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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - UVA CURSO: SEGURANÇA DO TRABALHO DICIPLINA: Gestão da Tecnológica e Inovação TUTOR: JUNE MARIA EMELINE MESQUITA DO BARREIRO ROTHSTEIN ALUNO: DEIVESON DOS SANTOS MATRICULA: 202233055458 Tecnologias Incrementais e Disruptivas RIO DE JANEIRO 2022 https://uva.instructure.com/courses/31526/users/33952 Sumário Enunciado........................................................................................................... Procedimentos para elaboração do TD ................................................................ ............ EXERCICIOS PROPOSTOS.............................................................................................................. Referências............................................................................................................. 7 ENUNCIADO Conforme observado ao longo das aulas, uma inovação pode impactar produtos, serviços, processos organizacionais ou modelos de negócios (dentre outros), podendo ser de dois tipos: incremental ou disruptiva. A inovação incremental consiste numa melhoria em produtos, serviços ou processos que irá agregar valor para o público-alvo da empresa. Seria fazer algo que ninguém faz, mas sem perder a essência original do alvo da inovação. No caso de uma inovação disruptiva, também chamada de radical, trata-se de algo mais impactante, que pode revolucionar por completo um determinado mercado, através da introdução ou extinção de concorrentes, produzindo um significativo impacto para a sociedade em geral. Exemplos de inovações disruptivas seriam o trem a vapor, o carro e o smartphone. Por vezes, em não raras oportunidades, tais inovações são originadas em empresas de outros mercados ou simplesmente startups, como é o exemplo do Uber, que não operava no segmento de transporte de passageiros e virou este segmento de cabeça para baixo Procedimentos para elaboração do TD Escolha um determinado mercado e descreva, em detalhes, duas propostas de inovações para este segmento, sendo uma incremental e outra disruptiva. Use bastante a sua imaginação e considere sugestões viáveis, do ponto de vista técnico (funcionalidades propostas) e de mercado (possibilidade de adoção pelo público-alvo). Lembre-se também de comentar as postagens de seus colegas, avaliando as sugestões, oferecendo exemplos adicionais e comentando sobre a viabilidade das inovações que seus colegas propuseram INTRODUÇAO: O processo de inovação é um poderoso recurso para o aumento da competitividade. Na era da globalização, muitos passaram a vê-lo como elemento crítico para o sucesso corporativo. Embora o tema esteja na moda, muitas empresas têm uma visão equivocada e restrita a seu respeito, vendo a inovação apenas como sinônimo de desenvolvimento de novos produtos. Na realidade, a inovação empresarial vai muito além, como mostram algumas das empresas mais bem-sucedidas no cenário mundial. A inovação de laboratório, ou seja, aquela que ainda não foi comercializada, não se traduz em valor para os clientes. A geração de valor a partir de processos de inovação é o grande desafio das empresas. Neste capítulo, você verá a diferença entre invenção e inovação, conhecerá os tipos de inovação e será apresentado ao conjunto de características que compõem um ecossistema de inovação. Criação de um novo mercado como base do modelo de negócio disruptivo A criação de um modelo de negócio disruptivo acontece, geralmente, quando são identificadas demandas reprimidas em algum mercado, relacionadas a preços muito altos ou soluções muito complexas. Dessa forma, as companhias que promovem rupturas tendem a conquistar clientes que pouco consumiam aqueles produtos ou serviços em vez de “roubar” consumidores de companhias já estabelecidas. Diante disso, algumas perguntas a serem feitas envolvem: • Os produtos já existentes não são usados por serem caros ou por serem complexos? • Os consumidores estão dispostos a usar um produto mais simples? • A inovação ajudará os consumidores a fazer algo que já fazem de forma mais fácil? Tipos de inovação A inovação pode ser de três tipos diferente s: radical, incremental ou disruptiva. A inovação radica l refere- se a um produto ou processo com características de desempenho sem precedentes, ou características conhecidas que promovam melhorias significativas ( LEIFER ; O'CON NOR; R ICE, 20 02). O grau de inovação incremental é a quele que causa, gradual e periodicamente, pequenas modificações à uma situação consolidada (T IPOS, 2017). Já a inovação disruptiva alcança um grau que permite criar merca dos e modelos de negócio, apresentando soluções mais eficientes do que as existentes até então (CANDIDO, 2011). É considerada inovação radical uma melhor ia de desempenho sem precedentes e m u m produto, processo ou ser viço, ou a melhor ia significativa a ponto de criar merca dos. A inovação radical tem relação com a quebra de um paradigma para de início a outro. As inovações radicais podem significar par a as empresas um a diminuição de custo sem aumento na produtividade e qualidade de produto se serviços já existentes ( LIMA , 2017). Um exemplo de i novação radica l que pode ser citado é a substituição dos discos de vinil (tecnologia analógica) pela utilização dos CDs (tecnologia digital). Por outro lado, a inovação incremental geralmente implica na inclusão de algo novo ou sensivelmente melhorado, sem que isso gere alteração em suas características básicas. Para que uma inovação seja considerada incremental é necessário que apresente uma melhor ia a partir de um produto, processo ou ser viço que já existe. É também chamada de inovação básica. Um exemplo de i novação incremental é o avião, que desde a sua invenção até os dias de hoje passou por grande quantidade pequenas melhorias a o longo do tempo. A inovação disruptiva parte da premissa de que o novo produto, ser viço ou processo permite a criação de u m novo mercado e agrega novos valores. Eventualmente pode até encerrar algum mercado já existente. O termo inovação disruptiva é utiliza do para identificar inovações inesperadas em produtos serviços ou processos. Existe uma certa confusão entre tecnologia disruptiva e inovação disruptiva, quando se refere a um modelo de negócio novo e inesperado. Nesse caso, o correto é inovação disruptiva. Cabe ressaltar também a diferença entre a inovação disruptiva e a inovação radical: est a propõe uma melhor ia no pro duto, serviço ou processo, sem afetar o modelo de negócio. Já na inovação disruptiva, muda o modelo de negócio. Um exemplo antigo de i novação disruptiva é estribo para cavalos, que veio a substituir uma manta que não permitia equilíbrio algum a os cavalheiros. Um exemplo mais recente é o Netflix, que revolucionou o mundo do entretenimento oferecido por filmes, séries e conteúdos similares. Inovações radicais, incrementais e disruptivas segundo o manual de Oslo (OECD, 2005), a inovação pode ser dividida em quatro tipos: produto, processo, marketing e organização. Inovação de pro duto Ainda de acordo com o manual de Oslo, inovação de produto é a introdução de um bem ou serviço novo, ou significativamente melhorado, no que se refere a suas características ou uso previstos. Incluem-se melhoramentos significativos em especificações técnicas, componentes e materiais, software reincorporado, facilidade de uso ou outras características funcionais. As inovações de produto podem se basear em novos conhecimentos e tecnologias, ou em uma combinação de novos usos para tecnologia se conhecimentos já existentes. Cabe ressalta r que o termo produtoserve tanto par a bens como para serviços. Exemplos de i novações de produto: aplicação de filmes ao vidro dos automóveis para reduzir os efeitos do calor e doação da luz; sistemas de posicionamento global (GPS) em equipamentos de transporte; redes sem fio embutidas em laptops; produtos com consumo de energia significativamente reduzido (refrigeradores com o uso eficiente de energia, etc.); telefones I P (protocolo de internet); novos serviços que melhoram muito a vida dos consumidores, como aluguel de automóveis com entrega e retira da em cas serviços de internet, como bancos on-line ou sistemas de pagamentos de contas; criação de sites com oferta gratuita de informações sobre produtos e várias funções de suporte ao cliente. Inovação de processo as inovações de processo consistem em mudanças no processo de produção do produto ou serviço, sem gerar necessariamente impacto no produto. Produzem benefícios na produção, geralmente com aumentos de produtividade e redução de custos. Podem ser consideradas também como uma sequência de atividades com o objetivo de gerar resultados mais eficientes por meio dos processos no dia a dia das empresas A disrupção se tornou um objetivo de para muitas empresas ao longo dos últimos anos. Afinal, diante de todos os impactos provocados pela transformação digital, tornou-se evidente que companhias que não mantiverem culturas de inovação tendem a ser superadas por concorrentes e perder sua capacidade competitiva. Inovação incremental A inovação incremental consiste na aplicação de pequenas inovações no produto já existente. Inclusive, podemos citar o Iphone novamente, afinal, depois desse primeiro, vieram o Iphone 5, 6, 10 e surge um novo todo ano. Quais são as vantagens da inovação incremental? Não é à toa que a inovação incremental seja a mais utilizada pelas empresas ao redor do mundo, afinal, ela possui vantagens indiscutíveis. Confira algumas: • Coca-Cola: a marca criou dezenas de sabores e tipos novos, como a Coca Zero e a Coca Light. • Faber-Castell: a empresa mantém o seu foco em materiais escolares, mas implementa dezenas de inovações incrementais em canetas, lápis, etc. • Microsoft: foi uma das pioneiras no desenvolvimento de softwares e sistemas operacionais e hoje continua inovando seu sistema Windows. O que é inovação incremental? De acordo com o autor Joseph Schumpeter, a inovação incremental é uma série de pequenas e constantes melhorias em produtos, processos e serviços já existentes em uma empresa. Pode até parecer que as empresas estão constantemente desenvolvendo e lançando um novo produto revolucionário, mas a verdade é que, cada vez mais, elas têm se concentrando em melhorias mais simples, com baixo custo e menos riscos. Normalmente, essas melhorias são pequenas e acontecem em uma área pontual da organização, como deixar uma linha de produção mais rápida ou adicionar um novo recurso a um produto. https://www.acolabam.com.br/blog/inovacao-como-estrategia-competitiva As organizações vêm aplicando a inovação incremental como estratégia para se diferenciarem ainda mais de sua concorrência, mantendo seus produtos relevantes no mercado. Características da inovação incremental Podemos destacar algumas características principais da inovação incremental, são elas: • A inovação incremental acontece quando há muito conhecimento e domínio sobre o negócio (é o seu core business); • As necessidades e demandas dos clientes são conhecidas; • O custo para inovar incrementalmente é relativamente baixo; • O risco da inovação incremental é baixo; • O valor do negócio cresce gradativamente a cada melhoria; • Protege o modelo de negócio atual; • É composta de pequenas inovações contínuas e graduais; • O sucesso da estratégia pode e deve ser ampliado à luz de processos colaborativos • A não adesão implica na possível defasagem do seu produto frente ao mercado. Apple e a inovação no design Na década de 90, a Apple se encontrava num cenário muito diferente do atual. O Macintosh representava o que a Apple fazia de melhor, mas o produto ainda era uma caixa cinzenta pouco atualizada e muito criticada. A empresa estava morrendo por falta de inovação. Em um golpe de mestre, Steve Jobs retornou à direção e promoveu uma limpeza geral na Apple, eliminando produtos e divisões inteiras da organização. https://blog.aevo.com.br/o-que-e-um-programa-de-ideias/ https://blog.aevo.com.br/o-que-e-um-programa-de-ideias/ https://blog.aevo.com.br/empresas-que-faliram-por-falta-de-inovacao/ Para marcar esse rito de passagem, o novo produto do negócio deveria ser ousado e ditar as regras do mercado: nascia o iMac G3. Mas, para desgosto dos nerds de plantão, o novo iMac chegou com as restrições características da marca até hoje: o abandono de tecnologias e hábitos antigos. O novo computador só poderia ser aberto com chaves de fendas, enquanto os leitores de disquete foram aposentados pela Apple 10 anos antes do restante do mercado. Além disso, o produto se tornou mais ergonômico, incorporando uma alça para transporte do computador – destacando sua portabilidade. Não é novidade que o iMac G3 foi um sucesso de vendas! A Apple se estabeleceu como referência em design centrado no usuário, conquistando uma posição de destaque na usabilidade tanto do hardware quanto do seu sistema operacional, o macOS. Em quase 20 anos de história, a família dos iMacs já ganhou mais de 10 novos integrantes, que possuem seu design aperfeiçoado ano após ano, mesmo que haja pouca inovação em hardware. Desta forma, a empresa sempre mantém seus produtos atualizados frente ao mercado de consumidores cada vez mais exigente. O iMac pode ter sido uma inovação radical que salvou a organização, mas foi graças ao comprometimento da marca com a melhoria contínua do seu design (cada vez mais baseado nos princípios básicos da Bauhaus), que o produto se manteve jovem mesmo após 20 anos. Este é um excelente exemplo de inovação incremental. BIC e a inovação em produto Estima-se que 57 canetas Bic Cristal são vendidas por segundo, no mundo inteiro. Esse produto onipresente é datado de 1945, quando o barão Marcel Bich teve a brilhante ideia de produzir uma caneta com uma mecânica capaz de dispensar a necessidade de ser manualmente carregada, deixando as constantes mãos sujas de tinta no passado. Após obter patente para a principal caneta esferográfica da marca, o processo de produção desta foi melhorado, aumentando a qualidade do produto e reduzindo os preços. Dessa forma, a caneta se consolidou pela simplicidade e segurança, tornando-se um sucesso e alcançando 21 milhões de unidades vendidas em apenas dois anos. Mas, se você acha que há pouca inovação incremental numa caneta esferográfica datada de 45, você está muito enganado! Seu design simples não deixa tão evidente uma série de inovações incrementais, que vão desde a abertura de ventilação da tampa até o minúsculo orifício de alívio de pressão, impedindo que o produto exploda quando exposto a altas pressões. Hoje, a famosa caneta esferográfica está presente em 160 países e a organização possui quase 10 mil funcionários, com um valor de mercado em quase 7 bilhões (setembro/ 2015). A caneta Bic Cristal ilustra muito bem nossos exemplos de inovação incremental, afinal, podemos esperar dessa esferográfica muitas outras melhorias pelos próximos anos. AERIS e a inovação em processo Fundada em 2010, a Aeris está no ramo da energia sustentável. Essa organização é especialista na fabricação de pás eólicas, suprindo a necessidade desse mercado com muita inovação. A inovação incremental também pode ser aplicada a escala industrial. Quando isso acontece, podemos obter grandes resultados em redução de custos. Quando a organização percebeu seu potencial inovador, ela investiu no Programa de Ideias para tornara inovação incremental algo contínuo, envolvendo todos os colaboradores da empresa. Alguns meses depois, os resultados apareceram: • Um ROI (retorno sobre o investimento) de 6.8x; • Resultado financeiro superior a meio milhão; https://blog.aevo.com.br/programa-de-inovacao-historias-de-sucesso-aeris/ • Redução de custo de mais de 900 MIL reais otimizando apenas dois processos; • Recebeu mais de 1.700 ideias no Programa. Apesar do exemplo de inovação incremental da Aeris não estar diretamente ligado ao seu produto final, podemos perceber que a organização é capaz de aplicar o conceito dentro de seus processos fabris. Embora não tenhamos exemplos como estes da Bic e da Amazon, acredito fortemente que essas organizações também aplicam a estratégia aos seus processos de fabricação, distribuição e produção de conteúdo. Como aplicar a inovação incremental? Podemos concluir que a inovação incremental é uma estratégia que visa melhorar continuamente o carro-chefe da sua organização. Logo, a não adesão desse tipo de inovação implica também a possível defasagem do seu produto pelo mercado, que buscará formas de superá- lo a todo momento. Além disso, quando esse tipo de inovação é realizado alinhado a uma iniciativa de intraempreendedorismo, onde os colaboradores são colocados no centro da estratégia, como um Programa de Ideias, transformamos a inovação incremental em algo contínuo e, dessa forma, podemos alcançar resultados ainda mais significativos. Como já diria Allan G. Robinson, autor do livro “Organizações Guiadas por Ideias”, o maior percentual de potencial inovador de uma organização está nos colaboradores da linha de frente. A explicação para isso é simples: são os seus colaboradores que, todos os dias, lidam diretamente com o seu produto, serviço ou processo. Por isso, quem melhor que eles para saber onde é necessário inovar incrementalmente? Focado em gerar ideias e explorar o potencial inovador dos colaboradores, um Programa de Ideias (ou Programa de Intraempreendedoríssimo) se conecta à inovação incremental como um modelo de iniciativa indicado para fomentar essa estratégia dentro das organizações. https://blog.aevo.com.br/intraempreendedorismo/ Inovação incremental A inovação incremental consiste em uma série de pequenas melhorias ou atualizações feitas nos produtos, serviços, processos ou métodos existentes, sem gerarem grandes impactos, necessariamente. Em linhas gerais, são inovações sustentáveis que ajudam as empresas a permanecer no jogo. Quem criou este conceito foi o economista austríaco Joseph Schumpeter. Em 1939, no livro Business Cycles, ele diferencia os conceitos de inovação incremental e radical. Schumpeter também explica que o primeiro é um progresso em cima de algo que já existe, diferentemente do segundo. Dessa forma, traz uma tecnologia completamente diferente de qualquer outra existente. Vantagens da inovação incremental As mudanças implementadas por meio da inovação incremental são, geralmente, focadas em: • Melhoria da eficiência de um produto ou serviço que já existe; • Produtividade; • Diferenciação competitiva; • Geração de riscos menores. Muitas empresas, inclusive, utilizam inovações incrementais para ajudar a manter ou melhorar a posição de mercado de um produto. Tanto é que ela se tornou uma tática bastante comum no setor da indústria de tecnologia de consumo. Afinal, as empresas buscam melhorar regularmente os dispositivos pessoais com recursos mais “amigáveis” ao cliente. Gmail e Coca-Cola: exemplo de inovação incremental Exemplos de inovações incrementais podem ser observadas com facilidade em nosso dia a dia. O Gmail, serviço de e-mail mais popular do mundo, é um deles! Quando lançado, ele entregava e-mails rapidamente e, com o passar do tempo, novos recursos foram adicionados para melhorar ainda mais o serviço e torná-lo mais útil para os usuários. https://www.amazon.com.br/Business-Cycles-Theoretical-Historical-Statistical/dp/1578985560 Outro exemplo é a Coca-Cola. A empresa ampliou sua linha ao introduzir sabores como Coca-Cola à base de limão, Coca-Cola à base de Cereja e até uma bebida chamada Coca-Cola Life, que permitiu que a marca permanecesse relevante ao longo dos anos. Muito embora a inovação incremental seja mais comum, por ser mais barata, menos arriscada e complexa, as empresas frequentemente utilizam, de forma simultânea, estratégias de inovação incremental e radical. A empresa pode introduzir uma inovação radical no mercado e, se for bem- sucedida, usá-la para melhorar o produto e mantê-lo competitivo ao longo do tempo. Inovação radical A inovação radical, por sua vez, diz respeito a um processo complexo, e não um evento discreto. Trata-se, na realidade, de um processo cuja finalidade engloba drásticas e consideráveis mudanças. Podemos defini-la de várias maneiras, mas provavelmente a melhor delas é com base na “estratégia do oceano azul”, como Kim e Mauborgne defendem. A estratégia do oceano azul propõe uma abordagem diferente para o crescimento de um negócio. Em vez de a empresa lutar por uma fatia de mercado, ela explora novos mercados. Isso exige um investimento significativo tanto de tempo quanto de recursos. Assim, o oceano azul representa um novo mercado, uma oportunidade que outras empresas ainda não enxergaram. E a expressão “mar vermelho” é usada para definir mercados saturados, com players grandes e muita concorrência. Ou seja, o mar vermelho estará cheio de tubarões (grandes empresas e bem posicionadas) esperando abocanhar quem estiver pela frente (novos negócios). Vantagens da inovação radical As mudanças ocorridas nos processos de inovação radical são, na verdade, transformações que geram uma série de benefícios como: • Exploração de novos prismas de um produto ou serviço; • Mudança de cenário por meio de lançamentos de produtos ou serviços; • Captação de um novo público-alvo; • Reposicionamento da empresa no mercado. https://distrito.me/blog/inovacao-incremental/ https://distrito.me/blog/inovacao-radical/ https://www.amazon.com.br/estrat%C3%A9gia-oceano-azul-concorr%C3%AAncia-irrelevante/dp/8543107024 Diferenças entre inovação incremental e radical Enquanto a inovação incremental volta os seus olhos para mudanças mais simples e contidas, a inovação radical enfoca o impacto de longo prazo, podendo envolver o deslocamento de produtos atuais, a alteração do relacionamento entre clientes e fornecedores e a criação de categorias completamente novas de produtos. Vem de Harvard, a distinção mais precisa entre ambas. Nesse sentido, a inovação incremental pode manter as empresas competitivas no curto prazo, mas apenas a inovação radical pode mudar o jogo, liderando o caminho para o crescimento a longo prazo. E é essa a vantagem que pode representar a chance de dominar um mercado inteiro, pelo menos durante as primeiras etapas, estabelecendo as regras. Um exemplo de inovação radical vem da Salesforce. Seu sistema de CRM aproveita não apenas uma nova plataforma de tecnologia na forma de computação em nuvem, mas também um novo modelo de negócios. Quando a empresa foi lançada em 1999, seu modelo de negócios de venda do software como serviço era verdadeiramente inovador. Até hoje a empresa continua a liderar o mercado. Afinal, ela foi nomeada pela Forbes como uma das empresas mais inovadoras do mundo por quatro anos consecutivos. Inovação disruptiva Há mais de 30 anos, Clayton Christensen, professor de Administração na Harvard Business School e mundialmente conhecido pelo seu estudo em inovação, introduziu esse conceito revolucionário que transformou o mundo dos negócios. A teoria da inovação disruptiva foi muito influente nos círculos de negócios e uma ferramenta poderosa para prever o sucesso das empresas. Trata-se de um processo em que uma tecnologia, produto ou serviço é transformado ou substituído por uma solução inovadora superior. Paraos clientes, isso significa ser mais acessível, simples ou conveniente. https://hbswk.hbs.edu/archive/radical-innovation-how-mature-companies-can-outsmart-upstarts https://hbr.org/2015/12/what-is-disruptive-innovation O impacto dessa inovação é tão grande que acaba gerando uma mudança no comportamento de consumo do público em geral. O resultado é que a solução anterior se torna obsoleta e pode até desaparecer. Alguns pontos dessa questão merecem atenção especial. Isso porque diferentemente do que se poderia pensar, a inovação disruptiva não cria produtos e serviços mais caros. Pelo contrário, cria soluções mais baratas e atende um público que as empresas tradicionais haviam deixado de fora. É assim que uma empresa pequena e nova, como uma startup, consegue bater uma gigante da indústria em seu próprio território. Vantagens da inovação disruptiva A medida mais extrema e arriscada dos três tipos de inovação, a disruptiva gera uma transfiguração completa, cujos benefícios podem ser sentidos em: • Alto índice de ganhos e lucros; • Criação de novos produtos ou serviços; • Possibilidade de ser a líder do seu segmento. Aplicação prática deste tipo de inovação As empresas grandes costumam focar em inovação sustentável, atualizando produtos e serviços existentes para atrair clientes de alto poder aquisitivo. Com isso, passam a ignorar os clientes regulares, que querem apenas soluções simples e de baixo custo. É aqui que uma nova empresa entra, oferecendo algo simples. Enquanto isso, as grandes companhias continuam focadas em clientes mais rentáveis, adicionando a seus produtos e serviços “penduricalhos”, pelos quais ninguém quer pagar. Ao mesmo tempo, o inovador disruptivo melhora o seu produto para que ele seja interessante para um número maior de pessoas. Quando a grande empresa cai em si, percebe que o disruptivo já começou a tomar conta do mercado. O único jeito que as grandes organizações têm de contra-atacar é lançando suas próprias inovações disruptivas. No entanto, para ter sucesso nesta missão, elas precisam tratar o processo como uma unidade separada, com um modelo de negócios e expectativas de crescimento diferentes. Elas precisam se perguntar que tarefa o consumidor precisa que seja feita, segmentar os consumidores por tarefa e não pelo tamanho do mercado nem por critérios demográficos. A partir disso, a empresa deve desenvolver maneiras Criação de um novo mercado como base do modelo de negócio disruptivo A criação de um modelo de negócio disruptivo acontece, geralmente, quando são identificadas demandas reprimidas em algum mercado, relacionadas a preços muito altos ou soluções muito complexas. Dessa forma, as companhias que promovem rupturas tendem a conquistar clientes que pouco consumiam aqueles produtos ou serviços em vez de “roubar” consumidores de companhias já estabelecidas. Diante disso, algumas perguntas a serem feitas envolvem: • Os produtos já existentes não são usados por serem caros ou por serem complexos? • Os consumidores estão dispostos a usar um produto mais simples? • A inovação ajudará os consumidores a fazer algo que já fazem de forma mais fácil Exemplos de mercados disruptiva Transportes: Uber A percepção da necessidade dos consumidores tende a ser o melhor caminho para a criação de negócios que efetivamente impactam a sociedade. Um exemplo claro está na Uber. A empresa que revolucionaria a forma como nos locomovemos nasceu em 2009. No começo, seu serviço permitia que os usuários de San Francisco se conectassem com motoristas particulares de carros de luxo. Aos poucos, houve a expansão para outras cidades norte-americanas e também para outros países. Em 2012, foi criado o UberX, serviço que permite qualquer proprietário de veículo se tornar motorista e tem preços mais acessíveis para os usuários. Desde então, o número de adeptos do app cresceu consideravelmente e muitas pessoas diminuíram o uso do transporte público. Hotelaria: Airbnb O mercado hoteleiro foi revolucionado nos últimos anos a partir do crescimento do Airbnb. Criado em 2008 como uma solução para arrecadar dinheiro com aluguel, o negócio fundado pelos então estudantes de Design Nathan Blecharczyk, Brian Chesky e Joe Gebbia já havia alcançado cerca de 30 mil cidades em 192 países diferentes com apenas quatro anos de existência. Enquanto os hotéis tentam encontrar meios para se adequar à transformação digital, o Airbnb atua como a conexão entre hóspedes e imóveis. Além disso, oferece serviços como locação de vagas de garagem, barcos e aviões. Atualmente, o Airbnb é a maior plataforma de economia compartilhada do mundo e uma das principais referências para companhias que planejam se digitalizar. Confira também: Turismo digital e as inovações no mercado de viagens Entretenimento: Netflix Até a década de 1990, a Blockbuster era responsável por liderar o mercado de locação de aluguéis de vídeos. Porém, em 2011, a companhia declarou falência. Naquele momento, ela já encarava a perda de mercado para concorrentes que foram mais ágeis na adequação às mídias digitais. Inicialmente, a Netflix enviava DVDs via correio para casa de seus clientes. Entretanto, a empresa teve a percepção de que as necessidades de seus consumidores eram outras e iniciou a caminhada para a disruptura de seu mercado com o streaming de vídeos sob demanda. A agilidade da Netflix para se adequar à nova tecnologia fez com que a empresa batesse a marca de 137 milhões de assinantes em 2018 e receita de US$ 11,3 bilhões ao ano. Atualmente, a companhia, além de oferecer o serviço de streaming, se tornou uma das principais produtoras de conteúdo do planeta, levando suas produções às principais premiações da indústria do entretenimento. Confira também: Como desenvolver a criatividade e estimular novas soluções Música: Spotify A aplicação de uma cultura ágil aliada ao uso de machine learning permitiu que a Spotify se tornasse a principal referência no mercado de música atualmente.Quando houve seu lançamento, em 2008, a companhia era focada em scrum, uma abordagem de desenvolvimento ágil e madura. Dessa forma, foi criada uma cultura baseada em times. À medida em que a empresa cresceu, o modelo de scrum foi adaptado, e aumentou também o número de líderes em processos da empresa. Juntamente com a metodologia ágil e suas adaptações para as rotinas da empresa, a Spotify desenvolveu um modelo de machine learning em que o aplicativo é capaz de aprender quais as músicas que seus usuários mais gostam e, assim, fazer indicações de acordo com seus perfis. No mercado B2B, a companhia ainda desenvolveu soluções para identificar qual é o gosto musical de determinado grupo no mercado, ampliando o seu portfólio. Confira também: O que é SAC 4.0 e como preparar sua empresa para ele? Finanças: Nubank Um dos mercados mais impactados pela transformação digital nos últimos anos foi o financeiro. Ainda que os bancos mantenham alto nível de lucratividade, eles precisaram conviver com o surgimento de bancos digitais. Em 2019, a Fast Company considerou o Nubank uma das fintechs mais inovadoras do mundo. A companhia brasileira não necessariamente passou por uma transformação digital, mas usou a digitalização como um grande ativo desde o seu surgimento no mercado. A startup pioneira de serviços financeiros nasceu em 2013, atuando como uma operadora de cartão de crédito e oferecendo um serviço digital, internacional e sem anuidades. Dessa forma, ela se posicionou com um grande diferencial num mercado em que a cobrança de taxas é algo comum. Já em 2017, a empresa foi além e criou a NuConta, incluindo em uma conta digital, administrada por aplicativo, os serviços dos bancos tradicionais. Num mercado tradicional e com o histórico de pouca aproximação com os clientes, o Nubank adotou a estratégia de se diferenciar justamente pelo seu atendimento digital. Os atendentes são incentivados a sair dos roteirosrígidos de comunicação com os clientes e ir além de suas solicitações. Com uma comunicação pessoal e humanizada, são capazes de oferecer boas experiências de consumo. Apoiado pela digitalização desde a sua fundação, o Nubank foi capaz de romper com a alta burocracia, falta de transparência, excesso de taxas e outras queixas comuns aos clientes de instituições financeiras. A fintech ainda empoderou seus clientes, permitindo diversas ações dentro de seu app, como bloquear o cartão, solicitar um novo, reportar compras ou alterar seu limite sem a necessidade de acionar a central de atendimento. Enquanto os grande bancos se adaptam à digitalização e melhorar a experiência de seus clientes, o Nubank já nasceu como resultado da transformação digital do mercado financeiro. Referências: https://blog.aevo.com.br/inovacao-incremental/ https://www.acolabam.com.br/blog/inovacao-incremental https://distrito.me/blog/inovacao-disruptiva-radical-e-incremental-qual-a-diferenca/ https://blog.aevo.com.br/inovacao-incremental/ https://www.acolabam.com.br/blog/inovacao-incremental https://distrito.me/blog/inovacao-disruptiva-radical-e-incremental-qual-a-diferenca/ TUTOR: JUNE MARIA EMELINE MESQUITA DO BARREIRO ROTHSTEIN Criação de um novo mercado como base do modelo de negócio disruptivo Inovação incremental Quais são as vantagens da inovação incremental? O que é inovação incremental? Características da inovação incremental Apple e a inovação no design BIC e a inovação em produto AERIS e a inovação em processo Como aplicar a inovação incremental? Inovação incremental Vantagens da inovação incremental Gmail e Coca-Cola: exemplo de inovação incremental Inovação radical Vantagens da inovação radical Diferenças entre inovação incremental e radical Inovação disruptiva Vantagens da inovação disruptiva Aplicação prática deste tipo de inovação
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