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Hérnias da parede abdominal

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1 Luana Paixão | P7 
DEFINIÇÃO: protusão anormal de um tecido / órgão através de um defeito em suas paredes adjacentes. 
Embora uma hérnia possa ocorrer em vários locais do corpo, esses defeitos mais comumente envolvem a parede 
abdominal, em particular a região inguinal. As hérnias da parede abdominal ocorrem apenas em locais onde a 
aponeurose e a fáscia não são cobertas por músculo estriado. Esses locais incluem mais comumente as áreas inguinal, 
femoral e umbilical, a linha alba, a porção inferior da linha semilunar e locais de incisões anteriores. O denominado colo 
ou orifício de uma hérnia é localizado na camada musculoaponeurótica mais interna, enquanto o saco herniário é 
revestido por peritônio e faz protrusão no colo. Não existe relação consistente entre a área do defeito da hérnia e o 
tamanho do saco herniário. 
 LOCAIS FREQUENTES: inguinal, incisional, umbilical e epigástrica 
o Pontos naturais de fragilidade do nosso 
corpo 
 Anel / saco herniário  peritônio ‘’ensacado’’ 
 Parede abdominal  9 camadas 
o Pele (epiderme e derme) 
o Tecido celular subcutâneo (2 fáscias) 
o Musc. obliquo externo 
o Musc. obliquo interno 
o Musc.transverso do abdome 
o Fáscia transversalis 
o Tecido adiposo pré-peritoneal 
o Peritônio 
HÉRNIA INGUINAL 
 
 
 
 CANAL INGUINAL 
o ‘’Tubo’’ acima e paralelo ao ligamento 
inguinal 
 Entrada: anel inguinal interno 
 Vasos epigástricos 
inferiores o limitam 
medialmente 
 Saída: anel inguinal externo 
o Orifício miopectíneo de Fruchaud 
 Área de fraqueza na virilha, cortada pelo ligamento inguinal (pode ter hérnia inguinal ou 
femoral) 
o Componentes internos: homem / funículo espermático – árterias e veias testiculares, ducto deferente, 
mm. cremaster, r. genital do n. genitofemoral, pleo pampiniforme; mulher – ligamento redondo 
o Limites: assoalho – fáscia transversalis; borda inferior – ligamento inguinal; borda superior – tendão 
conjunto (fibras do transverso e do oblíquo interno); teto – aponeurose do oblíquo externo 
o Triângulo de Hesselbach 
 Região na porção inferior da parede abdominal delimitada pelas seguintes estruturas: margem 
lateral do músculo reto abdominal (medialmente), ligamento inguinal (inferiormente) e vasos 
epigástricos inferiores (superolateralmente) 
 Hérnias diretas: ocorrem no triângulo de Hesselbach (destrói a parede diretamente) 
 Saco herniário sofre protusão para fora e 
para frente, medialmente ao anel inguinal 
interno e vasos epigástricos inferiores 
 Hérnias indiretas: originam-se lateralmente ao 
triângulo (triângulo de Hessert) 
 Saco herniário passa obliquamente pelo 
anel inguinal interno, em direção ao 
externo, lateralmente aos vasos 
epigástricos 
 
OBS: hérnia 
femoral é abaixo 
do ligamento 
inguinal! 
Mais comum: direita do tipo indireta 
 
2 Luana Paixão | P7 
 
Como se formam? 
o Infantil / congênita  conduto peritônio-vaginal (embriogênese)  se não fecha, se chama persistência 
 caminho favorável a hérnias 
o Adulto  alargamento do anel inguinal por maior pressão (indireta do adulto) 
o Fragilidade no triângulo de Hesselbach (direta) 
CLASSIFICAÇÃO DE NYHUS 
TIPO 1 Inguinal indireta com anel inguinal profundo normal (até 2cm) ; ex. hérnia pediátrica 
TIPO 2 
Inguinal indireta com anel inguinal profundo dilatado mas parede posterior normal; sem 
deslocamento de vasos 
TIPO 3 
Defeito da parede posterior 
A. Hérnia inguinal direta 
B. Hérnia inguinal indireta – anel inguinal interno dilatado, invadindo os limites 
medialmente ou destruindo a fáscia transversal do triângulo de Hesselbach (p. ex., 
hérnia escrotal maciça, por deslizamento ou em pantalonas) 
C. Hérnia femoral 
TIPO 4 
Hérnia recidivada 
A. Direta 
B. Indireta 
C. Femoral 
D. Combinada 
OBS: Lembrar desses conceitos!! 
− Redutível: quando é possível reposicionar o conteúdo da hérnia entre a musculatura circundante 
− Encarcerada/irredutível: quando não é possível reposicionar o conteúdo da hérnia entre a musculatura 
circundante 
− Estrangulada: quando há comprometimento do suprimento sanguíneo para seus conteúdos 
QUADRO CLÍNICO + DIAGNÓSTICO: visualização de saliência na região inguinal; devemos palpar a região do anel 
inguinal externo enquanto realiza valsalva  Manobra de Landivar 
 Uma protuberância movendo-se de lateral para medial no canal inguinal sugere uma hérnia indireta. Se a 
protuberância progredir de profunda para superficial através do assoalho inguinal, suspeita-se de uma hérnia 
direta! 
HÉRNIAS VENTRAIS 
HÉRNIA UMBILICAL 
 
 Hérnia umbilical infantil x adquirida 
o Infantil / congênito  vasos do cordão umbilical clampeados vão sofrer necrose e cicatrizar; as vezes 
ela não consegue fechar (mas o processo vai continuar, até os 4 a 5 anos fecha) 
 Tratamento normalmente é conservador; cirúrgico apenas se concomitante à hérnia inguinal; 
> 2 cm; associada à derivação ventrículo-peritoneal (para evitar complicações); ou se não 
houver fechamento espontâneo com 4-6 anos 
o Adquirida / adulto  já houve o processo cicatricial e por algum fator externo ou interno realiza essa 
herniação local 
 Cicatriz é ponto de fragilidade 
 Operação (imediata apenas sintomático; urgência se por exemplo estiver estrangulada) 
 
3 Luana Paixão | P7 
HÉRNIA EPIGÁSTRICA 
 
 Entre o processo xifoide e cicatriz umbilical e são geralmente 5 a 6 cm do umbigo 
 Mais comum em homens 
 Ocorre normalmente pelo aumento da pressão intrabdominal 
 O reparo geralmente consiste na excisão do tecido pré-peritoneal encarcerado e fechamento simples do 
defeito fascial, semelhante ao das hérnias umbilicais 
HÉRNIA INCISIONAL 
 
 Ocorrem como resultado de tensão excessiva e cicatrização inadequada de uma incisão prévia, que, em geral, 
se associa a infecção do acesso cirúrgico 
o Rigidez abdominal é contraída 
 O tratamento cirúrgico das hérnias incisionais pode ser feito quando o defeito é pequeno (≤2 a 3 cm de 
diâmetro) e há tecido viável adjacente, ou em casos em que a hérnia resulta de um erro técnico na operação 
inicial, como uma falha da sutura 
o Defeitos maiores (>2 a 3 cm de diâmetro) têm uma elevada taxa de recidiva se fechados 
primariamente e devem ser reparados com prótese 
 Pré-musculoaponeurótica (onlay), 
 Retro-musculoaponeurótica (underlay ou sublay) 
 Retro-muscular 
 Intraperitoneal (inlay) 
ESTADIAMENTO DE HI 
ESTÁGIO 1 
Risco: baixa recidiva, baixa OLC 
<10 cm, limpa 
ESTÁGIO 2 
Risco: recidiva moderada, OLC moderada 
<10 cm, contaminada 
10 a 20 cm, limpa 
ESTÁGIO 3 
Risco: elevada recidiva, elevada OLC 
≥10 cm, contaminada 
Qualquer ≥20 cm 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
 
 Tratamento cirúrgico: por tensão (usa os tecidos do 
paciente) e livres de tensão (usa telas) 
o Trato iliopúbico 
o Shouldice 
o Bassini 
o Mcvay (lig de cooper)  hérnia femoral 
o Reparos livres de tensão 
 Lichtenstein  
 Stoppa-rives 
o Reparos laparoscópicos 
 Total Extraperitoneal Repair - TEP 
 Transabdominal Preperitoneal - TAPP

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