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PSICOLOGIA SOCIAL AMÉRICA LATINA E ESTRATÉGIA BIOPOLÍTICA Nesta presente análise contextualizamos a crítica em Psicologia social e as novas estratégias que o saber-político se adaptou na contemporaneidade para obter mais benefícios dentro de um contexto capitalista. Somos produtos moldados por uma dominação que busca estratégias biologizantes no sentido que nós disciplina em nossa subjetividade e modos do saber, também espécie histórica que envolvem o campo antropossociológico deliberado por essas forças de dominação. E como a Psicologia social é uma ciência que está limitada devido a soberania estatal, mostrando alguns pontos de vista crítico dentro deste campo, como a multiplicidade cultural descontextualiza mas ao mesmo tempo tem semelhanças ameaçadoras, trazendo também uma visão progressista e quem sabe algumas transformações futuras. Atualmente há uma reforma crítica na Psicologia Social envolvendo vários aspectos sociais e culturais voltadas às classes socioeconômicas e para a realidade dos usuários nestes serviços. Necessário este ajustamento devido às teorias e técnicas moldadas por um saber colonizado por uma perspectiva europeia, mostra-se lacunas de descontextualização na realidade América Latina, sendo assim, precisa movimentos e desenvolvimento de um novo olhar voltado ao contexto em questão. Na américa existem vários países que possuem singularidades históricas, porém está havendo muitos problemas com a necessidade de uma psicologia social que enfatiza diretamente as características de igualdade e desigualdade que reforcem os traços, cores e subjetividades entre os indivíduos inseridos no processos políticos e históricos, neste sentido, a ideia da psicologia latino americano passa por um processo de configuração, focalizando na construção de um saber próprio e singular que visa se adaptar e entrar em consonância com o seu contexto territorial. Um dos grande problemas é que vivemos em uma sociedade de múltiplas culturas e os indivíduos são dominados por autoridades políticas e economia. Há uma unificação voltada ao padrão social do território que reforça os problemas de intolerância e desigualdade entre indivíduos devido às suas características naturalistas e histórico cultural. Mesmo que a psicologia tenha diversos campos de atuação para diferentes contextos e por muitas vezes descontextualizadas, aparecem posicionamentos semelhantes em diversos países Latino Americano que envolve problemas políticos, exploração de trabalho, desigualdade, múltiplas culturas que desestruturam ideologias causando efeitos de adoecimentos; Porquê a intolerância se assemelham em diferentes territórios e os indivíduos continuam a produzir mesmo depois de tantas experiência a diversidade? pergunta que nos ajuda a entender melhor essa problemática. A sociedade e seus vários modos de produção incluindo seus grupos e comunidades se instauram em uma normativa anátomo-política e biopolítica, ou seja, antes do período pós moderno a política era repressiva, punitiva e fatal, vista como indivíduos submissos a hierarquia para viver em sociedade, na pós modernidade se transformou além de repressiva em uma disciplina do saber humano que impregna na subjetividade e ideologia do indivíduo, somos produtos para um fim beneficiario da instituição. A ideia do pós modernidade é produzir um raciocínio estatal em massa, ou seja, a ideologia do indivíduo já é formalizada neste modo de ver a realidade que começa por uma disciplina, com seus esforços voltados para a manutenção do estado e assim em um momento posterior, algo mais complexo os estudo científico ou ao trabalho na fábrica que é subjetivado pelo raciocínio estatal, fazendo parte ou futuros profissionais pilares da sociedade que caminham por esse mesmo caminho ideológico. O campo científico tem seus objetivos e práticas profissionais influenciadas pela biopolítica. Neste contexto a Psicologia emerge junto com a educação e a disciplina para controlar os indivíduos, se desenvolve em uma concepção capitalista e reprodução de relações sociais. Ouso dizer que as abordagens e suas terapias dentro do campo Psicológico problematiza e nomeia pessoas com patologias, aquelas que justamente estão fora da normalidade, comparando a com outros indivíduo, aplicando técnicas e teorias para o indivíduo “melhorar”, se ajustar ao que é bom “conhecimento e padrão social constituído pelo poder-saber”, realmente pode ser uma prática que serve de controle social. Porém quero entrar em algo mais profundo ainda, somos seres humanos humanizados, temos gestos, comportamentos e modo de ver a realidade devido a um comportamento anterior que é passado para nós, só somos assim devido a um EU-TU, ou seja, não é mais tanto opressão é mais uma biopolítica voltada aos processos biológicos e ao homem espécie, somos produtos de desejos disciplinar, fenômenos que constituem uma sociedade. O poder não é vista no sentido de uma escolha, é vista como uma ideologia que já estão impregnadas no indivíduo do que é certo ou errado, que diante o certo temos segurança e direitos humanos, é diante o errado, somos errados diante das normas, se culpamos, somos punidos, nomeados com psicopatologias e até mesmos removido do meio social. Neste sentido o Poder como objeto pertencente não existe, ou seja, o estado não é onipresente, precisa de uma rede instaurada em vários campo social, não estamos falando aqui de pessoas com cargos dominantes mas de uma relações que engloba juntamente o dominado, porque o proprietário estatal ou a instituição não tem o poder pra elas concebidos mais usam de disposição e estratégias com objetivo de acumular vantagens e multiplicar benefícios para se alcançar uma classe superior, sendo assim os dominados estão alienados é não resistentes, todos são colaboradores em uma manutenção dessas redes de poderes, pois provém de todos os lugares. Neste sentido, a psicologia social tem diversas dimensões subjetivas de fenômenos sociais que envolvem principalmente neste contexto a política e economia, estuda vários grupos e como citado anteriormente existe uma diversidade cultural e apropriação cultural na contemporaneidade como nunca existiu antes, mas uma das causas que prevalecem em comum sendo no continente americano e em outros é a desigualdade, preconceito, repressão e insuficiência da eficácia dos direitos humanos. Porém a Psicologia social é uma área que tem limitações institucionais que influencia em seu modo operante, desta forma, temos poucas opções em tentar fazer diferença significativas em grande escala mas não impossível, podemos cada vez mais analisar, compreender e configurar a psicologia social a ser mais adaptável ao contexto, procurando estratégias, técnicas e lacunas legais que nos dê espaço para criar e mostrar novas formas de saber. Talvez em pequenas escalas tirar do transparente o que o indivíduo não consiga ver por sua interpretação institucional e quem sabe a longo prazo venham alcançar novos objetivos transformadores e também um saber menos influenciado pelo ambiente. Pensando em um tema problema, a princípio iríamos atrás de investigar relações de biopoder e comunidades, porém partindo das categorias é difícil de realizar, então achamos que é melhor partir de uma conjuntura real, e a partir daí fazer abstrações. Nesse caso achamos que investigar o significado das instituições não governamentais para uma comunidade pode ser um bom caminho a se seguir, essas instituições são as igrejas, principalmente de cunho evangélico, e como elas conseguem a partir de suas premissas, potencializar ou não, comunidades que a cercam, essa potência aqui não diz respeito à uma mobilização afetivo racional, mas sim a mobilizações que muitas vezes dizem respeito à distribuição de cestas básicas, pois coincidência ou não, as igrejas que hoje são muitas, uma a cada quadra quase, estão cercadas majoritariamente por populações em situação de vulnerabilidade e no caso assistido não é diferente;é uma certa “comunidade” que se situa na rua Leopoldo Sander mais ou menos na metade entre o viaduto e o posto delta. Nosso objetivo com esse estudo é justamente verificar o que está acontecendo naquele meio, pois há certa dúvida nossa sobre os efeitos da mesma no cotidiano de um grupo de pessoas. Onde antes havia líderes comunitários geralmente com base católica, agora existem pastores e pastoras, porém essas mesmas instituições que visam certa força comunitária acaba caindo em armadilhas identitárias contra outras igrejas do mesmo gênero, com discursos de desqualificação dos meios e fins dos outro gerando uma identidade que se fixa, despotencializando as possíveis ações que a comunidade poderia gerar através da união daqueles indivíduos naquele meio (SAWAIA, 1999), porém isso é muito mais uma questão interna, o principal é compreender as possibilidades de gerar uma vida boa para aquele contexto. Por fim, mesmo sem um bom referencial ainda, acredito que é possível aos poucos ir descobrindo essas possibilidades, através por exemplo de um trabalho no cras ou creas, não apenas atendendo as demandas que vem para a instituição, mas indo atrás do que causa esse problema e formas de gerar autonomia para aquelas pessoas, não através da imposição pois a mesma nem se estrutura, e se existe um movimento o mesmo se dilui com facilidade. Não há intenção de quebrar formas instituídas, até por que a partir das aulas de epistemologia, percebi que nossas referências são apenas recortes de outros momentos muitas vezes, é preciso fazer uma cartografia e a partir disso descobrir possibilidades, nesse caso de potencialização da vida, que nesse contexto pode acontecer através da instituição igreja, que já é instaurada e pode mobilizar forças, nem que sejam apenas passageiras.
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