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Causas: placenta prévia e descolamento prematuro da placenta SANGRAMENTO DE SEGUNDA METADE · Placenta prévia: situada totalmente ou parcialmente no segmento inferior do colo do útero, recobre ele como um todo e é impossível do bebê passar pela vagina. Tipos: · Total: placenta que recobre todo o orifício interno · Parcial: placenta que recobre parcialmente o orifício interno · Marginal: margem placentária alcança o orifício sem recobri-lo · Baixa: situa no segmento inferior do útero, porém sem alcançar o orifício interno. OBS.: Quanto mais vasto e mais recobrimento há sobre o colo maior o sangramento. Diagnostico de placenta prévia deve ser a partir de 28 semanas, antes disso será placenta baixa. Fatores de risco: · Cesariana anterior (aumenta o risco conforme mais os procedimentos) · Cicatriz uterina · Idade materna avançada · Tabagismo · Gemelaridade Quadro clínico: · Hemorragia, ocorre em mais de 90% dos casos, pode ser indolor e volumosa · Exame físico: a palpação é capaz de verificar a estática fetal alterada em situações obliquas ou transversais, apresentação pélvica e cefálica alta · Exame especular mostrando sangramento proveniente do orifício externo (canal cervica) · Tônus uterino normal · Boa vitalidade fetal através da ausculta abdominal da mae e o CTG fetal USG: Exame padrão ouro para o diagnostico, feito entre 20-24 semanas pela usg transabdominal, mas a confirmação é dada pela transvaginal, a maioria das placentas previas nessa data se resolvem sozinha até as 36 semanas. (migração placentária) Tratamento conservador: Pacientes sintomática que sangram, devem ter sua conduta individualizada, onde o prosseguimento da gestação depende da estabilidade hemodinâmica da mãe. Conduta: paciente sangrando muito, interna, vê a vitalidade do bebê, FC, diagnostica através da ultrassom, e observa, após 3 dias se não há mais sangramento, da alta. Parto: · Cesariana: placenta assintomática (36-37 semanas); placenta baixa, está menos de 2 cm do orifício interno (38-39 semanas) · Vaginal: pode ser feito se a margem placentária estiver a mais de 2 cm do orifício interno. Acretismo placentário Quando o trofoblasto aprofunda-se mais nas camadas do que deveria, ocorre o acretismo. Isso se baseia na profundidade da invasão placentária · Placenta acreta: adere o miométrio · Placenta increta: invade o miométrio, mas ainda está dento do útero, acomete só a parede · Placenta percreta: perfura o peritônio e podem atingir outras estruturas, dá uma dequitação satisfatória. Epidemiologia: aumenta a cesariana, mortalidade materna é baixa, cerca de 6 a 7 %, placenta acreta ocorre em 1 a cada 533 partos. Diagnóstico: · USG: consegue mostrar qual órgão está sendo acometido, mas não o quanto está atingindo. · RNM: classifica o tipo de acretismo e o acometimento de estruturas vizinhas, deve ser feita efetivamente em paciente com diagnostico de placenta previa, após 28 semanas Tratamento: · Parto cesariano + histerectomia: paciente já sabe que vai perder o seu útero, é feito a partir de 34 semanas e faz uso de corticoide. · Centro terciário com equipe multidisciplinar · Reserva: 10 unidades de concentrado de hemácias e 10 unidades de plasma. Disso, 90% serão transfundidas e 40% mais de 10 bolsas Descolamento prematuro de placenta Separação intempestiva da placenta implantada no corpo uterino antes do nascimento do feto em gestação após 20 semanas. Fatores de risco: · DPP em gestação anterior · Tabagismo: interfere na angiogênese da placenta · Uso de cocaína: aumenta o tônus uterino, o útero contraindo tende a piorar os quadros de DPP · Gravidez múltipla · Pré- eclampsia · Idade materna avançada · Ruptura prematura das membranas ovulares: · Trauma Fisiopatologia do DPP Há uma zona de clivagem deciduoplacentaria que se em algum momento rompe-se um vaso, ocorre um sangramento, que cresce e fica contido, formando um hematoma. Esse sangue vai dissecando essa área e continua sangrando. O miométrio se contraia para tentar garrotear esse sangramento, porém essa contração aumenta a pressão nesse sistema, este cresce e disseca mais ainda. Isso clinicamente aparece com o tônus aumentando. · O sangue na zona de clivagem deciduoplacentaria · Inicia a separação, os vasos maternos se abrem e o espaço retoplacentario é invadido · O útero reage com hipertonia · Aumenta a tensão na coleção sanguínea , provocando o descolamento de novas áreas · Parte do sangue coagula e fica aprisionada atras da placenta e é eliminada somente após o parto, constituindo o hematoma retroplacentario. · 80 % do sangue se exterioriza pela vagina e 25% permanecem oculto Obs.: Pode causar morte fetal. Quadro clínico: · Hemorragia: mais discreta e dolorosa · Dor abdominal · Exame especular mostrando sangramento proveniente do orifício externo · Tônus uterino aumentado · Feto com sinais de SFA (sofrimento fetal agudo) batimento de 80 Diagnostico: · Clínico: sangramento e dor abdominal, por vezes historia de trauma ou RPMP · USG: importante para diagnostico diferencial e apenas 25-50% observam o hematoma retro placentário, localizado mais frequentemente na subcorionica · RNM Tratamento: · Interrupção da gestação uma vez vistos os sinais de SFA, sem BCF · Caso o óbito fetal ou feto inviável a parto vaginal é o indicado · Conduta expectante em casos crônicos em fetos prematuros (<34) com boa vitalidade. Pode ser parto normal para evitar uma laparotomia. · Entre 24-34 semanas prescreve corticoide para maturação dos pulmões do feto Complicações: · Útero de couvelaire: coloração arroxeada, útero cheio de hemoglobina oque dificulta o mecanismo de miotamponagem · NTA · SD Sheehan · CIVD: sangramento do útero Diferença das manifestações clincas da placenta previa e do descolamento prévio da placenta: PP DPP Dor: insidiosa súbita Cor: vermelho vivo vermelho escuro Hemorragia: recorrente única Tônus: normal aumentado CTG/BCF: normal alterado USG: bom pouco ajuda no diagnostico 4
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