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Questionário Associativismo e Agronegócio

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(
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
 
CAMPUS DE CRUZEIRO DO SUL
CENTRO MULTIDISCIPLINAR
CURSO ENGENHARIA AGRONÔMICA
)
N2
Disciplina: Associativismo e Agronegócio
Prof.: Hugo Mota Ferreira Leite
	Nome: Luan Silva dos Santos Matrícula: 20181740010
1. A competitividade do agronegócio brasileiro depende de quais fatores? 
· Imposições do mercado externo;
A economia brasileira é baseada na exportação de commodities agrícolas, portanto, o mercado externo acaba influenciando fortemente o setor. 
· Investimento em tecnologia e inovação;
A agricultura digital está intrinsecamente ligada à competitividade do agronegócio, buscando revolucionar o setor. A agricultura 4.0 promete estabelecer a automatização dos processos de produção por meio da tecnologia, configurando uma transformação nunca vivida pelo setor.
· Otimização dos recursos;
No Brasil, um dos grandes entraves da competitividade do agronegócio é a logística, que eleva significativamente as despesas de produção. Os altos custos e a falta de infraestrutura são obstáculos presentes no percurso do produtor rural brasileiro.
· Sustentabilidade ao longo da cadeia;
A melhoria da competitividade do agronegócio nacional envolve a expansão da produção e o aumento da qualidade daquilo que se produz. No entanto, há de se considerar também a importância da sustentabilidade. Produzir em maior quantidade, com mais qualidade e menos custos, de forma cada vez mais sustentável é o verdadeiro desafio do setor. 
2. Por que o sistema de logística tem papel fundamental como redutor de custos e agregador de valor aos produtos do agronegócio brasileiro?
	A logística é especialmente importante no agronegócio, pois todos os produtos do setor (ou quase todos, pelo menos) são perecíveis ou dependem de condições específicas de cultivo, colheita e transporte. Cerca de 75% de todo produto transportado no país são feitos em rodovias, com o resto dividido entre ferrovias, hidrovias e outros modelos.
O pior disso é que as rodovias brasileiras não estão em boas condições para ser tão usadas. Isso dificulta e limita muito as opções de transporte do agronegócio, o que encarece sua logística e deixa o setor refém do transporte por caminhão. Outro grande desafio do setor é aumentar sua capacidade de armazenamento de produtos, o que permitiria que os produtores pudessem ter maior autonomia no preço dos seus produtos. Um problema sério na logística do agronegócio é o desperdício de produtos na corrente de produção, que é maior no transporte rodoviário. 
Superar os desafios de logística no agronegócio não é fácil. Alguns deles, como a hiperdependência do modal rodoviário, dependem mais do investimento público para criar uma malha ferroviária e hidroviária mais eficiente do que da iniciativa dos produtores. No entanto, é possível melhorar nessa área com organização da linha de produção e uso de soluções tecnológicas.
3. Comente sobre a atual situação do sistema de logística para o agronegócio do vale do Juruá.
	Um dos principais problemas que impossibilitam a evolução do agronegócio no Vale do Juruá, desrepeita a logistíca encontrada nessa região. Diferentemente de outras regiões do Brasil e, até mesmo do Vale do Acre, região próxima de Rondônia, observa-se que o sistema logístico é falho. Diversos são fatores que contribuem para a ineficácia do sistema de logística, dentre eles, pode-se citar: péssimas condições da única via de acesso terrestre à região (BR 364); baixa ou insuficiente utilização do sistema hidroviário (transporte de baixo custo, que possui potencial de desafogar outras vias de acesso; distância elevada dos grandes centros de produção e comercialização do Brasil, dentre outros. Todos esses fatores, juntamente com diversos outros, acabam que deixando os agricultores da região com certo “isolamento”, o que dificulta a obtenção de insumos agrícolas fundamentais para a produção agropecuária da região, além de dificutar a comercialização dos produtos advindos do Vale do Juruá.
4. Caracterize a agricultura familiar no Brasil atualmente. Discuta como as condições do atual Plano Safra da Agricultura familiar afetam esses agricultores.
	Agricultor familiar é aquele que desenvolve atividades econômicas no meio rural, com propriedade rural menor que 4 módulos fiscais; utilização predominante de mão de obra da própria família e com a maior parte da renda familiar proveniente das atividades agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural.
	Dito isso, uma das características da agricultura familiar é a produção a partir de pequenos agricultores, com maior diversidade produtiva, onde normalmente a família tem o papel de proprietária, gestora e ainda é responsável por toda a logística de produção e comercialização.
	Verifica-se a permanência de barreiras históricas e estruturais que limitam o potencial e ameaçam as condições de reprodução desse segmento que se caracteriza pela relação direta entre a família rural e as atividades agropecuárias e artesanais (inclusive não agrícolas), constituindo uma mesma unidade social e econômica. É exatamente o impedimento de acesso às condições adequadas para satisfação das necessidades vitais e produtivas que limita a expansão da agricultura familiar no Brasil.
	O principal programa de incentivo à agricultura familiar é o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que financia projetos ao pequeno produtor rural, com baixas taxas de juros. Apesar de se constituir uma política pública já consolidada, está submetido a um processo contínuo de ajustes de atendimento às demandas.
	No Plano Agrícola e Pecuário (Plano Safra) 2021/22, os recursos (custeio, comercialização e investimento) destinados à agricultura familiar tiveram crescimento em 19%. Serão destinados R$ 39,34 bilhões para financiamento pelo Pronaf, com juros de 3% e 4,5%. Desse valor, são R$ 21,74 bilhões para custeio e comercialização e R$ R$ 17,6 bilhões para investimentos.
Esses valores representam um aumento de 12% na disponibilidade de recursos para custeio e de 29% na disponibilidade de recursos de investimento. Teve-se um aumento da renda bruta de enquadramento do beneficiário do Pronaf, de R$ 415 mil para R$ 500 mil. Teve aumento do limite de crédito de investimento de R$ 330 mil para R$ 400 mil para as atividades de suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura e fruticultura. 
Além disso, o limite de crédito de investimento de R$ 165 mil para R$ 200 mil para demais empreendimentos. Além de aumento do limite de financiamento para construção ou reforma de moradia em imóvel rural de R$ 50 mil para R$ 60 mil e aumento de 20% no limite do Crédito do Pronaf A e Microcrédito Grupo B, com manutenção da taxa de juros em 0,5% a.a.
5. Como o produtor familiar pode competir atualmente em um agronegócio que reúne relações mais complexas e interdependentes entre os elos da cadeia produtiva?
	Atualmente tem se tornado cada vez mais difícil que o produtor familiar consiga competir com grandes empresas/grupos do agronegócio brasileiro. Portanto, torna-se necessário a incorporação de tecnologias modernas no meio rural, dando-lhes capacidade para competir nos mercados. Além disso, deve-se utilizar diversos instrumentos úteis ao desenvolvimento de política agrícola e não-agrícola. Estes instrumentos, sistematicamente ordenados e disponibilizados, serão capazes de dar respostas aos desafios cotidianos do desenvolvimento rural de produtores familiares.
Outros pontos que podem ser explorados, é a obtenção do Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf), que nos últimos dois anos passaram de 700 para mais de 7.743 produtos, promovendo o acesso competitivo desses produtos ao mercado. Além disso, a promoção do turismo rural em propriedades de agricultores familiares, torna-se de fundamental importância para obtenção de renda extra para o produtor. Por fim a criação, principalmente, de cooperativas, tornam-se essenciais para que os produtores consigam competir de forma mais eficaz nos mercados.
6. Cite os tipos de risco que se tem na comercializaçãode produtos agrícolas.
Riscos de produção.
Riscos sanitários.
Riscos de gestão dos recursos (em especial dos recursos naturais).
Riscos de crédito e comercialização.
Riscos relacionados ao mercado externo.
Riscos decorrentes da infraestrutura.
Riscos do ambiente institucional relacionados a direitos de propriedade mal definidos, mudanças nas regras de comércio e mudanças nas regras relacionadas à própria produção.
7. Quais são as Políticas Públicas vigentes de apoio ao agronegócio brasileiro?
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
O PAA surgiu em 2003 e permiti que pequenos produtores vendam sua produção para instituições públicas sem a necessidade de uma licitação. 
	Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
O PNAE promove uma maior aliança entre agricultura familiar e merenda escolar. Do dinheiro repassado pela União a estados e municípios, 30% são destinados à compra de alimentos provenientes da agricultura familiar. 
	Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)
Visa facilitar o financiamento de imóveis rurais. 
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)
O Pronaf é outro programa com o objetivo de prover crédito ao produtor rural. São oferecidas taxas de juros mais baixas do que a inflação. É um programa de incentivo à agricultura familiar tido como referência pela ONU. O financiamento pode servir para custear a safra ou ainda para a compra de máquinas agrícolas. Dentre as linhas de crédito existentes no Pronaf, podemos citar as seguintes:
	Pronaf Agroindústria – direcionado ao processamento e a futura comercialização.
	Pronaf Cota-Parte – direcionado aos integrantes de cooperativas.
Pronaf Custeio – direcionado a custear a produção.
Pronaf Floresta – direcionado a projetos agroflorestais.
Pronaf Jovem – direcionado a jovens que trabalham com agropecuária.
Pronaf Mais Alimentos – direcionado a melhoria da infraestrutura da produção.
Pronaf Mulher – direcionado a mulheres que trabalham com agropecuária.
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Animal (Suasa)
O principal objetivo do Suasa foi descentralizar o processo de fiscalização sanitária para acelerar as etapas de registro dos projetos agroindustriais. 
Programa de Cadastro de Terras e Regularização Fundiária
Visando dar segurança jurídica aos pequenos posseiros e aos donos de imóveis rurais alvos de regularização, o programa investe na agilização de três processos básicos: cadastro, georreferenciamento e regularização do título de proprietário. 
Programa Nacional de Produção e uso do Biodiesel (PNPB)
	Criado em 2004, o programa vem procurando incentivar na agricultura familiar a produção de biodiesel.

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