença o devedor citado não poderá requerer ou promover o parcelamento, o cumprimento de sentença se dá nos mesmos autos do processo de conhecimento quando estivermos perante o juízo cível. No mesmo processo e nos mesmos autos
Quando o título excecutivo judicial não estiver origem no juízo cível nós não teremos a continuidade do processo de conhecimento mas a necessidade de um cumprimento de sentença de forma autônoma;
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Não pode ocorrer de oficio sobretudo quando se tratar de obrigação de pagar, deve ser requerido.
Art. 513 § 2º
Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.
§ 2º O devedor será intimado para cumprir a sentença:
I- pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III- por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos
IV- por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
§ 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274.
§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3º deste artigo.
§ 5º O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.
Citação no processo de titulo extrajudicial ou para que se tenha cumprimento se sentença de titulo executivo judicial que não seja de juízo cível no processo de execução
admite citação postal?
Não ha vedação expressa de citação postal no processo de execução;
há uma divergência (procurar as diferenças).
Aula antes do dia 24/03
COMPETÊNCIA NA FASE EXECUTIVA 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Art. 516 CPC
MUITAS DAS VEZES O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA É A CONTINUIDADE DO PROCESSO DE CONHECIMENTO .
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I- os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. (CASOS EM QUE O PROCESSO JÁ ESTÁ EM CURSO) SERVIU EXATAMENTE PARA GARANTIR A SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO.O PÚN. PERMITE QUE O C.S SEJA INICIADO NO LUGAR ONDE O EXECUTADO POSSUI DOMICILIO BENS OU ONDE A OBRIGAÇÃO EXIGIDA DEVA SER SATISFEITA. É UMA EXCEÇÃO AO PRINCIPIO DA PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO. QUE DIZ QUE O PROCESSO COMEÇA E TERMINA NO MESMO JUÍZO.

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