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Artrite Reumatóide Epidemiologia A artrite reumatoide afeta aproximadamente 1% da população e, embora não represente risco direto de morte, provoca uma diminuição na qualidade de e danos econômicos graves à sociedade. AR é mais prevalente em mulheres (relação mulheres/homens de 2:1) e sua incidência aumenta com a idade. (30-40 anos) Um estudo de 2004 mostrou que a incidência da AR no Brasil é de 0,46%. Além disso, pessoas com histórico familiar de artrite reumatoide têm mais risco de desenvolvê-la, devido a uma maior predisposição genética. Etiologia A causa da artrite reumatoide é desconhecida. É uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca os tecidos saudáveis por engano. Infecções, genes, mudanças hormonais e fatores ambientais, como o cigarro, podem estar relacionados com a doença. É pouco provável que um único fator etiológico seja responsável por todos os casos de AR em adultos. Ao contrário, a AR provavelmente evolua ao longo de muitos anos, talvez durante décadas, como consequência de estresses ambientais constantes, causando inflamação e ativação imune, seguidas do colapso na tolerância em indivíduos com históricos genéticos específicos. Patogenia Fatores endocrinológicos (mais frequente em mulheres) Fatores genéticos (genes HLA-DR4 e DR1) Fatores ambientais (vírus e bactérias – retrovírus, pavovírus, Epstein-Barr, bactérias entéricas – microbiota intestinal; hábitos de vida (tabagismo – irritação das mucosas – respostas imunes) Fatores Autoimunes Como é uma doença autoimune, na qual a imunidade se volta contra os próprios tecidos do organismo, a presença de anticorpos leva ao desencadeamento de uma série de fenômenos, como aumento da vascularização na membrana, que passa a secretar substâncias inflamatórias e enzimas que degradam a cartilagem articular. Além do surgimento do Pannus (tecido conjuntivo de origem inflamatória) derivado do aumento da membrana sinovial, responsável pela destruição da cartilagem, ligamento e osso subcondral. Esse processo inflamatório leva a um aumento da produção de líquido sinovial. A vascularização aumentada da membrana e a produção exagerada de líquido levam a um inchaço na articulação, causando dor, rubor, calor e dificuldade de movimentação. Aspectos Clínicos Alguns aspectos clínicos e laboratoriais estão relacionados à progressão mais rápida da destruição articular e devem ser identificados desde o momento do diagnóstico. Os fatores de mau prognóstico são: sexo feminino, tabagismo, baixo nível socioeconômico, início da doença em idade mais precoce, FR ou anti-CCP em títulos elevados, provas inflamatórias persistentemente elevadas, grande número de articulações edemaciadas, manifestações extra-articulares e presença precoce de erosões na evolução da doença. Sintomas As articulações inflamadas são geralmente dolorosas e geralmente rígidas, especialmente logo após a inatividade prolongada. Algumas pessoas se sentem cansadas e fracas, especialmente no início da tarde. A artrite reumatoide pode causar uma perda de apetite com perda de peso e febre baixa. As articulações afetadas geralmente ficam sensíveis, quentes e aumentadas por causa do edema dos tecidos moles que revestem a articulação (sinovite) e, às vezes, devido ao líquido dentro da articulação (líquido sinovial). As articulações podem ficar deformadas rapidamente e podem congelar em uma posição de modo que elas não podem ser totalmente estendidas nem flexionadas, o que leva a uma amplitude de movimento limitada. Exemplos Reais Aspectos Microscópicos Fisiopatologia e a histologia da AR. A, LESÃO ARTICULAR NA AR.B, MEMBRANA SINOVIAL DEMONSTRANDO UMA HIPERPLASIA( AUMENTO DAS CÉLULAS) PAPILAR CAUSADAS POR INFLAMAÇÃO E C, SINOVIÓCITOS HIPERTROFIADOS COM NUMEROSOS LINFÓCITOS E PLASMÓCITOS SUBJACENTES Tratamento: Medicamentoso Medidas relacionadas ao estilo de vida Ex. repouso, dieta, exercícios e deixar de fumar Fisioterapia e terapia ocupacional Às vezes, cirurgia. Tratamento Medicamentoso O principal objetivo do tratamento medicamentoso é reduzir a inflamação e evitar erosões, progressão da doença e perda da função articular. Os medicamentos utilizados para tratar a artrite reumatoide são: - Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) que impedirão ou reduzirão o edema causado pela inflamação nas articulações e nos tecidos. EX. Diclofenaco, Ibuprofeno, Naproxeno - Medicamentos antirreumáticos modificadores da doença (DMARDs) que retardam a progressão da artrite reumatóide. Ex. Metotrexato, Hidroxicloroquina, leflunomida e sulfassalazina, Corticoides que modificam ou simulam efeitos hormonais, muitas vezes para reduzir a inflamação ou aumentar o crescimento e a reparação tecidual. Ex. Prednisona, metilprednisolona. Imunossupressores que reduzirão a resposta imunológica. Ex. Azatioprina, Ciclosporina OBS: Muitos desses medicamentos são utilizados em combinação. Tratamento Relacionado a Estilo de Vida e Nutrição Articulações gravemente inflamadas devem ficar em repouso, porque usá-las pode agravar a inflamação. Períodos de descanso regulares geralmente ajudam a aliviar a dor e, às vezes, um curto período de repouso na cama ajuda a aliviar uma crise grave em sua fase mais ativa e dolorosa. Tratamentos físicos junto com medicamentos para reduzir a inflamação das articulações, um plano de tratamento para a artrite reumatoide deve incluir terapias não medicamentosas, como exercício sem impacto e fisioterapia. Uma dieta regular e saudável geralmente é apropriada e que seja rica em peixe (ácidos graxos e ômega-3) e óleos vegetais, mas pobre em carne vermelha, pode aliviar parcialmente sintomas em algumas pessoas. Referências https://www.msdmanuals.com/ https://bvsms.saude.gov.br/artrite-reumatoide-e-artrose-oesteoartrite/ https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/artrite-reumatoide https://www.reumatocare.com.br/artritereumatoide.htm Obrigada! Interação Clínico Patológica FAPA / NOITE Diane Alves de Almeida Franciane Souza Ingrid Saldanha Tainara Conrad Bassani
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