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Distocias em ruminantes

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Distocias 
Relembrando 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DAS FASES DO PARTO 
Preparação 
Insinuação – relaxamento e dilatação 
Expulsão 
Delivramento – liberação da placenta 
 
 
 
 
 
DINÂMICA HORMONAL 
 
 
Anomalias maternas 
• Pélvicas 
• Uterinas 
• Cervicais 
• Vaginais 
• Vulvares 
Causadas por dilatação insuficiente (baixa produção 
de relaxina), em grandes animais não é possível 
estimular dilatação apenas CONTRAÇÃO 
 
ANOMALIAS PÉLVICAS 
- Distúrbios metabólicos 
- Carência nutricional: fêmea carente de alimentação 
e com score corporal baixo não vai conseguir parir 
- Fraturas e luxações 
- Pelve infantil – encontramos em erros de 
cruzamento, vacas que cruzam com machos muito 
maiores do que ela 
 
TRATAMENTO: cesárea 
 
 
 
PELVIMETRIA: Mensura a dimensão da região pélvica 
externa e interna das vacas, avaliando uma possível 
influência sobre o grau de dificuldade de parto 
 
 
 
ANOMALIAS UTERINAS 
- Inversão e prolapso 
- Torção 
- Atonia 
 
Atonia secundária: 
- exaustão (causa fetal) 
- tratamento: manobra obstétrica ou cesárea 
 
Atonia primária: 
- Disfunção hormonal: estrógeno, ocitocina 
- Obesidade 
- Hipocalcemia e hipoglicemia 
- Hidropisia de envoltórios fetais (distensão de 
ligamentos)* 
- Gestação múltipla patológica 
- Gestação prolongada 
- Aplasia ou hipoplasia hipofisária fetal 
- Ruptura uterina e do tendão pré-púbico 
- RPT 
- Tratamento: cesárea 
 
Hidropisia de envoltórios fetais 
Acúmulo exagerado de líquido fetal (hidroâmnion ou 
hidroalantóride) 
• Causas: desconhecida 
• Sintomas: tempo maior de gestação, dificuldade 
ao caminhar, distensão ventral do abdômen, 
alteração cardiorrespiratória, hipo/anorexia, 
diminuição da ruminação, constipação e 
desidratação 
 
Inversão e prolapso uterino 
- Quando o útero vira ao avesso e se exterioriza 
- Pode acontecer de não haver prolapso, apenas a 
reversão – diagnóstico difícil e possível necrose 
- Predisposição: anatômica, prolapsos pré-parto e 
tração forçada 
 
 
 
- Sutura de Buhner 
 
 
 
Torção uterina 
- Movimento rotacional sobre o eixo longitudinal 
(sentido, grau, localização) 
- 45 a 360º (até 90 graus a cura pode ser expontânea) 
- Acima de 270º são raras 
- Pré cervicais são 35% dos casos 
- Pós-cervicais são mais frequentes, envolve porção 
anterior da vagina 
 
 
• Causas: comportamento normal ao deitar e 
levantar, assimetria entre cornos, idade da 
fêmea, solos inclinados, derrubamento final da 
gestação 
 
• Sintomas: 
- sinais brandos de cólica em torções de 45 a 90 graus 
- 90 a 180 graus com inquietação e cólica, abdômen 
distendido e tenso, distúrbios digestivos (diminuição 
de movimentos peristálticos), dificuldade de 
locomoção, cabeça voltada para o flanco, taquicardia, 
hipertermia, sudorese, inapetência e repuxamento 
da rima vulvar em casos de torção cervical 
- acima de 180 graus – congestão e edema da parede 
uterina, diarreia fétida, pulso fraco, ruídos 
expiratórios, baixa temperatura corporal, 
extremidades frias, choque, podendo ocasionar 
morte em 24h 
 
• Diagnóstico: sinais clínicos, palpação vaginal: 
sentido grau e localização 
• Tratamento: 
- balotamento abdominal 
- correção manual – rotação do feto (inferiores a 
180º caudais à cérvix) 
- correção com barra de destorção para fetos 
maiores e torções inferiores a 240º 
- correção por rolamento da vaca 
- correção cirúrgica 
 
 
ANOMALIAS CERVICAIS 
- Dilatação insuficiente 
- Anomalias congênitas 
 
• Avaliando o grau de dilatação da cérvix: 
Grau 1 – cabeça e membros anteriores 
Grau 2 – membros 
Grau 3 – 2 a 3 dedos 
 
TRATAMENTO: cesárea 
 
 
 
 
ANOMALIAS VAGINAIS 
- Presença de obstáculos (ex: papilomas, edemas, 
cistos e tumores) 
- Dilatação insuficiente – pode ser devido a 
precocidade (vacas que procriam no primeiro cio) ou 
deficiência hormonal 
- Prolapso 
• Tratamento: cesárea para dilatações 
insuficientes, quanto aos outros depende 
 
ANOMALIAS VULVARES 
- Dilatação insuficiente 
- Predisposição: suturas de Buhner sucessivas 
- Tratamento: episiotomia 
 
Anomalias fetais 
• Tamanho do feto (muito grande em relação a 
pelve) 
• Dicephalus (filhote com duas cabeças) 
• Diprosopus 
• Acondroplasia 
• Hidrocefalia 
• Esquitossoma reflexo 
 
ESTÁTICA FETAL 
Relação do feto com a pelve materna, pela definição 
de apresentação, posição e atitude 
 
 
• APRESENTAÇÃO 
- Podálica 
- Longitudinal anterior 
- Longitudinal posterior 
- Cefálica 
Transversoventral....................Tranversodorsal 
 
 
 Posterior Verticodorsal 
 
 
Manobra obstétrica para problemas de 
apresentação: VERSÃO 
- inverter o bezerro na longitudinal posterior para 
anterior (ou seja, com os membros anteriores em 
direção a saída do útero) 
 
• POSIÇÃO 
Posição eutócica: 
cérvico-sacral ou 
superior dorsal – 
posição estendida 
 
- Posição cérvico 
pubiana ou ventral 
inferior: bezerro de 
barriga para cima 
 
Posição cérvico pubiana 
 
Manobras obstétricas: ROTAÇÃO 
 
• ATITUDE 
Posições flexionadas 
- Cabeça para trás: flexão dorsal de cabeça 
- Cabeça para o lado: flexão lateral de cabeça 
- Cabeça para baixo: flexão ventral de cabeça 
- Posição com um dos membros flexionados 
 
 
 Flexão dorsal de cabeça Flexão de art. cárpica esquerda 
 
 
 Flexão lateral de cabeça Flexão ventral de cabeça 
 
Manobras obstétricas: EXTENSÃO 
- Outra manobra possível: RETROPULSÃO – 
recolocar o feto para dentro do útero afim de 
melhorar o espaço de manuseio 
 
RESUMINDO 
 
MANOBRAS OBSTÉTRICAS 
VERSÃO – consiste em alterar a apresentação do feto 
para longitudinal anterior (cefálica) ou longitudinal 
posterior (podálica) – na prática é impossível* 
EXTENSÃO – estender atitudes flexionadas de 
membros, cabeça e pescoço 
ROTAÇÃO – produzir no feto um giro sobre o seu eixo 
longitudinal com o intuito de corrigir distocias de 
posição 
 
 
 
TRATAMENTOS 
• Manobra obstétrica + tração forçada 
- estática fetal distócica 
- feto morto, de tamanho normal e COM 
dilatação de cérvix 
 
• Cesária 
- Feto morto recente e sem dilatação de cérvix 
- Feto grande ou com má formação vivo 
- Casos de manobra obstétrica impossíveis 
- Risco de peritonite em bezerros já mortos 
 
• Indução 
- Sem contração e com dilatação (aplica-se 
ocitocina para estimulo de contração) 
 
• Fetotomia 
- Feto morto e com grande dilatação de cérvix 
- Distocias de impossível correção (feto morto) 
 
 
 
 
Em casos de fetotomia, SEMPRE verificar a 
viabilidade fetal: 
- Reflexo palpebral 
- Reflexo flexor 
- Reação dolorosa a agulha 
- Flexão anal 
- Pulso umbilical 
- US para conferir batimentos cardíacos 
 
É um procedimento contraindicado em: 
- Animais vivos 
- Estreitamento de via fetal 
- Ruptura uterina 
- Graves lacerações vaginais 
- Doenças graves na parturiente 
 
IMPORTANTE SABER: 
- Manter sempre o útero e os braços lubrificados 
- Ao término do procedimento lavar o útero com 
grande quantidade de fluído aquecido 
- Sifonar o conteúdo remanescente 
- Promover cobertura com antibióticos 
 
 
TRAÇÃO FORÇACA 
- Utilizar materiais adequados (correntes e cordas não 
podem ser muito finas) e de fácil esterilização 
- Posicionar correntes e cordas sobre ossos LONGOS, 
evitando articulações (pode ocorrer luxação caso a 
corda seja presa em uma articulação) 
- Sempre fixar e tracionar os membros 
separadamente 
- Não tracione os envoltórios fetais (risco de prolapso 
uterino) 
 
 
 
Jamais utilizar força animal ou mecânica para realizar 
esse procedimento 
- O veterinário deve controlar o procedimento 
posicionando o feto na direção correta, e não 
participando da força de tração 
- Proteja o períneo com as mãos espalmadas para 
evitar grandes lacerações 
- Garantir exagerada LUBRIFICAÇÃO da via fetal

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