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Exame físico pediátrico

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Aspectos Gerais: 
O exame físico pediátrico inicia quando a criança 
entra no consultório; Às vezes, inicia ainda na 
sala de espera; deve-se observar 
comportamento dos acompanhantes (pai, mãe, 
avós, cuidadores). 
“Blue Baby”: síndrome que acontece com as 
puérperas que, incialmente, não conseguem ter 
ligação com o bebê; 
O consultório deve ter iluminação adequada do 
ambiente ‒ luz natural é melhor. 
Peculiaridades 
O exame físico varia de acordo com a idade; 
RN ≠ lactente ≠ pré-escolar ≠ escolar ≠ pré-
adolescente e adolescente; 
Os sinais vitais devem ser vistos inicialmente 
pois a ocorrência de choro pode alterar; Muitas 
vezes iniciamos no colo da mãe = segurança! 
Sequência: Crânio ‒ caudal → Ouvido e 
garganta no final! 
Instrumentos 
• Palito; 
• Fita métrica; 
• Estetoscópio; 
• Otoscópio; 
• Lanterna; 
• Termometro 
• Esfigmomanometro 
• Oftalmoscópio 
Ao realizar o exame físico, deve-se seguir a 
mesma sequência do adulto, tendo paciência: 
• Inspeção → mais valorizada! 
• Palpação 
• Percussão 
• Ausculta 
Considerações Importantes 
Æ Conquistar a simpatia e a confiança ‒ da 
criança e dos pais; ter delicadeza na 
abordagem; 
Æ Conversar com a criança ‒ antes e durante o 
exame; Inicialmente no colo → evitar deitar 
de imediato a criança; 
Æ Evitar voz elevada, gestos bruscos, colocar 
subitamente na mesa de exame; 
Æ Procurar ser objetivo: cooperação = 
conquista X abordagem. 
Antropometria 
o Peso 
o Estatura/Comprimento 
o Perímetro Cefálico (PC) 
o Perímetro Torácico (PT) 
o Circunferência Abdominal 
Importante: Ganho ponderal satisfatório (RN) | 
Avaliação Pôndero-estatural (Crescimento)*| 
Classificação estado nutricional | Detecção 
precoce micro-macrocefalia. *No Brasil: curva 
padrão = OMS. 
Instrumentos utilizados na antropometria: 
o Balança de bebê: até 15-20kg ou <3 anos 
(Aristides disse até 2 anos) 
o Balança normal = > 3 anos (ou 2) 
o Estadiômetro (régua de medir bb)= até 
100cm ou <2 anos 
o Estadiômetro (metros na parede) = > 
100cm ou > 2 anos 
Há perda de 10% do peso após o nascimento 
(urina + mecônio + jejum); em geral, alcança o 
peso de nascimento por volta dos 10 dias de 
vida; 
Ganho ponderal estimado: 
o 1º mês: 30g/dia ‒ de 0-2 meses é a maior 
velocidade! 
o 1º trimestre: 700g/mês 
o 2º trimestre: 600g/mês 
o 3º trimestre: 500g/mês 
o 4º trimestre: 400g/mês 
o 5º mês: dobro do peso de nascimento; 
o 12º mês: triplo do peso de nascimento; 
o Após os 2 anos: ganho de 2kg/ano ‒ até 
os 8 anos; 
 
Fórmula de peso médio aprox (3-11 anos): 
Peso (Kg) = idade x 2 + 8 
- RN: estatura em torno de 50 cm; 
- 1º semestre: cresce em média 15cm; 
- 2º semestre: cresce em média 10 cm; 
- Fim do 1º ano: o crescimento corresponde a 
50% da estatura ao nascer; 
- 4 anos: estatura em torno de 1m; 
- 2-5 anos: 7cm/ano 
- 6-12 anos: 6cm/ano 
 
Fórmula de estatura média aprox (3-11 anos): 
Estatura (cm) = (idade ‒ 3) x 6 + 95 
Perímetro Cefálico (PC): Ao nascimento: média 
de 33‒35 cm. Deve ser aferido, acompanhado em 
curva e anotado em todas as consultas, até os 2 
anos. Mais útil para identificar anomalias 
cerebrais que avaliar o desenvolvimento. 
Crescimento da Cabeça / Aumento médio do PC: 
1º trimestre: 2cm/mês 
2º trimestre: 1cm/mês 
3º trimestre: 0,5cm/mês 
 
Média de 0,5cm/sem (0-2 meses) e 0,25 
cm/sem (2-6 meses). OBS: Nos primeiros 6 
meses: cresce 10 cm Até os 18 anos: cresce 
20cm 
 
Suturas e Fontanelas: 
Sutura Frontal: fechamento total 9-18 meses 
Sutura Lambdoidea: fechamento aos 2 meses 
Colocar todas as medidas no gráfico, 
comparando o paciente com crianças do mesmo 
sexo e idade, de acordo com o percentil 
encontrado; 
 
Peso insuficiente se: 
Æ <p3; 
Æ Velocidade de ganho < 20g/dia (0-3 
meses) e < 15g/dia (3-6 meses); 
Æ Desvio na curva, cruzando 2 percentis 
para baixo (saindo do “canal” de 
crescimento). 
Quando a linha que une os pontos assinalados 
no gráfico tende a horizontal o desce = 
desnutrição primária ou secundária a maior 
gasto calórico /estado hipermetabólico; 
Desnutrição recente: curvas de E e PC não se 
alteram ‒ se a alteração nutricional é 
prolongada, compromete a E; 
• Causas endócrinas: comprometimento da 
idade óssea (atraso > 3 anos) e na velocidade 
do crescimento 
Ectoscopia 
Impressão geral: estado geral, consciência, 
irritabilidade, postura e tônus, fáscies, 
proporcionalidade, presença de MF congênitas, 
atividade, estado nutricional; 
Pele e anexos: Cor, textura, turgor; Presença de 
rash, manchas e marcas congênitas, lesões; 
Anormalidades das unhas, cor, textura; 
Quantidade, textura, cor e distribuição dos 
cabelos; 
Mucosas: coloração, estado e hidratação; 
TCSC: presença, textura e turgor; 
Gânglios: presença de adenomegalias, 
localização, consistência, tamanho, dor, 
coalescência, aderência. 
Exame Segmentar 
1. Cabeça 
Æ Deformidades cranianas 
Plagiocefalia: fusão prematura da sutura 
coronal ou lambdóide: posicional! 
 
Braquicefalia: Fechamento precoce das suturas 
coronais: crânio curto no sentido anteroposterior 
 
Escafocefalia: Fechamento precoce da sutura 
sagital. 
o Aumento no sentido anteroposterior do 
crânio; 
o Fontanela anterior se encontra fechada; 
Microcefalia X Macrocefalia 
Além disso, deve-se observar se: 
o Lesões couro cabeludo, dermatites; 
o Bossa e céfalo-hematoma; 
o Simetria e aparência sindrômica da face; 
Olhos: Estrabismo; Secreção; Teste do reflexo 
vermelho; 
Orelhas: Mal-formações; Apêndices; 
Implantação; Resposta ao som: 
• Crianças < 6 meses = reflexo cócleo-
palpebral (piscar de olhos); 
• > 6 meses devem ser capazes de localizar o 
som. 
Boca: lábio, língua, gengiva, palato, dentes; 
Lesões, má-formações 
Nariz: RN “limpa” a narina com espirros; 
Obstrução nasal fisiológica; 
• Seios maxilares e etmoidais presentes 
mesmo no RN = irão aparecer em um 
exame de RX aos 4 anos de idade; 
• Seio esfenoidal ‒ formação aos 5 anos; 
• Seio frontal ‒ formação aos 7 anos; 
OBS: não se tem sinusite em crianças 
menores de 4 anos. 
 
2. Tórax: 
INSPEÇÃO: 
Æ Simetria 
Æ Expansão 
Æ Abaulamento 
Aferir perímetro torácico ‒ até 4 meses 
Ao nascer: PC é maior que PT até 2 cm; 
Após 2 ou 3 meses, esses valores se invertem. 
As costelas são flexíveis, apêndice xifóide 
visível; Hipertrofia mamária em ambos os sexos 
‒ secreção (transferência de hormônios - podem 
ir até o 1º ano de vida); 
Mamilos supranumerários ‒devem ser 
retirados antes da puberdade. 
a) Aparelho Respiratório: 
Æ FR, tiragem, sibilos, crepitantes, 
alteração do MV; 
Æ BAN, gemência, cianose; 
Æ Estridor. 
 
 
b) Aparelho Cardiovascular: 
FOCO AÓRTICO: Localizado no 2º EIC direito ‒ 
junto ao esterno. 
FOCO PULMONAR: Localizado no 2º EIC 
esquerdo ‒ próximo ao esterno. 
FOCO TRISCÚPIDE: Na parte baixa do esterno, 
junto à linha paraesternal esquerda. 
FOCO MITRAL OU APICAL: Localizado no 4º/5º 
EIC esquerdo ‒ distante do esterno / linha 
hemiclavicular. 
 
Ausculta Cardíaca: Ritmo, FC, sopros; 
PA: aparelho específico para idade X 
Circunferência braço; 
Pulsos: centrais e periféricos; 
TEC ‒ perfusão periférica. 
 
 
3. Abdome: 
Iniciar com ausculta de RHA; Iniciar com a 
palpação superficial; Palpar todos os 
quadrantes; Aprofundar gradativamente a 
palpação. 
 
COTO UMBILICAL: Cai em torno de 7-10 dias; 
Ferida ‒ exsuda um pouco e epiteliza-se em 
torno de 12 a 15 dias; Fica totalmente seco; 
Adquire a forma característica. 
 
Æ Distensão abdominal; 
Æ Circulação Colateral; 
Æ Hérnia umbilical | Gastrosquise e 
Onfalocele; 
Æ Palpação das lojas renais ‒ obrigatória nos 
RNs (Tumor de Wilms, hidronefrose); 
Palpação de fígado: Vindo do hipocôndrio D, 
vagarosamente com a ponta do dedo indicador; 
O fígado é palpável de 1 a 3 cm é normal em 
lactentes. OBS: fígado e baço palpáveis: 
solicitar hemograma para ver a presença de 
atipia linfocitária. 
Palpação de baço: Delicada; Realizada no 
quadrante superior esquerdo; Melhor palpado 
durante a inspiração;Apenas 5 a 10% das 
crianças normais tem baço palpável; Palpação 
deve ser feita com extremo cuidado pelo risco de 
ruptura. 
4. Genitália: 
masculina - Hidrocele, hérnia inguinal; Fimose, 
distopia testicular; Hipospádia e epispádia; 
Hiperemia, edema prepucial (balanopostites); 
feminina - Sinéquias, hímen imperfurado; 
Vulvovaginites inespecíficas (hiperemia, 
leucorreia); Hiperemia e exsudação da área de 
fraldas (dermatites); Intertrigo; Plicomas, lesões 
verrucosas, oxiuros; Estadiamento Puberal de 
Tanner; Mancha mongólica 
5. Extremidades 
Æ Lesões de pele | Piodermite 
Æ Edema(cacifo?) 
Æ Comprometimento Articular (artrite X 
artralgia) 
Æ Baqueteamento digital 
Æ Polidactilia, clinodactilia, pregas imiesca; 
Æ Encurtamento dos MMII 
Æ Pés planos | Pés tortos congênitos 
Æ Geno Varo e Valgum 
Reflexos de Ortolani e Barlow: 
 
6. Coluna Vertebral: Desvios: escoliose, cifose, 
cifoescoliose; Espinha bífida: defeitos 
relacionados com fatores genéticos e também 
por deficiência materna de ácido fólico e zinco, 
DMG e ingestão de álcool (principalmente no 1º 
trimestre gestacional); Meningocele; 
Mielomeningocele. 
 
Espinha Bífida Oculta: Fechamento incompleto 
da CV; Não envolve medula e suas estruturas 
adjacentes. Pode não ser percebida; não 
desenvolve problemas neurológicos ‒ mais 
comum entre L5/S1. Comum encontrar “tufos” 
de cabelo ou manchas escurecidas/ 
exantemáticas na região 
Meningocele: Forma mais leve ‒ a saliência da 
CV envolve apenas as estruturas que protegem 
a ME (a mesma permanece no interior das 
vértebras); É revestida por pele; Na maioria dos 
casos, não ocorre distúrbios neurológicos, pois a 
condução dos impulsos nervosos permanece 
inalterada. 
Mielomeningocele: Forma mais grave ‒ a 
saliência da CV contém todas as estruturas que 
protegem a ME e também parte dela; Não é 
revestida por pele (encontra-se aberta); Induz 
distúrbios neurológicos ‒ déficit na 
neurotransmissão dos impulsos nervosos. 
7. Orofaringe 
Æ Hiperemia, hipertrofia; 
Æ Exsudato, petéquias no palato, vesículas; 
 
 
8. Otoscopia - Como examinar: 
Æ Criança pequena: lóbulo da orelha para 
baixo e para trás. 
Æ Criança escolar: parte superior da orelha 
para cima e para trás 
Æ Somente a partir de 4 meses é possível 
enxergar os ossículos do martelo 
 
Aspecto da MT: hiperemia, abaulamento, 
opacidade, ruptura, otorréia.

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