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Reanimação Neonatal Introdução Objetivo da Reanimação Neonatal Dar suporte à vida do neonato, auxiliando na transição hemodinâmica e respiratória da vida intra para a extrauterina, através da promoção de adequada expansão pulmonar, eliminação do líquido pulmonar fetal, redução da resistência vascular pulmonar, auxílio a trocas gasosas efetivas com aumento de PaO2 de 25 mmHg (fetal) para 50-70 mmHg (extrauterina) e término do shunt direito-esquerda pelo forame oval. Condições Perinatais Associadas à Necessidade de Reanimação Fatores antenatais: 1. Doença materna, gestacional e outros: . Mãe adolescente com 35 anos de idade; . Diabetes mellitus; . HAS (hipertensão arterial sistêmica) ou DHEG (doença hipertensiva específica da gestação); . Uso de medicações (ex.: magnésio e bloqueadores adrenérgicos); . Uso de drogas lícitas ou ilícitas; . Aloimunização ou anemia fetal. · Fatores gestacionais prévios ou atuais: . Óbito fetal ou neonatal prévio; . Ausência de assistência pré-natal; . IG 41 semanas; . Previsão de baixo peso ao nascer ( 4,5 kg); . Gestação múltipla; . Diminuição da atividade fetal; . Sangramento a partir do 2º ou 3º trimestre; . Sinais de infecção materna: Rotura prematura de membranas; febre materna; tempo de bolsa rota > 18 horas; líquido amniótico com odor fétido; história prévia de infecção sexualmente transmissível; . Alteração do volume do líquido amniótico (polidrâmnio ou oligodrâmnio); . Hidropsia fetal ou malformação / anomalia fetal. · Fatores relacionados ao parto: . Características do parto: Prematuro, taquitócico (precipitado com velocidade rápida), com uso de fórceps, extração a vácuo ou cesárea; . Alterações na placenta: Descolamento prematuro de placenta, placenta prévia e/ou coriamnionite; . Apresentação do feto: Não cefálica; . Trabalho de parto: > 24 horas ou 2º estágio > 2 horas; . Medicações: Anestesia geral e/ou uso de opioides 4 horas antes do parto; . Indicativo de sofrimento fetal: Frequência cardíaca fetal anormal e/ou líquido amniótico meconial; . Complicações: Hipertonia uterina e/ou sangramento intraparto importante. Preparo para a Assistência Avaliar pela anamnese as condições perinatais associadas à necessidade de reanimação neonatal. Sempre preparar todo o material previamente ao início do parto, tendo o cuidado de testar todos os equipamentos para avaliar seu funcionamento adequado. A temperatura da sala de parto deve ser entre 23-25°C. Deve-se dispor de profissionais treinados e capacitados para o atendimento em sala de parto. Para o nascimento de gemelares, o ideal é que se tenha materiais e profissionais independentes para cada criança. Durante o atendimento, usar as precauções padrão: Lavagem/higienização correta das mãos, uso de luvas, aventais, máscaras ou proteção facial. Avaliação: Vitalidade ao Nascer Avaliação por perguntas: Devemos averiguar três aspectos logo após o nascimento do bebê para determinar nossa conduta: 1. A gestação é a termo? 2. Apresenta respiração ou choro? 3. Apresenta tônus muscular em flexão? Se a resposta for "Sim" para as três perguntas, independentemente do aspecto do líquido amniótico, não há necessidade de manobras de reanimação (boa vitalidade). Avaliaçãr de idade gestacional: · Idade gestacional por Capurro (somático); · Idade gestacional por Capurro (neurológico). Líquido meconial: Não existem evidências para indicar de modo rotineiro a aspiração traqueal sob visualização direta no RN não vigoroso com líquido amniótico meconial. Todavia, é fundamental o início rápido da ventilação com pressão positiva (VPP) em todo RN que não apresenta respiração regular ou está bradicárdico no primeiro minuto depois do nascimento. Sinais vitais: Avaliar ritmo respiratório concomitante com a frequência cardíaca (pela ausculta do precórdio). O RN deve respirar de maneira regular e manter FC acima de 100 bpm. Índice de Apgar: Não serve para indicar procedimentos de reanimação, mas, sim, para avaliar a resposta do paciente às manobras de reanimação e sua eficácia. Se o índice de Apgar for Pontos no Índice de Apgar Frequência cardíaca: · Ausente = 0; · 1; · > 100 bpm = 2. Respiração: · Ausente = 0; · Irregular/bradipneia = 1; · Forte/choro = 2. Tônus muscular: · Flácido = 0; · Flexão de braços e pernas = 1; · Movimento ativo/flexão = 2. Cor: · Cianose central/palidez = 0; · Cianose de extremidades = 1; · Rosado = 2. Irritabilidade reflexa ao cateter nasal: · Ausente = 0; · Algum movimento/careta = 1; · Espirros/choro = 2. Avaliar escore da APGAR Assistência: RN a Termo com Boa Vitalidade Se ao nascimento o recém-nascido (RN) é a termo (IG entre 37-41 semanas), está respirando ou chorando, e tem tônus muscular em flexão, independente do aspecto do líquido amniótico, ele apresenta boa vitalidade e não necessita de manobras de reanimação. Clampeamento de cordão: Posicionar o RN no nível da placenta por 1-3 minutos (apenas para os RN com boa vitalidade), antes do clampeamento do cordão umbilical (os estudos mostram melhora dos índices hematimétricos aos 3-6 meses de idade). Colocar o RN em contato pele a pele com a mãe, coberto com campos pré-aquecidos, promover a amamentação e observar se o bebê mantém boa vitalidade (também apenas para bebês com boa vitalidade). Assistência: RN com Líquido Meconial Neonato com boa vitalidade: Se logo após o nascimento o RN entre 37-41 semanas (termo) está respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão, ele apresenta boa vitalidade e deve continuar junto de sua mãe depois do clampeamento tardio do cordão. Neonato com vitalidade ruim: Se é pré-termo tardio ou pós-termo ou não iniciou movimentos respiratórios regulares ou o tônus muscular está flácido: 1. Passos iniciais (realizar todos em até 30 segundos): Levá-lo à mesa de reanimação, prover calor, posicionar o pescoço em leve extensão, aspirar boca e narinas suavemente com sonda traqueal nº 10, secar o paciente e se possível colocar touca; 2. Logo após, auscultar o precórdio ou palpar pulso de cordão umbilical por 6 segundos e multiplicar por 10 para checar frequência cardíaca, ao mesmo tempo em que checa ritmo respiratório; 3. Se a avaliação mostrar que o RN está com respiração espontânea regular e FC >100 bpm, deixá-lo em contato pele a pele com a mãe, coberto com tecido de algodão seco e aquecido. De maneira continuada, observar a atividade, o tônus muscular e a respiração/choro; 4. Se apresentar apneia, respiração irregular e/ou FC ou ventilador mecânico manual em T com FiO2 a 21% (ar ambiente) por 30 segundos no primeiro minuto de vida; 5. Se após 30 segundos de ventilação efetiva (com técnica adequada) o neonato não melhorar e houver forte suspeita de obstrução de vias aéreas, indica-se a retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traqueia sob visualização direta, por meio de intubação orotraqueal com acoplamento de dispositivo para aspiração de mecônio conectado a aspirador a vácuo com pressão máxima de 100 mmHg. Clampeamento do Cordão Umbilical e Passos Iniciais RN Pré-termo e/ou sem Boa Vitalidade Clampeamento do cordão umbilical: · RNs prematuros (≥ 34 semanas) com boa vitalidade: Clampear o cordão com 1-3 minutos (no mínimo 60 segundos) após seu nascimento; · RNs prematuros ( Clampear o cordão com 30-60 segundos; · RNs (prematuros ou a termo) sem boa vitalidade: Clampear cordão imediatamente. Para os RN ≥ 34 semanas que não apresentam boa vitalidade ao nascer, sugere-se realizar estímulo tátil no dorso do bebê, delicadamente, até no máximo duas vezes antes do clampeamento imediato do cordão. Passos iniciais da reanimação: RNs com menos de 37 semanas de idade gestacional (IG) e aqueles com qualquer IG sem boa vitalidade devem ser levados à mesa de reanimação. Realizar os seguintes passos em menos de 30 segundos: 1. Prover calor: Manter temperatura da sala de parto a 23-25oC, manter temperatura do RN a 36,5-37oC, usar campos aquecidos para receber o bebê e colocá-lo sob fonte de calor radiante. Em RN com peso 2. Posicionar a cabeça em leve extensão: Se necessário, usar um coxim sob os ombros; 3. Aspirar vias aéreas: Se houver excessode secreções na boca do paciente, a ponto de causar obstrução mecânica à respiração espontânea, ou em caso de pacientes que necessitarão de VPP, aspirar a boca primeiramente e em seguida as narinas, com pressão 4. Secar o paciente: Se usar saco de polietileno, secar o bebê após colocação no saco. Secar bem a cabeça do RN e usar touca para reduzir a perda de calor, inclusive em bebês ≥ 34 semanas se possível. Uso de oxímetro: Preferencialmente em pulso radial direito (em RN IG Usar oxímetro durante a assistência inicial na sala de parto; · IG ≥ 34 semanas: Usar oxímetro durante reanimação com VPP ou em manobras de assistência mais avançadas. Logo após, auscultar o precórdio ou palpar pulso de cordão umbilical por 6 segundos e multiplicar por 10 para checar frequência cardíaca, ao mesmo tempo que checa ritmo respiratório. Na presença de outro pediatra, a ausculta do precórdio deve ser realizada simultaneamente à instalação do oxímetro. Se RN ≥ 34 semanas, melhorar vitalidade após passos iniciais: Respiração espontânea regular e FC >100 bpm, deixá-lo em contato pele a pele com a mãe, coberto com tecido de algodão seco e aquecido. De maneira continuada, observar a atividade, o tônus muscular e a respiração/choro. Se apresentar apneia, respiração irregular e/ou FC Iniciar a ventilação com pressão positiva. Ventilação com Pressão Positiva (VPP) Indicações de VPP: RN com apneia, respiração irregular e/ou FC Objetivos da VPP: Inicialmente, provoca o aumento da FC, depois do tônus muscular e, por último, o estabelecimento da respiração espontânea. Modo de fornecer VPP em máscara facial / cânula traqueal preferencial: · IG ≥ 34 semanas: Não há diferença entre fazer VPP com balão autoinsuflável ou com ventilador manual em T; · IG O ventilador manual em T é o modo de escolha de fornecimento de VPP. VPP com máscara e balão autoinsuflável: Frequência de 40-60 movimentos/minuto, sempre com a regra "aperta, solta, solta, aperta". Obrigatório monitorizar a pressão oferecida pelo balão por meio de um manômetro. Iniciar com pressão inspiratória de 20 cm H2O, podendo chegar a 35 cm H2O, orientando o valor de acordo com o valor da FC alcançado. Ventilador manual em T com máscara facial ou cânula traqueal: Fixar fluxo gasoso em 5-15 L/minutos, limitar a pressão máxima do circuito em 30-40 cm H2O, selecionar pressão inspiratória a ser aplicada em cada ventilação em 20-25 cm H2O e ajustar a PEEP em 4-6 cmH2O. A FiO2 inicial para IG ≥ 34 semanas é de 21% e para IG 2 deve ser definida como na ventilação com balão, e deve-se ventilar com frequência de 40-60 movimentos/minuto, com a regra prática "oclui/solta/solta/oclui". Sucesso da VPP: Após 30 segundos de VPP, se o paciente atingir FC > 100 bpm, suspender a VPP. Se estiver em uso de oxigênio suplementar, utilizar oxigênio inalatório a 5 L/minutos e afastar gradualmente da face do paciente conforme melhora da SaO2. Falha de VPP: Se após 30 segundos o RN mantiver FC 2. Se mesmo assim não houver melhora, está indicada ventilação com cânula traqueal. Oferta de oxigênio com IG ≥ 34 semanas: · Iniciar a ventilação com ar ambiente e acoplar o RN a um oxímetro de pulso. Se não houver melhora após 30 segundos de técnica correta de VPP (com máscara facial e balão autoinsuflável ou ventilador manual com peça T) ou após 60 segundos (considerando que houve algum erro nos primeiros 30 segundos na técnica da VPP e depois de 30 segundos da técnica correta), realizar intubação orotraqueal; · Se o paciente não alcançar os valores-alvo de saturação em 1-2 minutos (tempo necessário para a leitura do oxímetro), usar uma mistura de oxigênio/ar ambiente, ajustando a concentração de oxigênio através de um blender, com oferta inicial de 40% de oxigênio, e ajustar conforme resposta da oximetria a cada 30 segundos. Se não houver oxímetro ou blender disponível, iniciar com ar ambiente e, caso não haja resposta com a ventilação realizada de maneira adequada por 30 segundos, usar oxigênio a 100%. Importante! As Diretrizes de Reanimação Neonatal atualizadas em 2022 sugerem o uso do videolaringoscópico quando disponível, com o objetivo de aumentar o sucesso de intubação na primeira tentativa, conforme observado em estudos que avaliaram esse procedimento. Para os RN ≥ 34 semanas e com peso estimado ≥ 2.000 g, o uso da máscara laríngea como interface para a VPP (após a ventilação com máscara facial) pode ser considerada antes da intubação orotraqueal, desde que o material necessário esteja disponível e que o profissional assistente seja capacitado a realizar o procedimento. O uso do CPAP na sala de parto para RN ≥ 34 semanas com FC > 100 bpm, mas com esforço respiratório ou baixa SaO2, pode ser considerado (atenção para o risco aumentado de pneumotórax). Oferta de oxigênio com IG [cms-watermark] · Posicionar o oxímetro de pulso na mão ou no pulso radial direito e iniciar a VPP com concentração de oxigênio a 30%, usando, idealmente, o ventilador manual em T e orientando o valor de fornecimento do oxigênio suplementar pela SpO2 e pela normalização da FC; · Se não houver melhora após 30 segundos de técnica correta de VPP por ventilador manual com peça T ou após 60 segundos (considerando que houve algum erro nos primeiros 30 segundos na técnica da VPP e depois de 30 segundos da técnica correta), realizar intubação orotraqueal; · Se os valores-alvo de saturação não forem alcançados em 1-2 minutos (tempo necessário para a leitura do oxímetro), aumentar FiO2 em 20% a cada 30 segundos e ajustar conforme resposta da oximetria a cada 30 segundos. Minutos de vida Alvo SaO2 (mão direita) Até 5 70-80% 5-10 80-90% > 10 85-95% Equipamentos para a ventilação na sala de parto: · Balão autoinflável: Fácil aplicação, limitada pressão oferecida (30-40 cm H2O) pela válvula de escape, não oferece pressão expiratória final positiva (PEEP) confiável ou pressão de pico constante e só pode oferecer FiO2 de 21% (sem fonte de oxigênio) e 90-100% (com fluxo de oxigênio 5 L/minutos e reservatório); · Balão inflado por fluxo: Difícil manuseio, depende de fonte de gás para inflar, pode oferecer pressões de pico e PEEP mais elevadas; · Ventilador manual em T: Permite administrar pressão de pico e PEEP constantes, sendo necessária uma fonte de ar comprimido. Pode-se utilizar um blender e ajustar a oferta de oxigênio ao paciente; · Interfaces utilizadas: Máscaras faciais para RN a termo, prematuro e prematuro extremo (devem cobrir a ponta do queixo, a boca e o nariz) e cânulas traqueais nos seguintes tamanhos: IG ou peso Número de cânula traqueal 2,5 mm 28-34 semanas ou 1-2 kg 3,0 mm 34-38 semanas ou 2-3 kg 3,5 mm > 38 semanas ou > 3 kg 4,0 mm A cânula traqueal deve ser fixada na posição "peso estimado (kg)" + 6 e fixada no lábio superior. Ventilação com cânula traqueal: Inicialmente, provoca o aumento da FC, depois do tônus muscular e, por último, o estabelecimento da respiração espontânea: · Indicações: Ventilação com máscara facial não efetiva, ventilação com máscara facial prolongada, aplicação de massagem cardíaca e/ou Adrenalina, portadores de hérnia diafragmática; · Medidas gerais associadas: Sempre usar sonda gástrica para reduzir distensão abdominal e oxímetro para avaliar a SaO2. Oferecer O2 suplementar. Cada tentativa de intubação deve durar, no máximo, 30 segundos. Entre as tentativas, manter ventilação com máscara e balão; · Complicações: Hipoxemia, bradicardia, apneia, pneumotórax, laceração de tecidos moles, perfuração de traqueia ou esôfago, maior risco de infecção; · Confirmação da posição da cânula: Inspeção do tórax, ausculta das regiões axilares e gástricas, visualização da condensação na cânula traqueal e observação da FC, detecção de CO2 por método colorimétrico, se disponível. Confirmar a posição em, no máximo, 30-60 segundos; · Sucesso: Após intubação, ventilar com balão da mesma forma que na ventilação com máscara e balão. Se há melhora (FC > 100 bpm e movimentos respiratórios espontâneos), realiza-se a extubação, com fornecimento de oxigênio suplementar a 5 L/minutos, com cateterpróximo à face, afastando gradativamente conforme SaO2; · Falha: Após 30 segundos de ventilação com VPP e cânula traqueal, o RN mantém FC CPAP: Em RN com menos de 34 semanas de IG, que se apresente inicialmente com FC > 100 bpm e com respiração rítmica e regular, mas com desconforto respiratório ou SaO2 2 suplementar. Pode ser aplicada com máscara conectada ao ventilador manual em T, com PEEP de 4-6 cmH2O e fluxo gasoso de 5-15 L/minutos. A quantidade de O2 deve ser a menor possível para manter SaO2 entre 70-80% nos primeiros 5 minutos e 80-90% entre 5-10 minutos de vida. Massagem Cardíaca Indicação: Se, após 30 segundos de VPP com O2 suplementar, o RN apresentar ou persistir com FC Compressão cardíaca: Terço inferior do esterno, preferencialmente pela técnica dos dois polegares, com os polegares posicionados logo abaixo da linha intermamilar, poupando o apêndice xifoide. As palmas e os outros dedos devem circundar o tórax do RN. De modo eventual, pode-se aplicar a técnica dos dois dedos, posicionando-se o indicador e o médio no terço inferior do esterno, usando a outra mão como contraforte, no dorso do paciente. Usar essa última técnica apenas quando há desproporção entre o tamanho das mãos do reanimador e do tórax do RN e se há necessidade de cateterismo umbilical. Profundidade: 1/3 da dimensão anteroposterior do tórax, permitindo o retorno do esterno para posição inicial. Complicações: Fratura de costelas, pneumotórax, hemotórax, laceração hepática. Relação ventilação-compressão: 3 compressões: 1 ventilação, no total de 90 compressões, e 30 ventilações por minuto. VPP durante a massagem cardíaca deve ser sempre realizada via cânula traqueal. Relação 15:2 deve ser realizada em pacientes na unidade neonatal que encontram-se bradicárdicos devido a arritmias cardíacas, cardiopatia congênita ou falência miocárdica. Reavaliação de FC: Manter massagem associada à ventilação por 60 segundos antes de reavaliar a FC; manter a massagem cardíaca enquanto FC 60 bpm após massagem, interromper a massagem e transportar paciente para unidade de terapia intensiva neonatal, sendo a decisão de extubação realizada com a avaliação global desse setor. Falha: Se após 60 segundos de massagem cardíaca e VPP com cânula traqueal e oxigênio suplementar, o RN mantiver FC Medicamentos Adrenalina: Indicada quando a ventilação adequada e a massagem cardíaca efetivas não aumentaram a FC acima de 60 bpm. Fazer 0,02 mg/kg (ou 0,2 mL/kg) EV da solução de Adrenalina injetável 1:10.000 (1 mL de Adrenalina + 9 mL de SF), podendo ser repetida a cada 3-5 minutos. Peso Adrenalina EV 1:10.000 Adrenalina endotraqueal 1:10.000 1 kg 0,2 mL 1,0 mL 2 kg 0,4 mL 2,0 mL 3 kg 0,6 mL 3,0 mL 4 kg 0,8 mL 4,0 mL Pode-se administrar uma dose de Adrenalina pura via endotraqueal (0,1 mg/kg, uma dose equivalente a 1 mL/kg de Adrenalina), enquanto se adquire acesso venoso (cateter umbilical). Precauções: · Adrenalina EV 1:10.000 (1 mL Adrenalina 1:1000 + 9 mL SF 0,9%): Infundir rápido na veia umbilical e depois infundir 0,5-1,0 mL de SF 0,9%; · Adrenalina endotraqueal 1:10.000 (1 mL de Adrenalina 1:1000 + 9 mL SF 0,9%): Infundir diretamente na cânula traqueal e ventilar a seguir. Uso único. Expansores de volume: Usar caso houver sinais de perda de sangue ou de choque hipovolêmico (palidez, má perfusão e pulsos débeis), ausência de resposta da FC às outras manobras de reanimação. Usar SF 10 mL/kg lentamente (na veia umbilical em 5-10 minutos).