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Análise e Produção de Material Didático em Língua Inglesa

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Prévia do material em texto

Indaial – 2019
Análise e Produção de 
MAteriAl didático eM 
línguA inglesA
Prof.ª Taise Feldmann
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.ª Taise Feldmann
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
F312a
 Feldmann, Taise
 Análise e produção de material didático em língua inglesa. / Taise 
Feldmann. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 185 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0411-6
1. Língua inglesa. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 420
III
APresentAção
Bem-vindo à disciplina Análise e produção de material didático em 
língua inglesa. A partir de agora você estudará aspectos relacionados à esta 
ferramenta tão importante para a prática pedagógica, o material didático.
Para isso, a Unidade 1 fala sobre os fundamentos do processo de 
ensino e aprendizagem da língua inglesa por meio de três tópicos: o Tópico 
1 traz conteúdos acerca dos Parâmetros Curriculares Nacionais. No Tópico 
2, as discussões se voltam à Base Nacional Comum Curricular. Por fim, o 
Tópico 3 apresenta o Programa Nacional do Livro e do Material Didático, em 
especial para a língua estrangeira.
Na Unidade 2 o enfoque será na produção do material didático em 
língua inglesa. Deste modo, no Tópico 1 serão apresentados alguns conceitos 
e exemplos do que são os materiais didáticos. Já o Tópico 2 aborda aspectos 
relativos ao conteúdo dos materiais didáticos, em que você estudará acerca 
do texto, da abordagem gramatical, do uso do vocabulário e das práticas 
de oralidade propostas. No último tópico, o tema é a imagem no material 
didático, o qual apresenta discussões sobre a leitura de imagens e os critérios 
na seleção de imagens para a produção de materiais didáticos.
Para concluir os estudos deste livro, a Unidade 3 tratará da análise de 
materiais didáticos. Iniciamos pelos critérios gerais, para que você conheça 
os principais aspectos que devem ser observados na análise dos livros e 
demais materiais didáticos, desde as metodologias propostas, os materiais de 
apoio ao professor, a linguagem e a adequação às faixas etárias dos alunos, 
a exploração de textos multimodais, o incentivo às práticas de audição e 
oralidade em língua inglesa, entre tantas outras características. Já no Tópico 
2 a análise se volta especificamente aos materiais de língua inglesa, no qual 
você terá a oportunidade de estudar sobre a análise de materiais a partir das 
obras selecionadas pelo PNLD 2020.
Acadêmico, aproveite ao máximo cada um dos diálogos propostos 
nesta obra, assim como as autoatividades apresentadas ao fim de cada 
unidade, elas são importantes para a compreensão dos diversos estudos 
abordados aqui.
Além disso, acesse as atividades indicadas na ferramenta UNI e leia 
o que for sugerido como material extra. Lembre-se sempre de acessar a trilha 
de aprendizagem da disciplina no seu Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(AVA), pois os materiais disponibilizados lá são muito importantes para o 
seu aprendizado.
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
Esperamos que os conhecimentos aqui compartilhados sejam 
valiosos para que no futuro você possa desempenhar com excelência seu 
papel como profissional.
Bons estudos!
Prof.ª Ms. Taise Feldmann
NOTA
V
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VI
VII
UNIDADE 1 – COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE 
 ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA ..................................... 1
TÓPICO 1 – OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E O ENSINO DA 
 LÍNGUA ESTRANGEIRA .............................................................................................. 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O QUE SÃO OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS? .......................................... 3
3 A LÍNGUA ESTRANGEIRA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS .......... 10
4 A RELAÇÃO ENTRE A LDB E OS PCN NA LÍNGUA ESTRANGEIRA ................................. 15
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 17
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 20
TÓPICO 2 – A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A LÍNGUA
 ESTRANGEIRA ................................................................................................................ 23
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 23
2 O QUE É A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR? ........................................................ 23
3 A LÍNGUA INGLESA NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR ............................... 35
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 46
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 47
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 49
TÓPICO 3 – O PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO E DO MATERIAL DIDÁTICO 
 PARA LÍNGUA ESTRANGEIRA .................................................................................. 51
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 51
2 O QUE É O PNLD? .............................................................................................................................. 51
3 OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PNLD ................................................................................ 55
4 POR QUE ESCOLHER UMBOM LIVRO DIDÁTICO? .............................................................. 60
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 62
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 64
UNIDADE 2 – A PRODUÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO EM LÍNGUA INGLESA ........... 65
TÓPICO 1 – DEFININDO MATERIAL DIDÁTICO ........................................................................ 67
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 67
2 O QUE É MATERIAL DIDÁTICO?................................................................................................... 68
3 A IMPORTÂNCIA DO USO CORRETO DO MATERIAL DIDÁTICO NO 
 PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA ............................... 74
4 O LÚDICO NO MATERIAL DIDÁTICO DE LÍNGUA INGLESA ........................................... 78
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 84
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 86
suMário
VIII
TÓPICO 2 – ASPECTOS RELATIVOS AO CONTEÚDO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS .... 89
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 89
2 O TEXTO NO MATERIAL DIDÁTICO ........................................................................................... 89
3 A ABORDAGEM GRAMATICAL NO MATERIAL DIDÁTICO ............................................... 94
4 O USO DO VOCABULÁRIO NO MATERIAL DIDÁTICO ....................................................... 98
5 PRÁTICAS DE ORALIDADE PROPOSTAS PELO MATERIAL DIDÁTICO ......................102
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................109
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................111
TÓPICO 3 – A IMAGEM NO MATERIAL DIDÁTICO .................................................................113
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................113
2 A LEITURA DE IMAGENS E O MATERIAL DIDÁTICO ........................................................113
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................120
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................122
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................124
UNIDADE 3 – ANÁLISE DO MATERIAL DIDÁTICO EM LÍNGUA INGLESA ....................127
TÓPICO 1 – CRITÉRIOS GERAIS PARA A ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS .........129
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................129
2 CRITÉRIOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS ............................129
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................139
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................140
TÓPICO 2 – ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS EM LÍNGUA INGLESA .....................143
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................143
2 CRITÉRIOS UTILIZADOS NA ANÁLISE E SELEÇÃO DE MATERIAIS 
 DIDÁTICOS EM LÍNGUA INGLESA ...........................................................................................143
3 RESENHAS DE OBRAS Selecionadas PELO PNLD 2020 ..........................................................156
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................171
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................174
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................176
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................179
1
UNIDADE 1
COMPREENDENDO OS 
FUNDAMENTOS DO PROCESSO 
DE ENSINO E APRENDIZAGEM 
DA LÍNGUA INGLESA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender o que são os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN;
• analisar como a língua estrangeira é abordada nos PCN;
• estabelecer relações entre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
– LDB e os PCN de língua estrangeira;
• compreender o que é a Base Nacional Comum Curricular – BNCC;
• observar como a língua estrangeira é versada na BNCC;
• apreender o que é o Programa Nacional do Livro e do Material Didático – 
PNLD e seus critérios de avaliação.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E O
 ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
TÓPICO 2 – A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A LÍNGUA
 ESTRANGEIRA 
TÓPICO 3 – O PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO E DO MATERIAL
 DIDÁTICO PARA LÍNGUA ESTRANGEIRA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS 
E O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
1 INTRODUÇÃO
Iniciamos mais uma importante disciplina, e, desta vez, é hora de falarmos 
sobre o material didático em língua inglesa. É essencial que você, futuro professor, 
perceba a relevância deste estudo para a sua prática profissional, uma vez que os 
materiais didáticos são ferramentas para o processo de ensino e aprendizagem. 
A fim de que você compreenda este conteúdo e saiba, ao final da disciplina, 
analisar e produzir materiais didáticos em língua inglesa, entendemos que, seja 
importante estudar, inicialmente, os princípios que o norteiam.
Neste tópico, você estudará o que são os Parâmetros Curriculares 
Nacionais – PCN, como a Língua Estrangeira é abordada pelos PCN e, por fim, 
a relação entre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB e os PCN 
de língua estrangeira. A partir deste estudo inicial, você poderá compreender 
conceitos fundamentais que o ajudarão a participar ativamente das discussões 
propostas ao longo das Unidades 2 e 3.
2 O QUE SÃO OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS?
 Fundamentaremos nossos diálogos nos documentos basilares da educação 
básica brasileira (PCN, Leis, Diretrizes, entre outros) e em autores que discutem 
o processo educacional de forma reflexiva e contínua. Deste modo, iniciamos 
nossos estudos com citações dos PCN, para que você compreenda o que são esses 
importantes documentos.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais nascem da necessidade 
de se construir uma referência curricular nacional para o ensino 
fundamental que possa ser discutida e traduzida em propostas 
regionais nos diferentes estados e municípios brasileiros, em 
projetos educativos nas escolas e nas salas de aula. E que possam 
garantir a todo aluno de qualquer região do país, do interior ou 
do litoral, de uma grande cidade ou da zona rural, que frequentam 
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEMDA LÍNGUA INGLESA
4
cursos nos períodos diurno ou noturno, que sejam portadores de 
necessidades especiais, o direito de ter acesso aos conhecimentos 
indispensáveis para a construção de sua cidadania (BRASIL, 1998c, 
p. 9, grifos nossos).
Na mesma direção, as Orientações Curriculares para o Ensino Médio - 
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (BRASIL, 2006, p. 8, grifos nossos) 
expõem que:
A Secretaria de Educação Básica, por intermédio do Departamento 
de Política do Ensino Médio, encaminha para os professores o 
documento Orientações Curriculares para o Ensino Médio com a 
intenção de apresentar um conjunto de reflexões que alimente a sua 
prática docente. 
A proposta foi desenvolvida a partir da necessidade expressa em 
encontros e debates com os gestores das Secretarias Estaduais de 
Educação e aqueles que, nas universidades, vêm pesquisando e 
discutindo questões relativas ao ensino das diferentes disciplinas. 
A demanda era pela retomada da discussão dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais do Ensino Médio, não só no sentido 
de aprofundar a compreensão sobre pontos que mereciam 
esclarecimentos, como também, de apontar e desenvolver 
indicativos que pudessem oferecer alternativas didático-
pedagógicas para a organização do trabalho pedagógico, a fim 
de atender às necessidades e às expectativas das escolas e dos 
professores na estruturação do currículo para o ensino médio.
Diante o exposto, você pode perceber a relevância dos PCN, que têm a 
função de orientar os professores, traçando objetivos e aspectos fundamentais 
respectivos a cada disciplina do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. A partir 
desse norte, almeja-se que todos tenham acesso ao conjunto de conhecimentos 
compreendidos como essenciais para a formação dos alunos como cidadãos, 
atuantes em nossa sociedade.
Neste sentido, mesmo fazendo parte de um contexto social vulnerável, as 
escolas têm o suporte dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que são adaptados 
às suas realidades, e se transformam em conteúdos de ensino, ajudando os 
professores com a didática do cotidiano escolar.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram elaborados procurando, 
de um lado, respeitar diversidades regionais, culturais, políticas 
existentes no país e, de outro, considerar a necessidade de construir 
referências nacionais comuns ao processo educativo em todas as 
regiões brasileiras (BRASIL, 1998a, p. 5, grifos nossos).
Referente ao alcance dos PCN, há documentos específicos desde a 
Educação Infantil, contudo, focaremos no Ensino Fundamental e Médio, visto 
que a língua estrangeira é prevista a partir destas etapas. Vejamos alguns 
trechos abaixo:
TÓPICO 1 | OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
5
QUADRO 1 - PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (1ª A 4ª SÉRIE)
Volume 1 - Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais
Volume 2 - Língua Portuguesa
Volume 3 - Matemática
Volume 4 - Ciências Naturais
Volume 5 - História e Geografia
Volume 6 - Arte
Volume 7 - Educação Física
Volume 8 - Apresentação dos Temas Transversais e Ética
Volume 9 - Meio Ambiente e Saúde
Volume 10 - Pluralidade Cultural e Orientação Sexual
FONTE: Brasil (1997, p. 2)
QUADRO 2 - TERCEIRO E QUARTO CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Volume 1 - Introdução aos PCN
Volume 2 - Língua Portuguesa
Volume 3 - Matemática
Volume 4 - Ciências Naturais
Volume 5 - Geografia
Volume 6 - História
Volume 7 - Arte
Volume 8 - Educação Física
Volume 09 - Língua Estrangeira
Volume 10.1 - Temas Transversais - Apresentação
Volume 10.2 - Temas Transversais - Pluralidade Cultural
Volume 10.3 - Temas Transversais - Meio Ambiente
Volume 10.4 - Temas Transversais - Saúde
Volume 10.5 - Temas Transversais - Orientação Sexual
FONTE: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2019.
QUADRO 3 - ORIENTAÇÕES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO - PCNEM 
Volume 1 - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Volume 2 - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias
Volume 3 - Ciências Humanas e suas Tecnologias
FONTE: <http://portal.mec.gov.br/programa-saude-da-escola/195-secretarias-112877938/seb-
educacao-basica-2007048997/13558-politicas-de-ensino-medio>. Acesso em: 10 abr. 2019.
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
6
DICAS
Acesse os PCN nos links a seguir:
• Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil: http://portal.mec.gov.br/seb/
arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol1.pdf.
• Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª série): http://portal.mec.gov.br/expansao-
da-rede-federal/195-secretarias-112877938/seb-educacao-basica-2007048997/12640-
parametros-curriculares-nacionais-1o-a-4o-series. 
• Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental: http://portal.mec.gov.br/programa-
saude-da-escola/195-secretarias-112877938/seb-educacao-basica-2007048997/12657-
parametros-curriculares-nacionais-5o-a-8o-series. 
• Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio: http://portal.mec.gov.br/programa-
saude-da-escola/195-secretarias-112877938/seb-educacao-basica-2007048997/13558-
politicas-de-ensino-medio.
A respeito dos objetivos, os PCN orientam que os alunos sejam capazes de:
QUADRO 4 – OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
• Objetivo geral do ensino fundamental: utilizar diferentes linguagens – 
verbal, matemática, gráfica, plástica, corporal – como meio para expressar e 
comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções da cultura.
• Objetivo geral do ensino de matemática: analisar informações relevantes do 
ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número de relações 
entre elas, fazendo uso do conhecimento matemático para interpretá-las e 
avaliá-las criticamente.
• Objetivo do ensino de matemática para o primeiro ciclo: identificar, em 
situações práticas, que muitas informações são organizadas em tabelas e 
gráficos para facilitar a leitura e a interpretação, e construir formas pessoais 
de registro para comunicar informações coletadas.
FONTE: Brasil (1998b, p. 55-56)
TÓPICO 1 | OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
7
QUADRO 5 - OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II
• Compreender a cidadania como participação social e política, assim como 
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, 
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o 
outro e exigindo para si o mesmo respeito. 
• Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes 
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de 
tomar decisões coletivas. 
• Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, 
materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de 
identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país. 
• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, 
bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-
se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe 
social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e 
sociais. 
• Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, 
identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo 
ativamente para a melhoria do meio ambiente. 
• Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de 
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de 
inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na 
busca de conhecimento e no exercício da cidadania. 
• Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos 
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com 
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva. 
• Utilizar as diferentes linguagens – verbal, musical, matemática, gráfica, 
plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas 
ideias, interpretare usufruir das produções culturais, em contextos públicos 
e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação. 
• Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para 
adquirir e construir conhecimentos. 
• Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-
los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a 
capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua 
adequação.
FONTE: Brasil (1998b, p. 7-8).
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
8
QUADRO 6 - OBJETIVOS DO ENSINO MÉDIO
 A formação do aluno deve ter como alvo principal:
• A aquisição de conhecimentos básicos.
• A preparação científica.
• A capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de 
atuação.
 Propõe-se, no nível do Ensino Médio:
• A formação geral, em oposição à formação específica.
• O desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, 
analisá-las e selecioná-las. 
• A capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de 
memorização.
FONTE: Brasil (2000, p. 5)
Os PCN para o Ensino Médio foram desenvolvidos no ano de 2000, tendo sido 
reformulados nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio, no ano de 2016.
IMPORTANT
E
Os objetivos, expostos nos quadros anteriores: 
constituem o ponto de partida para se refletir sobre qual é a formação 
que se pretende que os alunos obtenham, que a escola deseja 
proporcionar e tem possibilidades de realizar, sendo, nesse sentido, 
pontos de referência que devem orientar a atuação educativa em todas 
as áreas, ao longo da escolaridade obrigatória. Devem, portanto, 
orientar a seleção de conteúdo a serem aprendidos como meio para 
o desenvolvimento das capacidades e indicar os encaminhamentos 
didáticos apropriados para que os conteúdos estudados façam 
sentido para os alunos. Finalmente, devem constituir-se uma 
referência indireta da avaliação da atuação pedagógica da escola 
(BRASIL, 1997, p. 49).
No que diz respeito à estrutura dos PCN para o Ensino Fundamental, 
acompanhe a imagem a seguir:
TÓPICO 1 | OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
9
FIGURA 1 - ESTRUTURA DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO 
FUNDAMENTAL
Objetivos Gerais do Ensino Fundamental
Área de
Língua
Portuguesa
Área de
Matemática
Área de
Ciências
Naturais
Área de
História
Área de
Geografia
Área de
Arte
Área de
Educação
Física
Área de
Língua
Estrangeira
Caracterização da Área
Objetivos Gerais da Área
1º Ciclo
(1ª e 2ª s.)
2º Ciclo
(3ª e 4ª s.)
3º Ciclo
(5ª e 6ª s.)
4º Ciclo
(7ª e 8ª s.)
Objetivos da Área
para o Ciclo
Conteúdo da Área
para o Ciclo
Critérios de Avaliação
da Área para o Ciclo
Orientações Didáticas
1ª Parte
Ensino Fundamental
2ª Parte
Especificação
por Ciclos
Ética - Saúde - Meio Ambiente - Orientação Sexual - Pluralidade Cultural - Trabalho e Consumo
FONTE: Brasil (1998b, p. 54)
Os diálogos acerca dos PCN são infindáveis, visto que originam de 
diversos documentos que orientam a Educação Básica brasileira desde o Ensino 
Fundamental I, quando nossas crianças iniciam essa jornada, passando pelo 
Ensino Fundamental II, aonde novos conhecimentos são construídos, até o Ensino 
Médio, momento em que nossos jovens se constituem como cidadãos. 
Vamos adiante, conhecer como a Língua Estrangeira é discutida pelos 
PCN.
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
10
3 A LÍNGUA ESTRANGEIRA NOS PARÂMETROS CURRICULARES 
NACIONAIS 
Acadêmico, agora que você já sabe o que são os PCN e sua importância 
para a formação de nossos alunos, vamos às especificidades destes documentos, 
analisando como a língua estrangeira é abordada. 
Conforme você pôde estudar anteriormente, os conteúdos relacionados 
à língua estrangeira são abordados nos PCN para o Ensino Fundamental II – 
Volume 9 – Língua Estrangeira; e nas Orientações Curriculares Nacionais para o 
Ensino Médio – Volume 1 – Linguagem, Código e suas Tecnologias. Vejamos as 
justificativas para a inclusão de Língua Estrangeira nessas etapas.
QUADRO 7 – A LÍNGUA ESTRANGEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL
A inclusão de uma área no currículo deve ser determinada, entre outros 
fatores, pela função que desempenha na sociedade. [...]
Independentemente de se reconhecer a importância do aprendizado 
de várias línguas, em vez de uma única, e de se pôr em prática uma política 
de pluralismo linguístico, nem sempre há a possibilidade de se incluir mais 
do que uma língua estrangeira no currículo. Os motivos podem ir da falta de 
professores até a dificuldade de incluir um número elevado de disciplinas na 
grade escolar. Assim, uma questão que precisa ser enfrentada é qual, ou quais 
línguas estrangeiras incluir no currículo.
Pelo menos três fatores devem ser considerados:
• Fatores históricos: estão relacionados ao papel que uma língua específica 
representa em certos momentos da história, fazendo com que sua 
aprendizagem adquira maior relevância. A relevância é frequentemente 
determinada pelo papel hegemônico dessa língua nas trocas internacionais, 
gerando implicações para as trocas interacionais nos campos da cultura, da 
educação, da ciência, do trabalho etc.
• Fatores relativos às comunidades locais: a convivência entre comunidades 
locais e imigrantes ou indígenas pode ser um critério para a inclusão 
de determinada língua no currículo escolar. Justifica-se pelas relações 
envolvidas nessa convivência: as relações culturais, afetivas e de parentesco. 
Por outro lado, em comunidades indígenas e em comunidades de surdos, 
nas quais a língua materna não é o português, justifica-se o ensino de Língua 
Portuguesa como segunda língua.
• Fatores relativos à tradição: o papel que determinadas línguas estrangeiras 
tradicionalmente desempenham nas relações culturais entre os países pode 
ser um fator a ser considerado. O francês, por exemplo, desempenhou e 
desempenha importante papel do ponto de vista das trocas culturais entre 
o Brasil e a França e como instrumental de acesso ao conhecimento de toda 
uma geração de brasileiros.
FONTE: Brasil (1998b, p. 20-23)
TÓPICO 1 | OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
11
Da mesma forma, os PCNEM – Orientações Curriculares Nacionais para 
o Ensino Médio – expõem que:
QUADRO 8 – A LÍNGUA ESTRANGEIRA NO ENSINO MÉDIO
As orientações curriculares para Línguas Estrangeiras têm como objetivo: 
• Retomar a reflexão sobre a função educacional do ensino de Línguas 
Estrangeiras no ensino médio e ressaltar a importância dessas; 
• Reafirmar a relevância da noção de cidadania e discutir a prática dessa noção 
no ensino de Línguas Estrangeiras; 
• Discutir o problema da exclusão no ensino em face de valores “globalizantes” 
e o sentimento de inclusão frequentemente aliado ao conhecimento de 
Línguas Estrangeiras; 
• Introduzir as teorias sobre a linguagem e as novas tecnologias (letramentos, 
multiletramentos, multimodalidade, hipertexto) e dar sugestões sobre a 
prática do ensino de Línguas Estrangeiras por meio dessas.
FONTE: Brasil (2006, p. 87)
A partir das justificativas expostas, podemos perceber que as línguas 
estrangeiras exercem um papel fundamental na formação de nossos alunos, em 
especial o Inglês, que possui influência “na chamada sociedade globalizada e de 
alto nível tecnológico” (BRASIL, 1998b, p. 23), visto que é a língua mais usada no 
mundo, tanto no que diz respeito aos negócios, ao turismo, até na educação, em 
que seu domínio é praticamente universal nas universidades ao redor do mundo.
Referente às habilidades linguísticas esperadas, os PCN para o Ensino 
Fundamental II orientam que: 
o foco no que ensinar pode ser melhor entendido ao se pensar, 
metaforicamente, sobre o que as lentes de uma máquina fotográfica 
focalizam. O primeiro foco, por meio do uso de uma lente padrão, 
estaria colocado nahabilidade de leitura. A lente pode, contudo, ser 
trocada por uma grande-angular, na dependência das condições em 
contextos de ensino específicos como também do papel relativo que 
as línguas estrangeiras particulares representam na comunidade (o 
caso do espanhol na situação de fronteira, por exemplo), de modo a 
ampliar o foco para envolver outras habilidades comunicativas. Esse 
sistema de focos para indicar o que ensinar tem por objetivo organizar 
uma proposta de ensino que garanta para todos, na rede escolar, uma 
experiência significativa de comunicação via Língua Estrangeira, por 
intermédio do uso de uma lente padrão. Isso é o que foi chamado de 
engajamento discursivo por meio de leitura em língua estrangeira, que 
se pauta por uma questão central neste documento: dar acesso a todos 
a uma educação linguística de qualidade (BRASIL, 1998b, p. 21).
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
12
Contudo, os PCN não excluem o ensino das demais habilidades 
linguísticas, que possuem igualmente a importância da leitura. Deste modo, 
você, como futuro professor, pode, dentro das suas possibilidades, proporcionar 
o ensino da língua inglesa de modo que todas as habilidades sejam alcançadas 
(reading – ler, writing – escrever, listening – ouvir e speaking – falar). Lembre-se 
de que você já estudou disciplinas específicas para essa finalidade, como as de 
didática e de habilidades em língua inglesa.
Já OS PCNEM propõem que: 
QUADRO 9 – HABILIDADES COMUNICATIVAS
Proposta das habilidades a serem desenvolvidas em
 Línguas Estrangeiras no Ensino Médio
1º ano
Leitura 
Comunicação oral 
Prática escrita
2º ano
Leitura 
Comunicação oral 
Prática escrita
3º ano
Leitura 
Comunicação oral 
Prática escrita
FONTE: Brasil (2006, p. 111)
Além do exposto, os PCN para o Ensino Fundamental II expõem que: 
No que se refere ao ensino de línguas, a questão torna-se da maior 
relevância. Para ser um participante atuante é preciso ser capaz de 
se comunicar. E ser capaz de se comunicar não apenas na língua 
materna, mas também em uma ou mais línguas estrangeiras. O 
desenvolvimento de habilidades comunicativas, em mais de uma 
língua, é fundamental para o acesso à sociedade da informação. Para 
que as pessoas tenham acesso mais igualitário ao mundo acadêmico, 
ao mundo dos negócios e ao mundo da tecnologia etc., é indispensável 
que o ensino de Língua Estrangeira seja entendido e concretizado 
como o ensino que oferece instrumentos indispensáveis de trabalho 
(BRASIL, 1998b, p. 38, grifos nossos).
 
Deste modo, é essencial que você esteja atento às orientações dos PCN 
quanto às habilidades de aprendizagem esperadas, uma vez que os materiais 
didáticos devem ser elaborados e/ou escolhidos de modo que atendam essas 
demandas. Assim, você terá ferramentas que darão suporte à sua prática 
educativa, facilitando o processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa.
TÓPICO 1 | OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
13
Complementando as informações anteriores, vejamos a seguir a 
perspectiva educacional do ensino de língua estrangeira no Ensino Fundamental 
II segundo os PCN.
QUADRO 10 – PERSPECTIVA EDUCACIONAL
A aprendizagem de Língua Estrangeira contribui para o processo 
educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de 
habilidades linguísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, 
aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e desenvolve maior 
consciência do funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo, ao 
promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui 
para desenvolver a percepção da própria cultura por meio da compreensão 
da(s) cultura(s) estrangeira(s). O desenvolvimento da habilidade de entender/
dizer o que outras pessoas, em outros países, diriam em determinadas situações 
leva, portanto, à compreensão tanto das culturas estrangeiras quanto da 
cultura materna. Essa compreensão intercultural promove, ainda, a aceitação 
das diferenças nas maneiras de expressão e de comportamento. 
Há ainda outro aspecto a ser considerado, do ponto de vista educacional. 
É a função interdisciplinar que a aprendizagem de Língua Estrangeira pode 
desempenhar no currículo. O benefício resultante é mútuo. O estudo das outras 
disciplinas, notadamente de História, Geografia, Ciências Naturais, Arte, passa 
a ter outro significado se em certos momentos forem proporcionadas atividades 
conjugadas com o ensino de Língua Estrangeira, levando-se em consideração, 
é claro, o projeto educacional da escola. Essa é 38 uma maneira de viabilizar na 
prática de sala de aula a relação entre língua estrangeira e o mundo social, isto 
é, como fazer uso da linguagem para agir no mundo social. 
A aprendizagem de Língua Estrangeira no ensino fundamental não é só 
um exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas 
em um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as 
possibilidades de se agir discursivamente no mundo. O papel educacional da 
Língua Estrangeira é importante, desse modo, para o desenvolvimento integral 
do indivíduo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência 
de vida. Experiência que deveria significar uma abertura para o mundo, tanto 
o mundo próximo, fora de si mesmo, quanto o mundo distante, em outras 
culturas. Assim, contribui-se para a construção, e para o cultivo pelo aluno, 
de uma competência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na 
compreensão de outras culturas.
FONTE: Brasil (1998b, p. 37-38).
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
14
Para concluir, gostaríamos que você compreendesse que:
[...] em muitos casos, há falta de clareza sobre o fato de que os 
objetivos do ensino de idiomas em escola regular são diferentes 
dos objetivos dos cursos de idiomas. Trata-se de instituições com 
finalidades diferenciadas. Observa-se a citada falta de clareza quando 
a escola regular tende a concentrar-se no ensino apenas linguístico 
ou instrumental da Língua Estrangeira (desconsiderando outros 
objetivos, como os educacionais e os culturais). Esse foco retrata uma 
concepção de educação que concentra mais esforços na disciplina/
conteúdo que propõe ensinar (no caso, um idioma, como se esse 
pudesse ser aprendido isoladamente de seus valores sociais, culturais, 
políticos e ideológicos) do que nos aprendizes e na formação desses. A 
concentração em tais objetivos pode gerar indefinições (e comparações) 
sobre o que caracteriza o aprendizado dessa disciplina no currículo 
escolar e sobre a justificativa desse no referido contexto. [...] a 
disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma 
estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com 
os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de 
indivíduos como parte de suas preocupações educacionais. (BRASIL, 
2006, p. 90-91, grifo nosso).
No mesmo sentido, segundo Van Ek e Trim (1984 apud BRASIL, 2006, p. 
92) o ensino de línguas estrangeiras possibilita:
• estender o horizonte de comunicação do aprendiz para além de 
sua comunidade linguística restrita própria, ou seja, fazer com 
que ele entenda que há uma heterogeneidade no uso de qualquer 
linguagem, heterogeneidade esta contextual, social, cultural e 
histórica. Com isso, é importante fazer com que o aluno entenda 
que, em determinados contextos (formais, informais, oficiais, 
religiosos, orais, escritos, etc.), em determinados momentos 
históricos (no passado longínquo, poucos anos atrás, no presente), 
em outras comunidades (em seu próprio bairro, em sua própria 
cidade, em seu país, como em outros países), pessoas pertencentes a 
grupos diferentes em contextos diferentescomunicam-se de formas 
variadas e diferentes;
• fazer com que o aprendiz entenda, com isso, que há diversas maneiras 
de organizar, categorizar e expressar a experiência humana e de 
realizar interações sociais por meio da linguagem. (Vale lembrar 
aqui que essas diferenças de linguagem não são individuais nem 
aleatórias, e sim sociais e contextualmente determinadas; que não 
são fixas e estáveis, e podem mudar com o passar do tempo.);
• aguçar, assim, o nível de sensibilidade linguística do aprendiz 
quanto às características das Línguas Estrangeiras em relação à sua 
língua materna e em 
• desenvolver, com isso, a confiança do aprendiz, por meio de 
experiências bem-sucedidas no uso de uma língua estrangeira, 
enfrentar os desafios cotidianos e sociais de viver, adaptando-se, 
conforme necessário, a usos diversos da linguagem em ambientes 
diversos (sejam esses em sua própria comunidade, cidade, estado, 
país ou fora desses).
TÓPICO 1 | OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
15
Assim, compreendemos que a língua estrangeira nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais, seja para o Ensino Fundamental ou para o Ensino Médio, 
é vista para além de uma disciplina, em que se espera o domínio de conteúdos. 
Ela é tida como uma fonte de conhecimentos culturais, políticos, sociais, entre 
outros, que possuem extrema relevância na formação de nossos alunos. 
4 A RELAÇÃO ENTRE A LDB E OS PCN NA LÍNGUA
ESTRANGEIRA 
Acadêmico, as discussões deste item se relacionam aos diálogos já 
iniciados nos itens anteriores, visto que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
permeia todas as discussões relacionadas à Educação Básica brasileira. Contudo, 
achamos importante criar um item específico para falar sobre a LDB, pois como 
futuro professor de língua inglesa, você precisa compreender que a sua prática 
deve refletir as orientações dessa importante lei.
Portanto, a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, conhecida como Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, em seu Título II – Dos Princípios 
e Fins da Educação Nacional, estabelece que:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos 
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por 
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da 
legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas 
sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei 
nº 12.796, de 2013)
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da 
vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) (BRASIL, 1996, s.p.).
Deste modo, muito mais que o ensino de conteúdos curriculares, é papel 
da escola, juntamente com as famílias, proporcionar uma educação que possibilite 
a formação de sujeitos críticos e reflexivos. Para isso, cabe a todos os envolvidos 
no processo educacional, principalmente ao professor que ensina aos alunos 
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
16
diariamente, considerar as diversidades, valorizar os conhecimentos dos alunos 
e suas experiências para além da sala de aula, planejar suas aulas de modo que 
os alunos tenham qualidade na aprendizagem e possibilitar que todos os alunos 
tenham condições de aprender os conteúdos de sua disciplina, em especial os 
alunos com deficiência(s).
Pensar nessas condições de ensino e aprendizagem requer pensar nos 
materiais didáticos que serão utilizados, visto que tanto um livro quanto um 
vídeo que faz parte de uma sequência didática, por exemplo, devem conter os 
conteúdos curriculares a estudar e, ainda, possibilitar que esses conteúdos sejam 
aplicáveis aos mais variados contextos de ensino, pois conforme expõem os 
Parâmetros Curriculares Nacionais, devem “respeitar diversidades regionais, 
culturais, políticas existentes no país e, de outro, considerar a necessidade de 
construir referências nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões 
brasileiras” (BRASIL, 1998b, p. 5).
No que diz respeito à Lei de Diretrizes e Bases e Língua Estrangeira, os 
PCN para o Ensino Fundamental II orientam que,
A questão do ensino de Língua Estrangeira na escola, particularmente 
na escola pública, tem sido amplamente discutida nos meios 
acadêmicos e educacionais. Foi também objeto de manifestos de 
profissionais da área em reuniões científicas e de representações 
ao Congresso Nacional. Até bem pouco tempo atrás, a discussão 
era para se garantir a permanência dessa disciplina no currículo. 
Com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no 
entanto, que prevê Língua Estrangeira como disciplina obrigatória 
no ensino fundamental a partir da quinta série, a discussão não 
necessita mais ser defensiva. Pode, sim, concentrar-se nos aspectos 
educacionais de fundo da questão, pois entende-se que dentro das 
possibilidades da instituição se refere à escolha da língua (a cargo 
da comunidade) e não à inclusão de uma língua estrangeira, já que 
o ensino desta deve ser obrigatório no currículo escolar. (BRASIL, 
1998b, p. 37, grifos nossos)
Neste sentido, acadêmico, você pode apreender que o ensino de, pelo 
menos, uma língua estrangeira é obrigatório no currículo escolar a partir da 
antiga quinta série, que atualmente é tido como sexto ano (Ensino Fundamental 
II – sextos, sétimos, oitavos e nonos anos), até o Ensino Médio. Outro aspecto 
importante é que língua estrangeira não se refere somente à língua inglesa, uma 
vez que conforme a LDB expõe e os PCN reforçam, a escolha da língua estrangeira 
deve ser feita de acordo com fatores históricos, fatores relativos às comunidades 
locais e fatores relativos à tradição.
No próximo tópico ampliaremos as discussões referentes à língua 
estrangeira nos documentos oficiais da Educação Básica brasileira, por meio de 
uma importante construção coletiva de educadores de todo o Brasil, a BNCC – 
Base Nacional Comum Curricular. Vamos lá!
17
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os Parâmetros Curriculares Nacionais são referências para a Educação Básica 
brasileira, compreendendo desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
• As discussões acerca dos PCN surgiram da necessidade de construir referências 
nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras.
• A ideia é que as referências sejam discutidas e traduzidas em propostas regionais 
nos diferentes estados e municípios brasileiros, em projetos educativos nas 
escolas e nas salas de aula.
• Os PCN foram criados com o objetivo de garantir a todo aluno de qualquer 
região do país, dos períodos diurno ou noturno, que sejam portadores de 
necessidades especiais, o direito de ter acesso aos conhecimentos indispensáveis 
para a construção de sua cidadania.
• Os PCNEM almejam oferecer alternativas didático-pedagógicas para a 
organização do trabalho pedagógico, a fim de atender às necessidades e às 
expectativas das escolas e dos professores na estruturação do currículo para 
o Ensino Médio.
• Os PCN respeitam as diversidades regionais, culturais e políticas existentes no 
país.
• A língua estrangeira é prevista a partir do Ensino Fundamental II (Volume 9 
dos PCN Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental).
• Nos PCNEM,a língua estrangeira é abordada no Volume 1 – Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias.
• Quanto aos objetivos do Ensino Fundamental II, no que se refere às linguagens, 
o documento prevê que os alunos devem ser capazes de Utilizar as diferentes 
linguagens – verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal – como 
meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir 
das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a 
diferentes intenções e situações de comunicação.
• A aprendizagem de Língua Estrangeira no ensino fundamental não é só um 
exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas 
em um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as 
possibilidades de se agir discursivamente no mundo.
RESUMO DO TÓPICO 1
18
• O papel educacional da Língua Estrangeira é importante para o desenvolvimento 
integral do indivíduo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa nova 
experiência de vida.
• Já no Ensino Médio, a formação do aluno deve ter como alvo principal: a 
aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de 
utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação.
• Os PCN para o Ensino Médio foram desenvolvidos no ano de 2000, tendo 
sido reformulados nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio, no ano 
de 2016.
• A inclusão de uma área no currículo deve ser determinada, entre outros fatores, 
pela função que desempenha na sociedade.
• As orientações curriculares para Línguas Estrangeiras no Ensino Médio têm 
como objetivo: retomar a reflexão sobre a função educacional do ensino de 
Línguas Estrangeiras no ensino médio e ressaltar a importância delas; reafirmar 
a relevância da noção de cidadania e discutir a prática dessa noção no ensino 
de Línguas Estrangeiras; discutir o problema da exclusão no ensino em face de 
valores “globalizantes” e o sentimento de inclusão frequentemente aliado ao 
conhecimento de Línguas Estrangeiras; introduzir as teorias sobre a linguagem 
e as novas tecnologias (letramentos, multiletramentos, multimodalidade, 
hipertexto) e dar sugestões sobre a prática do ensino de Línguas Estrangeiras 
por meio delas.
• As línguas estrangeiras exercem um papel fundamental na formação de nossos 
alunos, em especial o Inglês, que possui influência “na chamada sociedade 
globalizada e de alto nível tecnológico” (BRASIL, 1998b, p. 23).
• Segundo os PCN, o primeiro foco no ensino de uma língua estrangeira deve ser 
na habilidade de leitura.
• Os PCN não excluem o ensino das demais habilidades linguísticas, que 
possuem igualmente a importância da leitura.
• Os PCNEM propõem que as habilidades comunicativas da língua estrangeira 
(leitura, comunicação oral e prática escrita) devem ser desenvolvidas ao longo 
dos três anos do Ensino Médio.
• Além dos apontamentos já levantados, os PCN expõem que desenvolvimento 
de habilidades comunicativas, em mais de uma língua, é fundamental para 
o acesso à sociedade da informação e, ainda, para que as pessoas tenham 
acesso mais igualitário ao mundo acadêmico, ao mundo dos negócios e ao 
mundo da tecnologia etc., é indispensável que o ensino de Língua Estrangeira 
seja entendido e concretizado como o ensino que oferece instrumentos 
indispensáveis de trabalho.
19
• A disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma estrangeiro 
e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com os educandos, como, 
por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas 
preocupações educacionais.
• A LDB prevê que o ensino de, pelo menos, uma língua estrangeira é 
obrigatório no currículo escolar a partir do Ensino Fundamental II até o 
Ensino Médio. 
20
1 (ENADE, 2005) Os Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Estrangeira 
ensino fundamental fazem um alerta aos professores sobre os softwares 
disponíveis para o ensino de Língua Estrangeira que reproduzem, muitas 
vezes, um tipo de “instrução programada”, incompatível com visão de 
linguagem e de aprendizagem proposta nos PCN. Qual é a característica 
apresentada por um software típico de “instrução programada” que o torna 
incompatível com a proposta dos PCN? 
FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/655141>. 
Acesso em: 3 set. 2019.
a) ( ) Uma série subordinada de exercícios linguísticos, sem contextos 
definidos, com base em uma única resposta certa do aluno. 
b) ( ) Uma série de atividades específicas de uso da linguagem, em que se 
estabelece relação entre a língua e o mundo social do aluno. 
c) ( ) Uma série de propostas de inferência linguística, com base no pré-
conhecimento do aluno sobre gêneros textuais. 
d) ( ) Uma série de perguntas sobre as expressões de um texto, que o aluno 
não conhece, com destaque para pistas contextuais. 
e) ( ) Uma série de hipóteses sobre o sentido do texto a serem aferidas pelo 
aluno, com base em índices contextuais. 
2 Segundo os PCN, independentemente de se reconhecer a importância do 
aprendizado de várias línguas, em vez de uma única, e de se pôr em prática 
uma política de pluralismo linguístico, nem sempre há a possibilidade de se 
incluir mais do que uma língua estrangeira no currículo. Os motivos podem 
ir da falta de professores até a dificuldade de incluir um número elevado de 
disciplinas na grade escolar. Assim, uma questão que precisa ser enfrentada 
é qual, ou quais línguas estrangeiras incluir no currículo. A partir do exposto, 
analise as sentenças a seguir:
I- Os fatores relativos às comunidades locais devem ser observados na 
inclusão de uma língua estrangeira no currículo escolar.
II- Pode-se considerar o papel que determinadas línguas estrangeiras 
tradicionalmente desempenham nas relações culturais entre os países.
III- Em comunidades indígenas e em comunidades de surdos, nas quais a língua 
materna não é o português, justifica-se o ensino de Língua Portuguesa 
como segunda língua. 
IV- Os fatores históricos estão relacionados a convivência entre comunidades 
locais e imigrantes ou indígenas.
AUTOATIVIDADE
21
Selecione a opção correta:
a) ( ) Somente a sentença II está correta.
b) ( ) As sentenças II e IV estão corretas.
c) ( ) As sentenças I, II, e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 (ENADE, 2014) “Cabe discutir uma questão que tem sido frequente nas 
preocupações dos professores de Língua Estrangeira: a procura de um 
método ideal. As abordagens estão alicerçadas em princípios de natureza 
variada”. 
FONTE: BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino 
fundamental: língua estrangeira. Brasília: MEC, 1998, p. 75-76 (adaptado).
“O conhecimento atualmente disponível aponta para a necessidade de 
repensar sobre teorias e práticas tão difundidas e estabelecidas, que, para a 
maioria dos professores, tendem a parecer as únicas possíveis”.
FONTE: BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC, 1997, p. 
27 (adaptado).
Esses trechos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) mencionam 
algumas preocupações sobre a prática docente no ensino de línguas. Em 
convergência com a percepção das linguagens como espaço de construção de 
sentidos, os excertos sugerem que, para a melhoria das práticas docentes, se 
considere:
FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/643085>. 
Acesso em: 3 set. 2019.
a) ( ) O contexto da aprendizagem, para a prescrição de uma abordagem.
b) ( ) O uso de diferentes abordagens e métodos, para atender contextos 
diversos.
c) ( ) A série de orientações do Governo Federal como norteadora da escolha 
do método ideal.
d) ( ) A utilização dos PCN como base para a maioria dos cursos de inglês que 
adotam o método audiovisual.
e) ( ) A adoção de métodos cujas perspectivas teóricas têm sido as mais 
adequadas para a formação de professores desde a década de 1990.
22
23
TÓPICO 2
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A 
LÍNGUA ESTRANGEIRAUNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, dialogamos anteriormente sobre os Parâmetros Curriculares 
Nacionais, que orientam a Educação Básica brasileira. Desta vez, focaremos em 
outro importante documento, que institui uma base comum curricular em nível 
nacional, chamado de BNCC – Base Nacional Comum Curricular.
Além de trazer algumas considerações acerca da criação e do 
desenvolvimento da BNCC, abordaremos de que forma a língua estrangeira é 
discutida e como os professores e escolas deverão se adequar às especificidades 
do documento.
Para isso, iniciamos com alguns conceitos a partir dos documentos oficiais 
já apresentados no tópico anterior. 
2 O QUE É A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR? 
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a 
Educação Básica (DCNEB) e a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), a Base Nacional Comum Curricular é compreendida como:
[...] conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente, 
expressos nas políticas públicas e que são gerados nas instituições 
produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo 
do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades 
desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas de 
exercício da cidadania; nos movimentos sociais (BRASIL, 2010, p. 6).
Deste modo, a BNCC tem a finalidade de normatizar os sistemas na 
elaboração de suas propostas curriculares, tendo como fundamento o direito à 
aprendizagem e ao desenvolvimento, em conformidade com o que preceituam 
o Plano Nacional de Educação (PNE) e a Conferência Nacional de Educação 
(CONAE) (BRASIL, 2016). Mas afinal, o que é o PNE e a CONAE? Vamos retomar 
alguns documentos e fatos que resultaram na criação da BNCC.
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
24
A BNCC é parte do Plano Nacional da Educação – PNE, previsto na 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração 
decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação 
em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas 
e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e 
desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e 
modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das 
diferentes esferas federativas que conduzam a: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em 
educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (BRASIL, 1988, s.p., 
grifos nossos).
Conforme você pôde ver, os documentos basilares da Educação Básica 
no Brasil são conexos, articulados para que a qualidade e o acesso à educação 
alcancem todos os brasileiros. Para compreender melhor o PNE, veja a seguir 
alguns trechos da Lei n° 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – 
PNE e dá outras providências.
QUADRO 11 – LEI N° 13.005/2014
Art. 1o É aprovado o Plano Nacional de Educação – PNE, com vigência 
por 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo, com 
vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal.
Art. 2o São diretrizes do PNE:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da 
cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores 
morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que assegure 
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e 
equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade 
e à sustentabilidade socioambiental.
[...]
TÓPICO 2 | A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A LÍNGUA ESTRANGEIRA
25
Art. 8o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar 
seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados 
em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste 
PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei.
§ 1o Os entes federados estabelecerão nos respectivos planos de 
educação estratégias que:
I - assegurem a articulação das políticas educacionais com as demais políticas 
sociais, particularmente as culturais;
II - considerem as necessidades específicas das populações do campo e 
das comunidades indígenas e quilombolas, asseguradas a equidade 
educacional e a diversidade cultural;
III - garantam o atendimento das necessidades específicas na educação 
especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, 
etapas e modalidades;
IV - promovam a articulação interfederativa na implementação das políticas 
educacionais.
§ 2o Os processos de elaboração e adequação dos planos de educação dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de que trata o caput deste artigo, 
serão realizados com ampla participação de representantes da comunidade 
educacional e da sociedade civil.
Art. 9o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão aprovar 
leis específicas para os seus sistemas de ensino, disciplinando a gestão 
democrática da educação pública nos respectivos âmbitos de atuação, no prazo 
de 2 (dois) anos contado da publicação desta Lei, adequando, quando for o 
caso, a legislação local já adotada com essa finalidade.
[...]
Art. 11. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, coordenado 
pela União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
constituirá fonte de informação para a avaliação da qualidade da educação básica 
e para a orientação das políticas públicas desse nível de ensino.
§ 1o O sistema de avaliação a que se refere o caput produzirá, no máximo 
a cada 2 (dois) anos:
I - indicadores de rendimento escolar, referentes ao desempenho dos (as) 
estudantes apurado em exames nacionais de avaliação, com participação 
de pelo menos 80% (oitenta por cento) dos (as) alunos (as) de cada ano 
escolar periodicamente avaliado em cada escola, e aos dados pertinentes 
apurados pelo censo escolar da educação básica;
II - indicadores de avaliação institucional, relativos a características como o 
perfil do alunado e do corpo dos (as) profissionais da educação, as relações 
entre dimensão do corpo docente, do corpo técnico e do corpo discente, 
a infraestrutura das escolas, os recursos pedagógicos disponíveis e os 
processos da gestão, entre outras relevantes.
§ 2o A elaboração e a divulgação de índices para avaliação da qualidade, 
como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, que agreguem 
os indicadores mencionados no inciso I do § 1o não elidem a obrigatoriedade de 
divulgação, em separado, de cada um deles.
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
26
§ 3o Os indicadores mencionados no § 1o serão estimados por etapa, 
estabelecimento de ensino, rede escolar, unidade da Federação e em nível 
agregado nacional, sendo amplamente divulgados, ressalvada a publicação 
de resultados individuais e indicadores por turma, que fica admitida 
exclusivamente para a comunidade do respectivo estabelecimento e para o 
órgão gestor da respectiva rede.
§ 4o Cabem ao Inep a elaboração e o cálculo do Ideb e dos indicadores 
referidos no § 1o.
§5o A avaliação de desempenho dos (as) estudantes em exames, referida 
no inciso I do § 1o, poderá ser diretamente realizada pela União ou, mediante 
acordo de cooperação, pelos Estados e pelo Distrito Federal, nos respectivos 
sistemas de ensino e de seus Municípios, caso mantenham sistemas próprios de 
avaliação do rendimento escolar, assegurada a compatibilidade metodológica 
entre esses sistemas e o nacional, especialmente no que se refere às escalas de 
proficiência e ao calendário de aplicação.
[...]
Art. 13. O poder público deverá instituir, em lei específica, contados 2 
(dois) anos da publicação desta Lei, o Sistema Nacional de Educação, responsável 
pela articulação entre os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para 
efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação.
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 25 de junho de 2014; 193o da Independência e 126o da República.
FONTE: BRASIL (2014, s.p.).
Além dos expostos na Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, o PNE tem 
20 metas para a melhoria da qualidade da Educação Básica e quatro delas falam 
sobre a Base Nacional Comum Curricular
QUADRO 12 – METAS ESTRUTURANTES PARA A GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO BÁSICA 
COM QUALIDADE
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as 
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação 
infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) 
das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.
Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para 
toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 
95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade 
recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a 
população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período 
de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% 
(oitenta e cinco por cento).
TÓPICO 2 | A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A LÍNGUA ESTRANGEIRA
27
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos 
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades 
ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de 
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, 
escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º 
(terceiro) ano do ensino fundamental.
Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% 
(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 
25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.
Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas 
e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo 
a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB: 6,0 nos anos iniciais do 
ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino 
médio.
Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 
(vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo 
no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região 
de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e 
igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) 
anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 
2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e 
reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das 
matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, 
na forma integrada à educação profissional.
Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de 
nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta 
por cento) da expansão no segmento público.
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 
50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da 
população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade 
da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas 
matrículas, no segmento público.
Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção 
de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do 
sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do 
total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-
graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta 
mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.
Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste 
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
28
PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam 
os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 
1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica 
possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura 
na área de conhecimento em que atuam. 
Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por 
cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste 
PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação 
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas 
e contextualizações dos sistemas de ensino.
Meta 17: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas 
de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) 
demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de 
vigência deste PNE.
Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos 
de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de 
todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais 
da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional 
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da 
Constituição Federal.
Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação 
da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e 
desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas 
públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma 
a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno 
Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o 
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.
FONTE: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em:
 3 set. 2019.
A partir dos planos, a Conferência Nacional de Educação – CONAE, 
acontece para que haja um espaço democrático instituído pelo Poder Público 
em articulação com a sociedade a fim de que todos possam participar do 
desenvolvimento da educação nacional.
As edições da CONAE são articuladas e coordenadas pelo Fórum Nacional 
de Educação – FNE, que é um colegiado, instituído pelo PNE de 2014, composto 
por órgãos públicos, autarquias, entidades e movimentos sociais representativos 
dos segmentos da educação escolar e dos setores da sociedade.
Aedição de 2018 da CONAE teve como tema central A consolidação 
do Sistema Nacional de Educação – SNE e o Plano Nacional de Educação – PNE: 
monitoramento, avaliação e proposição de políticas para a garantia do direito à educação 
de qualidade social, pública, gratuita e laica.
TÓPICO 2 | A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A LÍNGUA ESTRANGEIRA
29
Por meio das discussões propostas em eventos como a CONAE e o 
FNE, importantes medidas são tomadas para que a educação brasileira 
continue avançando. Veja a seguir as expectativas acerca da CONAE desde a 
sua primeira edição.
Está sendo organizada para tematizar a educação escolar, da Educação 
Infantil à Pós-Graduação, e realizada, em diferentes territórios e 
espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, 
estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, 
Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão 
em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir 
os rumos da educação brasileira (BRASIL, 2009, s.p.).
DICAS
Você pode conferir o documento fruto da primeira edição da CONAE (2010), 
no qual se fala da necessidade da Base Nacional Comum Curricular, como parte de um 
Plano Nacional de Educação, no link a seguir: http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/
pdf/documetos/documento_final_sl.pdf.
Acompanhe no quadro a seguir um pequeno histórico da BNCC:
QUADRO 13 - HISTÓRICO DA BNCC
Após as discussões na CONAE, o próximo passo para a BNCC foi dado 
no ano de 2015, entre 17 a 19 de junho, no I Seminário Interinstitucional para 
elaboração da BNC. Este Seminário foi um marco importante no processo de 
elaboração da BNC, pois reuniu todos os assessores e especialistas envolvidos 
na elaboração da Base. (MEC, 2015). 
Nesse mesmo ano, em 16 de setembro de 2015, foi disponibilizada a 1ª 
versão da BNCC, e de 2 a 15 de dezembro de 2015 houve uma mobilização das 
escolas de todo o Brasil para a discussão do documento preliminar da BNC, 
chamado de Dia D da BNCC.
Já em 3 de maio 2016 a 2ª versão da BNCC foi disponibilizada e de 23 
de junho a 10 de agosto de 2016 aconteceram 27 Seminários Estaduais com 
professores, gestores e especialistas para debater essa versão. A partir dela, a 
terceira versão começou a ser elaborada em um processo colaborativo com base 
na versão 2.
Em abril de 2017, o MEC entregou a versão final da Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A partir 
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
30
da homologação da BNCC, em 20 de dezembro de 2017, começou o processo 
de formação e capacitação dos professores e o apoio aos sistemas de Educação 
estaduais e municipais para a elaboração e adequação dos currículos escolares.
Um novo Dia D da BNCC aconteceu em 06 de março de 2018, no qual 
educadores do Brasil inteiro se debruçaram sobre a Base Nacional Comum 
Curricular, com foco na parte homologada do documento, correspondente 
às etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental, com o objetivo de 
compreender sua implementação e impactos na educação básica brasileira. Já 
a 3ª versão da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio foi entregue 
ao Conselho Nacional de Educação em 2 de abril de 2018. 
O Dia D para discutir e contribuir com a Base Nacional Comum 
Curricular da etapa do Ensino Médio ocorreu em 2 de agosto de 2018, em que 
escolas de todo o Brasil se mobilizaram e professores, gestores e técnicos da 
educação criaram comitês de debate e preencheram um formulário online, 
sugerindo melhorias para o documento. Essas melhorias foram realizadas e 
em 14 de dezembro de 2018 foi homologado o documento da Base Nacional 
Comum Curricular para o Ensino Médio, completando a base comum para 
toda a Educação Básica.
FONTE: Adaptado de <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/historico>. Acesso em: 10 jul. 2019.
Vejamos algumas imagens que podem ajudá-lo a compreender esse 
processo e, em seguida, discutiremos sobre a língua estrangeira na Base Nacional 
Comum Curricular.
FIGURA 2 - POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Constituição
Federal
LDB
Política
Curricular
Nacional
Diretrizes
Curriculares
Base Nacional 
Comum
Política
Nacional de 
Formação de 
Professores
Política
Nacional de 
Materiais e
Tecnologias 
Educacionais
Política
Nacional de 
Infraestrutura 
Escolar
Política
Nacional de
Avaliação 
da Educação 
Básica
FONTE: <https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9G
cTywIuVpQ6GJquaey8STbJ3GieFeqa1KN_aEeh7vqwsFOVlTUYIa>. Acesso em: 3 set. 2019.
TÓPICO 2 | A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A LÍNGUA ESTRANGEIRA
31
FIGURA 3 – COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC
FONTE: <http://inep80anos.inep.gov.br/inep80anos/futuro/novas-competencias-da-base-
nacional-comum-curricular-bncc/79>. Acesso em: 10 jul. 2019.
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
32
FIGURA 4 – BNCC EDUCAÇÃO BÁSICA
FONTE: Brasil (2018a, p. 24)
TÓPICO 2 | A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A LÍNGUA ESTRANGEIRA
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FIGURA 5 – BNCC ENSINO FUNDAMENTAL
FONTE: Brasil (2018a, p. 27)
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
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FIGURA 6 – BNCC ENSINO MÉDIO
FONTE: Brasil (2018a, p. 32)
TÓPICO 2 | A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E A LÍNGUA ESTRANGEIRA
35
Para concluir, reiteramos que a BNCC integra um conjunto de documentos 
que buscam alterar o quadro de desigualdade presente em nossa Educação Básica. 
Para isso, “além dos currículos, influenciará a formação inicial e continuada dos 
educadores, a produção de materiais didáticos, as matrizes de avaliações e os 
exames nacionais que serão revistos à luz do texto homologado da Base” (BRASIL, 
2018a, p. 5). 
Assim, tendo essa disciplina o objetivo de discutir acerca da análise 
e produção de material didático em língua inglesa, torna-se essencial você 
compreender os diálogos aqui propostos. A seguir, vejamos o que a BNCC aborda 
a respeito da língua inglesa.
3 A LÍNGUA INGLESA NA BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR 
Acadêmico, a partir das Figuras 5 e 6 você pode perceber que a língua 
inglesa é contemplada, no Ensino Fundamental, na área de Linguagens, do 6º ao 
9º ano, e no Ensino Médio, na área de Linguagens e suas Tecnologias.
A seguir, apresentamos de forma pormenorizada o que a BNCC traz 
acerca das linguagens e, em específico, da língua inglesa.
QUADRO 14 – A ÁREA DE LINGUAGENS NO ENSINO FUNDAMENTAL
As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas por 
diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), 
corporal, visual, sonora e, contemporaneamente, digital. Por meio dessas 
práticas, as pessoas interagem consigo mesmas e com os outros, constituindo-
se como sujeitos sociais. Nessas interações, estão imbricados conhecimentos, 
atitudes e valores culturais, morais e éticos.
Na BNCC, a área de Linguagens é composta pelos seguintes 
componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e, no 
Ensino Fundamental – Anos Finais, Língua Inglesa. A finalidade é possibilitar 
aos estudantes participar de práticas de linguagem diversificadas, que lhes 
permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, 
corporais e linguísticas, como também seus conhecimentos sobre essas 
linguagens, em continuidade às experiências vividas na Educação Infantil.
As linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios de 
objetos de conhecimento escolar. O importante, assim, é que os estudantes se 
apropriem das especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo 
no qual elas estão inseridas. Mais do que isso, é relevante que compreendam 
que as linguagens são dinâmicas, e que todos participam desse processo de 
constante transformação.
UNIDADE 1 | COMPREENDENDO OS FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
36
[...] no Ensino Fundamental – Anos Finais, as aprendizagens, nos 
componentes curriculares

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