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O papel do professor e do ensino na educação infantil:
a perspectiva de Vigotski, Leontiev e Elkonin
Juliana Campregher Pasqualini
O texto analisado aborda a questão de como a educação realizada nas escolas podem contribuir para o desenvolvimento infantil, com ênfase no papel do professor, sob a ótica de Vigostky, Leontiev e Elkoin., que discorrem como a literatura contemporânea vê a educação infantil e o seu aspecto "antiescolar" e sobre o viés histórico-cultural da psicologia sobre o ensino e o desenvolvimento infantil.
A questão principal era que a educação das crianças era percebida como capaz de treinar ou preparar os alunos para o ensino fundamental, e que quase não tinha significado próprio. Assim, as discussões sobre o papel da educação escolar para as crianças levaram a um consenso de que ele tinha a função de cuidar e educar, e não o ensino como objetivo e se limitando às relações educativas em um espaço de convivência coletiva.
A visão de Vygotsky de que o aspecto biológico não pode ser utilizado como a principal explicação para descrever o desenvolvimento infantil é amplamente corroborada por descobertas sobre comportamentos que desafiam a biologia e não são inerentes a influências sociais e culturais. Os autores Leontiev e Elkonin têm opiniões semelhantes sobre o assunto e que é essencial levar em consideração principalmente, a conexão de uma criança com o mundo e como ela difere de uma pessoa para outra.
Cultura, como definida por Vygotsky, é tudo o que foi criado pelo homem na natureza e que foi posteriormente transformado pelo homem em sua atividade humana. Assim, no processo de transformação do meio ambiente por meio de seu trabalho, o ser humano acaba transformando a conduta de seu comportamento e o domínio dessa conduta é inerente a natureza humana. Este domínio é simbolicamente definido pela significação, criação de signos, onde o principal deles, a linguagem, razão pela qual é de extrema importância na formação psicológica. Vygotsky e Leontiev concordam que uma habilidade exclusivamente humana é tipicamente adquirida pela criança após a introdução de sinais e comportamentos e não é transmitida biologicamente.
A apropriação cultural ocorre apenas trabalhando com outro indivíduo, sendo chamado de educação por Leontiev. Portanto, a educação não pode se basear no crescimento espontâneo de uma criança ou na hereditariedade das funções intelectuais superiores, mas na promoção de metas e signos para que elas se formem. A aprendizagem não precisa necessariamente ser sincronizada com o processo de desenvolvimento. Ela deve ser colocada em consonância com a zona de desenvolvimento potencial – ZDP, naquilo que ainda não está maduro, estando à frente e fomentando o desenvolvimento.
Na visão de Vygotsky, a imitação é uma das principais ferramentas para o desenvolvimento cognitivo e para o processo de ensino aprendizagem, mas em sua forma atual, a imitação é geralmente considerada como algo prejudicial no contexto da educação, pois é necessário que a criança compreenda o comportamento para que depois o imite, ficando assim confinada à sua capacidade intelectual.
Para Leontiev, para que a criança tenha o seu desenvolvimento global é necessário que o educador oriente a organize as funções psicológicas da criança, indo além de uma repetição mecânica das atividades. O professor assume o papel de mediador do processo de ensino aprendizagem, e a criança assume um papel mais ativo. Elkonin ressalta que o educador deve adequar os conteúdos de aprendizagem à cada estágio do desenvolvimento infantil, levando em conta a Zona de desenvolvimento de potencial de cada uma.
Em relação aos estágios de desenvolvimento, pode-se afirmar que eles não ocorrem de forma linear e quantitativa, mas também de forma qualitativa, as mudanças ocorrem quando a criança muda a sua forma de lidar com o meio em que está inserida. Nesse sentido, o professor deve preparar atividades que contemplem cada fase, como por exemplo, no primeiro ano de vida, o professor tem o domínio da linguagem e expõe a criança à esse signo, colaborando para o seu desenvolvimento cognitivo. Já as crianças de 3 a 6 anos, são estimuladas através dos jogos sociais, onde cada uma assume um papel diferente daqueles presentes em seu meio, então o professor deve explorar temas e atividades que contemplem esse desenvolvimento social, sem anular sua independência e criatividade.
Para os autores é imprescindível o papel consciente do professor no processo do desenvolvimento infantil, para que cheguem ao Ensino Fundamental bem-preparadas e prontas para uma nova etapa em suas vidas.

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