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AULA 15 - Avaliação clínica das lesões elementares de pele e aspectos semiológicos dos exantemas

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HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 As lesões elementares de pele representam a reação cutânea 
as agressões que a pele é submetida. 
 LESÕES PRIMÁRIAS 
 Alteração de cor: 
 Eritema: Mancha avermelhada, 
desaparece temporariamente 
quando submetido pela pressão 
exercida, com dedo (digito-
pressão) ou lâmina de vidro, 
(vitro-pressão) 
 Exantema: Eritema generalizado, em geral agudo efêmero, 
são adjetivados de acordo com doença a que se 
assemelham. 
 
 Enantema: é uma lesão eritematosa das mucosas. 
 Purpura: provocada pelo 
extravasamento de 
glóbulos vermelhos na 
derme, não desaparece a 
digito-pressão ou vitro-
pressão = Petequeia: 
puntifor/Equimose: 
maiores dimensões. 
 Mancha vascular: resulta do aumento número de vasos 
das células endotellais ou alteração de diâmetro desses 
vasos = Mancha angiomatosa. 
 Teleangiectasia: Dilatação permanente, não pulsátil dos 
capilares dérmicos. 
 Leucodermia: diminuição da cor normal da pele = lesão 
acromica (pigmento melânico ausente) ou hipocrômica 
(reduzido). 
 
 Hipercromia: aumento da cor da pele. 
 Formações sólidas: 
 Pápula: elevação sólida, acima da superfície da pele normal 
de até 1cm de diâmetro. 
 
 Nódulo: elevação sólida, de diâmetro superior a 1cm, maior 
porção se encontra abaixo da superfície da epiderme. 
 
 Placa: lesão elevada em platô maior que 2cm. 
 
 Urtica: pápula ou placa eritematosa. Pode apresentar 
eritema discreto ou até branqueamento quando o edema 
é intenso = lesão clássica da urticaria. 
 Formações liquidas: 
 Vesícula: lesão de conteúdo líquido de até 1cm. Pode ser 
seroso, hemático, pústula (pus). 
 
 Bolha: lesão de conteúdo com diâmetro superior a 1cm. 
 Abscesso: coleção purulenta da pele e tecidos vizinhos. 
Pode ser elevada ou plana. 
 Hematoma: coleção sanguinolenta da pele e tecidos 
vizinhos. 
 LESÕES SECUNDÁRIAS 
 Escama: resulta do desprendimento excessivo de lâminas da 
camada córnea. Exemplo: furfuracia (fina e solta como farinha). 
 
 
 
Avaliação clínica das lesões elementares de pele 
 HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 Crosta: lesão resultante do ressecamento de exsudato 
purulento, hemorrágico ou seroso. Exemplo: impetigo. 
 
 Úlcera: lesão por solução de continuidade profunda. Perda focal 
da derme e epiderme. 
 
 Fissura: erosão ou ulceração de formato linear. 
 Escoriação: escavação superficial da epiderme, puntiforme ou 
linear, secundário a coçadura de lesão. 
 Cicatriz: formação anormal de tecido conjuntivo secundário a 
trauma dérmico. Pode ser hipertrófica (queloide = se estende 
além da lesão), atrófica ou eutrófica. 
 
 Alterações de espessura ou consistência: 
 Atrofia: depressão da pele. 
 
 Ceratose: espessamento por aumento da camada córnea. 
 Liquenificação: produzida por escoriação constante de 
lesão. 
 Essas duas últimas são típicas de dermatite atópica. 
 Formato das lesões: 
 Lesões discoides: em forma de disco (lúpus). 
 Numular: em forma de moeda. 
 Espiralada. 
 Geográfica: contorno irregular. 
 Puntiforme. 
 Serpenginosa. 
 Quanto à extensão: localizada ou generalizada. 
 
 
 VARICELA 
 ETIOLOGIA: Vírus Varicela Zoster 
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 10-21 dias. 
 CONTÁGIO: secreção respiratória ou líquido das vesículas. 
 INFECÇÃO: confere imunidade permanente. 
 CLÍNICA: inicia com lesões maculopapulares principalmente na 
face e tronco. Após horas, lesões evoluem para vesículas e 
pústulas, e posteriormente, crosta. Pode ter lesões em todo 
corpo, mas a distribuição é centrípeta. 
 Os diferentes estágios evolutivos das lesões acontecem 
simultaneamente. 
 Polimorfismo = pápulas, vesículas, pústulas e crostas. 
 Febre moderada, prurido, cefaleia, anorexia e dor de 
garganta (lesões em mucosa). 
 Evolui para cura em média até uma semana. 
 
Aspectos semiológicos dos exantemas 
 Mancha cutânea de funda vascular e causa infecciosa, alérgica 
ou toxica. 
 Manifesta-se nas seguintes formas: 
 Mácula; 
 Pápula; 
 Vesícula; 
 Pústula; 
 Crostas; 
 Sufusões hemorrágicas. 
 Enantema. 
 MACULOPAPULARES 
 Lesões evoluem até a fase de pápula; 
 Exemplos: sarampo, rubéola. 
 Escarlatina, eritema infeccioso, exantema súbito, monocucleoso 
infecciosa. 
 
 
 
 HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
 Morbiliforme: constituído por pápulas maiores, tamanho 
variável, contorno pouco regular, cor avermelhada, com pele sã 
de permeio, podendo confluir. Típico do sarampo. Pode estar 
presente na rubéola, exantema súbito, coxsackie viroses, 
reações medicamentosas. 
 Escarlatiniforme: áreas extensas de vermelhidão difusa, sem 
solução de continuidade poupando a região perioral. Ao tato 
sensação de lixa. Típico da escarlatina. 
 Rubeoliforme: assemelha ao morbiliforme, porém pápulas pouco 
menores, coloração rósea. Rubéola, coxsackieviroses, 
adenovírus e outros. 
 Urticariforme: erupção eritematosa, pápula de localização 
variável, contorno irregular. As vezes placas mais elevadas. 
Observado em ater medicamentosas, alimentares, 
coxsakieyroses. 
 PAPULOVESICULARES 
 Lesões evoluem até fase de crosta. 
 Exemplo: varicela, herpes zoster, enteroviroses. 
 
 EXANTEMA PETEQUIAL OU PURPURICO 
 Alterações alterações vasculares com ou sem distúrbios de 
plaquetas e de coagulação. 
 Pode estar associado a infecções graves como 
meningococcemia, septicemias bacterianas, febre purpúrica 
brasileira e febre maculosa. 
 Presente também em outras infecções como citomegalovirose, 
rubéola, enteroviroses, sífilis, dengue e em reações por drogas. 
 DIAGNÓSTICO 
 Anamnese: 
 Investigar tipo de lesões e localização e evolução; 
 Dados epidemiológicos positivos para doenças exantemáticas; 
 Imunizações; 
 Prodromos: sinais catarrais e sinal de Koplic (Sarampo), 
adenopatia com localização sugestiva (rubéola) 
 Amigdalite e vômitos (escarlatina); 
 Evolução da curva térmica; 
 História de doenças exantemática previas. 
 Exame físico: 
 Exantema, tipo, característica, morfológicas, topográficas e 
evolutivas. 
 Associação com adenopatias e hepatoesplenomegalias; 
 Avaliar comprometimento estado geral. 
 SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA 
 ETIOLOGIA: Vírus coxsackie; 
 TRANSMISSÃO: fecal-oral e respiratória; 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Febre, dor de garganta e recusa 
alimentar, secundária a lesões vesiculares em mucosa oral, 
língua e erupção papulovesiculares em mãos e pés, incluindo 
palma e planta. São ovaladas, semelhantes a grãos de arroz, e 
podem ocorrer lesões em área perioral e menos frequente em 
nadegas, região genital, cotovelos e extremidades. 
 Descamação de mãos e pés podem ocorrem após 2-3 
semanas.

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