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SÍNDROME DE DOWN: A síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração genética causada por uma divisão celular atípica durante a divisão embrionária. as pessoas com a síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três. não se sabe por que isso acontece, porém, a incidência aumenta consideravelmente conforme o aumento da idade materna. A Síndrome de Down é caracterizada pela trissomia do cromossomo 21, mas do ponto de vista citogenético. Do ponto de vista citogenético esta alteração pode ser percebida de três diferentes formas: Trissomia Simples Translocação Mosaicismo ela é causada por uma não disjunção cromossômica que ocorre de forma casual. A trisso mia é caracterizada pela presença de um cromossomo a mais no par 21, ou seja, no cariótipo feminino ela se apresenta como 47, XX + 21 e no masculino como 47, XY + 21 ligação do cromossomo 21 com outro par. Frequentemente é observa da esta translocação entre o cromossomo 21 e o cromossomo 14. No exame de cariótipo ela se mostra como 46, XX, Neste caso, há presença de duas linhagens celulares, uma normal com 46 cromossomos e outra trissômica com 47 cromossomos. Acontece quando existem algumas células do corpo com a trissomia, isto é, algumas células do corpo apresentam alteração cromossomial e outras não. Nesse caso, as crianças apresentam menos características específicas da doença. OBSERVAÇÕES CLÍNICAS DO FENÓTIPO: alguns sinais e características são extremamente comuns e se tornam um importante guia para o diagnóstico clínico: Pregas palpebrais oblíquas para cima Base nasal plana Epicanto - Prega cutânea no canto interno do olho Sinófris (união das sobrancelhas) Base nasal plana Orelhas de implantação baixa e pavilhão auricular pequeno Cabelo Fino Protusão língual Excesso de tecido adiposo no dorso do pescoço ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELO EXCESSO DE MATERIAL GENÉTICO NO CROMOSSOMO 21 DETERMINAM AS CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DA SÍNDROME: 1. olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado e orelhas pequenas; 2. hipotonia: diminuição do tônus muscular, que faz com que o bebê seja menos rígido e contribui para dificuldades motoras, de mastigação e deglutição, atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, problemas do coração; às vezes, a língua é grande, o que, junto com a hipotonia, faz com que o bebê fique com a boca aberta. Quando a criança atinge a fase de ficar de pé (posição ortostática) ou a fase da marcha, normalmente, acontece uma instabilidade de tornozelo e um achatamento da planta do pé devido à hipotonia. 3. mãos menores com dedos mais curtos e prega palmar única em cerca de metade dos casos; 4. em alguns casos existe excesso de pele na parte de trás do pescoço; 5. em geral a estatura é mais baixa; 6. há tendência à obesidade e a doenças endócrinas, (alterações metabólicas e hormonais) como diabetes e problemas como hipotireoidismo; 7. cerca de 5% dos portadores têm problemas gastrointestinais; 8. a articulação do pescoço pode apresentar certa instabilidade e provocar problemas nos nervos por compressão da medula; 9. deficiências auditiva e de visão podem estar presentes; 10. maior risco de infecções (principalmente as otites, infecções de ouvido) e leucemias. Essas crianças também podem apresentar deficiência imunológica, por isso, costumam ter infecções de repetição, pneumonias e outras alterações respiratórias (também devido à hipotonia). A fisioterapia respiratória pode ser indicada em alguns casos, entretanto, a orientação para higienização de vias aéreas superiores e observação da respiração por parte dos familiares é muito importante, assim, pode haver uma intervenção respiratória preventiva 11. comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem mais lenta. Síndrome de West A SW é considerada uma síndrome neurológica que apresenta uma condição epiléptica severa. E é caracterizada por uma tríade de sintomas: hipsarritmia (padrão encefalográfico específico), a hipsarritmia significa que essa lesão está partindo de vários locais, ou seja, não há uma estrutura cerebral específica e única que possa justificar a SW. crises convulsivas sequenciadas do tipo espasmos musculares (em salva). Não existe um padrão para os espasmos musculares. Eles podem variar de um movimento sutil (inclinação da cabeça ou desvio da cabeça e dos olhos), abalos mioclônicos (localizados ou unilaterais) até contrações em todo o corpo (mais acentuadas), que podem ser: FLEXORES EXTENSORAS MISTAS (MAIS COMUNS) Flexão do tronco, pescoço, membros superiores e inferiores, contração dos músculos abdominais e membros superiores em abdução ou adução. Há uma predominância na atividade dos músculos extensores do tronco e das extremidades. Flexão do tronco superior e extensão dos membros inferiores, sendo muito raro acontecer o oposto. Parada ou regressão no desenvolvimento neuropsicomotor (Capacidades cognitivas de socialização, motricidade ou comunicação ficam comprometidas). A hipotonia muscular, a subluxação de quadril e a deficiência intelectual também podem estar presentes na SW, porém, não são condições para definir o diagnóstico. Durante os espasmos musculares mais severos, a criança com Síndrome de West pode realizar movimentos bruscos causando lesões articulares secundárias, por exemplo, a subluxação do quadril. ATUALMENTE, A SW PODE SER CLASSIFICADA DE ACORDO COM A SUA ETIOLOGIA EM DUAS CATEGORIAS: Sintomática: Possui etiologia conhecida (causa bem definida), causada por lesão cerebral, estrutural e metabólica precedendo o início dos espasmos, como: encefalites virais, anoxia ou hipoxia neonatal, traumas durante o parto, toxoplasmose, Síndrome de Aicardi (Caracterizada pela ausência parcial ou total do corpo caloso (estrutura responsável pela ligação entre os dois hemisférios cerebrais) esclerose tuberosa (Também conhecida por Síndrome de Bourneville- Pringle ou Epiloia, é uma doença degenerativa, caracterizada por apresentar tumores benignos que podem afetar diversos órgãos, como cérebro, coração, olhos, rins, pele e pulmões). Nesse caso, podemos observar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (ou desenvolvimento atípico) e alterações nos exames neurológicos e de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética). Pode ser pré, peri ou pós-natais. Criptogênica: Não possui etiologia conhecida ou sinais de lesão cerebral que precedem as crises de espasmos. TEA. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA podemos entender o TEA como sendo um grupo de deficiências do desenvolvimento neurológico, geneticamente heterogêneo, caracterizado como um distúrbio complexo que compromete as habilidades de comunicação, de socialização e de comportamento. sendo mais comum em meninos (cerca de quatro meninos para cada menina). Ainda existem muitas variantes genéticas que podem gerar o TEA, podendo ser uma única variante ou um conjunto de variantes genéticas associadas aos fatores ambientais (não genéticos). Além disso, existem várias comorbidades que podem estar associadas ao TEA, por exemplo, hiperatividade, distúrbios gastrointestinais e do sono, epilepsia (mais frequentes que a população em geral), associação com algumas síndromes, entre outras. A classificação do Transtorno do Espectro Autista (TEA) divide-se em três níveis de acordo com o grau de dependência e/ou da necessidade de suporte, sendo o nível I o mais leve, o nível II moderado e o nível III o mais severo. Os níveis II e III possuem as mesmas características, porém, no nível II, elas se apresentam de forma mais leve. No caso do nível I, a criança precisará de pouco suporte e seu impedimentode independência se dá pela desorganização e incapacidade de planejamento. Normalmente, a criança com TEA apresentará atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. É muito importante que haja um diagnóstico o mais precoce possível para que se inicie uma intervenção imediata. Entretanto, quando o diagnóstico não for fechado, as intervenções multidisciplinares podem detectar alterações motoras, cognitivas, comportamentais e sociais. Dessa forma, mesmo que o diagnóstico seja descartado, o estímulo terá sido benéfico para aquela criança. Quanto mais cedo se inicia a intervenção, melhor será o prognóstico, pois o cérebro se encontra em processo de amadurecimento, favorecendo a neuroplasticidade e, consequentemente, os ganhos terapêuticos. A importância da orientação aos familiares também deve ser ressaltada, pois a criança fica mais tempo com eles e, possivelmente, apresentará comportamentos em casa que não serão observados no momento do atendimento. As principais metas do fisioterapeuta para as crianças com TEA será: A adequação do desenvolvimento neuropsicomotor & A prevenção/melhora de lesões secundárias
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