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Aula 8 Emergencia Desastre_Prevencao e Mitigacao (1)

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Resposta
1ª nível: foco na preservação da vida e dignidade 
humanas (alimentação, água, abrigo, saúde, etc.) 
2º nível: rastreamento e reunificação familiar, auxílio 
no processo de luto e cerimônias etc. 
3º nível: pessoas com sofrimento mental que 
precisam de apoio individual ou familiar por meio dos 
Primeiros Cuidados Psicológicos (OPAS, 2015) 
https://www.paho.org/bra/dmdocuments/GUIA_PCP_portugues_WEB.pdf
4º nível: oferta de cuidados especializados de saúde 
mental (CAPS e profissionais liberais).
https://www.paho.org/bra/dmdocuments/GUIA_PCP_portugues_WEB.pdf
https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/legislacao-principal/anexos-de-deliberacoes-cib/anexos-deliberacoes-2018/14574-anexo-deliberacao-287-2018-linha-cuidado-
saude-mental/file (Estado do Paraná)
https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/legislacao-principal/anexos-de-deliberacoes-cib/anexos-deliberacoes-2018/14574-anexo-deliberacao-287-2018-linha-cuidado-saude-mental/file
Psicologia de Emergência e 
Desastre
Prevenção e Redução/Mitigação
Ampliação de olhar e de ação da Psicologia
Psicologia ainda não se encontra plenamente incorporada na
gestão integral de Riscos, Emergências e Desastres;
Para além da clínica, podemos contribuir na ampliação da percepção dos
riscos sociais e ambientais presentes e estratégias para mitigar riscos.
Impactos psicológicos e sociais de emergência podem ser acentuados em 
curto prazo podem levar ao agravamento da saúde mental a longo prazo. 
→ “proteger” e melhorar saúde mental e bem-estar psicossocial.
Ampliação de olhar e de ação da Psicologia
Em situações de Riscos, Emergências e Desastres, as 
fases de prevenção, mitigação e preparação traduzem 
a mudança de paradigma 
→ implica a efetivação de políticas de direitos humanos 
e sociais, como habitação, educação, saúde e lazer 
(trabalho contínuo a ser realizado pelo poder público e 
pela população)
Participação do Conselho De Psicologia
Enfrentar situações de emergências e desastres está relacionado com a 
forma como a comunidade e a sociedade, de maneira mais ampla, percebe 
riscos, prepara-se e participa das estratégias de enfrentamento...
É importante destacar que nessas fases iniciais cabe ao Sistema 
Conselhos organizar debates/eventos intersetoriais, construir materiais 
orientativos sobre atuação em desastres e articular pautas que 
promovam as contribuições da Psicologia.
Mitigação
Ações que podem ser implementadas 
quando riscos já são localizados, 
portanto, trata-se de intervenções para 
evitar e minimizar riscos identificados. 
Lembrando que o que previne desastres 
é o combate aos condicionantes sociais e 
econômicos que geram vulnerabilidades. 
É muito comum que ações preventivas e de 
mitigação se constituam como ações isoladas, 
pontuais, focadas em determinadas populações, 
áreas ou com objetivos específicos, como 
campanhas anuais. 
Continuidade das ações de forma integrada e 
continuada→ elaboração de um programa de 
redução de riscos no qual as ações estejam 
filiadas; atualização de dados relacionados aos 
riscos, mapeamentos, avaliação do processo, 
estratégias adequadas. 
Prevenindo problemas de saúde mental futuros
Considerar recursos dos territórios e das comunidades (mapeamento, 
levantamento de demandas, formulação de estratégias, planos e avaliações locais, 
conhecimento de protocolos e procedimentos validados e científicos, conhecimentos 
específicos e princípios básicos para o trabalho)
Psicólogas(os) nas políticas públicas podem interferir nos fatores de 
risco e vulnerabilidade da população, ações de vistorias, auxiliar processos informativos 
sobre riscos identificados, medidas de segurança, recursos que envolvam garantia de 
direitos como no caso de desalojamento → Inserção simbólica e materialmente
Plano de contingências: mitigação e prevenção
Levantamento de como a população percebe e lida com riscos, 
capacitando as pessoas, fomentando discussões de casos, atentando 
para a prioridade de pessoas com diferentes modalidades de 
sofrimento psíquico, doenças, deficiências, crianças e adolescentes, 
mulheres → ações que atentem para a equidade.
Mobilização social para ações de redução de riscos e de desastres com 
enfoque no protagonismo das comunidades.
Ação coletiva e política
Saúde mental e atenção psicossocial nos três entes federados: coordenação dos 
serviços do SUAS, do SUS, trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial e 
Socioassistencial, conselhos/sindicatos de profissão, universidades, lideranças, 
associações comunitárias, organizações não governamentais e trabalhadores e 
trabalhadoras voluntárias.
Município deve atualizar anualmente os planos de contingência para os desastres 
mais frequentes naquele território.
→Psicologia deve fomentar o protagonismo do sujeito e das comunidades. 
Plano de contingência (Pernambuco)
Algumas contribuições da Psicologia (Prevenção, Mitigação e Preparação):
• Integrar-se aos programas já existentes no município;
• Incluir a temática da Saúde Mental e Atenção Psicossocial nos Planos de Contingência;
• Capacitar equipes (gerenciamento de abrigos, proteção de populações, Cuidados 
Psicológicos – OPAS);
• Planejar, elaborar e executar programas voltados para a população local
• Mobilizar líderes comunitários, populações vulneráveis e demais atores para construção 
coletiva de estratégias de prevenção, preparação e mitigação de desastres;
• Participar dos treinamentos de profissionais de socorro e suporte;
• Integrar informações junto aos coordenadores dos serviços;
Plano de contingência (Pernambuco)
• Promover estudos e análises dos fatores de riscos;
• Estreitar os laços e a integração entre os órgãos participantes;
• Divulgar e sensibilizar grupos e comunidades sobre as estratégias; 
• Participar dos programas desenvolvidos nos processos de educação; 
• Fornecer esclarecimentos e subsídios aos órgãos da imprensa; 
• Estimular construção de Planos de Contingência em diferentes serviços;
• Atualizar, anualmente, lista de serviços públicos e organizações; 
• Participar de Simulados em preparação para desastres e estimular participação 
da comunidade.
Prevenção e 
Mitigação
ENCHENTES
Enchentes: prevenção e mitigação
Revisão de artigos sobre o tema (70 artigos revisados), ações: 
1. Monitoramento: monitoramento do clima e da vulnerabilidade 
social e ambiental;
2. Avaliação rápida de: alojamento, alimentação, água potável, 
escoamento do lixo, impacto sobre serviços essenciais como escola 
e creches (para auxiliar na reconstrução também);
3. Capacidade de resposta do setor saúde (exposição a doenças, 
vacinas, prevenção a TEPT, programas de educação, de 
treinamento, etc.)
Prevenção
Curto prazo: monitoramento do clima e previsão meteorológica 
(sistema de alerta)
Médio e longo prazo: monitoramento de vulnerabilidade, condições 
sociais e acesso a saneamento e serviços de saúde de qualidade; 
ocupação em áreas de risco (planejamento sobre uso do solo)
→ estruturação de sistemas de monitoramento e vigilância de áreas, 
grupos vulneráveis, consequências para a saúde, preparação para 
respostas mais rápidas e efetivas (desenvolvimento e revisão dos 
planos de emergências).
Como prevenir “enchentes”
Experiência sobre desastres recentes no Brasil → as ações de prevenção devem 
combinar medidas intersetoriais sobre uso e ocupação do solo.
❖ Ocupação de margens de rios, preservação de áreas de proteção
❖ Políticas de gestão da ocupação das áreas urbanas
❖ Habitação → construções inadequadas 
❖ Coleta e disposição adequada de resíduos e entulhos
❖ Reflorestamento e revitalização dos cursos d´água
Ação coletiva na mitigação e prevenção
→Planejamento e cooperação entre setores, conjunto e coordenado 
(centros de controle de operações), em diferentes níveis (municipais, 
estaduais e federais), além de empresas privadas (comunicação, 
transportes, etc.) e organizações não-governamentais, para prevenção e 
mitigação dos impactos, assistência e cuidado aos afetados;
→Para que tenham maior alcance, as ações precisam estar articuladas com 
as demais medidas de prevenção e mitigação por outros setores.
Muitas vezes é necessário ter equipamentos de emergência como geradores 
de energias e bombas de água, para restaurar o funcionamento dos serviços 
e minimizar os impactos dos desabrigados, permitindo a volta à rotina.
Ações de cuidado e apoio psicossocial
❖Como fator preventivo a saúde mental a longo prazo (TEPT)
❖Grupos mais vulneráveis (crianças, idosos, grávidas, deficientes)
Educação (em saúde): comunidades sob risco de enchentes e grupos vulneráveis
→ como lidar com estes eventos - programas de comunicação, alertas e evacuações, riscos, 
e recuperação (fortalecendo a resiliência a médio e longo prazo)
→ Conscientização e sensibilização pública para prevenção e minimização de danos
A população deve ser informada sobre progressos nas ações de mitigação das 
consequências das enchentes, seja por órgãos governamentais ou grupos de voluntários. 
Prevenção e 
Mitigação
PANDEMIA
Quando falamos de uma sindemia (Prevenção)
É necessário classificarmos uma pandemia para prevenção: além 
da interação biológica, as condições sociais, econômicas e 
ambientais contribuem para a formação, o agrupamento, 
disseminação e agravamento das doenças. A condição social 
pode ser uma situação epidêmica específica ou fazer parte do 
contexto mais amplo.
COVID → não é verdade que o vírus não discrimina grupos 
populacionais, pois as taxas de morbidade e mortalidade foram 
muito diferentes nos diversos segmentos populacionais.
Quando falamos de uma sindemia
Prevenção e Mitigação – COVID 19
• Distanciamento físico, redução da circulação de pessoas, uso de
máscaras e estratégia de vacinação em massa;
Porém, é necessário a abordagem que vá além das medidas de 
recuperação e proteção e devem contemplar, sobretudo, ações de 
promoção da saúde e ênfase na diminuição das iniquidades sociais 
(entendendo-a como sindemia);
• Prestação de cuidados centrado na pessoa, fundamentados na 
clínica ampliada.
Fase de prevenção, mitigação de risco
Sistemas de saúde necessitam ampliar a capacidade de acesso, 
desenvolver abordagens integradas entre os níveis de atenção e 
avançar no desenvolvimento de cuidados longitudinais, envolvendo 
todas as esferas de atuação, devendo ser sistematizadas em 4 eixos:
➢atenção primária à saúde;
➢vigilância à saúde;
➢atenção ambulatorial especializada;
➢atenção hospitalar.
Exercício Prático
https://www.youtube.com/watch?v=O0J2klFpK_8
(novas leis à mineradoras)
https://www.youtube.com/watch?v=7Wjj16ohoD4&t=9s
(trailer de documentário)
https://www.conectas.org/noticias/tragedia-de-brumadinho-3-anos-de-impunidade-e-sonhos-soterrados/
https://www.youtube.com/watch?v=O0J2klFpK_8
https://www.youtube.com/watch?v=7Wjj16ohoD4&t=9s
https://www.conectas.org/noticias/tragedia-de-brumadinho-3-anos-de-impunidade-e-sonhos-soterrados/
Sobre prevenção e mitigação 
Quais atores envolvidos? Quais ações?
Quais subjetividades envolvidas?
O que fazer para que não ocorra novamente? 
Como diminuir os prejuízos do que ocorreu no momento pós-resposta?
Quais as ações a curto e longo prazo?
Qual a qualidade da participação popular?
Quais as pontes governamentais e comunitárias para que as ações
sejam implementadas?
Quais outros fatores subjetivos estão envolvidos?