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20220812084858-Gabarito Estudo Dirigido Regular 5 - Trabalho

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2ª FASE – 35º EXAME | TRABALHO 
 
GABARITO | ESTUDO DIRIGIDO REGULAR 5 
 
DIREITO DO TRABALHO 
1. FGTS: 
1.1. Qual o conceito de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)? 
Resposta: O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) consiste em recolhimentos pecuniários 
mensais realizados pelo empregador em uma conta específica aberta em nome do empregado junto 
à Caixa Econômica Federal, que é o agente operador do FGTS, de acordo com o disposto no artigo 4º 
da Lei nº 8.036/1990. 
 
1.2. É possível a penhora dos valores depositados nas contas vinculadas referentes aos depósitos do 
FGTS? 
Resposta: Conforme determinação do artigo 2º, §2º, da Lei nº 8.036/1990, as contas vinculadas do 
FGTS em nome dos trabalhadores são absolutamente impenhoráveis. 
 
1.3. Quais as hipóteses de saque do FGTS? 
Resposta: De acordo com o disposto no artigo 20 da Lei nº 8.036/1990, a conta vinculada do 
trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: 
1) despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; 
 
2) extinção do contrato de trabalho prevista no art. 484-A da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT); 
 
3) extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, 
supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições 
do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas 
ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da 
empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado; 
 
4) aposentadoria concedida pela Previdência Social; 
 
5) falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados 
 
 
perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na 
falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores 
previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, 
independente de inventário ou arrolamento; 
 
6) pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no 
âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que: 
a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma 
empresa ou em empresas diferentes; 
b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses; 
c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação; 
 
7) liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, 
observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento 
seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação; 
 
8) pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado de 
interesse social não construído, observadas as seguintes condições: 
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na 
mesma empresa ou empresas diferentes; 
b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH; 
 
9) quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos fora do regime do FGTS; 
 
10) extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei 
nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974; 
 
11) suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias, 
comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional; 
 
12) quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna; 
 
13) aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela 
Lei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50% do saldo existente e 
 
 
disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que 
exercer a opção; 
 
14) quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV; 
 
15) quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão 
de doença grave, nos termos do regulamento; 
 
16) quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos; 
 
17) necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto 
em regulamento, observadas as seguintes condições: 
a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do 
Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente 
reconhecidos pelo Governo Federal; 
b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a 
publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de 
estado de calamidade pública; 
c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento. 
 
18) integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do art. 5o desta 
Lei, permitida a utilização máxima de 30% do saldo existente e disponível na data em que exercer a 
opção; 
 
19) quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese para 
promoção de acessibilidade e de inclusão social; 
 
20) pagamento total ou parcial do preço de aquisição de imóveis da União inscritos em regime de 
ocupação ou aforamento, a que se referem o art. 4º da Lei nº 13.240, de 30 de dezembro de 2015, e 
o art. 16-A da Lei no 9.636, de 15 de maio de 1998, respectivamente, observadas as seguintes 
condições: 
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS, na 
mesma empresa ou em empresas diferentes; 
b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) 
 
 
ou ainda por intermédio de parcelamento efetuado pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), 
mediante a contratação da Caixa Econômica Federal como agente financeiro dos contratos de 
parcelamento; 
c) sejam observadas as demais regras e condições estabelecidas para uso do FGTS. 
 
21) anualmente, no mês de aniversário do trabalhador, por meio da aplicação dos valores constantes 
do Anexo desta Lei, observado o disposto no art. 20-D desta Lei; 
 
22) a qualquer tempo, quando seu saldo for inferior a R$ 80,00 (oitenta reais) e não houver ocorrido 
depósitos ou saques por, no mínimo, 1 (um) ano, exceto na hipótese prevista no inciso I do § 5º do 
art. 13 desta Lei; 
 
23) quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for, nos termos do regulamento, pessoa 
com doença rara, consideradas doenças raras aquelas assim reconhecidas pelo Ministério da Saúde, 
que apresentará, em seu sítio na internet, a relação atualizada dessas doenças. 
 
 
PROCESSO DO TRABALHO 
1. Execução Trabalhista: 
1.1. Qual legislação deverá ser aplicada de maneira subsidiária ao processo de execução trabalhista, 
no caso de lacuna na CLT? 
Resposta: Inicialmente, é válido destacar que o artigo 769 da CLT autoriza a aplicação subsidiária do 
Processo Comum ao Processo do Trabalho, desde que sejam preenchidos dois requisitos 
cumulativos, quais sejam: lacuna (omissão) na CLT e compatibilidade com os princípios e regras que 
regem o Processo do Trabalho. Entretanto, na fase de execução trabalhista, na hipótese de omissão 
da CLT, deverá ser aplicada a Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/80) antes do Código de Processo Civil, 
nos termos do artigo 889 da CLT. Para aplicação da Lei de Execução Fiscal, também deverão ser 
preenchidos os requisitos cumulativos mencionados acima. Por fim, é válido mencionar que, 
atualmente, em razão das recentes reformas promovidas no CPC, é muito comum a aplicação da 
legislação processual civil antes da Lei de Execução Fiscal. Isso porque, referidasreformas trouxeram 
dispositivos mais compatíveis com a ciência processual trabalhista e, principalmente, com os 
princípios da efetividade, da celeridade, da razoável duração do processo, da simplicidade, da 
oralidade e da informalidade. 
 
 
 
1.2. Quais são os títulos executivos judiciais trabalhistas? 
Resposta: Os títulos executivos judiciais possuem a sua origem, pelo próprio nome, no Poder 
Judiciário, o que significa dizer que são documentos criados por aquele poder e que permitem o 
ajuizamento do processo de execução, por conterem os três requisitos: certeza, liquidez e 
exigibilidade. Assim sendo, em síntese, são esses os títulos executivos judiciais trabalhistas (previstos 
no art. 876 da CLT): 
I) Sentença com trânsito em julgado, que embasará a execução definitiva; 
II) Sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo, que poderá embasar a 
execução provisória, se assim o requerer o credor. A ausência de efeito suspensivo é regra nos 
recursos trabalhistas (art. 899 da CLT); 
III) Sentença homologatória de acordo, que, segundo o artigo 831, parágrafo único, da CLT, mostra-
se irrecorrível para as partes, transitando em julgado no momento da homologação. Excepciona-se 
da regra da irrecorribilidade a Previdência Social, que poderá discordar do acordo, interpondo o 
recurso cabível. 
 
1.3. Quais são os títulos executivos extrajudiciais trabalhistas? 
Resposta: Consoante o artigo 876 da CLT, os títulos extrajudiciais trabalhistas são dois, a saber: 
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado perante o Ministério Público do Trabalho e o 
Termo de Conciliação firmado perante a Comissão de Conciliação Prévia, instituída pela Lei nº 
9.958/2000. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) está previsto na Lei nº 7.347/85 e consiste 
em um acordo firmado entre o Ministério Público do Trabalho e a empresa que está descumprindo 
as normas de proteção ao trabalho, no qual aquela afirma que se adequará as normas legais, em um 
prazo estipulado, sob pena de imposição de multas e execução judicial da obrigação. 
O TAC geralmente é formalizado para evitar-se o ajuizamento de ação civil pública, uma vez que o 
MPT verifica o descumprimento da lei e chama a empresa para se adequar aos padrões legais, 
impondo prazos, condições e multas. 
O descumprimento da obrigação imposta no TAC será objeto de processo de execução, por tratar-se 
de título executivo extrajudicial. Já o Termo de Conciliação da CCP, previsto nos artigos 625-A a 652-
H da CLT, se descumprido, será executado perante a Justiça do Trabalho. Tendo sido instituída a 
Comissão de Conciliação Prévia e sendo ela provocada (por opção do empregado, não mais por 
obrigação), será realizada a sessão de conciliação. Obtida a conciliação, será lavrado termo assinado 
pelo empregado, empregador e membros daquela, servindo de base ao processo de execução, 
conforme art. 625-E, parágrafo único da CLT. Ainda, o artigo 13 da IN nº 39 do TST autoriza a 
aplicação supletiva do artigo 784, I, do CPC, determinando que o cheque e a nota promissória 
 
 
emitidos em reconhecimento de dívida inequivocamente de natureza trabalhista também são títulos 
extrajudiciais para efeito de execução perante a Justiça do Trabalho, na forma do artigo 876 e 
seguintes da CLT. Finalmente, a doutrina aponta também para a caracterização, como título 
extrajudicial trabalhista, da certidão de inscrição na dívida ativa da União de multas aplicadas pelo 
Ministério do Trabalho, mas não adimplidas pelo empregador – já que, por força do disposto no art. 
114, VII, da CF/88, estas também são executadas pela Justiça do Trabalho.

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