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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
FISIOTERAPIA
ANA PAULA GOMES VIANA FALCÃO
VANESSA VANDERLEI DA SILVA
Politraumatismo e a Atuação Fisioterapêutica
Rio de Janeiro
2022
ANA PAULA GOMES VIANA FALCÃO
VANESSA VANDERLEI DA SILVA
Politraumatismo e a Atuação Fisioterapêutica
 Rio de Janeiro
 2022
 SUMÁRIO
 
1. Introdução
2. Desenvolvimento 
3. Desafios
4. Conclusão
5. Referências 
INTRODUÇÃO
Este presente trabalho tem como objetivo responder desafios a partir de uma situação geradora de aprendizagem onde um fisioterapeuta responsável por um time de futebol feminino júnior, observa o fato em que houve aumento na prevalência de rupturas do ligamento cruzado anterior (LCA) nas atletas e optou por introduzir uma estratégia de prevenção de lesão antes do início da próxima jornada de jogos. Ao avaliar as atletas, percebeu que uma das jogadoras em específico, de 14 anos, canhota, apresentava um joelho recurvado bilateral de 10° e também arcos plantares mais planos, isto é, reduzidos. Na avaliação da marcha dinâmica apresentava algo evidente em ambos os membros inferiores, principalmente nas manobras de aterrissagem e dribles. Ao ser solicitada a realizar a aterrissagem com apenas um membro inferior, apresentou flexão lateral de tronco para a direita. Dentro dos antecedentes pessoais e familiares temos: relatava estirão de crescimento recente, irmão com ruptura de LCA aos 15 anos. 
DESENVOLVIMENTO
Desafio 1- Eventos da história do atleta importantes para identificar o risco de lesões de LCA?
O Ligamento cruzado anterior (LCA) é um ligamento importante e um dos mais estudados do joelho, principalmente na modalidade esportiva em questão. É uma estrutura fibrosa situada na região interna do joelho que nasce na região lateral do fêmur, uma área denominada de "intercôndilo", descendo até a tíbia, em uma área denominada de espinha da tíbia e funciona como estabilizador em todos os movimentos de rotação e translação do joelho, mas a sua principal função estabilizadora consiste em prevenir a translação anterior da tíbia em relação ao fémur. E além disso se configura também como um opositor à rotação interna e externa da tíbia em relação ao fémur, especialmente na extensão do joelho, e delimita a deformação em valgo e varo quando em extensão.
O futebol do ponto de vista biomecânico é composto por gestos motores que apresentam instabilidade articular, especialmente dos membros inferiores.O chute, o salto para um cabeceio, a corrida, uma disputa de bola, todos esses movimentos dentre os milhares que existem neste esporte apresentam uma complexidade de sistemas corporais interagindo simultaneamente para que o corpo possa melhor executá-lo sem grandes perturbações e com extrema precisão. Nesse contexto, os riscos no LCA podem acontecer de várias maneiras, como por exemplo: Mudança rápida de direção, parar de uma vez, reduzir a velocidade durante uma corrida, apoiar os pés incorretamente depois de um salto ou até contato direto ou colisão, como um desarme no futebol.
Um fato relevante a ser observado nos eventos da história do atleta importantes para identificar o risco de lesões de LCA são as leituras sobre a frequência de ocorrência da lesão avaliada no quadro de atletas da amostra abordada e da literatura pertinente ao tema pois diversos estudos demonstraram que atletas do sexo feminino têm maior tendência de incidência de lesões do LCA do que os do sexo masculino em determinados esportes. E que as explicações propostas sugerem que essa disparidade seja por conta das diferenças no condicionamento físico, na força muscular e no controle neuromuscular. Outras causas sugeridas incluem diferenças no alinhamento da pelve com o membro inferior (perna), maior frouxidão dos ligamentos e efeitos do estrógeno nas propriedades dos ligamentos. Por isso, dado todo esse conhecimento e informação é possível pensar em algumas possibilidades protocolares para a prevenção desse risco.
Desafio 2 – Itens/achados avaliativos a serem considerados na construção do diagnóstico cinético funcional
A avaliação cinético-funcional é uma etapa importante do atendimento de fisioterapia. É neste momento que o paciente é avaliado profissional onde é feito uma avaliação da condição clínica das articulações, tendões e músculos para verificar se o indivíduo pode aplicar força ou se necessita passar por algum tipo de tratamento antes que tenha condições para tal. Observa-se também se há boa predisposição para a recuperação, entre outras informações, para que por fim, prescrever dentro das ferramentas que a fisioterapia possui, qual o melhor protocolo de tratamento para o indivíduo em específico.
 No caso observado a atleta apresenta vários itens que precisam da devida atenção como o joelho recurvado bilateral de 10° e também arcos plantares mais planos, apresentação de valgo evidente em ambos os membros inferiores após a avaliação da marcha dinâmica em especial nas manobras de aterrissagem e dribles, apresentação de flexão lateral de tronco para a direita ao ser solicitada a realizar a aterrissagem com apenas um membro inferior e dentro dos antecedentes pessoais e familiares observa-se estirão de crescimento recente por relato e irmão com ruptura de LCA aos 15 anos são fatos muito relevantes para o início da investigação do problema para a elaboração do melhor protocolo de tratamento.
Desafio 3 – Os objetivos fisioterapêuticos no caso 
Os objetivos fisioterapêuticos nesse caso são antes de tudo é investigar se o problema em questão é estrutural (congênito) ou funcional pois em caso de problemas congênitos não há correção a ser feita, a menos que haja problemas que ocasionam a impossibilidade da qualidade de vida da paciente em questão como dores, por exemplo, que nessa possibilidade haja viabilidade de correção por cirurgia. Caso o problema seja notadamente funcional o objetivo seja certamente tonificar a musculatura pertinente com exercícios a fim de evitar a lesão.
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Desafio 4 – Intervenções fisioterapêuticas efetivas para prevenir lesões de LCA
No que se refere especificamente às lesões do joelho na atividade analisada, parecem existir evidências de que o treino proprioceptivo e o treino neuromuscular podem prevenir o surgimento desse tipo de lesões Tal fato obriga a necessidade de se implementarem programas específicos de condicionamento, educação e treino dedicados à prevenção de lesões do LCA, promovendo maior controle corporal durante a atividade desportiva. 
Dessa forma, o treino neuromuscular e o treino proprioceptivo se mostram como excelentes ferramentas para intervenções fisioterapêuticas para prevenir lesões de LCA. Essa primeira visa o aumento das respostas motoras involuntárias através da simulação de sinais aferentes e dos mecanismos centrais responsáveis pelo controle articular dinâmico. Tem como objetivos a melhoria da habilidade do sistema nervoso para gerar padrões rápidos e ideais de resposta muscular, aumento da estabilidade articular, diminuição das forças articulares e recuperação de padrões de movimento e capacidades. 
Já o treino proprioceptivo se relaciona às informações e mecanismos que contribuem para o controle da postura, estabilidade articular e para diversas sensações conscientes. As estruturas basais dessa capacidade designam-se por proprioceptivo e desempenham um papel determinante na capacidade de o atleta efectuar de forma segura, eficiente e tecnicamente ajustada os diferentes gestos desportivos.
Desafio 5 – Pontos que o fisioterapeuta deve se atentar numa prática clínica do ponto de vista ético
Do ponto de vista ético o fisioterapeuta deve sempre estar de acordo com o órgão regulamentador da profissão que, em específico é o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO. Tem que ter compromisso com o entendimento docomportamento humano e a relevância da relação entre corpo e mente na qualidade de vida dos indivíduos. 
Deve por exemplo assumir responsabilidade técnica por serviço de Fisioterapia, em caráter de urgência, quando designado ou quando for o único profissional do setor, atendendo a Resolução específica; Exercer sua atividade com zelo, probidade e decoro e obedecer aos preceitos da ética profissional, da moral, do civismo e das leis em vigor, preservando a honra, o prestígio e as tradições de sua profissão; Utilizar todos os conhecimentos técnico-científicos a seu alcance e aprimorá-los contínua e permanentemente, para promover a saúde e prevenir condições que impliquem em perda da qualidade da vida do ser humano; entre outros.
CONCLUSÃO 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
A IMPORTÂNCIA do diagnóstico em fisioterapia. Fisiofocus. [S.I.], 25 de mai. de 2017. Disponível em:< https://www.fisiofocus.com/pt/articulo/la-importancia-del-diagnostico-en- fisioterapia>. Acesso em: 25 out. 2022.
BRITO, J. et al. Prevenção de Lesões do Ligamento Cruzado Anterior em Futebolistas.Revista Brasileira de Medicina do Esporte – Vol. 15, No 1 – Jan/Fev, 2009.
COSTA, R. S. C. et al. Diagnóstico Clínico x Diagnóstico Cinesiológico funcional. Revista de Trabalhos Acadêmicos. Universo Recife, vol. 3, n. 3, 2016. Disponível em:< http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1UNICARECIFE2&page=article&op=view Article&path%5B%5D=3014#:~:text=O%20diagn%C3%B3stico%20cl%C3%ADnico%20% C3%A9%20um,dispon%C3%ADveis%20de%20v%C3%A1rias%20patologias%20existentes.> Acesso em: 25 out. 2022.
SANTOS, João Paulo Manfré dos.Cinesioterapia aplicada. Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 176 p.

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