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Departamento de Engenharia Elétrica ANÁLISE MATEMÁTICA PARA ENGENHARIA III Professor Valério Oscar de Albuquerque Curso Engenharia Elétrica REVISÃO AV2 Unidade Unidade III - TRANSFORMADA DE LAPLACE Carga horária: 4 Aulas Conteúdo: Unidade III - TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas 3.4 - Transformada Inversa 3.5 - Tabela da Transformada de Laplace 3.6 - Aplicações Unidade Unidade III - TRANSFORMADA DE LAPLACE Carga horária: 4 Aulas Bibliografia para esta aula: BIDURIN, Cláudio; GIOFUSO, Valéria. Cálculo diferencial e integral III (Livro Proprietário). Rio de Janeiro: SESES, 2016. Disponível em: http://repositorio.savaestacio.com.br/site/index.html#/objeto/detalhes/8D546F 59-9F7D- 421C-B726-D7CDE91084A2> Cap. 4; Boyce, William E., DiPrima, Richard C.. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno; tradução e revisão técnica Valéria de Magalhães Iorio. - 10. ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro : LTC, 2017. Disponível em:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2833- 0/cfi/6/10!/4/10@0:42.6 Cap. 6; http://repositorio.savaestacio.com.br/site/index.html#/objeto/detalhes/8D546F59-9F7D- 421C-B726-D7CDE91084A2 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2833-0/cfi/6/10!/4/10@0:42.6 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • Entre as ferramentas muito úteis para a resolução de equações diferenciais estão as transformadas integrais. Uma transformada integral é uma relação da forma Onde: K(s, t) é uma função dada, chamada de núcleo da transformação, e os limites de integração α e β também são dados. É possível que α = –∞ ou β = ∞ ou ambos. • Existem diversas transformadas integrais úteis em matemática aplicada, mas vamos considerar, neste item, apenas a transformada de Laplace. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • A Transformada de Laplace foi desenvolvida pelo matemático francês Pierre Simon Laplace (1749-1827). • Definida da forma, suponha que f(t) é uma função definida para t ≥ 0 e que f satisfaz certas condições que serão especificadas mais adiante. Então a transformada de Laplace de f, que denotaremos por £{f(t)} ou por F(s), é definida pela equação TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • A transformada de Laplace usa o núcleo K(s, t) = e−st. Como as soluções das equações diferenciais lineares com coeficientes constantes se baseiam na função exponencial, a transformada de Laplace é particularmente útil para essas equações. A ideia geral quando se usa a transformada de Laplace para resolver uma equação diferencial é a seguinte: o Use a relação anterior para transformar um problema de valor inicial para uma função desconhecida f no domínio dos t em um problema mais simples (de fato, um problema algébrico) para F, no domínio dos s. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace o Resolva esse problema algébrico para encontrar F. o Recupere a função desejada f de sua transformada F. Esta última etapa é conhecida como “inverter a transformada”. • Em geral, o parâmetro s pode ser complexo (s = σ + jω), e todo o poder da transformada de Laplace só se torna disponível quando F(s) é considerada uma função de variável complexa. No entanto, para os problemas discutidos aqui, basta considerar apenas valores reais de s. A transformada de Laplace F de uma função f vai existir se f satisfizer determinadas condições, como as enunciadas no teorema a seguir. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • Teorema 3.2 - Suponha que: 1. f é seccionalmente contínua no intervalo 0 ≤ t ≤ A para qualquer A positivo; 2. |f(t)| ≤ Keat quando t ≥ M. Nessa desigualdade, K, a e M são constantes reais, com K e M necessariamente positivas. Então a transformada de Laplace £{f(t)} = F(s), definida pela Eq. anterior, existe para s > a. Demonstração: Para estabelecer esse teorema, vamos mostrar que a integral na Eq. anterior converge para s > a. Separando a integral imprópria em duas partes, temos: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • Teorema 3.2: A primeira integral à direita do sinal de igualdade na Eq. acima existe pela hipótese (1) do teorema; então a existência de F(s) depende da convergência da segunda integral. Pela hipótese (2), temos, para t ≥ M, |𝒆−𝒔𝒕𝒇(𝒕)| ≤ 𝒌𝒆−𝒔𝒕𝒆𝒂𝒕 = 𝒌𝒆(𝒂−𝒔)𝒕 Logo, pelo Teorema 3.1, F(s) existe se 𝑴 ∞ 𝒆 𝒂−𝒔 𝒕dt convergir. Pelo Exemplo 3, com (a – s) no lugar de c, vemos que esta última integral converge quando (a – s) < 0, o que estabelece o Teorema 3.2. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • Exemplo 6: Seja f(t) = 1, t ≥ 0. Então, como no Exemplo 3. Solução: Sabe-se que Logo, TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • Exemplo 7: Seja em que k é constante. Em contextos de engenharia, f(t) representa muitas vezes um impulso unitário, talvez uma força ou tensão. Solução: Note que f é uma função seccionalmente contínua Observe que £{f(t)} não depende de k, o valor da função no ponto de descontinuidade. Mesmo que f(t) não esteja definida nesse ponto, a transformada de Laplace de f permanece a mesma. Logo, existem muitas funções, diferindo de valor em um único ponto, que têm a mesma transformada de Laplace. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • Exemplo 8: Seja f(t) = sen at, t ≥ 0. Solução: Sabe-se que Logo, Como Integrando por partes, temos Uma segunda integração por partes fornece Portanto, resolvendo para F(s), temos TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • Vamos supor que f1 e f2 são duas funções cujas transformadas de Laplace existem para s > a1 e s > a2, respectivamente. Então, para s maior do que o máximo de a1 e a2, Logo A equação afirma que a transformada de Laplace é um operador linear, e, mais tarde, faremos uso frequente dessa propriedade. A soma na Eq. pode ser prontamente estendida para um número arbitrário de parcelas. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.1 - Conceitos Básicos Noções básicas A Transformada de Laplace • Exemplo 9: Encontre a transformada de Laplace de f(t) = 5e–2t– 3sen 4t, t ≥ 0. Solução: Sabe-se que Logo, £{f (t)} = 5£{e–2t} – 3£{sen 4t}. Como nos exemplos anteriores TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Definição Dada uma função integrável f(t), tal que f:[0,∞) R, a transformada de Laplace, {f (t )} , é dada por Para todo s ≥ 0 de maneira que a integral tenha convergência e com s = σ + iω uma variável do plano complexo. Por motivos de conveniência e concordância com a literatura específica das transformadas de Laplace, utilizaremos a variável t como argumento da função original e a variável s para a função transformada. Ainda, a função original será sempre representada por letras minúsculas, f(t), g(t), h(t), enquanto que a função transformada será representada por maiúsculas, F(s), G(s), H(s). TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Definição Exemplo 1 - Encontrar a transformada de Laplace para a função f(t)=1. Solução: Aplicando a definição, temos: Aplicando agora as propriedades de integrais impróprias, temos: 𝒇 𝒕 = 𝑭 𝒔 = lim 𝑩→∞ 𝟎 𝑩 𝒆−𝒔𝒕 . 𝟏 𝒅𝒕 = lim 𝑩→∞ −𝒆−𝒔𝒕 𝒔 𝑩 𝟎 = lim 𝑩→∞ −𝒆−𝒔𝑩 𝒔 + −𝒆−𝒔𝟎 𝒔 = −𝒆−𝒔∞ 𝒔 + −𝒆−𝒔𝟎 𝒔 = −𝟎 𝒔 + 𝟏 𝒔 = 𝟏 𝒔 = 𝑭(𝑺) TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades Propriedade da Linearidade:Se a transformada de Laplace de f(t) é F(s) , para s > a1 e a transformada de Laplace de g(t) é G(s) , para s > a2, então considerando duas constantes a e b, temos: Propriedade do Deslocamento: Se a transformada de Laplace de f(t) é F(s), para s > a e considerando uma constante a, então a transformada da função: Será igual a G(s) = F(s - a) para s > a + α. TRANSFORMADA DE LAPLACE ft gt ft gt Fs Gs s > max{a 1 ,a 2 } gt etft 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Condições de Existência Para a transformada de Laplace de f(t) é F(s) é necessário que: I. A função f(t) seja contínua em cada intervalo entre dois pontos quaisquer de descontinuidade, caso existam; Note que a função possui diversos pontos de continuidade, mas entre cada dois pontos a função é contínua. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Condições de Existência II. A função f(t) seja de ordem exponencial, ou seja, deve existir uma constante a, com a pertencente aos reais de modo que exista lim 𝒕→∞ 𝒆−𝒂𝒕; III. O domínio de F(s) de f(t) será s > a. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Condições de Existência A verificação da validade das condições de existência da transformada de Laplace parte do conceito de função de ordem exponencial e da propriedade da soma de integrais definidas. Vejamos: Nota-se claramente que a primeira integral está sendo calculada em um intervalo contínuo então o seu valor existirá sem problemas. Contudo, na segunda integral não necessariamente, mas supondo que a função que está sendo integrada seja de ordem exponencial, valendo a relação , para todo t > T. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Condições de Existência |𝑰𝟐| = 𝑻 ∞ |𝒆−𝒔𝒕𝒇 𝒕 |𝒅𝒕 <𝑴 𝟎 𝑻 𝒆−𝒔𝒕𝒆𝒄𝒕𝒅𝒕 = 𝑴 𝑻 ∞ 𝒆− 𝒔−𝒄 𝒕𝒅𝒕 = 𝑴 𝒆− 𝒔−𝒄 𝑻 𝒔 − 𝒄 • Assim, para s > c, como existe a convergência de I2, a transformada também apresentada convergência, existindo, portanto, a transformada de Laplace para a função. Mas é importante atentar para o fato de que o resultado só é válido se a função for de ordem exponencial e se s > c. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades Aplicar a definição e as propriedades da transformada de Laplace é possível obter a transformadas para um conjunto bem amplo de funções, o que será útil nos casos de aplicações, visto que executando as transformadas a priori, podemos gerar uma tabela de resultados que podem ser consultados a posteriori. • A função constante f(t)=k. Anteriormente já vimos o desenvolvimento da transformada de Laplace para a função f(t)=1, mas como será a transformada para uma função genérica f(t)=k? A definição será da forma: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades • A função constante f(t)=k. Uma vez que a função f(t) = k é constante em t, então podemos resolver a integral por substituição, fazendo a substituição u = -st e, com isso, 𝒅𝒕 = −𝟏 𝒔 𝒅𝒖. Então 𝒇 𝒕 = 𝒌 = 𝑭 𝒔 = 𝒌 lim 𝑩→∞ 𝟎 𝑩−𝟏 𝒔 𝒆𝒖 𝒅𝒖 = −𝒌 𝒔 𝟎 𝑩 𝒆𝒖𝒅𝒖 = −𝒌 𝒔 lim 𝑩→∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝑩 𝟎 = −𝒌 𝒔 lim 𝑩→∞ 𝒆−𝒔𝑩 −𝒆−𝒔𝟎 = −𝒌 𝒔 𝟎 − 𝟏 = 𝒌 𝒔 = 𝑭(𝑺) TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades • A função constante f(t)=k. Uma vez que a função f(t) = k é constante em t, então podemos resolver a integral por substituição, fazendo a substituição u = -st e, com isso, 𝒅𝒕 = −𝟏 𝒔 𝒅𝒖. Então 𝒇 𝒕 = 𝒌 = 𝑭 𝒔 = 𝒌 lim 𝑩→∞ 𝟎 𝑩−𝟏 𝒔 𝒆𝒖 𝒅𝒖 = −𝒌 𝒔 𝟎 𝑩 𝒆𝒖𝒅𝒖 = −𝒌 𝒔 lim 𝑩→∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝑩 𝟎 Aplicando os limites de integração, lembrando que e-st ∞ quando t = 0 e que e-st =1 quando t = 0, quando s > 0, temos = −𝒌 𝒔 lim 𝑩→∞ 𝒆−𝒔𝑩 −𝒆−𝒔𝟎 = −𝒌 𝒔 𝟎 − 𝟏 = 𝒌 𝒔 = 𝑭(𝑺) TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades • A função constante f(t)=t. Solução: Pela definição, temos: Para a resolução da integral devemos usar a técnica de integração por partes, onde: Fazendo u = t, du = dt, dv = e-st dt e 𝒗 = −𝟏 𝒔 𝒆−𝒔𝒕 temos, {𝒕} = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕𝒕𝒅𝒕 = −𝒕 𝒔 𝒆−𝒔𝒕 ∞ 𝟎 − 𝟎 ∞−𝟏 𝒔 𝒆−𝒔𝒕𝒅𝒕 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades • A função constante f(t)=t. Solução: 𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕𝒅𝒕 = −𝒕 𝒔 𝒆−𝒔𝒕 − 𝟏 𝒔𝟐 𝒆−𝒔𝒕 ∞ 𝟎 Substituindo os limites de integração e lembrando que lim 𝑩→∞ 𝑩𝒆−𝒔𝑩 = 𝟎 e lim 𝑩→∞ 𝒆−𝒔𝑩 = 𝟎 logo, 𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕𝒅𝒕 = − 𝟎 𝒔 𝒆−𝒔𝟎 + 𝟏 𝒔𝟐 𝒆−𝒔𝟎 = 𝟎 + 𝟏 𝒔𝟐 = 𝟏 𝒔𝟐 Portanto, a transformada de Laplace, F(s) (em maiúsculo e em função de s) para a função f(t) = t (em minúsculo e em função de t), será: 𝒕 = 𝐅 𝐬 = 𝟏 𝒔𝟐 Se desenvolvermos a transformada de 𝐅 𝐬 = 𝒕 = 𝒏! 𝒔𝒏+𝟏 Laplace, teremos: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades • Então, para uma função do tipo: f(t) = at2, a transformada de Laplace será: Solução: Sabe-se que 𝐅 𝐬 = 𝒕 = 𝒏! 𝒔𝒏+𝟏 Logo, 𝐅 𝐬 = 𝒂𝒕𝟐 = 𝒂 𝟐! 𝒔𝟐+𝟏 = 𝟐𝒂 𝒔𝟑 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades • No caso em que temos somas de funções, quantas forem elas, aplicamos a transformada de Laplace em cada função (f(t) + g(t)), multiplicadas pelos fatores a e b. A transformada de Laplace, que neste caso é chamada de transformada linear, pode ser escrita na forma: Ou ainda TRANSFORMADA DE LAPLACE F s G s af t } b{g t a.estf t dt b.estg t dt 0 0 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades • A função original é da forma exponencial, ou f(t) = eat. Podemos desenvolver a transformada de Laplace fazendo: Resolvendo a integral por substituição, fazendo u = –(s – a) t, então: 𝒆𝒂𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−(𝒔−𝒂)𝒕𝒅𝒕 = 𝟎 ∞ 𝟏 −(𝒔 − 𝒂) 𝒆𝒖𝒅𝒖 = 𝟏 −(𝒔 − 𝒂) 𝟎 ∞ 𝒆𝒖𝒅𝒖 = 𝟏 −(𝒔 − 𝒂) 𝒆−(𝒔−𝒂)𝒕 ∞ 𝟎 = 𝟏 −(𝒔 − 𝒂) (𝒆−(𝒔−𝒂)∞− 𝒆− 𝒔−𝒂 𝟎) = 𝟏 − 𝒔 − 𝒂 (𝟎 − 𝟏) ∴ 𝑭(𝒔) = 𝟏 𝒔 − 𝒂 TRANSFORMADA DE LAPLACE F s f t eat est eat dt est atdt e satdt 0 0 0 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades • A função original como uma função trigonométrica do tipo f(t) = sen(at). Podemos desenvolver a transformada de Laplace fazendo: Resolvendo a integral por partes, fazendo u = sen(at), du = acos(at)dt e dv = e-stdt, então: 𝒆−𝒔𝒕𝒅𝒕 = −𝟏 𝒔 𝒆−𝒔𝒕 e substituindo em 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = −𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏𝒂𝒕 𝒔 ∞ 𝟎 + 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕𝒄𝒐𝒔(𝒂𝒕)𝒅𝒕 lim 𝑩→∞ 𝒆−𝒔𝑩𝒔𝒆𝒏(𝒂𝑩) = 𝟎 então −𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏𝒂𝒕 𝒔 ∞ 𝟎 = 𝟎 TRANSFORMADA DE LAPLACE F s f t sen at est sen at dt 0 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades Resolvendo a integral por partes, fazendo u = cos(at), du = -asen(at)dt e dv = e-stdt, então: 𝒗 = 𝒆−𝒔𝒕𝒅𝒕 = −𝟏 𝒔 𝒆−𝒔𝒕 e substituindo em 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒂 𝒔 −𝟏 𝒔 𝒆−𝒔𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝒂𝒕) ∞ 𝟎 + 𝟎 ∞−𝒂 𝒔 𝒆−𝒔𝒕𝒄𝒐𝒔(𝒂𝒕)𝒅𝒕 Como lim 𝑩→∞ 𝒆−𝒔𝑩𝒄𝒐𝒔(𝒂𝑩) = 𝟎 Então 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒂 𝒔𝟐 − 𝒂𝟐 𝒔𝟐 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 + 𝒂𝟐 𝒔 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒂 𝒔𝟐 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades Ou na forma 𝒂𝟐 𝒔𝟐 + 𝟏 + 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 =𝒂 𝒔𝟐 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 + 𝒂𝟐 𝒔 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒂 𝒔𝟐 Isolando a integral e fazendo 𝒂 𝒔𝟐 + 𝟏 = 𝒂𝟐+𝒔𝟐 𝒔𝟐 teremos 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒂𝒔𝟐 𝒔𝟐(𝒔𝟐 + 𝒂𝟐) = 𝒂 𝒔𝟐 + 𝒂𝟐 Ou ainda 𝑭 𝒔 = 𝒔𝒆𝒏 𝒂𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒂 𝒔𝟐 + 𝒂𝟐 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Propriedades O desenvolvimento para a função f(t) = cos(at) é similar à f(t) = sen(at) e sendo assim 𝑭 𝒔 = 𝒄𝒐𝒔 𝒂𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒔 𝒔𝟐 + 𝒂𝟐 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Exemplos Exemplo 2 - Seja a função quadrática dada por: Encontre a transformada de Laplace para este caso. Solução: Ou ainda TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Exemplos Exemplo 2 - Solução: Mas, como já sabemos a forma geral para a função polinomial, então podemos desenvolver a transformada de Laplace com os resultados já obtidos, ou seja Lembrando que Teremos 𝐅 𝐬 = 𝟑𝒙𝟐 + 𝟐𝒙 + −𝟒 = 𝟑 𝟐! 𝒔𝟐+𝟏 + 𝟐 𝟏! 𝒔𝟏+𝟏 − 𝟒 𝒔 TRANSFORMADA DE LAPLACE F s 3x 2 2x 4 3x 2 2x 4 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Exemplos Exemplo 3 – Qual a transformada de Laplace para a função. f(t) = sen (3t) Solução: 𝑭 𝒔 = 𝒔𝒆𝒏 𝒂𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒂 𝒔𝟐 + 𝒂𝟐 Então 𝑭 𝒔 = 𝒔𝒆𝒏 𝟑𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒔𝒆𝒏(𝟑𝒕) 𝒅𝒕 = 𝟑 𝒔𝟐 + 𝟗 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Exemplos Exemplo 4 – Qual a transformada de Laplace para a função. f(t) = cos (4t) Solução: 𝑭 𝒔 = 𝒄𝒐𝒔 𝒂𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝒂𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒔 𝒔𝟐 + 𝒂𝟐 Então 𝑭 𝒔 = 𝒄𝒐𝒔 𝟒𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝟒𝒕) 𝒅𝒕 = 𝒔 𝒔𝟐 + 𝟏𝟔 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.2 - Propriedades da Transformada de Laplace Exemplos Exemplo 5 – Para a função com duas sentenças dada por: f(t) = Calcule a sua transformada de Laplace. Solução: Sabe-se que Como a primeira das duas integrais é igual a zero, então será necessário resolver apenas a segunda derivada, resultando em: 𝑭 𝒔 = 𝒇(𝒕) = 𝟑 𝟓 ∞ 𝒆−𝒔𝒕𝒅𝒕 = 𝟑𝒆−𝒔𝒕 𝒔 ∞ 𝟓 = 𝟎 + 𝟑𝒆−𝟓𝒔 𝒔 = 𝟑𝒆−𝟓𝒔 𝒔 TRANSFORMADA DE LAPLACE 0 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝟎 ≤ 𝒕 ≤ 𝟓 3 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕 ≥ 𝟓 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada Suponhamos uma função f(t) integrável, tal que f:[0,∞) R, e a transformada de Laplace L{f(t)}. Considerando a derivada de primeira ordem de f(t) como sendo f’(t) então, pela definição da transformada de Laplace, temos: Resolvendo a integral por parte, temos u = e(-st) e dv = f' (t). Assim, du = – s e-st e v = f(t). Substituindo na regra da integral por partes, temos TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada O primeiro termo pode ser resolvido utilizando limite, da forma: O segundo termos, se você observar bem, é exatamente a transformada da função f(t). Assim, o resultado fica reduzido a: Ou da forma TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada Fazendo agora para a derivada de segunda ordem, temos: Resolvendo a integral por parte, temos u = e-st e dv = f'' (t). Assim, du = –se-st e v = f'(t). Substituindo na regra da integral por partes, temos: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada O primeiro termo pode ser resolvido utilizando limite, da forma: Novamente no segundo termo temos uma transformada, mas neste caso da função f’(t). Assim, o resultado fica reduzido a: Substituindo a transformada da derivada de primeira ordem, temos finalmente que: E portanto TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada Fazendo agora para a derivada de terceira ordem, temos: Resolvendo a integral por parte, temos u = e-st e dv = f''' (t). Assim, du = –se-st e v = f''t). Substituindo na regra da integral por partes, temos: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada O primeiro termo pode ser resolvido utilizando limite, da forma: Novamente no segundo termo temos uma transformada, mas neste caso da função f’(t). Assim, o resultado fica reduzido a: Substituindo a transformada da derivada de primeira ordem, temos finalmente que: E portanto Ou então, da forma: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada O primeiro termo pode ser resolvido utilizando limite, da forma: Novamente no segundo termo temos uma transformada, mas neste caso da função f’(t). Assim, o resultado fica reduzido a: Substituindo a transformada da derivada de primeira ordem, temos finalmente que: E portanto Ou então, da forma: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada Pode-se generalizar o que ocorre com a transformada de Laplace de uma derivada de ordem n, gerando a seguinte propriedade: Transformadas de Derivadas • Sejam as funções f(t), f‘(t), f‘‘(t), f‘‘‘(t), ..., f(n-1)(t) contínuas em [0, ¥) e todas de ordem exponencial e a função f(n)(t) contínua por partes em [0, ¥), então a transformada de qualquer derivada será igual a: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada Transformadas de Derivadas Da mesma maneira que temos uma transformada de uma derivada, podemos ter também a derivada de uma transformada. Tomando a transformada de uma função f(t) e calculando a sua derivada em relação a s, temos: 𝒅𝑭(𝒔) 𝒅𝒔 = 𝒅 𝒅𝒔 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕𝒇 𝒕 𝒅𝒕 = 𝟎 ∞ 𝒅 𝒅𝒔 [𝒆−𝒔𝒕𝒇 𝒕 ]𝒅𝒕 = − 𝟎 ∞ 𝒆−𝒔𝒕𝒕𝒇 𝒕 ]𝒅𝒕 = {𝒕𝒇 𝒕 } Logo, temos 𝒕𝒇 𝒕 = 𝒅 𝒅𝒔 𝒇 𝒕 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.3 - Derivação e Integração de Transformadas Derivada da transformada e transformada da derivada Transformada de funções do tipo tnf(t): 𝒕𝒏𝒇 𝒕 = −𝟏 𝒏 𝒅𝒏 𝒅𝒔𝒏 𝑭(𝒔) TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa Derivada da transformada e transformada da derivada Esquema de utilização da transformada de Laplace - possível notar que a transformada será capaz de reduzir uma EDO em uma equação algébrica, facilitando a sua resolução, mas a partir dessa resolução, temos que transformar de novo, fazer a volta da transformação, a inversa da transformação para associar a solução da equação algébrica à solução da EDO. O cálculo da transformada para algumas funções típicas é claro que a inversa da transformada, L-1, deve retornar para a função original. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa Derivada da transformada e transformada da derivada • Caso 1 - Para f(t)=k temos que 𝒇 𝒕 = 𝒌 = 𝒌 𝒔 A inversa da transformada será 𝒌 𝒔 −𝟏 = 𝒌 • Caso 2 - Para f(t)=ktn temos que 𝒇 𝒕 = 𝒌𝒕𝒏 = 𝒌𝒏! 𝒔𝒏+𝟏 A inversa da transformada será 𝒌𝒏! 𝒔𝒏+𝟏 −𝟏 = 𝒌𝒕𝒏 • Caso 3 - Para f(t)=eat temos que 𝒇 𝒕 = 𝒆𝒂𝒕 = 𝟏 𝒔 − 𝒂 A inversa da transformada será 𝒇 𝒕 = 𝟏 𝒔 −𝒂 −𝟏 = 𝒆𝒂𝒕 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa Derivada da transformada e transformada da derivada • Caso 4 - Para f(t)=sen(kt) temos que 𝒇 𝒕 = 𝒔𝒆𝒏(𝒌𝒕) = 𝒌 𝒔𝟐 + 𝒌𝟐 A inversa da transformada será 𝒌 𝒔𝟐+𝒌𝟐 −𝟏 = 𝒔𝒆𝒏(𝒌𝒕) Caso 5 - Para f(t)=cos(kt) temos que 𝒇 𝒕 = 𝒄𝒐𝒔(𝒌𝒕) = 𝒔 𝒔𝟐 + 𝒌𝟐 A inversa da transformada será 𝒔 𝒔𝟐+𝒌𝟐 −𝟏 = 𝒄𝒐𝒔(𝒌𝒕) TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa Derivada da transformada e transformada da derivada • Exemplos1 - Calcular a transformada inversa da função 𝑭(𝒔) = 𝟏𝟐 𝒔𝟔 Solução 𝑭 𝒔 = 𝟏𝟐 𝒔𝟔 = 𝟏𝟐 𝟏 𝒔𝟔 Sabe-se 𝒇 𝒕 = 𝒌𝒕𝒏 = 𝒌𝒏! 𝒔𝒏+𝟏 𝑭 𝒔 = 𝟏𝟐 𝟏 𝒔𝟓+𝟏 = 𝟏𝟐 𝟓! 𝟓! 𝒔𝟓+𝟏 ∴ 𝟏𝟐 𝒔𝟔 −𝟏 = 𝟏𝟐 𝟓! 𝒕𝟓 = 𝟏𝟐 𝟏𝟐𝟎 𝒕𝟓 = 𝟎, 𝟏𝒕𝟓 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa Derivada da transformada e transformada da derivada • Exemplos 2 - Calcular a transformada inversa da função 𝑭(𝒔) = 𝟑 𝒔𝟐+𝟏𝟔 Solução 𝑭 𝒔 = 𝟑 𝒔𝟐 + 𝟏𝟔 = 𝟑 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟏𝟔 = 𝟑 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟒𝟐 = 𝟑 𝟒 𝟒 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟒𝟐 Sabe-se 𝒇 𝒕 = 𝒔𝒆𝒏(𝒌𝒕) = 𝒌 𝒔𝟐+𝒌𝟐 𝒇(𝒕) = 𝟑 𝟒 𝟒 𝒔𝟐+𝟒𝟐 = 𝟑 𝟒 𝒔𝒆𝒏 𝟒𝒕 = 𝟎, 𝟕𝟓 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝒕) TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa Derivada da transformada e transformada da derivada • Exemplos 3 - Calcular a transformada inversa da função 𝑭(𝒔) = −𝟒+𝟓𝒔 𝒔𝟐+𝟗 Solução 𝑭 𝒔 = −𝟒 + 𝟓𝒔 𝒔𝟐 + 𝟗 = −𝟒 𝒔𝟐 + 𝟑𝟐 + 𝟓𝒔 𝒔𝟐 + 𝟑𝟐 = −𝟒 𝟑 𝟑 𝒔𝟐 + 𝟑𝟐 + 𝟓 𝒔 𝒔𝟐 + 𝟑𝟐 Sabe-se 𝒇 𝒕 = 𝒔𝒆𝒏(𝒌𝒕) = 𝒌 𝒔𝟐+𝒌𝟐 𝒇 𝒕 = 𝒄𝒐𝒔(𝒌𝒕) = 𝒔 𝒔𝟐 + 𝒌𝟐 f(t)= − 𝟒 𝟑 𝒔𝒆𝒏 𝟑𝒕 + 𝟓𝒄𝒐𝒔 𝟑𝒕 = 𝟓𝒄𝒐𝒔 𝟑𝒕 − 𝟏, 𝟑𝟑𝒔𝒆𝒏(𝟑𝒕) TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa As funções da transformada de Laplace TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa As funções da transformada de Laplace TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.4 - Transformada Inversa As funções da transformada de Laplace TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 4 - Determine a solução da equação diferencial de segunda ordem, dados os valores iniciais, y(0)=0 e y'(0)=2, sendo y“ + y‘ - 2y = 4t. Solução Sabe-se: 2. 44. 45. Com os valores da tabela temos de (45), (44), (2) e lembrando que f(y) = F(s), que é transformada de interesse, podemos escrever: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 4 - Solução Agrupando os termos em F(s), temos: Isolando F(s) na expressão, fatorando o denominador e separando a expressão em frações parciais, temos: Tirando o mínimo múltiplo comum e agrupando os termos em s3, s2, s e constantes, temos: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 4 - Solução Fazendo a associação entre os numeradores da expressão, o sistema linear a ser resolvido será: A + C + D = 0 A + B - C + 2D = 2 B - 2A = 0 - 2B = 4 Assim determinando B=-2 e fazendo as devidas substituições chegamos aos valores de A= -1, C=-1 e D = 2. Com isso, a transformada de Laplace passa a ser vista como:𝑭 𝒔 = −𝟏 𝒔 − 𝟐 𝒔𝟐 − 𝟏 𝒔+𝟐 + 𝟐 𝒔−𝟏 𝐋𝐨𝐠𝐨 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 5 - A equação diferencial em que y é uma função de t (f(t)) y'' + 4y = t e está sujeita às condições iniciais y(0) = 2 e y'(0) = 3. Solução Da tabela de transformadas de Laplace, 2 e 45, e ainda lembrando que f(y) = F(s), então: 2. 45. Ou ainda, Ou seja, TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 5 - Solução Então: 𝑭 𝒔 = 𝟑 (𝒔𝟐+𝟒) + 𝟐𝒔 (𝒔𝟐+𝟒) + 𝟏 𝒔𝟐(𝒔𝟐+𝟒) O último termo deve ser dividido em duas frações na forma de frações par ciais, obtendo: 𝟏 𝒔𝟐(𝒔𝟐 + 𝟒) = 𝑨 𝒔𝟐 + 𝑩 (𝒔𝟐+𝟒) = 𝒔𝟐 𝑨 + 𝑩 + 𝟒𝑨 𝒔𝟐(𝒔𝟐 + 𝟒) Resolvendo o sistema linear em A e B, temos A = 1/4 e B = -1/4. 𝑭 𝒔 = 𝟑 𝟏 (𝒔𝟐+𝟒) + 𝟐𝒔 (𝒔𝟐+𝟒) + 𝟏 𝟒 𝟏 𝒔𝟐 − 𝟏 𝟒 𝟏 (𝒔𝟐+𝟒) TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 5 - Solução Fazendo a operação entre o primeiro e o último termo da expressão e manipulando algebricamente o resultado para poder ser comparado à transformada de Laplace da tabela no. 6 e ainda utilizando as de no. 7 e 2, temos: 6. 7. 𝑭 𝒔 = 𝟏𝟏 𝟒 𝟐 𝟐 𝟏 (𝒔𝟐+ 𝟐𝟐) + 𝟐( 𝒔 (𝒔𝟐+ 𝟐𝟐) ) + 𝟏 𝟒 𝟏 𝒔𝟐 Ou seja 𝒇 𝒕 = 𝟏𝟏 𝟖 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒕 + 𝟐𝒄𝒐𝒔𝟐𝒕 + 𝒕 𝟒 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 5 - [Adaptado de Simmons e Krantz] Determine a solução da equação diferencial abaixo sujeita às seguintes condições iniciais y(0) = 0 e y'(0) = 3. Solução Da tabela de transformadas de Laplace, 36, 44 e 45, e ainda lembrando que f(y) = F(s), então: 36. 𝒆𝒂𝒕𝒔𝒆𝒏 𝒌𝒕 = 𝒌 (𝒔−𝒂)𝟐+𝒌𝟐 44 45. TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 5 - Solução Da tabela de transformadas de Laplace, 36, 44 e 45, e ainda lembrando que f(y) = F(s), então: 𝒔𝟐𝑭 𝒔 − 𝒔𝒇 𝟎 − 𝒇′ 𝟎 + 𝟐 𝒔𝑭 𝒔 − 𝒇 𝟎 + 𝟓𝑭 𝒔 = 𝟑( 𝟏 (𝒔−𝟏)𝟐+𝟏 ) Isolando F(s), a expressão é escrita como: 𝑭 𝒔 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟓 = 𝟑 𝟏 𝒔𝟐+𝟐𝒔+𝟐 + 𝟑 E ainda, 𝑭 𝒔 = 𝟑 𝟏 𝒔𝟐+𝟐𝒔+𝟐 𝒔𝟐+𝟐𝒔+𝟓 + 𝟑 𝒔𝟐+𝟐𝒔+𝟓 = 𝟑 𝒔𝟐+𝟐𝒔+𝟓 (𝒔𝟐+𝟐𝒔+𝟐) + 𝟑 𝒔𝟐+𝟐𝒔+𝟓 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 5 - Solução O primeiro termo da expressão deve ser escrito como frações parciais na forma: 𝟑 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟓 (𝒔𝟐+𝟐𝒔 + 𝟐) = 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟐 − 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟓 Adaptada novamente à expressão de F(s) F(s), temos: 𝑭 𝒔 = 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟐 − 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟓 + 𝟑 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟓 Ou da forma 𝑭 𝒔 = 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟐 + 𝟐 𝒔𝟐 + 𝟐𝒔 + 𝟓 TRANSFORMADA DE LAPLACE 3.6 - Aplicações As equações diferenciais são resolvidas com a ajuda das transformadas de Laplace • Exemplos 5 - Solução Escrevendo os dois denominadores na forma de produtos notáveis, temos: 𝑭 𝒔 = 𝟏 (𝒔 − −𝟏) 𝟐 + 𝟏 + 𝟐 (𝒔 − −𝟏) 𝟐 + 𝟐𝟐 Recorrendo mais uma vez a transformada 36 da tabela, a função f(t) passa a ser: TRANSFORMADA DE LAPLACE Unidade Unidade IV - SÉRIE DE FOURIER Carga horária: 4 Aulas Conteúdo: 4.1- Conceito e Definição de Séries 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas 4.3 -Séries pares e ímpares 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Unidade Unidade IV - SÉRIE DE FOURIER Carga horária: 4 Aulas Bibliografia para esta aula: BIDURIN, Cláudio; GIOFUSO, Valéria. Cálculo diferencial e integral III (Livro Proprietário). Rio de Janeiro: SESES, 2016. Disponível em: http://repositorio.savaestacio.com.br/site/index.html#/objeto/detalhes/8D546F 59-9F7D- 421C-B726-D7CDE91084A2> Cap. 5; Boyce, William E., DiPrima, Richard C.. Equações diferenciais elementares e problemas de valores de contorno; tradução e revisão técnica Valéria de Magalhães Iorio. - 10. ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro : LTC, 2017. Disponível em:<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2833- 0/cfi/6/10!/4/10@0:42.6 > Cap. 10; http://repositorio.savaestacio.com.br/site/index.html#/objeto/detalhes/8D546F59-9F7D- 421C-B726-D7CDE91084A2 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2833-0/cfi/6/10!/4/10@0:42.6 4.1- Conceito e Definição de Séries Introdução Análise de Fourier (também chamada de Análise Harmônica), que diz respeito à representação de sinais como uma soma (ou melhor dizendo, uma combinação linear) de sinais básicos como senos e cossenos, ou exponenciais complexas; A Análise de Fourier permite decompor um sinal nas suas componentes em frequência (harmônicos) e tem muitas aplicações no Processamento de sinal, no Processamento de imagem, na Física em várias aplicações, na Probabilidade e Estatística assim como em muitas outras áreas; SÉRIE DE FOURIER Série de Fourier (sinal periódico da onda quadrada) 4.1- Conceitoe Definição de Séries Introdução Antes de Fourier três físicos já tinham feito estudos preliminares em séries infinitas para resolverem problemas diversos da Física: suíço Leonhard Euler (1707-1783), o francês Jean Le Rond d'Alembert (1717-1783) e o holandês Daniel Bernoulli (1700-1782); No ano de 1822, na França, foi publicado um trabalho sobre a Teoria Analítica do Calor de Jean Baptiste Joseph Fourier (1768-1830). Este trabalho marcou definitivamente a presença de Fourier na Matemática e na Física e a sua transformada, a série de Fourier. SÉRIE DE FOURIER 4.1- Conceito e Definição de Séries Séries infinitas Uma progressão aritmética (PA) é uma sequência numérica de termos que variam em função de uma razão aditiva, enquanto que a progressão geométrica (PG) é uma sequência de termos que variam em função de uma razão multiplicativa. Exemplo: a sequência (4, 7, 10, 13, 16, ...) é uma P.A.; a sequência (2,4,8,16, 32, 64, 128, 256...) é uma PG. Considerando uma sequência numérica, é natural supor que a mesma será convergente se possuir um limite L, ou seja, supondo uma sequência {an} então 𝐥𝐢𝐦𝒏→∞ 𝒂𝒏 = 𝑳. Sempre que houver um limitante para a sequência a mesma é dita ser convergente, caso contrário, se o limite for igual a infinito, a sequência é divergente. SÉRIE DE FOURIER 4.1- Conceito e Definição de Séries Séries infinitas Exemplo 1 - Verifique se a sequência harmônica 𝒂𝒏 = 𝟏 𝒏 é ou não convergente. Solução Calculando o limite, temos: 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝒂𝒏 = 𝑳 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝟏 𝒏 = 𝟏 ∞ = 𝟎 Assim, a sequência harmônica é convergente e o seu limite L = 0. SÉRIE DE FOURIER 4.1- Conceito e Definição de Séries Séries infinitas Exemplo 2 - Verifique se a sequência harmônica 𝒂𝒏 = 𝒏 𝒏+𝟏 é ou não convergente. Solução Calculando o limite, temos: 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝒂𝒏 = 𝑳 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝒏 𝒏 + 𝟏 = 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝒏 𝒏 𝒏 + 𝟏 𝒏 = 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝟏 𝟏 + 𝟏 𝒏 = 𝟏 𝟏 + 𝟏 ∞ = 𝟏 𝟏 + 𝟎 = 𝟏 Assim, a sequência harmônica é convergente e o seu limite L = 1. Nota: Se uma série infinita possuir um limite diferente de infinito será uma série convergente, senão será divergente. SÉRIE DE FOURIER 4.1- Conceito e Definição de Séries Séries infinitas Exemplo 3 - Verifique se a sequência harmônica 𝒂𝒏 = 𝟐𝒏 é ou não convergente. Solução Calculando o limite, temos: 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝒂𝒏 = 𝑳 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝟐𝒏 = 𝟐𝒏 = 𝟐.∞ = ∞ Assim, a sequência harmônica é divergente. SÉRIE DE FOURIER 4.1- Conceito e Definição de Séries Séries infinitas Se tivermos a seguinte série infinita 𝑺 = 𝒏=𝟏 ∞ 𝟏 𝒏 Note que estamos somando infinitamente termos que convergem para zero, mas o valor da soma não para de crescer, por menores que fiquem as parcelas, o que significa que o valor de S converge para infinito, ou seja, a série harmônica é divergente, apesar da sequência ser convergente. SÉRIE DE FOURIER 4.1- Conceito e Definição de Séries Séries infinitas Exemplo 4 - Avaliar se a série abaixo é convergente ou não: 𝑺 = 𝒏=𝟎 ∞ 𝟏 𝒏! . Solução Os termos da série são parcelas da conhecida expansão em série de Taylor, e em particular a série retratada resulta no número de Euler. Assim, como a soma será diferente de infinito, a série é convergente. Nota: A soma de infinitas parcelas resultantes de um termo geral, que forma a série, e que essa soma pode resultar em um valor limitante, sendo a série convergente, como é o caso da série de Fourier. SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas Os resultados obtidos por Fourier estão associados a funções periódicas o que significa que todo o processo matemático das séries envolve uma combinação de funções reais que possam descrever ciclos e períodos; As funções trigonométricas são uma família de funções que possuem um comportamento cíclico, em especial as funções seno e cosseno. SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas O comportamento periódico (das funções seno e cosseno) e podem, sem sombra de dúvidas, representar os resultados obtidos por Fourier. Note também que tanto a função seno quanto a função cosseno possuem um período, igual a 2π; Partindo das funções seno e cosseno, podemos agora pensar o seguinte: qualquer parametrização dessas funções gera um comportamento periódico constante? O que você acha, sim ou não? Infelizmente a resposta é não. Nem toda parametrização das funções gera um comportamento periódico constante, mas muitos possibilidades atendem ao critério. SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas Vamos verificar o comportamento da função f(x)=sen(2x) e da função f(x)=cos (3x); Notamos que ambas possuem um comportamento periódico constante, cada uma com um período específico. Assim, a mudança no argumento da função, de forma linear, mudou apenas o valor do período, mas não sua constância ao longo do domínio. SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas Vamos verificar o comportamento da função f(x)=3.sen(2x) e f(x)=4.cos(3x); Notamos que o comportamento é mantido, periodicidade constante, mas conforme mudamos o coeficiente, muda também o valor do período, formando ciclos mais abertos ou mais fechados, períodos mais longos ou mais curtos. SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas Vamos verificar o comportamento da função f(x) = sen(x2) e a função 𝐟 𝐱 = 𝐜𝐨𝐬 ( 𝟏 𝐱 ); Nota: apenas argumentos ou coeficientes lineares produzem configurações com períodos constantes. SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas Vamos verificar o comportamento de uma combinação aditiva, senos somados a cossenos da função f(x)=sen(x)+cos (x); Nota: o comportamento continuou cíclico, mas com uma diferença, o período é uma intermediário entre os anteriores. SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas Vamos verificar as funções seno, cosseno e a soma das duas de maneira simultânea; Nota: as três funções possuem diferentes períodos e ainda que a função da soma representada pela linha cheia corta o eixo horizontal em pontos onde o valor do seno é igual ao valor do cosseno, mas com sinais contrários. SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas Vamos verificar as funções seno e cosseno com coeficientes lineares e argumentos lineares, as somas também serão cíclicas; SÉRIE DE FOURIER 4.2 - Séries Periódicas e Séries Trigonométricas Séries Trigonométricas Relembrando, vimos que a resultado obtido por Fourier sugeria que era possível representar uma função qualquer por uma série infinita de funções periódicas, trigonométricas. Podemos interpretar esse resultado da seguinte forma: Ou de forma mais resumida: Nota: O grande problema é, dada uma situação qualquer, encontrar os coeficientes ai e bi. SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Introdução Funções pares e funções ímpares estão associadas a simetria do domínio e também ao comportamento simétrico, ou não da função; Exemplo 5 – Trace o gráfico da função f(x)=ax Nota: uma reta do tipo f(x)=ax, o resultado é uma função simétrica em relação a origem, mas não é simétrica em relação ao eixo horizontal. SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Introdução Exemplo 6 – Trace o gráfico da função f(x)=ax2 Nota: uma reta do tipo f(x)=ax2, o resultado não é uma função simétrica em relação ao eixo horizontal. SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Introdução Função Par: Seja uma função f(x) cujo domínio seja um conjunto simétrico. Assim, f(x) é uma função par se, e somente se, f(– x) = f(x), para todo x pertencente ao domínio; Exemplo: função cosseno é uma função par. Função Ímpar: Seja uma função f(x) cujo domínio seja um conjunto simétrico. Assim, f(x) é uma função ímpar se, e somente se, f(– x) = – f (x), para todo x pertencente ao domínio. Exemplo: a função seno é uma função ímpar. SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Propriedade 1. A soma (diferença) e o produto (quociente) de duas funções pares são pares. 2. A soma (diferença) de duas funções ímpares é ímpar; o produto (quociente) de duas funções ímpares é par. 3. A soma (diferença) de uma função ímpar e uma função par não é par nem ímpar; o produto (quociente) de tais funções é ímpar. Nota: Assim, tanto a função e serão Pares. Além dos aspectos relacionados com a simetria da função, temos outros dois resultados, que apesar de serem bem intuitivos, são de grande ajuda para se trabalhar com a série de Fourier. SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Propriedade Resultado 1 - Considere uma função f(x) par variando no intervalo de –x a x, conforme indicado na figura abaixo. Considere ainda a área sob f(x) no intervalo de –x a 0 e a área sob f(x) no intervalo 0 a x, destacadas na figura. Note que, pela simetria, as áreas são iguais e com isso podemos afirmar que se uma função f(x) for par, vale a seguinte relação: SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Propriedade Resultado 2 - Considere uma função f(x) ímpar variando no intervalo de –x a x, conforme indicado na figura abaixo. Considere ainda a área sob f(x) no intervalo de –x a 0 e a área sob f(x) no intervalo 0 a x, destacadas na figura. Note que, pela simetria, as áreas são iguais, mas com sinal contrário e com isso podemos afirmar que se uma função f(x) for ímpar, vale a seguinte relação: SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Propriedade Nota: Como a série de Fourier é formada por senos (funções ímpares) e cossenos (funções pares), mas que também será formada por funções do tipo seno ao quadrado e cosseno ao quadrado, que são funções pares e tais resultados abreviará a manipulação das integrais necessárias para a caracterização das séries de Fourier; SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Valor médio Valor médio de uma função. Supondo uma função f(x) contínua em um intervalo (0,x), sabemos que a integral definida de f(x) no intervalo equivale a área S sob a curva, ou seja: 𝑴 = 𝟎 𝒙 𝒇 𝒙 𝒅𝒙 𝒙 O valor médio de uma função também pode ser representado com o uso dos sinais de maior e menor, da forma <f(x)>. SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Valor médio Valor médio M se f(x) for uma função periódica como o seno e o cosseno: • Observando as funções seno e cosseno, de 0 a 2π, notamos que em ambas a área S será uma soma de áreas contendo partes positivas e partes negativas, e devido à simetria das curvas, a área positiva será igual a área negativa, o que faz com que M seja igual a zero; • O mesmo comportamento ocorre se tomarmos funções que combinam o produto de senos e cossenos: SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Valor médio Valor médio M se f(x) for uma função periódica como o seno e o cosseno: • Função f(x)=sen(2x).sen(3x) • Função f(x)=sen(2x).cos(3x) • Função f(x)=sen(2x).cos(3x) SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Valor médio Valor médio M se f(x) for uma função periódica como o seno e o cosseno: • E sobre funções do tipo f(x)=sen2(x) e f(x)=cos2(x)? O que ocorrerá com a área entre 0 e 2π? Note que neste caso a área S ainda será uma soma de áreas, mas todas positivas. SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Valor médio Calculo a integral definida do seno ao quadrado inicialmente: 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝒅𝒙 = 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝒅𝒙 𝟐 = 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 +𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝒅𝒙 𝟐 = 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 + 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 + 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 − 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 𝒅𝒙 𝟐 = 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 + 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 + 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 −𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 𝒅𝒙 𝟐 = 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 + 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 𝟐 𝒅𝒙 − 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 − 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝟐 𝒅𝒙 Da relação 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 + 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 = 𝟏 e 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 − 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔(𝟐𝒙) 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝒅𝒙 = 𝟎 𝟐𝝅 𝟏 𝟐 𝒅𝒙 − 𝟎 𝟐𝝅 𝒄𝒐𝒔(𝟐𝒙)𝒅𝒙 𝟐 SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Valor médio Calculo a integral definida do seno ao quadrado inicialmente: Utilizando uma substituição simples, u=2x, 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝒅𝒙 = 𝒙 𝟐 − 𝒔𝒆𝒏(𝟐𝒙) 𝟒 𝟐𝝅 𝟎 = 𝟐𝝅 𝟐 − 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝝅) 𝟒 - 𝟎 𝟐 − 𝒔𝒆𝒏(𝟎) 𝟒 = 𝝅 Logo 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝒅𝒙 = 𝝅 e 𝟎 𝟐𝝅 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 𝒅𝒙 = 𝝅 Substituindo no cálculo do valor médio M, temos: 𝑴 = 𝟎 𝟐𝝅 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝒅𝒙 𝟐𝝅 = 𝝅 𝟐𝝅 = 𝟏 𝟐 𝑴 = 𝟎 𝟐𝝅 𝒄𝒐𝒔𝟐 𝒙 𝒅𝒙 𝟐𝝅 = 𝝅 𝟐𝝅 = 𝟏 𝟐 SÉRIE DE FOURIER 4.3 -Séries pares e ímpares Valor médio Valores para a média M (para cada um dos períodos de tamanho 2π): SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier A série de Fourier é na verdade uma expansão gerando uma soma de senos e cossenos da forma Ou de forma mais resumida: Os valores dos coeficientes ai associados aos senos os valores bi associados ao cosseno é multiplicar toda a série pela função correspondente ao coeficiente que se deseja calcular. SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Determinar o valor do coeficiente a₁ que está associado a função sen(x). Assim, multiplicamos a série de Fourier por sen(x), obtendo o seguinte resultado: Por uma questão de conveniência, denotaremos o valor médio com a notação <>: SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier os valores médios para os funções do tipo sen(x), sen(x).sen(ix) serão iguais a zero, bem como para as funções do tipo sen(x).cos(ix). Da tabela podemos observar que a média da função sen2 (x) será igual a meio. Substituindo, temos: < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝐱) > = 𝟏 𝟐 𝒂𝟏 → 𝒂𝟏 = 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝐱) > Como os resultados da tabela valem para o seno e também para o cosseno, podemos generalizar o resultado anterior da seguinte forma 𝒂𝒊 = 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝐢. 𝐱) > 𝒃𝒊 = 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐜𝐨𝐬(𝐢. 𝐱) > SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Neste caso, tomando a média da série, sem a multiplicação de qualquer função pela série, todos os termos serão mantidos como estão, senos e cossenos, e em todos os casos o valor médio será igual a zero. Assim: 𝒂𝟎 =< 𝐟 𝐱 > Resumindo, temos o coeficiente 𝒂𝟎 =< 𝐟 𝐱 > 𝒂𝒊 = 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝐢. 𝐱) > 𝒃𝒊 = 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐜𝐨𝐬(𝐢. 𝐱) > Nota: • Basta termos a função f(x) de interesse e determinar os valores médios para cada um dos coeficientes; • A série de Fourier é infinita e portanto não temos condições de calcular todos os coeficientes, mas apenas parte deles. SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 7 – A função abaixo é um exemplo de onda quadrada, que pode ser representada pela figura 𝒇 𝒙 = 𝟏, 𝒂𝝅 ≤ 𝒙 < (𝒂 + 𝟏)𝝅 𝟎, (𝒂 + 𝟏)𝝅 ≤ 𝒙 < (𝒂 + 𝟐)𝝅 Para a = 0, 2 , 4, 6 .... Nota: A série de Fourier em uma caso clássico, muito frequente em circuitos de chaveamento digitais, a onda quadrada. Ela tem esse nome por estar associada ao conceito de dígitos binários, representando a ausência ou presença de um determinado sinal, por exemplo. Desta forma, é uma função não contínua que apresenta apenas dois resultados. SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 7 – Solução Considerar que a função f(x) possui apenas dois valores, 0 ou 1, em função do domínio. Os cálculos para o primeiro período apenas, de 0 a 2π, pois para os demais os resultados serão os mesmos. Como a₀ é simplesmente a média da função f(x), e ela assume apenas dois valores, 0 e 1, é imediato deduzir que a₀ = 0,5. Observando os valores de bᵢ, temos que todos estão associados a cossenos, que no intervalo de 0 a 2π terão valor médio iguala zero, como visto anteriormente. Assim todos os coeficientes bᵢ são eliminados da série. SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 7 – Solução Para calcular o valor de a₁, lembramos que 𝒂𝟏= 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝐱) >. Para f(x)=0 temos que < 𝐟(𝐱)𝐬𝐞𝐧(𝐱) > será igual a zero. Para f(x)=1, temos que a média será igual a: 𝑴 = 𝟎 𝟐𝝅 𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝒅𝒙 𝝅 = −𝒄𝒐𝒔(𝒙) 𝝅 𝟐𝝅 𝟎 = 𝟐 𝝅 Assim, temos para f(x)=0 média zero e para f(x)=1 média 2/π, então é natural que a média final de f(x).sen(x) seja igual a 1/π. 𝒂𝟏= 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝐱) > = 𝟐 𝟏 𝝅 = 𝟐 𝝅 SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 7 – Solução Vamos agora calcular o valor de a2 , lembramos que 𝒂𝟐= 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝟐𝐱) > . Observando novamente a figura do seno, colocada no início do capítulo, é notável observar que no intervalo de 0 a π, onde f(x)=1, a função sen(2x) tem um comportamento ímpar, o que nos leva a concluir que o valor médio será igual a zero. Como para f(x)=0 o valor médio também será zero, concluímos que a2 = 2.0 = 0. o gráfico das função sen(4x) ou sen(6x) esse comportamento será mantido. Assim, para todo aᵢ, com i par, o coeficiente será igual a zero. SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 7 – Solução Para calcular o valor de a3, lembramos que 𝒂𝟑= 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝟑𝐱) >. Para f(x)=0 temos que < 𝐟(𝐱)𝐬𝐞𝐧(𝟑𝐱) > será igual a zero. Para f(x)=1, temos que a média será igual a: 𝑴 = 𝟎 𝟐𝝅 𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝟑𝒙 𝒅𝒙 𝝅 = − 𝟏 𝟑𝒄𝒐𝒔(𝟑𝒙) 𝝅 𝟐𝝅 𝟎 = 𝟐 𝟑𝝅 Assim, temos para f(x)=0 média zero e média igual a 2/3π, então é natural que a média final de f(x).sen(3x) seja igual a 1/3π: 𝒂𝟑= 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝟑𝐱) > = 𝟐 𝟏 𝟑𝝅 = 𝟐 𝟑𝝅 SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 7 – Solução Para calcular o valor de a5, lembramos que 𝒂𝟓= 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝟓𝐱) >. Para f(x)=0 temos que < 𝐟(𝐱)𝐬𝐞𝐧(𝟓𝐱) > será igual a zero. Para f(x)=1, temos que a média será igual a: 𝑴 = 𝟎 𝟐𝝅 𝟏 𝒔𝒆𝒏 𝟓𝒙 𝒅𝒙 𝝅 = − 𝟏 𝟓 𝒄𝒐𝒔(𝟓𝒙) 𝝅 𝟐𝝅 𝟎 = 𝟐 𝟓𝝅 Assim, temos para f(x)=0 média zero e média igual a 2/5π, então é natural que a média final de f(x).sen(3x) seja igual a 1/5π: 𝒂𝟑= 𝟐 < 𝐟 𝐱 𝐬𝐞𝐧(𝟓𝐱) > = 𝟐 𝟏 𝟓𝝅 = 𝟐 𝟓𝝅 SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 7 – Solução Pode-se generalizar: 𝒂𝒊 = 𝟐 𝒊𝝅 Assim, finalmente temos a série de Fourier: SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 7 – Solução Pode-se representar a série definindo a quantidade de termos a serem utilizados, mas com o cuidado de lembrar que quanto maior o número de termos mais próxima da função original. • Gráfico da série de Fourier com 3 termos • Gráfico da série de Fourier com 6 termos SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 – Expandir a função f(x)=2x2 em termos da série de Fourier, para –π ≤ x ≤ π. Solução: Calculando o parâmetro a0: 𝒂𝟎 = −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐 𝒅𝒙 𝟐𝝅 = 𝟐 𝟑 𝒙 𝟑 𝝅 −𝝅 𝟐𝝅 = 𝟐 𝟐 𝟑 𝒙 𝟑 𝝅 𝟎 𝟐𝝅 = 𝟐 𝟐 𝟑 𝝅 𝟑 𝟐𝝅 = 𝟐𝝅𝟐 𝟑 Calculando o parâmetro a1: 𝒂𝟏 = −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒔𝒆𝒏(𝒙)𝒅𝒙 𝟐𝝅 = 𝟎 𝟐𝝅 = 𝟎 −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒔𝒆𝒏(𝒙)𝒅𝒙 = −𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔 𝒙 + 𝟒𝒙𝒔𝒆𝒏 𝒙 + 𝟒𝒄𝒐𝒔(𝒙) 𝝅 −𝝅 −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒔𝒆𝒏(𝒙)𝒅𝒙 = −𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔 𝒙 + 𝟒𝒄𝒐𝒔(𝒙) 𝝅 −𝝅 = 𝟐 𝝅𝟐𝒄𝒐𝒔 𝝅 + 𝟒𝒄𝒐𝒔 𝝅 + 𝟐 𝝅𝟐𝒄𝒐𝒔 𝝅 − 𝟒𝒄𝒐𝒔 𝝅 𝝅𝟐 − 𝟒 − 𝟐 𝝅𝟐 + 𝟒 = 𝟎 SÉRIE DE FOURIER Função seno é impar, logo área igual a zero. 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 –Solução Devido às propriedades do seno e cosseno em termos de funções pares e ímpares, o mesmo resultado ocorrerá com todos os termos sen(kx) da série de Fourier. Desta forma, temos que todos os ai serão iguais a zero. Neste caso dizemos que a série de Fourier será uma série de cossenos apenas. Calculando o parâmetro b1: 𝒃𝟏 = −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝒙)𝒅𝒙 𝟐𝝅 −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝒙)𝒅𝒙 = 𝟐 𝒙𝟐𝒔𝒆𝒏 𝒙 + 𝟒𝒙𝒄𝒐𝒔 𝒙 − 𝟒𝒔𝒆𝒏(𝒙) 𝝅 −𝝅 = SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 –Solução Novamente, devido às características da função seno, temos que todos os termos dependente de sen(x) serão iguais a zero, reduzindo o cálculo da integral apenas em termos do cosseno. Ainda, pelo fato do cosseno ser uma função ímpar, podemos nos limitar a calcular a integral de zero a π, e depois multiplicar o resultado final por 2. Calculando o parâmetro b1: −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝒙)𝒅𝒙 = 𝟐 𝟒𝒙𝒄𝒐𝒔 𝒙 𝝅 𝟎 = 𝟐 𝟒𝝅𝒄𝒐𝒔 𝝅 + 𝟒. 𝟎𝒄𝒐𝒔 𝟎 = 𝟐 −𝟒𝝅 − 𝟎 = −𝟖𝝅 𝒃𝟏 = −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝒙)𝒅𝒙 𝟐𝝅 = 𝟐 −𝟖𝝅 𝟐𝝅 = −𝟖 SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 –Solução Calculando o parâmetro b2: 𝒃𝟐 = −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟐𝒙)𝒅𝒙 𝟐𝝅 = 𝟐 𝟐𝝅 𝟐𝝅 = 𝟐 −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟐𝒙)𝒅𝒙 = 𝟐 𝒙𝟐𝒔𝒆𝒏 𝟐𝒙 𝟐 + 𝟒 𝒙𝒄𝒐𝒔(𝟐𝒙) 𝟒 − 𝟒𝒔𝒆𝒏 𝟐𝒙 𝟖 De maneira análoga ao caso anterior, a integral será reduzida a: −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟐𝒙)𝒅𝒙 = 𝟐 𝒙𝒄𝒐𝒔(𝟐𝒙) 𝝅 𝟎 = 𝟐 𝝅𝒄𝒐𝒔(𝟐𝝅) − 𝟎𝒄𝒐𝒔(𝟐. 𝟎) = 𝟐 𝝅 − 𝟎 = 𝟐𝝅 SÉRIE DE FOURIER Função seno é impar, logo área igual a zero. 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 –Solução Calculando o parâmetro b3: 𝒃𝟑 = −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟑𝒙)𝒅𝒙 𝟐𝝅 = 𝟐 𝟖 𝟗𝝅 𝟐𝝅 = 𝟖 𝟗 −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟑𝒙)𝒅𝒙 = 𝟐 𝒙𝟐𝒔𝒆𝒏 𝟑𝒙 𝟑 + 𝟒 𝒙𝒄𝒐𝒔(𝟑𝒙) 𝟗 − 𝟒𝒔𝒆𝒏 𝟑𝒙 𝟐𝟕 De maneira análoga ao caso anterior, a integral será reduzida a: −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟑𝒙)𝒅𝒙 = 𝟐 𝟒𝒙𝒄𝒐𝒔(𝟑𝒙) 𝟗 𝝅 𝟎 = 𝟐 𝟒𝝅𝒄𝒐𝒔(𝟑𝝅) 𝟗 − 𝟒. 𝟎𝒄𝒐𝒔(𝟑. 𝟎) 𝟗 = 𝟐 𝟒𝝅 𝟗 − 𝟎 𝟗 = 𝟖𝝅 𝟗 SÉRIE DE FOURIER Função seno é impar, logo área igual a zero. 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 –Solução Calculando o parâmetro b3: 𝒃𝟒 = −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟒𝒙)𝒅𝒙 𝟐𝝅 = 𝟐 𝝅 𝟐 𝟐𝝅 = 𝟏 𝟐 −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟒𝒙)𝒅𝒙 = 𝟐 𝒙𝟐𝒔𝒆𝒏 𝟒𝒙 𝟒 + 𝟒 𝒙𝒄𝒐𝒔(𝟒𝒙) 𝟖 − 𝟒𝒔𝒆𝒏 𝟒𝒙 𝟔𝟒 De maneira análoga ao caso anterior, a integral será reduzida a: −𝝅 𝝅 𝟐 𝒙𝟐𝒄𝒐𝒔(𝟒𝒙)𝒅𝒙 = 𝟐 𝒙𝒄𝒐𝒔(𝟒𝒙) 𝟒 𝝅 𝟎 = 𝟐 𝟒𝝅𝒄𝒐𝒔(𝟒𝝅) 𝟒 − 𝟒. 𝟎𝒄𝒐𝒔(𝟒. 𝟎) 𝟒 = 𝟐 𝝅 𝟒 − 𝟎 𝟒 = 𝝅 𝟐 SÉRIE DE FOURIER Função seno é impar, logo área igual a zero. 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 –Solução Colocando os quatro parâmetros calculados e reescrevendo de uma forma conveniente: 𝒂𝟎 = 𝟐𝝅𝟐 𝟑 𝒃𝟏 = −𝟖 = − 𝟖 𝟏 = − 𝟖 𝟏𝟐 𝒃𝟐 = 𝟐 = 𝟒 𝟐 = 𝟖 𝟐𝟐 𝒃𝟑 = 𝟖 𝟗 = 𝟖 𝟑𝟐 𝒃𝟒 = 𝟏 𝟐 = 𝟖 𝟏𝟔 = 𝟖 𝟒𝟐 SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 –Solução Para os coeficientes de índices ímpares, os coeficientes serão da forma − 𝟖 𝒊𝟐 e para os índices pares, 𝟖 𝒊𝟐 Finalizando o exemplo 8, temos a seguinte série de Fourier: 𝒇 𝒙 = 𝟐𝝅𝟐 𝟑 − 𝟖 𝟏𝟐 𝒄𝒐𝒔 𝒙 + 𝟖 𝟐𝟐 𝒄𝒐𝒔 𝟐𝒙 − 𝟖 𝟑𝟐 𝒄𝒐𝒔 𝟑𝒙 + 𝟖 𝟒𝟐 𝒄𝒐𝒔 𝟒𝒙 − ⋯ SÉRIE DE FOURIER 4.4 - Apresentação da Série de Fourier Série de Fourier Exemplo 8 –Solução O comportamento da expansão em relação ao gráfico original da função, considerando 9 termos da série. Note que a série, representada pela linha pontilhada consegue fazer exatamente o mesmo traçado da função f(x)=2x2. SÉRIE DE FOURIER Dúvidas
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