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5 M aterial p ara u so exclu sivo d os alu n os d a R ed e d e E n sin o D octu m . P roib id a a rep rod u ção e o com p artilh am en to d ig ital, sob as p en as d a lei. CULTURA SURDA E LIBRAS Introdução à Língua Brasileira de Sinais 1 6 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. CULTURA SURDA E LIBRAS 1.1 APRESENTAÇÃO DO CURSO E DAS ETAPAS DO APRENDIZADO Bem-vindo a Disciplina CULTURA SURDA E LIBRAS. Será um prazer estarmos juntos durante este semestre. Serão apresentados os objetivos pedagógicos, quais atividades se espera e breve ex- plicação como realizar, pontuação referente a atividade e os textos a serem lidos. A proposta de ensino tem como foco uma perspectiva de língua como fato social. Serão apre- sentadas informações referentes aos surdos e sua organização social, cultural e linguística. O objetivo é conhecer a gramatica da língua de sinais através das aulas, participação em fó- runs e atividades. É também ter compreensão e produção de sinais. Como prática, a conversação como exercício de compreensão e produção. Haverá atividades para fixar o conhecimento dos aspec- tos da língua. Nesse curso irá conhecer as teorias básicas de tradução e interpretação e suas noções. Compreender o processo de tradução e interpretação para mediação em contextos sociais. Ao fim do curso não só terá condições de entabular uma conversa em língua de sinais, como mediar breves diálogos entre surdos e ouvintes não usuários da Libras e ter um panorama a respeito das principais correntes teórico-metodológicas na educação dos surdos. Apresenta-se os conteúdos a serem estudados: 1. Introdução ao mundo viso espacial; 2. Mitos e verdades sobre a Língua Brasileira de Sinais; 3. Aprendendo a sinalizar, apontação, localização, nome visual, estabelecimento do olhar, pro- nomes; 4. Sinalizar com expressões não manuais; 5. Dactilologia, alfabeto manual, números cardinais, ordinais, quantidade, valores; 6. Parâmetros linguísticos, fonemas, morfemas; 7. Identidades e comunidades surdas; 8. Gramática de Libras, substantivos, verbos; 9. Linguagem, língua e fala; 10. Estatuto linguístico da Libras, aspectos fonológicos, morfológicos e sintáticos; 11. Classificadores nas línguas de sinais; 12. Tempo verbal na Língua Brasileira de Sinais; 13. Questões culturais e políticas, comunidades e identidades surdas; 14. Usuário, tradutor-intérprete de línguas de sinais; 7 M aterial p ara u so exclu sivo d os alu n os d a R ed e d e E n sin o D octu m . P roib id a a rep rod u ção e o com p artilh am en to d ig ital, sob as p en as d a lei. CULTURA SURDA E LIBRAS 15. Educação de surdos, políticas educacionais, história da educação de surdos no mundo, no Brasil e no Espírito Santo; 16. Principais correntes teórico-metodológicas na educação de surdos; 17. Bilinguismo e a Língua Brasileira de Sinais. Essa primeira unidade INTRODUÇÃO AO MUNDO VISOESPACIAL tem por objetivo: Compreender a Língua de Sinais e sua modalidade visoespacial; Entender a diferença entre as línguas orais de modalidade oral auditiva e as Línguas de Sinais. Desmistificar a língua de sinais. seguir vamos compreender o espaço de sinalização, o que caracteriza a Língua Brasileira de Sinais, bem como as demais línguas de sinais como línguas de modalidade visoespacial. LINGUAS ORAIS E LÍNGUAS DE SINAIS E MODALIDADES As línguas orais bem como as línguas de sinais são línguas naturais. Não foram criadas nem desenvolvidas por alguém ou um grupo objetivando a comunicação. Como línguas naturais seus usuários utilizam a modalidade que é a que naturalmente se adequa. Línguas orais utilizam a mo- dalidade oral e auditiva para a comunicação. As línguas de sinais utilizam para a comunicação a modalidade visual, espacial e motora. Ou seja, para “falar” utilizam o próprio corpo e o espaço à sua frente. Para “ouvir” utilizam os olhos. As línguas naturais estão associadas à nossa neurofisiologia onde ocorrem os processamentos das mesmas. Observe como GESSER (2014, P.12) aborda o assunto ao dizer que “A língua de sinais dos surdos é natural, pois evolui como parte de um grupo cultural do povo surdo”. 1.2 MITO, CONCEPÇÃO E DEFINIÇÕES DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Muitos consideram as línguas de sinais como sendo pantomima, mímica, gestos que substi- tuem cada palavra de uma língua oral. Assim pensando, acreditam que seja universal e limitada na comunicação. Se já pensou ou pensa assim, não está sozinho(a). Objetivando desmistificar a língua de sinais, orienta-se a ler o texto MITOS EM RELAÇÃO A LÍNGUA DE SINAIS . Sugere-se que leiam também QUADROS & KARNOPP (2004, P.31-37) que trazem as respostas 8 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. CULTURA SURDA E LIBRAS aos mitos na área da linguística. 1.3 LOCALIZAÇÃO ESPACIAL, ESTABELECIMENTO DO OLHAR E EXPRES- SÕES FACIAIS AFETIVAS Essa unidade MEU NOME VISUAL abordará a questão da localização espacial, estabelecimen- to do olhar e expressões faciais afetivas, e o batismo de um nome visual ou sinal característico. 1.4 APONTAÇÃO, LOCALIZAÇÃO ESPACIAL. Os objetivos dessa unidade são: Identificar pessoas através dos sinais e da localização espacial. Entender que o apontar e o uso do olhar é sinalizar em Libras. Compreender a importância do espaço ao sinalizar. Compreender o porquê do nome visual em uma língua viso espacial. A seguir vamos compreender o espaço de sinalização, o que caracteriza a Língua Brasileira de Sinais, bem como as demais línguas de sinais como línguas de modalidade visoespacial. 1.5 BATISMO DO SINAL PESSOAL A língua de sinais acontece em um espaço de sinalização que inclui o próprio corpo do emissor e o espaço que está à frente do seu corpo. Para começar a utilizar esse espaço, é necessário aprender os significados da apontação, ou apontar para alguém ou alguma coisa. Nesta unidade irá aprender que o simples apontar, na língua de sinais há regras quanto a esse ato, o que leva ao significado do sinal. Além desse ponto, haverá mais 03 outros, que serão aprendidos na unidade: o sinal para NOME, o que é nome visual e as expressões faciais afetivas. Leia com atenção o texto ESPAÇO DA PRODUÇÃO DE SINAIS para aprender o uso da aponta- ção, como sinalizar NOME e sobre expressões faciais. 9 M aterial p ara u so exclu sivo d os alu n os d a R ed e d e E n sin o D octu m . P roib id a a rep rod u ção e o com p artilh am en to d ig ital, sob as p en as d a lei. CULTURA SURDA E LIBRAS CONCLUSÃO Nessa unidade você pode tanto pelas videoaulas como também pelos textos sugeridos e ou- tros na bibliografia básica compreender que a língua brasileira de sinais é uma das línguas de sinais naturais cuja modalidade é visoespacial pois utiliza o corpo do emissor e o espaço a sua frente para falar a língua e a visão para “ouvir” estabelecendo assim a comunicação. Aprendeu que a forma como se aponta, olha, direciona muda o significado do apontar. Agora já sabe como dizer MEU NOME. Nas comunidades surdas cada um tem um nome visual e é possível que esteja pensando qual característica sua pode ser utilizada como NOME VISUAL. Brevemente foi-lhe explicado que as expressões faciais afetivas são naturais a todos que utili- zam uma língua oral. Contudo, na língua de sinais há expressões faciais gramaticais. Isso será abor- dado em outra unidade. BIBLIOGRAFIA BÁSICA GESSER, Audrei; LIBRAS? que língua é essa?. 1 ed. SAO PAULO: Parábola, 2014. Pp. 09-44. QUADROS, R. M. de & KARNOPP,L. Língua de sinais brasileira: estudos linguisticos. ARTMED, SÃO PAULO, 2004. Pp. 31-37 SANTOS, J.C.C. dos; Mitos em relação a língua de sinais. Texto base, 2017. SANTOS, J.C.C. dos; Espaço de produção de sinais. Texto base, 2017.
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