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matheus.beckmam Carimbo QUESTÃO 01 Classificação e composição dos resíduos. Podemos considerar como resíduo hospitalar todo material descartado por farmácias, hospitais, clínicas, laboratórios, postos de saúde e demais organizações, quaisquer tipos de resíduos que contém restos cirúrgicos de humanos ou animais. Neste caso, iremos tratar de procedimentos em seres humanos. Para este fato, a legislação aplicável é definida pela RDC nº 306/04 da ANVISA e pela resolução nº 358/05 do CONAMA, ambos têm como objetivo obrigar esses ambientes a terem um plano de gerenciamento de resíduos de saúde (RSS), assim também como executá-lo. Dessa forma podemos classificar: -GRUPO A (SUBGRUPO A1, A2, A3, A4 E A5): Risco biológico -GRUPO B : Risco químico -GRUPO C: Risco radiológico -GRUPO D: Resíduos domésticos -GRUPO E (RESÍDUOS PERFURO CORTANTES): Risco Biológico GRUPO A: RISCOS BIOLÓGICOS Grupo A1: Resíduos provenientes de manipulação de microorganismos, inoculação, manipulação genética, ampolas e frascos e todo material envolvido em vacinação, materiais envolvidos em manipulação laboratorial, material contendo sangue, bolsas de sangue ou contendo hemocomponentes. Este resíduo deve ser acondicionado pelo gerador em saco branco leitoso com símbolo de risco infectante. Grupo A2: Corresponde a carcaças, peças anatômicas, vísceras animais e até mesmo animais que foram submetidos a processo de experimentação com microrganismos que possam causar epidemia. Como estes resíduos possuem um alto grau de risco, devem ser acondicionados em sacos vermelhos contendo símbolo de risco infectante. Grupo A3: Peças anatômicas (membros humanos), produtos de fecundação sem sinais vitais, com peso inferior a 500 gramas e estatura menor que 25 cm, devem ser acondicionados pelo gerador em saco vermelho com símbolo de risco infectante. Grupo A4: Kits de linha arteriais, filtros de ar e de gases aspirados de áreas contaminadas, sobras de laboratório contendo fezes, urina e secreções, tecidos e materiais utilizados em serviços de assistência á saúde humana ou animal, órgãos e tecidos humanos, carcaças, peças anatômicas de animais, cadáveres de animais e outros resíduos que não tenham contaminação ou mesmo suspeita de contaminação com doença ou microorganismos de importância epidemiológica. Estes resíduos devem ser acondicionados pelo gerador em sacos branco leitoso com símbolo de risco infectante. Grupo A5: Órgãos, tecidos, fluidos e todos os materiais envolvidos na atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita ou certeza de contaminação por príons (agentes infecciosos compostos por proteínas modificadas). Estes materiais devem ser acondicionados pelo gerador em 2 sacos vermelhos (um dentro de outro) contendo símbolo de risco infectante. GRUPO B: RISCO QUÍMICO Trata-se de medicamentos, cosméticos, reagentes de laboratório, produtos saneantes domissanitários, produtos usados em revelação de exames e etc. No caso dos reagentes de laboratório ou outros materiais líquidos, o gerador deve efetuar a correta segregação, identificação (nome do produto) e o acondicionamento, que deverá ser feito levando em conta a incompatibilidade química dos materiais, para evitar acidentes. GRUPO C: RADIOATIVO A empresa não coleta e nem trata estes resíduos. GRUPO D: RESÍDUO COMUM Os resíduos comuns não são coletados pela empresa, ficando a cargo do setor público a coleta dos mesmos. GRUPO E: PERFURO CORTANTE Os resíduos perfuro cortantes como, agulhas, escalpes, bisturis e outros, devem ser acondicionados no local de sua geração em embalagens estanques, resistentes a punctura, ruptura, vazamento e devidamente identificado através do símbolo de risco correspondente. Nunca devem ser colocados diretamente em sacos plásticos juntamente com outros resíduos infectantes, pois pode provocar acidentes. Manuseio de resíduos. No manejo dos resíduos hospitalares, pode-se proferir que são as ações realizadas para gerenciar os resíduos dentro e fora do âmbito hospitalar, desde o momento da sua geração até o seu descarte. Cuidados- minimização de resíduos comum. Nessa esfera, o que pode se realizar para diminuição da produção de resíduos, é incentivar a práticas que visem a redução, reutilização e até mesmo a reciclagem, por exemplo na recepção pode-se reutilizar papéis para rascunhos, diminuir o desperdício de materiais quando necessário curativos e/ou procedimentos para realizar engessamento. Segregação na origem Neste tópico, acontece a separação de resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com suas características, físicas, biológicas e químicas, seu estado físico e riscos envolvidos. Aqui é onde ocorre a avaliação para verificar se há possibilidade de reciclagem ou não, incentivando a minimização. Acondicionamento e critérios para acondicionamento dos RSS. O acondicionamento consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam as ações de punctura ou ruptura, impermeável, respeitando os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento e reaproveitamento. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com sua quantidade de geração diária de cada tipo de resíduo. Coleta interna do ponto de geração até o armazenamento intermediário. Após o acondicionamento, os resíduos devem ser identificados com expressão e símbolo de cada grupo para que haja feita a coleta. Primeiro realiza-se a coleta no local de geração do resíduo e na sua remoção para sala de resíduos temporário, após isso há a transferência das embalagens da sala de resíduos (armazenamento temporário) para o abrigo externo de resíduo ou diretamente para o tratamento. É realizado então o armazenamento interno, este procedimento é feito dentro da unidade geradora dos resíduos. Utiliza-se métodos de tratamento de acordo com as características do resíduo, como por exemplo: Resíduo biológico: Autoclavagem; Resíduo químico: Neutralização e inertização; Resíduo radioativo: Armazenamento em condições adequadas para o decaimento do elemento radioativo. Armazenamento externo (depósitos de resíduos). Consiste no conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características físicas, químicas, fisioquímicas ou biológicas dos resíduos, podendo promover a sua descaracterização, visando a minimização do risco á saúde pública, preservando o meio ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador. Alguns tipos de armazenamento externos que são muito utilizados são o enertizador, que é como se fosse uma espécie de micro-ondas, que funciona através do calor produzido pelos geradores de radiação eletromagnética de alta frequência, podendo atingir de 95 a 100 graus e a incineração que é um processo de oxidação de alta temperatura com a decomposição dos resíduos, transformando em cinzas e efluentes gasosos. Fluxo de coleta interna dos resíduos Para evitar riscos a saúde do trabalhador, o profissional deve proteger as áreas do corpo expostas ao contato com resíduo utilizando EPI’s necessários e devem estar imunizados contra o risco de contaminação infectocontagiosa de acordo com o PNI (Programa Nacional de Imunização), enquanto realiza o manuseia o resíduo. Coleta e transporte externo. E por fim dar ao resíduo um destino ambiental e sanitário adequado. Assim pode-se finalizar no aterro de resíduos perigosos, que é a técnica de disposição final de resíduos químicos no solo, sem causar danos ou riscos a saúde pública ou no aterro sanitário, que é a técnica de resíduos sólidos urbanos no solo, por meio de confinamento em camadas cobertas em material inerte, segundo normas específicas, evitando riscos a saúde e a segurança, minimizando os impactos ambientais. QUESTÃO02 Pedro, do sexo masculino, 83 anos, deu entrada hospitalar, onde foi realizado um histórico pessoal, diante da avaliação constatou-se que o paciente era tabagista, hipertenso, dislipidêmico e faz uso irregular de medicamentos. Devido a esse quadro, foi acometido por um acidente vascular encefálico isquêmico há cerca de 10 dias, apresentando hemiparesia esquerda, disartria e disfagia. Depois de uma avaliação multidisciplinar, a equipe optou por oferecer nutrição enteral, exclusiva por meio da sonda nasoenteral. A sonda nasoenteral foi elegida pela equipe pelo fato de que, o paciente não estava em condições clínicas de receber nenhum tipo de dieta via oral, devido ás complicações do AVC, por isso não será permitida nutrição oral até que seja realizada uma reavaliação no ambiente ambulatorial. Aos familiares e cuidadores que estarão em acompanhamento do paciente, será necessário cuidados para que haja um bom andamento do processo: -Em caso de obstrução, rachadura ou saída parcial da sonda, deverá procurar imediatamente uma unidade básica de saúde (UBS); -Verificar periodicamente se a sonda está fixada á pele com fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo, para evitar que seja acidentalmente ou se desloque para fora do estômago; -A fixação deve ser trocada sempre que estiver suja ou solta, durante o processo de troca, retire fixação antiga, limpe o nariz com água e sabão, seque bem, sem friccionar e por fim fixe a sonda; -Preparar dieta de acordo com a orientação da equipe nutricional; -Realizar periodicamente higiene oral, nasal e cuidados com a pele. Após o período recomendado pela equipe de saúde, o paciente deverá retornar para uma reavaliação, com objetivo de averiguar sua evolução, assim se necessário realizar um novo método de tratamento para este indivíduo. QUESTÃO 03 A partir da alta desse paciente, a família ou o cuidador responsável deverá realizar a dieta do mesmo do tipo intermitente, devendo ser realizada de três a quatro vezes por dia, podendo ser administrada em bolus, com auxílio de uma seringa, ou de forma gravitacional, por meio do frasco de dieta com gotejamento lento, a qual deve ser realizado por um período de 30 minutos, aproximadamente. O responsável pelo paciente, deverá preparar a dieta de acordo com a orientação nutricional, no caso domiciliar será utilizada a dieta de sistema fechado, conforme apresentado na figura abaixo (Circulo vermelho): Após preparar a dieta, será necessário fixar a sonda para que não ocorra o risco de sair do lugar, a fixação poderá ser feita da seguinte forma Corte um pedaço de esparadrapo de modo que irá prender bem a sonda Demarque 4 linhas no pedaço e faça pequenos rasgos nas linhas com as mãos ou com o auxílio de uma tesoura Dobre as pontas cortadas para dentro, de forma que fique em formato de “I” Faça a limpeza local do nariz, para retirar as sujidades, e cole a fixação já feita no nariz, enrolando a ponta debaixo em volta da sonda, fixando bem Se for perceptível a saída da sonda ou obstrução, procurar imediatamente uma unidade de saúde. QUESTÃO 04 UTI A KM (36H) THE PESSOAS DIMENSIO NADAS DIMENSIONAME NTO POR CATEGORIA PESSOAL ATUAL DEFICIT DE PROFISSIONAIS 30 profissiona is 0,2236 156hs 35 Enf. 18 Téc/Aux 17 Enf. 08 Téc/Aux 22 Enf. +10 Téc/Aux -5 QUESTÃO 05 PLANO DE AULA Tema: CURSO DE CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM NEONATAL (PICC) Profissionais alvo: Enfermeiros Número de encontros: 4 encontros no período de um mês. Local: Sala de educação continuada. OBJETIVO GERAL Capacitar e habilitar enfermeiros a realizar inserção e manutenção do cateter central de punção periférica PICC por visualização direta nos diversos contextos de cuidados de pacientes neonatal. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Identificar quando necessário a utilização do PICC; 2. Reconhecer e refletir sobre a importância do manejo do PICC; 3. Capacitar o profissional para a inserção do Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) orientado e assistido pelo aparelho de ultrassonografia. CONTEÚDOS • História do PICC • Aspectos éticos e legais • Indicações para Inserção do PICC • Noções básicas em Farmacologia • Novas tecnologias relacionadas aos tipos de cateter PICC • Novas tecnologias para inserção de Cateter PICC • Critério de avaliação da rede venosa para inserção do cateter PICC • Preparo do paciente e do material • Inserção de cateter PICC através da técnica de punção direta • Noções básicas sobre imagem e ultrassom • Tecnologias para localização da ponta final do cateter • Critério de avaliação da rede venosa para inserção do cateter PICC com o uso do ultrassom • Inserção de cateter PICC através da técnica de micropunção (Seldinger modificada) • Complicações associadas ao procedimento • Técnica de remoção do cateter PICC. DESENVOLVIMENTO: ESTATÉGIAS DE ENSINO Aulas Práticas: • Simulação do preparo do paciente para o procedimento • Simulação da técnica de inserção direta • Simulação da técnica de inserção por micropunção ou Seldinger modificada • Simulação da punção orientada por ultrassonografia • Simulação da punção guiada por ultrassonografia • Simulação da técnica de remoção do cateter PICC. CRONOGRAMA ENCONTROS AOS SÁBADOS: MANHÃ: 08H ÁS 12H TARDE: 14H ÁS 18H AVALIAÇÃO O aluno será considerado APTO ou NÃO APTO, pelos professores, logo após a aula prática. A avaliação será baseada no desempenho do aluno diante das situações apresentadas, sobre todo o conteúdo da aula teórica e da prática no simulador. REFERÊNCIAS ANVISA. Intervenções e Medidas de Prevenção e Controle da Resistência Microbiana. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_contr ole/opas_web/modulo5/pre_corrente2.htm BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Brasília: Ministério da saúde, 2013. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 45, de 09 de agosto de 2012. Dispõe sobre a realização de estudos de estabilidade de insumos farmacêuticos ativos. Brasília: Ministério da saúde, 2012. BRASIL, Ministério do trabalho e emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a norma regulamentadora nº 32 (Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de saúde). Brasília: Ministério da Saúde, 2005. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guidelines for the prevention of intravascular catheter-related infections. USA: 2011. INFUSION NURSING SOCIETY. Infusion Therapy Standards of Practice. Norwood-USA: Journal of Infusion Nursing, v. 39, n. 1S, Supplement to Jan./Feb. 2016. 47be2f99639180dcba07279b0f98451910872f507b3112c64d9c8810376ec879.pdf
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