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Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 1 Trichomonas vaginalis. Causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Infecção venérea. Habita a vagina e uretra de mulheres e próstata e vesículas seminais de homens. Transmissão pela relação sexual. Protozoário flagelado. Apresenta apenas a forma de vida de trofozoíta. Tratamento. Prevenção. Forma de vida: Ciclo de vida: Giardia lamblia ou Giardia duodenalis ou Giardia intestinalis. •Giardia duodenalis foi primeiramente descrita em 1681 por Anthon van Leeuwenhoek em suas próprias fezes. •É o protozoário flagelado mais comum do trato digestivo humano. •Acomete uma ampla variedade de hospedeiros homem e animais mamíferos. •Estreito relacionamento homem animal favorece a transmissão (zoonose). •Transmitida por água ou alimentos contaminados. •Sintomas cólicas abdominais, flatulências, diarréias frequentes, diarréias com sangue (ás vezes). •Tratamento Giardicidas. •Prevenção água tratada, alimentos bem lavados. •Importante na nutrição transmissão pelos alimentos, principalmente verduras e legumes crus. Formas de vida: •Trofozoíta e cisto: Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 2 •trofozoítas: •Cistos: Ciclo de vida: •Doença infecciosa. •Não contagiosa. •Agente etiológico protozoários parasitas do gênero leishmania. •Parasitas vivem e se multiplicam no interior de macrófagos. •Há dois tipos de leishmaniose: -Leishmaniose tegumentar ou cutânea. -Leishmaniose visceral ou calazar. •transmissão: vetor. Formas da doença: FORMA VISCERAL OU CALAZAR: -Doença sistêmica acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. -Acomete essencialmente crianças de até dez anos após esta idade se torna menos frequente. -Doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. Sintomas: -Febre irregular, prolongada; -Anemia ; -Indisposição ; -Palidez da pele e ou das mucosas; -Falta de apetite; -Perda de peso; -Inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. Transmissão: Ocorre por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue). Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 3 Conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Gênero comum na região: lutzomyia. Gênero leishmania: •Protozoários flagelados •Parasitas intracelulares obrigatórios de macrófagos •Quadros da doença variam de acordo com a espécie de leishmania •E em complexos de acordo com a sintomatologia que causam •Formas de vida amastigota e promastigota. •Ciclo de vida heteroxeno. Transmissão: -Ocorre por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue). -Conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. -Gênero comum na região: lutzomyia. LEISHMANIAS COMPLEXOS: a) Complexo “Leishmania braziliensis ” encontrados apenas nas Américas.Parasitam a pele e as mucosas. Espécies:L. braziliensis , L. panamensis , L. gujanensis , L. peruviana b) Complexo Leishmania mexicana ” provocam lesões na pele. Espécies: L. mexicana, L. amazonensis e L. pifanoi c) Complexo Leishmania donovani ” são pequenos e têm forte tendência de invadir as vísceras. Espécies: L. donovani , L. infantum , L. chagasi d) Leishmaníases cutâneas do Velho Mundo produzem infecções na pele.Presentes na Bacia do Mediterrânio e na Ásia. Espécies: L. tropica, L. major, L. aethopica. Estágios de desenvolvimento: Em Leishmania spp encontram se dois estágios de desenvolvimento. •(A)- Promastigota- o flagelo emerge da parte anterior da célula • (D)-Amastigota- somente o cinetoplasto é visível Não há Flagelo. Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 4 Formas de vida no ciclo: AMASTIGOTA: -Forma esférica ou oval, -Flagelo rudimentar. -Geralmente encontrados em grupos no interior de macrófagos ou livres após rompimento destas células. -Também observados em células do sistema fagocítico mononuclear que estão presentes na pele, baço, fígado, medula óssea, linfonodos, mucosa etc. -Hospedeiro vertebrado. PROMASTIGOTA: -Hospedeiro invertebrado. -Formas extracelulares encontradas no intestino dos insetos. -Apresenta flagelo longo alongado. Ciclo de vida da leishmania: tratamento: O tratamento é feito não só visando a cura clínica, mas também o impedimento de que a doença evolua para as outras formas mais graves e , também, para evitar recidivas. -No homem, quando a doença é diagnosticada a tempo, o tratamento e cura é possivel, com medicamentos específicos. Distribuição mundial: Leishmaniose visceral (Calazar). Leishmaniose cutânea. Toxoplasma gondii. Causada pelo protozoário: Toxoplasma gondii - É uma parasitose cosmopolita. Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 5 -Prevalência varia conforme a Região do mundo. -Reservatório natural é o gato. -Homem é acidentalmente infectado. -Encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados. -90% das pessoas infectadas = não manifestam nenhum sintoma. -Outros 10% = podem apresentar aumento de gânglios, febre, dor muscular e de cabeça (podendo durar semanas). -Pode causar graves complicações para gestantes e pessoascom o sistema imunológico debilitado. Sintomas: -Maioria das infecções é assintomática. -Didaticamente, as formas clínicas podem ser assim divididas: -Infecção primária em imunocompetentes= Toxoplasmose ganglionar. -Toxoplasmose em pacientes imunocomprometidos. -Toxoplasmose congênita. -Coriorretinite isolada = toxoplasmose ocular. Sintomas: toxoplasmose ganglionar.: -Aproximadamente 90% dos adultos e adolescentes. -Imunocompetentes apresentam infecção assintomática. Quando a toxoplasmose é sintomática ocorre: -Aumento dos linfonodos da cadeia cervical, principalmente posterior. -Pode acometer também os linfonodos axilares, supraclaviculares e abdominais. -Febre em mais de 50% dos pacientes sintomáticos. -Astenia (fraqueza), anorexia, mal estar geral e cefaléia. Sintomas: toxoplasmose em pacientes imunocomprometidos: Ocorre em pacientes com infecção pelo hiv/aids e outras formas de imunossupressão (principalmente transplantes). Reativação da doença no sistema nervoso e no pulmão. Causa quadro de encefalite e pneumonite, respectivamente. Forma cerebral: -Mais frequente. -Rebaixamento do nível de consciência, convulsões e sinais neurológicos focais diversos. Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 6 Sintomas: Toxoplasmose congênita Transmissão fetal de toxoplasmose só ocorre quando a mãe adquire a infecção durante a gestação ou é imunodeprimida. Acomete 40% dos recém natos nesses casos. Risco de transmissão aumenta com o decurso da gravidez: Aproximadamente 15% no primeiro trimestre, 30% no segundo trimestre e 60% no terceiro trimestre. Pode causar aborto no 1º trimestre A maioria dos recém nascidos infectados durante a Gestação são assintomáticos. Em diagnóstico e tratamento adequado, muitos desenvolverão sequelas graves da infecção que pode causar complicações cerebrais, neurológicas, visuais, auditivas, renais, hepáticas e retardo mental. Sintomas:toxoplasmose Ocular Coriorretinite isolada. As lesões retinianas podem ser isoladas ou múltiplas, unilaterais ou bilaterais. Ocorre principalmente entre a segunda e a terceira décadas de vida. Reativação de foco ocular latente que se estabeleceu. Durante infecção congênita e que foi inaparente no recém nascido. Os sintomas variam desde visão borrada, escotomas (perda da visão parcial), fotofobia, dor e lacrimejamento, até a amaurose( perda total da visão ). Na infecção aguda (recém adquirida ) = pode também ocorrer acometimento ocular, desde formas clínicas assintomáticas até as previamente descritas. Tratamento: Maioria das pessoas saudáveis são assintomáticas, com sistema imune competente= pode dispensar o tratamento da toxoplasmose. A presença de cistos do parasita no corpo não significa que o portador esteja doente. O tratamento indispensável = pacientes sintomáticos, imunossuprimidos e para as gestantes forma disseminada da doença pode provocar complicações graves e levar a óbito. Medicamentos usados : pirimetamina (usado também contra a malária) associado a um antibiótico específico e ao ácido fólico impedem a multiplicação do protozoário nas formas mais agressivas da doença. NÃO É CONTAGIOSA. Maioria dos casos adquirida por via oral. Ingestão de oocisto na areia. Ingestão de carnes cruas ou mal passadas de hospedeiros intermediários que contêm cistos do parasita. Consumo de água, frutas e verduras cruas com oocistos do parasita. Pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gestação através da placenta (toxoplasmose congênita). Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 7 Número menor de casos: transfusão de sangue e transplante de órgãos ( doadores infectados). TRANSMISSÃO: Formas ou estágios de vida: TAQUIZOÍTOS: -Forma proliferativa. -Formato de meia lua ou de banana. -No sangue do hospedeiro intermediário. -Reprodução assexuada. -Migra para os tecidos: “escapar” das células do Sist. Imunológico do hosp. -Sofre regressão no tecido: dá origem aos bradizoítos. - BRADIZOÍTOS: Formação de bradizoítos : maior intensidade quando o hospedeiro intermediário desenvolve imunidade específica. Forma de meia lua= menores que os taquizoítos. Formam cistos nos tecidos do hosp. Intermediário. Reprodução mais lenta que os taquizoítos. Menos acessíveis a resposta imune. CISTOS: Parede de resistência com bradizoítos dentro. Nos tecidos do hosp. Intermediário. Se forma em diferentes tecidos : muscular e nervoso pricipalmente. Resistente ao sistema imune do hospedeiro. OOCISTOS: Forma embrionada. Se forma após a reprodução sexuada. Dentro dos felinos = hosp. Definitivo. Liberado nas fezes do gato Contém os esporozoítas (8): forma infectante. Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 8 Liberado imaturo (não esporulado). Maturação (esporulação) no ambiente. formas ou estágios de vida: Ciclo de vida: No homemem e em outros hosp. Intermediários: Ingestão do oocisto. Esporozoítas são liberados e chegam ao sangue originam os taquizoítas. Taquizoítas se reproduzem e espalham pelo corpo do hospedeiro ( 10 a 15 dias). Taquizoítas nos tecidos se transformam em bradizoítos. Formação de cistos. Sistema imunológico deficiente: retorna a taquizoíto = reprodução. Obs: homem pode ingerir cistos na carne de outros hosp. Intermediários(porco, boi, galinha) liberação de Bradizoítos transformação em taquizoítas reprodução. NO GATO: Ingestão do cisto na carne crua ou em carne de caça. Liberação dos bradizoítas. Formação de taquizoítas. Reprodução dos taquizoítas com formação de Gametócitos. Formação de gametas. Fecundação. Formação do zigoto. Formação do oocisto a partir do zigoto. Oocisto liberado nas fezes do gato. profilaxia: Ingerir apenas carne bem passada e bem cozida. Lavar bem verduras e legumes ingerir apenas água filtrada. Bruna Melo Tavares Chaves. Parasitologia. 9 Fazer exames de pré natal grávidas ou aspirantes. Lavar as mãos após o contato com areia e terra.