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UNIP – Universidade Paulista
Educação a Distância
Curso: Educação Física (Graduação Plena)
POLO: Praia Grande 
Turma:SEI_EF_0419
ESPORTE E DIVERSIDADE
Basquete em cadeira de rodas
SANTOS, DANIEL CHAGAS / RA 1960471
PRAIA GRANDE
2022
RELATÓRIO INICIAL DE TCC
1. TEMA GERAL
Esporte e Diversidade.
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
Basquete em cadeira de rodas.
3. INTRODUÇÃO
No momento em que vivemos, estamos frequentemente ouvindo sobre (e vivenciando) a Diversidade. Mas o que seria de fato Diversidade, e como podemos garanti-la como princípio e direito? Umas das características do esporte é proporcionar saúde, interação social, bem estar físico e mental, contribuindo para o desenvolvimento pleno de seus participantes. Neste trabalho, abordaremos uma visão do esporte, especificamente o Basquete em cadeira de rodas, como ação afirmativa para a Diversidade de pessoas com deficiência física, analisando as particularidades deste esporte, ressaltando sua importância para a qualidade de vida dos jogadores e defesa de seus direitos sociais. Para isso, realizamos um estudo de caso do tipo qualitativo, analisando, apresentando e discutindo o conteúdo obtido de livros e páginas da internet. Este trabalho se justifica por abordar um tema muito importante na atualidade, visando promover o desenvolvimento pleno de pessoas portadoras de deficiência física, bem como a cidadania e o respeito à Diversidade.
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Tópico 1: Diversidade Social e Cultural 
Para entendermos o que significa diversidade social e cultural, precisamos lembrar que o homem (nos referimos aqui à raça humana) é um ser social que precisa de outros seres da sua espécie para sobreviver. Desta forma, desde os primórdios da civilização, foram construídas instituições sociais de poder e domínio dos demais, definindo quem poderia participar ou não dos atos da vida social. Neste contexto, houve diferenciação e desigualdade dos chamados grupos minoritários. Perceba que o conceito de minorias sociais é um conceito político e cultural, pois todos somos diferentes uns dos outros, em menor ou maior grau.
Ressalta Miranda (2010, p. 5) que: “é importante notar que as chamadas ‘minorias’ referem-se a grupos que podem ser numericamente majoritários”.
De acordo com Gonçalves e Silva (2003), citado por Miranda (2010, p. 5), “essa designação indica os grupos em situação de minoria no que se refere ao poder e à influência nas decisões políticas, embora esses grupos sejam a maioria numérica da população”.
Conforme Miranda (2010, p. 5): “no Brasil, no contexto da década de 1980, a luta pela ampliação da participação política abriu espaço para a demanda por relações igualitárias e pelo direito às diferenças”.
No Brasil, os movimentos sociais foram (e são) muito importantes para difundir os conceitos de diversidade. O movimento social do final dos anos 1970, segundo Eder Sader (1988):
Era o novo sindicalismo, que se pretendeu independente do Estado e dos partidos, eram os novos movimentos de bairro, que se constituíram num processo de auto-organização, reivindicando direitos e não trocando favores como os do passado; era o surgimento de uma ‘nova sociedade’ em associações comunitárias onde a solidariedade e a auto-ajuda se contrapunham aos valores da sociedade inclusiva; eram os “novos movimentos sociais”, que politizavam espaços antes silenciados na esfera pública (apud MIRANDA, 2010, p. 5).
Os movimentos sociais passaram a exigir uma nova forma de fazer política. Assim, os setores populares, segundo Miguel Arroyo (1997), citado por Miranda (2010, p. 5), “Vão redefinindo a política clientelística. Pressionam por uma política de cidadania”.
Desta forma, os movimentos sociais exigiam igualdade de direitos para os grupos minoritários.
A ideia de igualdade foi baseada na Revolução Francesa de 1789, cujo lema era liberdade, igualdade e fraternidade. Entretanto, ao longo do processo sócio-histórico, essa teoria se mostrou insuficiente diante da complexidade da estrutura social, repleta de particularidades e vulnerabilidades produzidas historicamente (MIRANDA, 2010).
De acordo com Miranda (2010, p. 6): “cabe realçar a Declaração universal dos direitos humanos (1948) como um dos marcos da tentativa de concretizar a noção de igualdade”.
Conforme Flávia Piovesan (2005), citada por Miranda (2010, p. 6), “Esse sistema é integrado por tratados que ‘invocam o consenso internacional acerca de temas centrais dos direitos humanos, fixando parâmetros protetivos mínimos’”.
É neste contexto que falamos de direito à diferença (diversidade), pois, além de garantir direitos, é preciso especificar os sujeitos destes direitos.
Segundo Boaventura Sousa Santos (2003), citado por Miranda (2010, p. 6), “temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza”.
Portanto, falar em diversidade social e cultural engloba um conceito de que as pessoas são diferentes em termos de gênero, orientação sexual, classe social, raça e etnia, religião, entre outros aspectos. E são essas diferenças que fazem a sociedade ser tão rica.
As ações afirmativas constituem políticas de combate à discriminação e promoção da igualdade de oportunidade para todos. Estas ações têm duas características básicas: incidência sobre grupos tradicionalmente discriminados e vulneráveis no que se refere ao acesso a bens sociais, e reparação ou compensação histórica pela dominação mantida por uma estrutura social (MIRANDA, 2010).
As ações afirmativas promovem também a incorporação desses grupos minoritários à sociedade e seus bens, como por exemplo, a presença do esporte Basquete em cadeira de rodas nas quadras esportivas públicas e particulares. É uma forma de inclusão social, primando pela diversidade, respeito e cidadania.
Tópico 2: Pessoas com Deficiência Física
Brasil tem mais de 17 milhões de pessoas com deficiência, segundo IBGE 
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 8,4% da população brasileira acima de 2 anos – o que representa 17,3 milhões de pessoas – tem algum tipo de deficiência. Quase metade dessa parcela (49,4%) é de idosos. 
As informações fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, divulgada nesta quinta-feira (26). O levantamento, feito em parceria pelo Ministério da Saúde, traz informações sobre as condições de saúde da população brasileira.
Na faixa etária acima de 60 anos, a proporção é de uma a cada quatro pessoas com algum tipo de deficiência. Tendo como referência a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, assim como a Lei Brasileira de Inclusão, entendemos que a deficiência é um conceito em evolução e é composta pela interação de três dimensões principais: os impedimentos, as barreiras e as restrições de participação dessas pessoas quando comparamos com o restante da população. E à medida que a população vai envelhecendo, impedimentos vão surgindo, como, por exemplo, menor acuidade visual, auditiva ou motora. Isso explica o alto percentual de idosos com deficiência.
Perfil de quem tem deficiência no Brasil 
A pesquisa detalha que 7,8 milhões, ou 3,8% da população acima de dois anos, apresentam deficiência física nos membros inferiores, enquanto 2,7% das pessoas têm nos membros superiores. Já 3,4% dos brasileiros possuem deficiência visual; e 1,1%, deficiência auditiva. Já 1,2% – ou 2,5 milhões de brasileiros – tem deficiência intelectual.
Entre a população com algum tipo de deficiência, 10,5 milhões são mulheres (9,9%), frente a 6,7 milhões de homens (6,9%). Em relação ao local onde moram, 9,7% das pessoas estão em áreas rurais, enquanto 8,2% em zonas urbanas.
O estudo ainda detalha a proporção de pessoas com alguma deficiência entre as etnias: 9,7% eram pretas, 8,5% pardas e 8% brancas.
Esportes para pessoa com deficiência: conheça essa prática.
Esportes para pessoa com deficiência representam muito mais que saúde. Existem vários aspectos positivos, especialmente nos campos físico, psíquico e social. A atividadefísica melhora a condição cardiovascular e aprimora a força, a coordenação motora, a agilidade e o equilíbrio.
No âmbito psicológico, o esporte eleva a autoestima e a autoconfiança, tornando as pessoas mais seguras e otimistas para alcançar objetivos pessoais. Já no aspecto social, ter esse hábito ajuda a promover a socialização e a aceitação  aceitação.
Mobilidade Urbana para PCDs: 4 principais desafio enfrentados no cotidiano.
O direito de ir e vir faz parte das garantias fundamentais para qualquer pessoa. Contudo, por conta da precariedade da mobilidade urbana para PCDs, assegurar uma livre circulação a pessoas portadoras de deficiências ainda é um desafio. Um Mobilidade urbana para PCDs: 4 desafios enfrentados diariamente
dos principais problemas enfrentados é em relação a questões de acessibilidade para cadeirantes.
Calçadas estreitas e ausência de rampas de acesso são apenas algumas das adversidades enfrentadas diariamente por quem precisa se deslocar em uma cadeira de rodas. Todos esses obstáculos tornam a rotina desgastante, transformando tarefas simples em verdadeiros desafios.
A seguir, listei algumas das questões que precisam de atenção e, se resolvidas, podem tornar a vida dos cadeirantes muito mais fácil.
1. Dificuldade para entrar no transporte público
Utilizar o transporte público é um dos principais desafios enfrentados. Algumas cidades já têm frotas de ônibus adaptadas com rampas de acesso, elevadores e espaços específicos para que o cadeirante faça sua viagem de forma segura. Mas, ainda assim, esse sistema apresenta problemas.
Apesar de a acessibilidade ser um direito previsto em lei, é comum encontrarmos ônibus com elevadores quebrados e motoristas despreparados. Outro problema é a longa espera até que, enfim, surja um veículo adaptado e preparado para receber a pessoa com deficiência.
2. Calçadas estreitas
Calçadas irregulares, estreitas e obstruídas são mais uma questão recorrente que torna difícil a mobilidade urbana para PCDs. Muitos locais até contam com rampas de acesso e espaço para a cadeira de rodas circular, mas o cadeirante pode se deparar com um poste ou mesmo uma placa obstruindo a passagem no meio do percurso.
Além disso, é preciso que as calçadas sejam niveladas e facilitem a movimentação. As ruas de paralelepípedos, por exemplo, trazem problemas para o cadeirante devido à trepidação da cadeira. Como resultado, corre-se o risco de ocasionar quebras no material e até lesões na coluna da pessoa.
3. Perigo ao atravessar a rua
Se já é difícil para as pessoas sem deficiência atravessarem a rua no tempo disponibilizado pelos semáforos, imagina para um cadeirante, que muitas vezes encontra obstáculos na travessia.
Semáforos que abrem rápido demais, ruas esburacadas e a falta de rampas de acesso podem tornar o trajeto não só um processo desafiador, mas também muito perigoso para quem depende de uma cadeira de rodas.
4. Falta de empatia dos pedestres e motoristas
Por fim, o maior desafio talvez seja enfrentar o preconceito e a falta de empatia da sociedade em geral. Motoristas de transporte público despreparados, carros parados em frente às rampas de acesso ou nas vagas para deficientes e passageiros sem paciência para aguardar o embarque dos cadeirantes são só alguns exemplos das inúmeras dificuldades encontradas ao longo dos dias.
Vale ressaltar que os espaços devem se adequar aos portadores de deficiências — e não o contrário. É preciso mudar as políticas públicas para melhorar a mobilidade urbana para PCDs, possibilitando um deslocamento seguro e confortável. Mais do que isso, é necessário investir em programas de conscientização para alcançarmos uma comunidade empática e aberta aos problemas dos portadores de deficiência.
Tópico 3: Basquete em cadeira de rodas - BCR 
Hoje o Basquete em cadeira de rodas - BCR é um esporte paralímpico, mas para compreendermos este esporte e suas especificidades, é necessário sabermos em que contexto histórico ele foi criado. O período foi o pós Segunda Guerra, pois havia grande número de veteranos que voltaram da Guerra amputados. Segundo Hedrick et.al (1998):
A adaptação do basquetebol para a prática em cadeira de rodas aconteceu após a Segunda Guerra Mundial. Isto porque, antes deste período, o número de pessoas com deficiência que dependiam de cadeira de rodas era muito pequeno. Nesta época, quem sofria acidentes que lesasse a medula espinal não sobrevivia muito tempo. Os que sobreviviam, ficavam confinados em uma cama. Outros com má-formação congênita, mal saíam de casa, e com isso a sociedade ignorava estas pessoas (apud MELLO; WINCKLER, 2012, p. 75).
A primeira adaptação do basquete para o basquete em cadeira de rodas ocorreu na Inglaterra, no Hospital de Stoke Mandeville, em 1944, sendo usado de forma terapêutica, como parte da reabilitação física, psicológica e social do paciente. Já nos Estados Unidos da América, este esporte surgiu por meio das próprias pessoas com deficiência, que se reuniam em um hospital de reabilitação, e começaram a jogar. O professor Timothy L. Nuggent, que os ajudava, considerava o novo esporte como um desafio que as pessoas com deficiência deveriam enfrentar e vencer para crescer como pessoa e desenvolver sua própria identidade, uma vez que a deficiência não é necessariamente uma tragédia (MELLO; WINCKLER, 2012).
No Brasil, foi fundado em 1958 o Clube dos Paraplégicos de São Paulo. “Estava fundado então o primeiro clube de esportes voltado exclusivamente para pessoas com deficiência” (MELLO; WINCKLER, 2012, p. 75).
As regras do basquete em cadeira de rodas são estabelecidas pela IWBF (International Wheelchair Basketball Federation) e são similares as regras do “Basquetebol andante” estabelecidas pela FIBA (Federação Internacional de Basquetebol) (MELLO; WINCKLER, 2012).
REGRAS DO BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS 
As regras do basquete em cadeira de rodas são muito semelhantes às do jogo de basquete tradicional. São feitas apenas algumas modificações que levam em consideração a cadeira de rodas, a mecânica da sua locomoção e a necessidade de se jogar sentado.
REGRAS GERAIS
Como no basquete tradicional são cinco jogadores em cada uma das equipes, com dois períodos de 20 minutos, usando 30 segundos de posse de bola. No caso de empate no fim do segundo período, uma prorrogação de 5 minutos será usada para o desempate.
A QUADRA
A quadra de jogo deve ter as dimensões de 28 m x 15 m, medidas estas que são requeridas para competições da IWBF. A quadra deve ser delimitada por linhas, sendo que as linhas de lance livre e de três pontos são de acordo com as regras da FIBA. A altura da cesta é a mesma do basquete tradicional (3,05m).
A CADEIRA DE RODAS
A cadeira deve se adequar a certos padrões para garantir segurança e competitividade.
A cadeira pode ter 3 ou 4 rodas, sendo duas rodas grandes na parte traseira e uma ou duas na parte frontal. Os pneus traseiros devem ter o diâmetro máximo de 66 cm e deve haver um suporte para as mãos em cada roda traseira. A altura máxima do assento não pode exceder 53cm do chão e o apoio para os pés não poderá ter mais que 11cm a partir do chão, quando as rodas dianteiras estiverem direcionadas para frente. A parte de baixo dos apoios devem ser apropriados para evitar danos à superfície da quadra.
O jogador poderá usar uma almofada de material flexível no assento da cadeira. Ela deverá ter as mesmas dimensões do assento e não poderá ter mais de 10cm de espessura, exceto para jogadores de classe 3.5, 4.0 e 4.5, onde a espessura deverá ser de no máximo 5 cm.
Os jogadores podem usar faixas e suportes que o fixem na cadeira ou faixas para prender as pernas juntas. Aparelhos ortopédicos e protéticos podem ser usados. O cartão de classificação dos jogadores deve informar o uso de próteses e afins e indicar todas as adaptações na posição do jogador na cadeira.
Pneus pretos, aparelhos de direção e freios são proibidos. Os árbitros devem checar as cadeiras dos jogadores no início do jogo, para que conferir se estas cadeiras estão de acordo com as normas estabelecidas.
SISTEMA DECLASSIFICAÇÃO DE JOGADORES
O basquete em cadeira de rodas é um jogo para pessoas com deficiências permanentes nos membros inferiores. O sistema classifica os jogadores baseado na observação de seus movimentos durante uma performance de habilidades de basquete como: empurrar a cadeira, driblar, passar, receber, arremessar e pegar rebotes. As classes são: 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0, 3.5, 4.0 e 4.5. A cada jogador é atribuído um valor em pontos igual à sua classificação.
Os pontos dos cinco jogadores são somados para formar um time que alcance um determinado total de pontos. Para os Campeonatos Mundiais da IWBF, competições para olímpicas, campeonatos locais e torneios classificatórios para esses eventos o time não pode exceder a 14 pontos.
Cada jogador possui um cartão de classificação que deve ser usado durante o jogo. O cartão mostra a classificação do jogador, indicando também quaisquer modificações no seu assento e o uso de faixas ou aparelhos protéticos e ortopédicos.
BOLA AO ALTO
Cada período começa com a decisão da posse de bola (Bola ao Alto). O jogador não pode se levantar da cadeira (falta técnica). Portanto, os jogadores com o acento mais alto são beneficiados.
No caso de uma “bola presa”, onde o jogador tem as duas mãos na bola durante a partida, cada equipe tem a posse de bola em lateral alternadamente. A direção da próxima posse em decorrência de uma “bola presa” é indicada por uma seta na mesa de controle.
VIOLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS
Violações são infrações às regras, onde a equipe que a comete perde a posse de bola para a outra time, através da cobrança de lateral no ponto mais próximo ao local da infração.
1. Violações fora da quadra
Um jogador está fora da quadra quando alguma parte de sua cadeira está em contato com a linha limítrofe ou fora dos limites da quadra. Se um jogador jogar a bola em um oponente para que ela saia da quadra propositadamente o oponente ficará com a posse de bola.
2. Regra de Progressão
O jogador pode empurrar a cadeira por no máximo duas vezes antes de driblar, passar ou lançar a bola. Três empurrões em movimento, incluindo um pivô, constituem uma violação de progressão.
3. Regra dos 3 Segundos
Um jogador não pode permanecer por mais de três segundos na área restritiva do oponente. Essa restrição não se aplica enquanto a bola está no ar durante um lance para a cesta, durante um rebote ou uma bola morta. Jogadores que permanecerem na área restrita por mais de três segundos cometem uma violação.
4. Regra dos 5 e 10 segundos
Um jogador marcado de perto que está segurando a bola deve passar, lançar ou driblar em 5 segundos.
Uma equipe deve trazer a bola da sua área de defesa para a área de ataque em 10 segundos. Demorar mais que isso nesses eventos resulta em uma violação.
5. Faltas
Faltas são infrações às regras envolvendo contato físico com o oponente e/ou comportamento antidesportivo. A falta é marcada contra o ofensor e a penalidade pode ser a perda da posse de bola, lance livre ou séries de três lances, dependendo da natureza das faltas.
O jogador que cometer 5 faltas durante a partida, após o terminando esse estoque de faltas o jogador deve se retirar do jogo.
6. Falta Pessoal
O basquete em cadeira de rodas é um esporte sem contato. Uma falta pessoal é aplicada ao jogador quando ele bloqueia, segura, puxa ou impede o progresso do oponente com seu corpo ou com a cadeira. Rudez desnecessária também é punida como falta pessoal.
Para todas essas faltas, a cadeira é considerada como parte do jogador, e o contato não acidental entre cadeiras também constitui falta.
7. Falta Técnica
A falta técnica é aplicada quando um jogador demostra conduta antidesportiva, quando se levanta do acento da cadeira ou retira seus pés do apoio ou usa alguma parte de seus membros inferiores para obter vantagem desleal ou direcionar sua cadeira.
Quando uma falta técnica é marcada, o oponente tem direito a dois lances livres. O arremessador é designado pelo capitão da equipe.
Segundo Mello; Winckle (2012, p. 79):
Mesmo considerando o fato de alguns desses atletas serem cadeirantes, há a necessidade de treinamento para adaptação à cadeira de jogo, pelo fato desta ser mais ágil e rápida do que a cadeira de rodas utilizada como meio de locomoção para as suas atividades de vida diária (AVD) e atividades de vida prática (AVP). Além disto, existem atletas que usam muletas ou próteses para a sua locomoção, necessitando, também, de treinamento para adaptação à cadeira de rodas.
“Importante ressaltar que a classificação funcional não leva em consideração a habilidade eu talento do atleta” (MELLO; WINCKLER, 2012, p. 80).
Embora culturalmente nós estejamos acostumados a pensar a pessoa com deficiência como uma pessoa com habilidades inferiores, o Basquete em cadeira de rodas nos mostra que deficiência não é um fator limitante para execução técnica dos fundamentos deste esporte. De acordo com Freitas (1997):
O BCR é extremamente dinâmico, e necessita de capacidades motoras condicionantes como resistência aeróbia, anaeróbia, resistência e potência muscular, capacidades motoras coordenativas como equilíbrio, agilidade e destreza, além de fatores cognitivos que possam tornar um atleta com maior ou menor capacidade para fazer a “leitura” do jogo, cumprir suas funções táticas e ter a capacidade de improviso em situações de adversidade. O BCR, como ocorre em toda a modalidade esportiva coletiva, necessita do trabalho e do espírito de equipe. Mas, acima de tudo, o BCR necessita em cada jogo de um altíssimo grau de integração sensório-motora (apud MELLO; WINCKLER, 2012, p. 80).
Tópico 4: Direitos das Pessoas com Deficiência e a Importância do Esporte (incompleto)
O esporte promove relações sociais entre indivíduos, e pode fazer parte de políticas públicas de saúde e melhoria de vida das pessoas (MARQUES; GUTIERREZ, 2014). Desta forma, também vislumbramos a possibilidade de criar ações afirmativas de diversidade por meio do esporte, como no caso do Basquete em cadeira de rodas. Sua promoção e divulgação integram pessoas com deficiência física à sociedade e seus bens.
Explica Marques; Gutierrez (2014) que o esporte está intimamente ligado às necessidades, limites e possibilidades de quem os pratica, sendo o esporte paralímpico uma destas manifestações.
Assim, tem-se que as formas de manifestação do esporte, nos dias de hoje, podem assumir sentidos ligados às necessidades perspectivas, objetivos, limites e possibilidades dos sujeitos que com ele se relacionam, e uma dessas manifestações é o esporte paralímpico, um braço do esporte adaptado para pessoas com deficiência (MARQUES; GUTIERREZ, 2014, p. 10).
Vimos que o Basquete em cadeira de rodas é um esporte paralímpico. Achamos bastante importante ressaltar o conceito filosófico de paralimpismo, pois vai ao encontro dos objetivos das ações afirmativas para diversidade e bem estar de pessoas portadoras de deficiência. Conforme Howe (2008):
O paralipismo é uma filosofia de vida que envolve a mente, corpo e espírito. Por combinar esporte com educação, acaba por nortear um modo de vida de pessoas com deficiência baseado no esforço, bons exemplos e respeito à ética. Os ideais do paralimpismo compreendem a promoção e desenvolvimento tanto do “esporte para todos”, quando do “esporte de elite”. Apesar de cada um deles apresentar diferenças filosóficas, de finalidade e objetivos fundamentais, eles se complementam e agregam educação, experiência, valores, tradições e fair play, rumo à realização individual, social, cultural e econômica (apud MARQUES; GUTIERREZ, 2014, p. 10).
Tópico 5: Conclusão (incompleto)
As quadras poliesportivas públicas e particulares se transformam em espaços de expressão e atuação da Diversidade quando promovem a realização do Basquete em cadeira de rodas e outros esportes adaptados às pessoas com deficiência. Essa prática melhora a qualidade de vida destas pessoas, garante-lhes o direito à vida em sociedade, combate o preconceito e contribui para a cidadania transmitindo valores morais.
Depois de realizar essapesquisa de pra notar, o quanto necessitamos de investimento, público e privado no esporte, tanto no basquete 
5. MATERIAIS DE LEITURA:
MIRANDA, Shirley Aparecida de. Diversidade e Ações Afirmativas: combatendo as desigualdades sociais. Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2010. (Série Cadernos da Diversidade).
MELLO, Marco Túlio de; WINCKLER, Ciro. Esporte Paralímpico. São Paulo : Ed. Atheneu, 2012. 
MARQUES, Renato Francisco Rodrigues; GUTIERREZ, Gustavo Luis. O Esporte Paralímpico no Brasil: Profissionalismo, administração e classificação de atletas. São Paulo : Phorte Editora, 2014.
SALLES, Raquel Bellini. et al. Direito, Vulnerabilidade e Pessoa com Deficiência. Rio de Janeiro : Editora Processo, 2019.
https://www.cbbc.org.br/ . Acesso em 21 out.
https://iwbf.org/wp-content/uploads/2020/06/Regras-Oficiais-IWBF-2018-PT-BRASIL-final-small.pdf . Acesso em 21 out.

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