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gestão empresarial ComuniCação EmprEsarial gEral ComuniCação EmprEsarial – HistóriCo E ConCEitos ComuniCação EmprEsarial gEral ComuniCação EmprEsarial – HistóriCo E ConCEitos ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Ao final da Unidade de Aprendizagem, o aluno deverá ser capaz de compreender o que é comunicação empre- sarial, conhecer os conceitos envolvidos e a evolução his- tórica da disciplina no Brasil, compreender as funções da comunicação empresarial e sua interação com outras disciplinas. COmpetênCias Entendimento da relação entre comunicação empresarial e estratégias de uma organização. Compreensão da apli- cabilidade dos conceitos de comunicação empresarial. Habilidades Reconhecimento de aspectos da comunicação empresa- rial como ferramenta de entendimento das organizações. Formular as linhas mestras de um plano de comunicação empresarial integrada. 1 parte 1 Muitas pessoas, quando questionadas sobre o que é Comunicação Empresarial, respondem que se trata de algo como escrever cartas, ofícios e memorandos. Mas Comunicação Empresarial é muito mais que isso: é o conjunto de ações, por exemplo, que criam, mantêm ou mudam a imagem de uma empresa. Ofícios e me- morandos também fazem parte, mas referem-se ba- sicamente à comunicação administrativa. Empresas hoje se comunicam também por mensagens de e-mail, sites ou mesmo o Facebook. As organizações, além do governo, têm outros públicos: clientes, fornecedores, a imprensa, seus próprios funcionários e mesmo o conjunto da sociedade. Como fazer tudo isso, você vai aprender aqui. para Começar Comunicação, como todos sabem, é assunto relacionado a inumeráveis ramos da atividade humana. Começa no nascimento e se estende por toda a vida, o que vale para indivíduos e organizações. Devido a essa abrangência, tem sido estudada em vários níveis e sob diversos olha- res. Nas empresas, a comunicação é constante e inclui boas e más notícias. O esquema a seguir mostra como a comunicação acontece. fonte de informação fonte de ruído transmissor mensagem receptor destino Figura 1. Diagrama básico das funções da comunicação Fonte. MARES, C. 1966, traduzido e adaptado. Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 4 Esse esquema, que se deve a um teórico pioneiro chamado Roman Jakobson, dá um caráter mecanicista à comunicação: tudo funciona, a princípio, como em uma máquina. Esse diagrama é básico e se aplica a uma pessoa falando com outra em uma sala, a uma transmissão de TV, a uma consulta à Web ou a qualquer outro processo em que esteja envolvida a comunicação. A mensagem, da fonte ao destino, passa por um transmissor e por um receptor que, respectivamente, codificam e decodificam a mensagem. Qualquer perturbação no processo é chama- da ruído. Vamos voltar aos ruídos com detalhes ao falar das barreiras da comunicação. A tabela a seguir mostra alguns elementos do processo comunicati- vo no caso de uma conversa e de uma transmissão televisiva, e deixa a você a tarefa de acrescentar os demais elementos por meio da consulta a um site. fontE transmissor rECEptor dEstino fala Falante Aparelho fonador Aparelho auditivo Ouvinte transmissão de TV Estúdio Antena transmissora Antena receptora Aparelho de TV website Embora Jakobson (MAGALHÃES, 2010) tenha explicado o processo comu- nicativo, seu esquema, como mencionado anteriormente, mostra a co- municação como processo mecanicista, simplificado e estático. Mas, na verdade, ela é dinâmica e complexa. É impossível restringi-la a um núme- ro determinado de passos, porque a dinâmica da comunicação engloba vários outros aspectos. Todas as funções (descritas na Unidade 2) inte- ragem e, conforme verão durante o curso, são importantes no contexto situacional da comunicação empresarial integrada. Vários pesquisadores (Hymes, Mountford e outros) aperfeiçoaram o esquema mostrado na Figura 1 e, a título de ilustração, está reproduzi- do a seguir o esquema que a pesquisadora francesa Catherine Kerbrat- -Orecchioni desenvolveu. É bastante diferente do de Jakobson e se ocupa da interação comunicacional, ou seja, outros elementos são levados em conta no momento da comunicação. Tabela 1. Elementos do processo comunicativo. Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 5 competências linguísticas e paralinguísticas competências linguísticas e paralinguísticas decodificação – mensagem – codificação Canal referente emissor receptor competências ideológica e cultural competências ideológica e cultural determinações “psi-“ determinações “psi-“ modelo de produção modelo de interpretação restrições do universo do discurso restrições do universo do discurso A Figura 2 coloca em evidência a diferença entre a representação estática e mecanicista do ato de comunicação elaborada por Jakobson, possibili- tando uma representação mais dinâmica. O código (língua utilizada pelo emissor), por não ser único e comum ao emissor e receptor, pode produ- zir desvios de entendimento (barreiras da comunicação). Esses desvios de compreensão são registrados em muitas situações de comunicação e representam o resultado da diferença, por exemplo, entre a língua do emissor e a língua do receptor. Os protagonistas – também chamados de emissores e receptores – pos- suem, além da competência linguística (e paralinguística1), competências ide- ológicas e culturais (ou enciclopédicas), ou seja, saberes sobre o mundo que influem sobre suas respectivas competências linguísticas. De um lado, você observa o emissor, que produz uma comunicação com base nos seus conhe- cimentos de língua, na sua ideologia e leva em conta sua base psicológica. De outro, o receptor, que deve, para uma comunicação bem-sucedida, possuir os mesmos níveis de competências, daí o esquema espelhado. A diferença entre os papéis do emissor e do receptor é que este último tem o trabalho de decodificar e compreender as mensagens transmitidas pelo emissor. Claro que existem dificuldades dos dois lados. Ambos precisam ter conhecimentos de mundo parecidos para que a comunicação ocorra. Isso, como vocês vão ver durante o curso, é de grande importância na comunicação empresarial. Atenção O que se pode observar no discurso da empresa é a necessida- de de privilegiar os fenômenos da língua em uso, suas diver- gências, irregularidades e as frequências com que elas ocorrem. Figura 2. Esquema proposto por Orecchioni. Fonte: Catherine Kerbrat-Orecchioni, 1997. 1. Competência de discutir a linguagem a partir da própria linguagem. Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 6 Hoje é possível verificar que o aspecto pragmático da comunicação pre- domina nas empresas, ou seja, nesse ambiente é possível observar as diversas implicações desse pragmatismo, assim como as interações por ele provocadas ou dele decorrentes. No ambiente organizacional, vários são os discursos praticados: o do público interno (colaboradores, chefias imediatas, diretorias) e o do público externo (mídia, clientes, fornecedo- res e governo). Vários são também os gêneros por meio dos quais eles se manifestam: house organs, jornais, newsletters, websites, blogs, Twitter, correspondências, relatórios e inúmeros outros. Tudo isso será estudado durante o curso. DicA Ainda que muitos sejam os gêneros praticados na comuni- cação empresarial integrada, o objetivo é sempre o mesmo: transmitir valores, imagem e o cotidiano da empresa. Agora vamos nos aprofundar nos conceitos de Comunicação Empresarial. Fundamentos 1. COmUniCaçãO empresarial e COmUniCaçãO OrganizaCiOnal Ao falarmos de Comunicação Empresarial, vamos citar bastante os Es- tados Unidos, porque os modelos usados no Brasil vieram, em grande parte, de lá, por razões principalmente históricas que se tornarão claras ao longo do texto. Naquele país se faz uma distinção importante entre comunicação em- presarial e comunicaçãoorganizacional. Depois de muita discussão, ficou estabelecido que a comunicação organizacional está mais ligada à teoria e ao academicismo, enquanto a comunicação empresarial se vincula ao as- pecto mais prático, à habilidade de escrever e transmitir com clareza. É de interesse o que alguns autores sustentam sobre a teoria envolvida na co- municação organizacional: é um foco primordial para o entendimento das organizações. Em outras palavras, estuda-se comunicação empresarial (ou organizacional) para aperfeiçoar o modo de comunicar, mas também para entender as organizações. Enfatize-se que progredir em uma organi- zação é muito difícil para quem a desconhece. No correr desta disciplina, você vai aprender muito sobre o conhecimento a respeito das empresas Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 7 que se adquire com o estudo de sua comunicação. Esse conhecimento é tão importante que o fato de estar alerta sobre o assunto é a habilidade correspondente a esta unidade de aprendizagem. 2. O pensamentO COmUniCaCiOnal O pensamento comunicacional nos Estados Unidos apresentava mais tradicionalmente até meados da década 1950, seu foco voltado para os processos de gestão e comunicação interna. A pesquisa no período de 1960 a 1980 se voltava ao estudo da comunicação organizacional como pesquisa de meios e mensagens (nos anos 1960, surgiu uma teoria que sustentava que o meio de comunicação e a mensagem poderiam se con- fundir). A essa característica, acrescentavam a importância dos canais da comunicação, conforme proposto por Jakobson (o do esquema mostrado no início), a análise das redes formal e informal e a comunicação entre superior e subordinado. Esse modelo evoluiu a partir dos anos 1980 e passou a se considerar (isso é importante) a comunicação como elemento vital no processamento das funções administrativas. Vale a citação de um teórico americano chamado Lee Thayer: É a comunicação que ocorre dentro [da organização] e a comunicação entre ela e seu meio ambiente que [a] definem e determinam as condições da sua existência e a dire- ção do seu movimento. (THAYER, apud: KUNSCH, 2009) Embora esse conceito tenha sido formulado há mais de trinta anos, em 1976, permanece atual, pois os recursos humanos, materiais e financeiros que interligam os elementos de uma organização são informados e ao mesmo tempo informam, e essas informações devem ser contínuas para a própria sobrevivência da organização (sobrevivência, no caso, é uma palavra forte, mas adequada). 3. a linHa evOlUtiva No Brasil, existe uma linha evolutiva da comunicação organizacional em quatro conceitos, detalhados a seguir. Cumpre notar que nenhum dos con- ceitos foi abandonado – os teóricos e profissionais souberam acompanhar a evolução da sociedade e incorporar visões crescentemente efetivas. 3.1. ComuniCação EmprEsarial E rElaçõEs públiCas Em um primeiro momento, a ênfase conceitual esteve na comunicação interna, concretizada no jornal da empresa que apresentava inicialmente um discurso de autoelogio, fruto do clima autoritário da época (final dos anos de 1960), orientado para os dirigentes das organizações. Em 1967, Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 8 foi criada a ABERJE, Associação Brasileira dos Editores de Revistas e Jor- nais de Empresas, que possuía como foco a comunicação interna e, nesse mesmo momento, surgiu o profissional de relações públicas, diretamente ligado ao presidente da empresa. Esse primeiro conceito, com foco na comunicação interna, está, portanto, ligado ao de jornalismo empresarial. 3.2. ComuniCação EstratégiCa E polítiCa O segundo conceito coloca a comunicação organizacional junto à comu- nicação estratégica e política da empresa como forma de poder, ao lado dos poderes remunerativo (o que paga), normativo (o que dita as regras) e o coercitivo (o que decide quem é promovido e quem continua ou não na empresa). Assim, aquele primeiro discurso só de elogio cedeu lugar às com- petências comunicativas (para ter poder, você precisa ter competência) e o conceito de comunicação organizacional passou a ser reconhecidamente do âmbito da retórica, do convencimento, pois, como disse um teórico bra- sileiro importante, “se o poder é a capacidade de uma pessoa em influen- ciar uma outra para que esta aceite as razões da primeira, isso ocorre, ini- cialmente, por força da argumentação” (TORQUATO, apud KUNSCH, 2009). 3.3. ComuniCação govErnamEntal E markEting polítiCo O terceiro conceito é associado à comunicação governamental e ao ma- rketing político. Tal inclusão à comunicação organizacional ocorrida no final da década de 1980 se deu por meio do fortalecimento da cidadania. Tal fortalecimento origina-se em uma sociedade civil mais organizada e cada vez mais consciente de seus direitos e deveres. Nesse ponto, as em- presas tiveram de aperfeiçoar sua comunicação para se adaptar ao mo- mento político – surgiu aí o conceito de empresa cidadã, de empresa com consciência do meio ambiente e de empresa preocupada com o social – é interessante observar como a política, por meio de seu marketing, influen- ciou (e tem influenciado) as empresas. 3.4. a imagEm das organizaçõEs A partir de meados dos anos 1980, a sociedade tem passado por uma sé- rie de transformações: a emergência de grupos organizados (defesa dos direitos do consumidor, por exemplo), a rápida consolidação de novas tecnologias com multiplicidade de processos de comunicação e produção acadêmica intensa. Com isso, o conceito de comunicação empresarial se ampliou. Se no início ela se ligava apenas ao jornalismo interno da em- presa, em um segundo momento, associou-se à estratégia e política em- presariais e passou a incluir o âmbito político. Hoje, a comunicação em- presarial está em todos os setores organizados da sociedade – empresas Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 9 muito pequenas, por exemplo, se apresentam por meio de websites, mui- tas vezes, elaborados com bastante capricho; associações de bairro se esforçam para comunicar do melhor modo possível suas reivindicações a autoridades; prefeituras se organizam para prestações de contas efi- cientes e transparentes; organizações de eleitores investigam o passado de candidatos e utilizam vários veículos para comunicar os resultados da investigação ao maior número de eleitores. A lista é muito grande. O conceito moderno de comunicação empresarial está associado à imagem da empresa: conceito Comunicação empresarial é atividade sistêmica de caráter estratégico que tem por objetivos criar (onde não existir), manter (onde já existir) ou mudar para favorável (onde hou- ver negativa) a imagem da empresa junto a seus públicos prioritários. (CAHEN, 2003) Assista ao vídeo, disponibilizado na área Navegando por Aí, que mostra o desconhecimento do conceito de comunicação empresarial integrada por parte de muitos alunos de cursos afins e uma boa explicação por uma das maiores especialistas do Brasil no assunto. 4. marCOs HistóriCOs Vimos a evolução dos conceitos de comunicação empresarial. Como se pode observar, tais conceitos evoluíram ao longo de décadas. Vale observar agora alguns marcos históricos que balizaram de certo modo essa evolução. A comunicação empresarial surgiu, conforme mencionado anterior- mente, a partir das atividades de relações públicas. Assim, é natural que as duas áreas apresentem interseções. Vários estudiosos tratam de di- ferenças e pontos de contato entre comunicação empresarial (também chamada de organizacional) e relações públicas. No Brasil, a atividade de relações públicas teve início em 1914, com a criação do departamento de relações públicas da empresa canadense Li- ght & Power. Eduardo Pinheiro Lobo, da filial paulista, instalou o primeiro serviço de relações públicas do país com base no modelo utilizado pelo jornalista americano Ivy Ledbetter Lee na Standard Oil,em 1906. O modelo se baseava na Declaração de Princípios – incluía comunicação com a mídia como ferramenta de grande importância. O objetivo-chave era a melho- ra junto à opinião pública americana da imagem de John D. Rockefeller2, 2. Existem vários endereços com a história e a biografia de Rockefeller. Para saber mais, acesse o link http://www. notablebiographies. com/Pu-Ro/ Rockefeller- John-D.html. Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 10 proprietário da Standard Oil, empresário monopolista do petróleo que aca- bou com a concorrência e a partir daí comprou bancos, fábricas e passou a adquirir mais poder que qualquer outro empresário, em qualquer época. As leis antimonopólio existiam em forma embrionária, mas Rockefeller tinha grande quantidade de advogados e contadores que encontravam brechas nas regulamentações e acabavam fazendo o que fosse necessá- rio para aumentar o poder do empresário. Uma charge de 1904, vista a seguir, mostra a imagem de Rockefeller junto ao público na época em que Ivy Lee começou a trabalhar para ele. Com a imagem seriamente comprometida, Rockefeller contratou Ivy Lee que logo de início produziu o documento mostrado a seguir, com gri- fos nossos. Declaração de Princípios Isto não é um gabinete de imprensa secreto. Todo o nosso trabalho é feito às claras. O nosso objetivo é fornecer notícias. Não somos uma agência de publicidade; se pensarem que certas informações deveriam pertencer exclusivamente à vossa seção comercial, não as usem. O nosso trabalho é exato. Pormenores adicionais sobre qualquer assunto tratado serão prontamente fornecidos, e qualquer editor será apoiado, com o maior empenho, na verificação de qualquer afirma- ção factual. Figura 3. Charge de Udo J. Kepler, em 1904. Fonte: Wikimedia Commons (acesso em 04/05/2015). http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a0/Standard_oil_octopus_loc_color.jpg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a0/Standard_oil_octopus_loc_color.jpg Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 11 Aos inquéritos serão fornecidas informações completas para qualquer editor referindo aqueles em cujo nome o artigo é enviado. Em suma, o nosso plano é fornecer franca e abertamente em nome das preocupa- ções dos negócios e das instituições públicas, informação rápida e exata à imprensa e ao público dos Estados Unidos, relativa a assuntos que se- jam de valor e interesse para o público conhecer. As empresas e as instituições públicas fornecem para fora muita infor- mação na qual o valor-notícia se perdeu de vista. No entanto, é tão certo como importante para o público ter as notícias como é para as firmas fornecer as notícias de forma exata. Ivy Lee O esforço de Ivy Lee mudou a imagem de quem o havia contratado e a obediência aos princípios contidos naquela declaração levou, a partir de informações prestadas a autoridades, ao aperfeiçoamento das leis anti- monopólio que duram até hoje e existem no Brasil – o CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, é o órgão regulador. A imagem de Rockefeller no fim da vida passou a ser a de uma pessoa venerável, como mostra seu retrato mais conhecido. Ao longo das décadas que seguiram, outros modelos de trabalho foram desenvolvidos, acompanhando a evolução dos conceitos mencionados anteriormente. A área deixou de ter um enfoque operacional e se trans- formou em um conjunto de atividades com objetivos mais amplos que Figura 4. J. D. Rockefeller por John Singer Sargent, em 1917. Fonte: Wikimedia Commons (acesso em 04/05/2015). http://en.wikipedia.org/wiki/John_D._Rockefeller#/media/File:John_D._Rockefeller_1917_painting.jpg http://en.wikipedia.org/wiki/John_D._Rockefeller#/media/File:John_D._Rockefeller_1917_painting.jpg Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 12 visavam à formação de imagem. Não deixou, no entanto, a gestão de cri- ses – lembre-se de que o início de tudo foi a crise de imagem de John D. Rockefeller. Agora, as crises são combatidas segundo planos cuidadosa- mente traçados e as organizações também se ocupam com a prevenção delas. Esse assunto será retomado mais adiante. Entre nós, embora o marco inicial tenha sido 1914, foi nos anos 1950, com a chegada ao Brasil das indústrias automobilísticas, que as atividades de comunicação empresarial foram impulsionadas – o artigo produzido pe- las indústrias automobilísticas tem preço elevado e é objeto de desejo dos consumidores. Essas indústrias possuem uma multidão de funcionários e fornecedores e precisam se relacionar com governos. Sem uma estrutura organizada de comunicações, é impossível lidar com todos esses públi- cos. Dessa forma é que foram criados os primeiros jornais de empresas e, a princípio de modo embrionário, foram aplicados os outros conceitos mencionados nesta Unidade de Aprendizagem. O exemplo frutificou e se propagou para mais empresas, no início de outras áreas, depois de vários portes e com ferramentas cada vez mais diversificadas. O velho jornal da empresa ainda existe, porém, grandemente modernizado, adequado ao tamanho de cada organização e com linha editorial muito diferente daque- la que considerava a empresa como uma espécie de centro do universo. Na área acadêmica, o início dos estudos sobre comunicação empresarial se deu com a criação do primeiro curso superior de Relações Públicas na Escola de Comunicações e Artes da USP, em 1966. Os nomes de Cândido Teobaldo de Souza Andrade, Gaudêncio Torquato e Margarida Kunsch se encontram entre os que iniciaram a construção bibliográfica específica nas duas áreas. Kunsch deu origem à corrente brasileira baseada no conceito de comunicação integrada, além de enfatizar o caráter estratégico da área. parte 2 Uma empresa, como se viu, se comunica com clientes, com seus funcio- nários, com o governo e com a sociedade. Para cada um desses públicos, ela tem coisas diferentes a dizer, mas não pode e, não deve, cair em con- tradição. Tem de ser coerente até na propaganda, que não faz exatamen- te parte da Comunicação Empresarial, mas está presente na maioria das empresas e não pode transmitir valores diferentes dos que a organização afirma ter. Para obter essa consistência, a empresa deve investir em co- municação integrada, assunto desta unidade de aprendizagem. Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 13 para Começar Em continuidade aos conceitos estudados na primeira unidade de apren- dizagem, veremos a seguir a comunicação empresarial integrada. Trata- -se de um processo que associa diversos componentes, que interagem entre si e com segmentos da empresa, governos e sociedade em geral. Em outras palavras, ela tem como objetivo integrar todas as funções diretamente relacionadas aos públicos ou que executem algum tipo de comunicação. Assim, ações de marketing e vendas, comunicações in- ternas, peças produzidas pelo departamento jurídico, atendimento ao consumidor, atividades de lobistas1, peças publicitárias, relações com a imprensa, relações com comunidades devem ser consistentes, de modo a não haver contradições. Uma empresa não pode, por exemplo, ter um discurso de responsabilidade social enquanto seus advogados tratam de driblar reclamações autênticas de consumidores prejudicados. Con- forme Castro Neves (2004), embora cada atividade possa ser executada com estratégias próprias e independentes, é preciso que todas as ações sejam coordenadas. O esquema a seguir mostra como é formulada a estratégia da comunicação empresarial integrada. planejamento estratégico da imagem comunicação programada comunicação simbólica imagem questões públicas elementos da identidade institucional mensagens meios públicos programas issue management sistema de objetivos colegiado de comunicação A comunicação empresarial integrada objetiva, com todas essas ativida- des, construir uma imagempor meio de planejamento estratégico a partir da centralização das informações e dos objetivos a alcançar – para isso é necessário um colegiado de comunicação, formal ou informal, composto de diretores, gerentes e um ou mais especialistas em comunicação; iden- tificar as questões que precisam ser administradas (issue management); elaborar os elementos da identidade institucional e desenvolver planos de ação e programas. A escolaridade desses profissionais é diversificada. 1. O lobby, ao contrário do que se costuma pensar, pode ser uma atividade legítima de defesa de interesses das organizações. Figura 1. Sistema de Comunicação Integrada. Fonte: Castro Neves, 2004. Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 14 As mais comuns são os formados em Comunicação, Jornalismo e Relações Públicas, ainda que haja abertura para pessoas competentes de várias áreas de formação. Para isso, utiliza a gerência da comunicação programada, que associa os inúmeros públicos com os quais organizações de qualquer porte têm de se relacionar. Empresas grandes, médias e pequenas devem atender seus públicos com informações exatas. Isso significa que importa ao pro- cesso a correta identificação de tais públicos, sua motivação, seus interes- ses e o estabelecimento de canais de aproximação. As funções dessa gerência, portanto, são: 1. Estabelecer os objetivos e metas específicos (por exemplo, alcançar um parâmetro mensurável de reconhecimento de uma marca ou cumprir um determinado programa de responsabilidade social); 2. Coordenar a integração dos movimentos táticos (ações, programas, projetos) e das comunicações no dia a dia da empresa; 3. Unificar o discurso da organização. Conforme mencionado anteriormente, a organização precisa mostrar o mesmo discurso em todas as instâncias, para todos os públicos (internos ou externos) e em todos os programas e veículos para que sua imagem se mantenha fortalecida e sua comunicação não caia em contradição. Assim, pode-se reiterar que discurso e imagem devem caminhar juntos para que a figura da empresa não seja abalada. A seguir, você verificará como se dá isso no dia a dia, por meio do estu- do das funções da comunicação empresarial integrada. Cada uma dessas funções será detalhada ao longo do curso. Fundamentos 1. FUnções da COmUniCaçãO integrada Como vários são os pesquisadores que estudam a comunicação empre- sarial integrada, é normal que existam diferentes olhares. A figura a se- guir mostra as principais funções da comunicação empresarial integrada, condensando o pensamento de dois desses pesquisadores que têm em comum experiência no dia a dia de empresas. Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 15 relações públicas gerenciamento de crises sac e ombudsman comunicação interna filtros jurídicos relações governamentais relações comunitárias e responsabilidade social promoções e eventos interface com marketing assessoria de imprensa publicidade colegiado de comunicações As seções que seguem mostram como essas funções se caracterizam, conforme Telles, Crocco e Gioia (2010). 2. marketing e pUbliCidade. Interface com marketing: comunicação e marketing são ligados de vá- rias maneiras. Como nosso objetivo não é delinear as atividades de ma- rketing, mas mostrar como ocorre a interface, vamos usar os chamados 4 Ps do marketing (produto, preço, promoção e praça), que são definições concisas e efetivas. Dadas as complexidades e individualidades das orga- nizações, não é possível contemplar todas as atividades possíveis. A tabela a seguir mostra pontos de contato entre essas duas disciplinas, dando uma ideia adequada de como se processam as interconexões. tópiCo CaraCtErístiCas nECEssidadEs dE ComuniCação Produto Design, características diferenciais com a concorrência, marca, especificações, política de garantia, embalagem. Informações à imprensa e revendedores sobre lançamento e especificações, atividades do sac para dar consequência à política de garantia. Preço Financiamentos, condições de pagamento, descontos. Clareza de comunicações a clientes atuais e potenciais; estabelecimento de filtros para impedir eventuais dubiedades de interpretação. Figura 2. Funções da Comunicação Integrada. Fonte: adaptado de Neves (2004) e Argenti (2006). Tabela 1. Interface com marketing. Fonte: Adaptado de Telles, Crocco e Gioia, 2010. http://www.livrariacultura.com.br/scripts/busca/busca.asp?palavra=GIOIA,+RICARDO+M.&modo_busca=A Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 16 tópiCo CaraCtErístiCas nECEssidadEs dE ComuniCação Promoção Campanhas publicitárias, promoções. Verificação de uniformidade de informações entre comunicados à imprensa & revendedores e informes publicitários. Praça Logística: armazenamento, canais de distribuição, transporte. Conscientização dos colaboradores sobre a importância do relacionamento com os canais de distribuição e venda. Atenção Em algumas organizações, a comunicação empresarial é con- siderada como apêndice do marketing. Isso pode levar, por falta de conhecimento de conceitos, a discursos inconsisten- tes e a tratamento superficial da imagem. Publicidade: assim como notícias lidam com a razão, o fato, a publicida- de utiliza o impulso, a emoção – basta examinar um slogan recente para entender isso: “a bebida X é emoção pra valer”. Não há um significado específico associado à oração, mas o texto cria um sentimento positivo. O trabalho de comunicação integrada, nesse caso, é permitir o convenci- mento pela emoção, porém sem deixar que tal texto leve a incorreções. A mesma bebida da “emoção pra valer” tinha, na década de 1950, um slogan que dava a entender que era boa para a saúde e realçava a “pureza” de algo que, afinal, era (e é) uma mistura de essências e produtos químicos. Hoje em dia, seria impensável escrever que “X faz um bem, que pureza, que sabor”, como em 1955 (aliás, foi esse o primeiro slogan da marca na televisão brasileira). PAPo técnico Em retórica, disciplina muito utilizada em estudos avançados de comunicação empresarial, usam-se os termos gregos lo- gos, a razão, o raciocínio; pathos, o sentimento, a paixão, e ethos, a imagem construída. (MAGALHÃES, 2010) Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 17 3. imprensa e relações públiCas Assessoria de imprensa: a declaração de princípios de Ivy Lee (lembra da primeira Unidade?) mencionava em mais de um ponto contatos com a imprensa. A função dessa assessoria é fazer com que a imprensa (escrita, falada, televisiva, virtual) publique matérias de interesse da organização. O veículo primordial dessa função é o press release, que apresenta uma contradição curiosa: tem um aspecto retórico, de convencimento, uma vez que precisa mostrar ao órgão de imprensa que a matéria deve ser publi- cada, e um aspecto objetivo e de correção, uma vez que a notícia precisa ser exata. Como todas as outras funções, o press release será examinado com detalhe mais tarde neste curso. Relações públicas: conforme explicado na unidade de aprendizagem an- terior, comunicação empresarial e relações públicas estão muito ligadas. As relações públicas cuidam de como a organização se apresenta a clien- tes, concorrentes, fornecedores, governo e outras partes interessadas, e a comunicação é o meio de realizar essa apresentação. Gerenciamento de crises: já mencionamos a crise de imagem de John D. Rockefeller no início do século XX. A concepção moderna de gerenciamen- to de crises inclui preparação para o inesperado (algo contraditório, mas imperativo!), planos detalhados e ações pós-crise. Esse assunto é impor- tante a ponto de merecer unidades específicas. DicA 危机, ideograma chinês que significa crise, é a junção de dois outros, que significam “perigo” e “oportunidade” – a crise também é uma oportunidade de reafirmaçãode ima- gem. (MAGALHÃES, 2010) 4. relações COm Clientes e COm COlabOradOres SAC e ombudsman: o SAC é o serviço de assistência (ou atendimento) ao cliente (ou consumidor). Todas as empresas que lidam diretamente com consumidores têm um SAC, que atende a reclamações, orienta em caso de dúvidas e inicia providências para sanar eventuais problemas. Empresas de porte médio têm procurado estabelecer SACs, de modo a identificar e sanar ameaças à imagem. Existem no mercado softwares que Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 18 informatizam SACs mesmo de microempresas, registrando queixas e difi- culdades de clientes e efetuando estatísticas. Ombudsman é um termo sueco que significa representante. Naquela so- ciedade avançada, o ombudsman foi instituído oficialmente em 1809 como um representante dos interesses dos cidadãos independentemente do sis- tema político. Em empresas, ele é o “advogado” do cliente, ou seja, uma pessoa da empresa que procura enxergar os problemas segundo o ponto de vista do cliente. Entre as empresas que utilizam ombudsman no Brasil estão: as Lojas Americanas, o Bradesco, o Citibank, a TIM e muitas outras. Você encontra a figura do ombudsman no jornal Folha de São Paulo também. Comunicação interna: a comunicação entre departamentos e níveis hie- rárquicos de uma empresa é o tópico de comunicação empresarial que não está ligado ao marketing ou a relações públicas. Deve, como em to- dos os outros casos, haver consistência, no caso entre o que a empresa comunica aos públicos externos (clientes, governos, fornecedores, asso- ciações de classe) e internos (colaboradores, gerentes, contratados). Isso nem sempre é fácil: uma empresa, por exemplo, que proclame estar em excelente situação financeira e internamente anuncie um programa de cortes de benefícios estará em posição de inconsistência. O estudo da comunicação interna se ocupa em grande parte dos fluxos de comunica- ção (verticais, entre níveis hierárquicos distintos) e horizontais (dentro dos mesmos níveis) e das barreiras, que distorcem ou mesmo impedem a co- municação (lembra do diagrama da primeira unidade de aprendizagem?). 5. jUdiCiáriO e gOvernO Filtros jurídicos: o cuidado com o que se promete e o que se informa tem constituído, ao longo das últimas décadas, uma espécie de segunda natureza para as organizações. O Brasil tem, por exemplo, uma legislação trabalhista que possivelmente é a mais detalhista e rigorosa do mundo. Comunicações externas e internas devem, portanto, passar constante- mente por filtros jurídicos. Relações governamentais: há dois aspectos nas comunicações governa- mentais: as comunicações de empresas e outras organizações com gover- nos e as comunicações dos governos enquanto organizações com a so- ciedade. Existem, além disso, empresas que têm governos como clientes. Além do mais, a administração pública baseia-se em modelos e valores diferentes dos da administração privada. De acordo com a emenda cons- titucional nº 19/98 dos Princípios Constitucionais da Administração Pú- blica, na gestão pública, por exemplo, a lei tem prioridade sobre normas Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 19 administrativas e o princípio da impessoalidade manda tratar a todos sem preconceito, favorável ou prejudicial. A atividade de lobby, mal compreen- dida no Brasil e regulamentada em outros países, consiste basicamente na defesa dos interesses das empresas junto a governos. Um exemplo de lobby legítimo é o convencimento do governo para efetuar melhorias em um porto, mostrando que não só a empresa está interessada, mas o conjunto da sociedade se beneficiará, além de o próprio governo passar a arrecadar mais impostos. Do lado da comunicação governamental, o profissionalismo consiste em posicionar as comunicações no interesse do governo e da sociedade (caso, por exemplo, de informes técnicos da Embrapa) em oposição ao interesse individual dos governantes. 6. relações COm a sOCiedade Relações comunitárias e responsabilidade social: a partir de meados dos anos 1980 (já mencionado na unidade de aprendizagem passada), tem se fortalecido o conceito de empresa cidadã, que exerce ações po- sitivas na sociedade como, por exemplo, por meio de fundações benefi- centes que exercem a filantropia com a eficiência que se espera de uma organização competente. A empresa cidadã também preserva o meio am- biente. Na primeira década do século XXI se firmou o conceito de susten- tabilidade: garantir o bem estar da geração presente sem comprometer o das gerações futuras. Esse conceito passou a ser parte do discurso da empresa cidadã. A responsabilidade social é importante no curso de co- municação empresarial integrada. Promoções e eventos: eventos marcam a presença da organização na sociedade, fazem com que se torne mais conhecida e passam mensagens positivas sobre a imagem da empresa. De simples palestras a congressos, passando por simpósios, workshops, feiras, entre outros, e mesmo festas, os eventos devem ser bem planejados e conduzidos, sob pena de terem efeito contrário ao desejado. Lançamentos de novos produtos, confrater- nizações de fim de ano e conclusões de programas de treinamento são ocasiões que se apresentam a praticamente todas as empresas. O evento é fato positivo que pode ser criado em condições controladas, além de ser função importante da comunicação empresarial integrada. No endereço http://bit.ly/8YOJY8 você encontra um guia das atividades envolvidas em planejamento e realização de eventos. antena parabóliCa A Amarribo – Amigos Associados de Ribeirão Bonito é uma ONG que conseguiu identificar, denunciar, eliminar e punir corrupção no município de Ribeirão Bonito, em São Paulo. O grupo elaborou uma cartilha e disponibi- lizou a metodologia utilizada para qualquer cidadão. A Amarribo se baseia inteiramente em trabalho voluntário. Estudar o conteúdo da cartilha da Amarribo vai ajudá-lo a entender como funcionam projetos sérios de comuni- cação para ações de cidadania. Cartilha: TREVISAN, A. M. et al. O combate à Corrupção nas prefeituras do Brasil. Disponível em: <http://www. amarribo.org.br/mambo/images/stories/organizar/ ocacnpdb3ed.pdf >. [s.d.]. Acesso em: jul. 2012. Conforme visto, há motes publicitários, por exemplo, “emoção pra valer” que, embora não incorram exata- mente em falsidade, não possuem qualquer significado tangível. Mas existem slogans que passam alguma infor- mação interessante, como o de um automóvel de porte médio vendido a preço de carro pequeno: “nunca foi tão fácil ter um grande carro”. Procure em jornais, rádio ou TV slogans do primeiro e do segundo tipos. Lembre-se A publicidade enganosa costuma ser le- vada a sério por governos e empresas. A existência de órgãos reguladores e fisca- lizadores é marca importante da socie- dade brasileira contemporânea. Existem, por exemplo, o CONAR, órgão privado de autorregulamentação da publicidade e os PROCONS, governamentais. e agora, José? Agora que você já sabe um pouco da história e os con- ceitos fundamentais da comunicação empresarial, seus objetivos e suas funções, além de ter verificado como ocorrem os fluxos da comunicação nas organizações, va- mos ver de que modo eles são colocados em prática e como interagem com outras disciplinas, aprendendo um pouco sobre suas funções e objetivos. Comunicação Empresarial Geral / UA 01 Comunicação Empresarial – Histórico e Conceitos 22 reFerênCias ARGENTI, P. A.� Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. BRASIL. �Princípios Constitucionais da Admi- nistração Pública – Emenda constitucio- nal nº 19. Presidência da República, 1998. CAHEN, R.� Comunicação Empresarial.� São Pau- lo: Best Seller, 2003. CASTRO NEVES, R.� Comunicação Empresarial Integrada. São Paulo: Mauad, 2000. JSS VIRTUAL GALLERY.� John Singer Sargent’s John D. Rockefeller Sr. Disponível em: <http:// jssgallery.org/Paintings/John_D_Rockefeller_Sr.htm>. (1917) Acesso em jul. 2012. KUNSCH, M. M. K. �Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: Summus, 2003. ________. �Comunicação Organizacional. São Pau- lo: Editora Saraiva, Vol. 1. 2009. MAGALHÃES, A. L.� Business Communications in an Emerging Country. Disponível em <http://bit.ly/bzZpk8>. [s.d.]. Acesso em: 19 set. 2010. ________. �Comunicação Empresarial. Disponível em: <http://www.analu80.multiply.com>. [7 feb. 2008]. Acesso em: jul. 2012. ________. �Retórica no Discurso Organizacional: Constituição do Ethos da Organização a Partir de Notas Oficiais sobre Acidentes. São Paulo: PUC. 2010. TELLES, R.; CROCCO, L.; GIOIA, R. M.� Decisões de Marketing. Os 4 Ps – Tecnologias São Pau- lo: Saraiva, vol 2, 2010. TWOHY, MIKE.� Seasons greetings looks ok to me lets run it by the legal department. Disponível em: <http://bit.ly/afY1JZ>. [s.d.]. Acesso em: set. 2010. http://jssgallery.org/Paintings/John_D_Rockefeller_Sr.htm http://jssgallery.org/Paintings/John_D_Rockefeller_Sr.htm http://jssgallery.org/Paintings/John_D_Rockefeller_Sr.htm http://www.livrariacultura.com.br/scripts/busca/busca.asp?palavra=TELLES,+RENATO&modo_busca=A http://www.livrariacultura.com.br/scripts/busca/busca.asp?palavra=CROCCO,+LUCIANO&modo_busca=A http://www.livrariacultura.com.br/scripts/busca/busca.asp?palavra=GIOIA,+RICARDO+M.&modo_busca=A http://bit.ly/afY1JZ gestão empresarial ComuniCação EmprEsarial gEral Fluxos na ComuniCação EmprEsarial intEgrada ComuniCação EmprEsarial gEral Fluxos na ComuniCação EmprEsarial intEgrada ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Ao final da Unidade de Aprendizagem, você deverá ser capaz de reconhecer quais são os principais fluxos de comunicação nas organizações. COmpetênCias Conhecimento e capacidade de utilização adequada de mecanismos que garantam a fluidez da comunicação nas organizações. Habilidades Habilidade de identificação, análise e seleção dos flu- xos de comunicação adequados a situações específicas nas organizações. 2 ApresentAção Olá! Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá a re- conhecer quais são os principais fluxos de comunicação presentes nas organizações e como utilizá-los para obter maior eficácia na realização de seu trabalho. Vamos lá? pArA ComeçAr Nas Unidades de Aprendizagem anteriores desta disci- plina, você aprendeu o que é Comunicação Empresarial Geral, conhecendo seu conceito, histórico, funções e ob- jetivos. Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprende- rá quais são os fluxos desse tipo de comunicação. Antes, porém, é necessário que você saiba o que significa a pa- lavra “fluxo”. De origem latina, a palavra “fluxo” sugere a ideia de fluir, correr, circular. Nesse sentido, “fluxos da comunica- ção” correspondem às maneiras pelas quais uma infor- mação circula dentro de uma organização. Veja um exem- plo dessa situação no quadrinho apresentado a seguir: No exemplo apresentado, a informação consistia em uma solicitação feita por um superior a seu subordinado, Figura 1. O poder de um boato. Fonte. http:// coisasdejornalista. com.br/o-poder-de- um-boato/ (Acesso em 06/05/2015) http://coisasdejornalista.com.br/o-poder-de-um-boato/ http://coisasdejornalista.com.br/o-poder-de-um-boato/ http://coisasdejornalista.com.br/o-poder-de-um-boato/ http://coisasdejornalista.com.br/o-poder-de-um-boato/ Comunicação Empresarial Geral / UA 02 Fluxos na Comunicação Empresarial Integrada 4 solicitando o número de um pedido. Ouvida de modo equivocado por outro funcionário, a informação foi desvirtuada à medida que era retransmitida aos demais funcionários do setor. Com base nesse exemplo, podemos observar alguns fluxos da comu- nicação como o descendente ou vertical, presente na comunicação entre o chefe e o subordinado, e o horizontal ou lateral, estabelecido entre os demais funcionários do setor. Vamos aprender mais sobre eles e sobre os demais fluxos presentes na comunicação empresarial? FundAmentos Os fluxos comunicativos mais observados nas empresas dividem-se em basicamente quatro tipos: descendente, ascendente, horizontal ou lateral e transversal ou longitudinal. 1. FlUxO desCendente O fluxo de comunicação denominado de descendente ou vertical corres- ponde à transmissão de informações da cúpula diretiva de uma organi- zação aos seus subalternos, ou seja, é a comunicação de cima para baixo. Segundo Terciotti e Macarenco (2009, p. 47), a comunicação para bai- xo ocorre quando informações e mensagens são enviadas dos níveis hie- rárquicos superiores para os níveis hierárquicos inferiores da empresa, constituindo a modalidade dominante nas empresas mais burocratizadas, caracterizadas por um modelo de gestão autocrática. Entre as formas desse tipo de comunicação, destacam-se: 1. Mensagens enviadas por alto-falantes; 2. Mensagens divulgadas por meio de mídias institucionais como jor- nais, revistas, boletins, informativos e site da empresa; 3. Panfletos anexados aos contracheques; 4. Regulamento da empresa distribuído aos funcionários; 5. E-mails, memorandos, circulares e relatórios emitidos pela cúpula diretiva aos seus subalternos; 6. Palestras e treinamentos organizados e ministrados pelos níveis dos níveis hierárquicos superiores. Há vários tipos de mensagens que podem ser enviadas de cima para baixo. Entre essas as mais utilizadas são, segundo Terciotti e Macarenco (2009, p. 48): Comunicação Empresarial Geral / UA 02 Fluxos na Comunicação Empresarial Integrada 5 → Apresentação dos resultados da empresa; → Anúncio de novas medidas estratégicas adotadas pela empresa; → Anúncio de novas metas a serem atingidas pelos funcionários; → Anúncio dos funcionários que mais se destacaram; → Comunicação de novidades (campanha de voluntariado, de vacina- ção, de doação de sangue, do agasalho etc.); → Demonstrativos da situação financeira da empresa; → Feedback sobre a produtividade de departamentos; → Informação das políticas, dos regulamentos e dos benefícios da empresa; → Instruções sobre como realizar um serviço específico; → Instruções sobre a lógica do trabalho, ou seja, sobre como determi- nada atividade se relaciona às outras atividades da empresa; → Informações sobre modificações na linha de produtos e nos méto- dos de trabalho; → Manuais de prevenção de acidentes de trabalho; → Relatório sobre produção e venda; → Relatório sobre o grau de satisfação dos clientes. Dica A comunicação visual constitui outro tipo de comunicação de cima para baixo e consiste em afixar cartazes informati- vos nos locais onde se concentram os funcionários da linha de produção para proporcionar feedback a um grupo que geralmente não tem acesso a muitas informações que vêm dos altos escalões. (TercioTTi e Macarenco, 2009, p. 48) Entre as vantagens da comunicação de cima para baixo destaca-se o seu caráter diretivo, ou seja, de orientação, informando os funcionários sobre a execução de operações, procedimentos e sobre as expectativas da orga- nização em relação ao seu papel enquanto colaboradores. No entanto, como qualquer meio de comunicação, quando mal utilizada, a comunicação de cima para baixo pode ser comprometida por ruídos. En- tre esses ruídos destacam-se a distorção ou perda de parte do conteúdo da mensagem original e a sobrecarga de informações que ela pode acarretar. Segundo Terciotti e Macarenco (2009, p. 49), “os líderes devem ter o cui- dado de selecionar e enviar as informações que julgarem mais relevantes, não comprometendo, assim, a eficácia da comunicação.” Comunicação Empresarial Geral / UA 02 Fluxos na Comunicação Empresarial Integrada 6 2. FlUxO asCendente O fluxo ascendente ocorre de forma contrária ao fluxo descendente e caracteriza-se pelo envio de informações que partem das pessoas situ- adas na posição hierarquicamente inferior na estrutura organizacional e chegam à cúpula da organização. Um exemplo (que não deve ser seguido, conforme você verá na unidade de aprendizagem sobre Ética)de fluxo ascendente de comunicação é apresentado na tirinha a seguir: Segundo Nelson Pereira da Costa (2008 p. 72), a comunicação ascenden- te acontece quando é preciso comunicar ideias avaliações, resultados de relatórios, avaliações reclamações, problemas, conflitos, mudanças, resul- tados, desvios e distúrbios. Entre as principais formas de comunicação dos subordinados com seus líderes destacam-se: 1. E-mails enviados aos superiores ou à ouvidoria; 2. Relatórios com dados sobre produção e controle de qualidade; 3. Postagens em comunidades e portais corporativos na internet; 4. Enquetes e pesquisas internas; 5. Manifestação em reuniões de discussão de problemas; 6. Sugestões e/ou reclamações na “caixa de sugestões”. Terciotti e Macarenco (2009, p. 52) citam como os principais tipos de mensagens organizacionais que podem ser enviadas de baixo para cima as seguintes: → Enquetes e pesquisas; → Reclamações e/ou sugestões para melhoria; Figura 2. Fluxo ascendente. Autor: Novaes. Fonte: https:// novacharges. wordpress. com/2008/11/05/ aderbal-o- funcionario- padrao-5/ (Acesso em 06/05/2015). https://novacharges.wordpress.com/2008/11/05/aderbal-o-funcionario-padrao-5/ https://novacharges.wordpress.com/2008/11/05/aderbal-o-funcionario-padrao-5/ https://novacharges.wordpress.com/2008/11/05/aderbal-o-funcionario-padrao-5/ https://novacharges.wordpress.com/2008/11/05/aderbal-o-funcionario-padrao-5/ https://novacharges.wordpress.com/2008/11/05/aderbal-o-funcionario-padrao-5/ https://novacharges.wordpress.com/2008/11/05/aderbal-o-funcionario-padrao-5/ https://novacharges.wordpress.com/2008/11/05/aderbal-o-funcionario-padrao-5/ Comunicação Empresarial Geral / UA 02 Fluxos na Comunicação Empresarial Integrada 7 → Reclamações sobre conflitos entre funcionários que precisam ser in- vestigados e solucionados; → Relatórios contábeis e financeiros; → Relatórios sobre desempenho de indivíduos e departamentos; → Solicitação de compra de materiais ou produtos. A comunicação de baixo para cima apresenta como vantagem o fato de proporcionar aos gestores o feedback necessário às decisões administra- tivas como, por exemplo, informações sobre o grau de satisfação / insa- tisfação de seus subordinados e suas expectativas. Tal possibilidade de manifestação “aumenta a motivação dos funcionários, que passam a se sentir parte do processo de melhoria e desenvolvimento da empresa”, elevando o moral dos funcionários e assegurando que as tarefas sejam desempenhadas de modo apropriado (Terciotti e Macarenco, 2009, p. 52). Por outro lado, além das distorções que as informações podem sofrer até chegar aos altos escalões, entre os principais entraves à comunicação ascendente destacam-se o perfil de alguns gestores que, sem disposição para ouvir reclamações ou rever suas posições, não dão abertura para a manifestação de seus colaboradores e nem criam mecanismos para favo- recê-las. Acresce-se a isso a desconfiança de alguns funcionários que, por não confiar em seus superiores, não manifestam suas opiniões. Vale lembrar que fluxos comunicativos descendentes e ascendentes bem estruturados e caracterizados pela clareza e objetividade contribuem para a melhor codificação e decodificação da informação. Isso torna me- nos prováveis os desvios de interpretação e, por consequência, proble- mas de comunicação nas organizações. 3. FlUxO HOrizOntal OU lateral A comunicação que caracteriza o fluxo horizontal ou lateral é aquela que ocorre entre pessoas do mesmo nível hierárquico nas organiza- ções. Trata-se da comunicação entre os pares, ou seja, entre pessoas de igual status que trabalham no mesmo departamento ou em setores diferentes da empresa. Figura 3. Fluxo horizontal ou lateral. Comunicação Empresarial Geral / UA 02 Fluxos na Comunicação Empresarial Integrada 8 Conforme listam Terciotti e Macarenco (2009, p. 56), esse tipo de comuni- cação pode ser feito de diversas formas como, por exemplo: 1. Em reuniões de discussão realizadas entre os membros de um de- terminado setor ou departamento; 2. Em eventos promovidos pela empresa sejam eles culturais, esporti- vos, comemorativos ou de lançamento de produtos; 3. Em reuniões de discussão realizadas entre chefes de diferentes se- tores da empresa; 4. Em reuniões de discussão entre executivos da mesma unidade da empresa; 5. Em reuniões de discussão entre executivos de diferentes unidades da empresa; 6. Com o desenvolvimento e/ou implantação de projetos intra ou inter- departamentais; 7. Em conversas informais interpessoais; 8. Em conversas por telefone, programas corporativos de mensagem via Internet como MSN, videoconferência, teleconferência (por saté- lite) e webconferência (por computador); 9. Com a organização e participação de comissões; 10. Com a organização e participação em forças-tarefas; 11. Com a realização de trabalhos em conjunto; 12. Com a troca de mensagens intra e interdepartamentais por escrito via e-mail, memorando, circular etc. Ainda segundo Terciotti e Macarenco, (2009, p. 56), podem ser caracteriza- das como tipos de mensagens organizacionais enviadas horizontalmente: → Comunicados por escrito, como e-mails e memorandos, intra e in- terdepartamentais; → Newsletters e jornais corporativos produzidos pelos e para os fun- cionários; → Pedidos (de compra, de entrega, de cobrança, de pagamento etc.); → Relatórios interdepartamentais. Entre as vantagens da comunicação horizontal está o fato de esse fluxo de comunicação ter um caráter colaborativo, favorecendo a socialização de informações e responsabilidades entre os funcionários. Vale ressaltar, no entanto, que, muitas vezes, esse fluxo de comuni- cação surge em virtude do excesso de comunicação vinda “de cima para baixo”. Tal excesso de informação de fonte unilateral pode se acumular, Comunicação Empresarial Geral / UA 02 Fluxos na Comunicação Empresarial Integrada 9 seja por falta de vazão, seja pelo fato de a empresa propositalmente não permitir um fluxo ascendente de informações. Com isso, os fluxos ascen- dentes são inibidos e bloqueados, permitindo o surgimento de redes in- formais de comunicação, grandes responsáveis pelos boatos e focos de tensão dentro da organização. Uma das soluções para esse problema é a integração dos fluxos ascenden- te, descendente e horizontal nos processos de comunicação organizacional. 4. FlUxO transversal O fluxo transversal, longitudinal ou diagonal da comunicação se dá em todas as direções, fazendo-se presente nas mais variadas posições das estruturas ou da arquitetura organizacional. Segundo Costa (2008, p. 72-3), a comunicação diagonal é a que ocupa a maior parte do tempo da atividade gerencial. De acordo com o autor, “uma vez que as empresas modernas confiam menos nas estruturas hie- rárquicas tradicionais e mais nas estruturas matriciais, a capacidade de se comunicar com eficiência nas relações laterais e diagonais torna-se um assunto muito importante”. Geralmente, esse tipo de fluxo comunicativo é mais observável em organizações flexíveis que possibilitam uma ges- tão mais participativa e integrada, criando condições para que as pessoas passem a intervir em diferentes áreas e com elas interagir. conceito Fluxos comunicativos correspondem às maneiras pelas quais uma informação circula dentro de uma organização. Figura 4. Fluxo transversal. antena pArAbóliCA Como você observou nesta unidade de aprendizagem, os fluxos comunicativos exercem papel fundamental na es- trutura de uma organização, sendo responsáveis pelo pro- cessamento das funções administrativas internas e dos re- lacionamentos dessas organizações com o meio externo. Certamente, você já deve ter recebido algum e-mail apontando os malefícios causados por um determinado refrigerante que, segundo essas mensagens, é capaz de, entre outras coisas, desentupir pia, retirar manchas de sangue, desenferrujar pregos e assim por diante. Em 2009, no auge da campanha de vacinação no Brasil contra a Influenza H1N1, circuloutambém na Internet in- formações que asseguravam que essa vacina provocava autismo, era desenvolvida com células cancerígenas de animais, que foi criada para favorecer laboratórios far- macêuticos etc. A divulgação dessas informações custa- ram ao Ministério da Saúde uma massiva campanha de esclarecimento com comunicados na televisão, no rádio e a criação de um hotsite. Informações desse tipo podem ser consideradas exemplos de fluxo comunicativo hori- zontal. Não são emitidas pela cúpula das organizações envolvidas aos seus subalternos e nem vice-versa. Trata- -se de informações provenientes de redes informais de comunicação que podem causar sérios prejuízos à ima- gem de uma organização. e AgorA, José? Agora que você já sabe quais são os tipos de fluxos co- municativos em uma organização, chegou a hora de aprender quais são as barreiras que dificultam a comuni- cação organizacional. Para tanto, na próxima Unidade de Aprendizagem, você aprenderá a identificar e minimizar essas barreiras visando à eficácia no processo de comu- nicação nas organizações. Até a próxima Unidade de Aprendizagem! Comunicação Empresarial Geral / UA 02 Fluxos na Comunicação Empresarial Integrada 11 reFerênCiAs aLMeiDa, F. L.� Gestão da comunicação. Dis- ponível em: <www.prh.ufma.br/apostilas/ gestao_comunicao.doc>. [s.d.]. Acesso em 12 set. 2010. BarroS, B. L.� Comunicação empresarial: o flu- xo comunicativo e suas implicações. Dis- ponível em: <http://nofocodapublicidade. blogspot.com/2009/04/comunicacao- empresarial-o-fluxo.html>. [26 abr. 2009]. Acesso em 12 set. 2010. caHen, r.� Tudo que seus gurus não lhe con- taram sobre comunicação empresarial: a imagem como patrimônio da empresa e ferramenta de marketing. 3. ed. São Pau- lo: Nova Cultural, 1993. coSTa, n. P.� Comunicação empresarial: a chave para coordenar e liderar um empreendimento. 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Habilidades Habilidade de identificação, análise e eliminação de bar- reiras na comunicação organizacional. 3 ApresentAção Você sabe reconhecer quais são as principais barreiras presentes na comunicação empresarial? Vamos apren- der um pouco mais sobre isso? Bons estudos! pArA ComeçAr Você certamente já vivenciou um problema ou um mal entendido causado pela falha no processo de comuni- cação. Observe como o quadrinho apresentado a seguir ilustra bem uma dessas situações: Analisando o quadrinho apresentado, percebemos que ao saber da pretensão do candidato à vaga de emprego, o recrutador se espanta com o fato de ele almejar já de início um cargo de gerência. Esse espanto é manifestado por meio da frase “O senhor ficou maluco?” Com base em nossa visão de mundo, percebemos que a pergunta feita trata-se de uma pergunta retórica, ou seja, visa à reflexão e não propriamente a uma resposta. Além dis- so, ao observar as imagens que representam a situação no quadrinho, inferimos que a surpresa do recrutador justifica-se pelos seguintes fatores: Figura 1. Procurando emprego. Fonte: http:// sobralemrevista. blogspot.com. br/2014/03/interior- passa-capitais-na- criacao-de.html http://sobralemrevista.blogspot.com.br/2014/03/interior-passa-capitais-na-criacao-de.html http://sobralemrevista.blogspot.com.br/2014/03/interior-passa-capitais-na-criacao-de.html http://sobralemrevista.blogspot.com.br/2014/03/interior-passa-capitais-na-criacao-de.html http://sobralemrevista.blogspot.com.br/2014/03/interior-passa-capitais-na-criacao-de.html http://sobralemrevista.blogspot.com.br/2014/03/interior-passa-capitais-na-criacao-de.html http://sobralemrevista.blogspot.com.br/2014/03/interior-passa-capitais-na-criacao-de.html Comunicação Empresarial Geral / UA 03 Barreiras na Comunicação Empresarial Integrada 4 → O candidato é jovem para assumir o cargo de gerência; → O candidato utiliza trajes extremamente informais (tênis, bermuda, camiseta e boné) que não condizem com a função almejada; → Geralmente, chega-se ao cargo de gerente de uma empresa depois de um processo de evolução funcional dentro da organização. Todos esses fatores apontados são responsáveis pelo espanto do recru- tador ao indagar sobre a sanidade mental do candidato. No entanto, desconsiderando todo esse contexto, o candidato enten- de a pergunta de forma literal, considerando-a como uma verificação de pré-requisito para assumir o cargo. Nesse sentido, o candidato entende a pergunta “O senhor ficou maluco” como se essa fosse semelhante à per- gunta “O senhor tem experiência?” Desse modo, percebe-se que, embora o empregador pergunte uma coisa, o candidato entende outra. Tal desencontro na troca de informações constitui uma das várias bar- reiras que podem comprometer a qualidade do processo de comunicação nas organizações. Mas, afinal, o que são essas barreiras? Como identificá- -las e neutralizá-las? Vejamos! FundAmentos Conhecidas também como ruídos, as barreiras são os problemas que in- terferem e dificultam o processo de comunicação. Embora existam inúmeros tipos de barreira que dificultam o ato co- municativo, trataremos aqui das mais comuns, quais sejam, as barreiras pessoais, as administrativas / burocráticas, as causadas pelo excesso de informação e as decorrentes da divulgação de informação incompleta ou parcial. ConCeito Barreiras são os problemas que interferem na comunicação e a dificulta. São “ruídos” que prejudicam a eficácia comuni- cativa. (KUNSCH, 2003, p. 74) 1. barreiras pessOais Todos sabemos que as organizações são formadas por pessoas. Esses atores da estrutura organizacional, caracterizada pela heterogeneidade, Comunicação Empresarial Geral / UA 03 Barreiras na Comunicação Empresarial Integrada 5 podem facilitar ou dificultar o processo de comunicação na empresa. Tudo vai depender da personalidade de cada um, do estado de espírito, das emoções, dos valores, ou seja, do modo como cada um se comporta dentro de determinados contextos. Pessoas com conhecimentos e experiências distintas costumam per- ceber o mesmo fenômeno de maneira diversa. Além disso, é comum que as pessoas tendam a ouvir apenas o que querem. Em razão disso, funcionários podem ignorar o que não desejam conhecer, o que pode comprometer a fluidez e decodificação das informações, criando uma barreira nesse processo. Tomasi e Medeiros (2010, p. 68) afirmam que “a atitude da fonte é rele- vante para a eficácia de uma comunicação. Se um gerente não está bem, está irritado, insatisfeito, a mensagem que emitir será contaminada por esse comportamento”, podendolevar à ineficácia comunicacional. Nesse sentido, os principais fatores que interferem na relação entre o processo de comunicação e os relacionamentos interpessoais são as percepções, as necessidades pessoais, a confiança, a empatia e os senti- mentos, fatores que descrevemos brevemente a seguir (Machado Neto, 2003, p. 22). PercePções As percepções que temos sobre as outras pessoas resultam de nossas suposições sobre as intenções com que as pessoas agem. Sendo assim, no processo de comunicação organizacional é necessário ter consciência de que nossas percepções são subjetivas, o que, desconsiderado, pode comprometer a eficácia da comunicação. Necessidades Pessoais Como o comportamento das pessoas orienta-se sempre para a satisfação de suas necessidades (reais ou imaginárias), desconsiderar tais necessi- dades na comunicação organizacional pode se tornar um entrave ao pro- cesso de comunicação. coNfiaNça Machado Neto (2003, p. 22) destaca que para que a comunicação pos- sa funcionar eficazmente, no processo de comunicação organizacional, é necessário que haja um mínimo de confiança mútua, construída pela convivência funcional no ambiente de trabalho. Segundo o autor, “sem confiança mútua, não se pode ter comunicação de resultados” e o máxi- mo que se consegue nessas situações são ruídos. Comunicação Empresarial Geral / UA 03 Barreiras na Comunicação Empresarial Integrada 6 2. barreiras administrativas / bUrOCrátiCas Observe com atenção os quadrinhos apresentados a seguir: Ao retratar uma situação muito comum nas organizações, qual seja, a bu- rocratização de processos e as relações de poder, os quadrinhos exempli- ficam uma das principais barreiras de comunicação nas organizações: as barreiras administrativas ou burocráticas. As barreiras caracterizadas como administrativas decorrem das formas como as organizações processam e transmitem suas informações. Com- põem essas barreiras fatores como a distância física, a utilização de canais inadequados, a especialização por função, a relação de poder, autoridade ou status, a credibilidade da fonte, a linguagem e o clima organizacional, caracterizado pela posse de informações. distâNcia física No que se refere à distância física, isso se configura em uma barreira quando a empresa possui ramificações em localidades geográficas dis- tantes entre si. Como exemplo, podemos citar uma empresa sediada no Brasil e com uma filial na China. Nesse caso, a diferença de fuso horário dificulta a comunicação, podendo comprometê-la. caNais iNadequados Entre as barreiras que podem comprometer o processo de comunicação em uma organização está a escolha dos canais ou veículos utilizados para transmitir as informações. Há canais que se caracterizam por ser mais formais e mais lentos como relatórios, por exemplos. Outros são mais rápidos e ágeis como as mensagens eletrônicas ou telefonemas. Tomasi e Medeiros (2010, p. 72) citam como exemplo de um erro pri- mário o fato de se colocar no mural da empresa uma informação que caberia em uma reunião de discussão ou afixar no quadro de avisos um relatório técnico extremamente detalhado. Nesse sentido, a escolha ina- propriada de um canal pode se transformar em uma barreira e compro- meter a eficácia da comunicação. Figura 2. Barreiras administrativas. Autor: Daniel Lafayette. Fonte: https:// ultralafa.files. wordpress. com/2008/11/ tirinha-burocracia.jpg https://ultralafa.files.wordpress.com/2008/11/tirinha-burocracia.jpg https://ultralafa.files.wordpress.com/2008/11/tirinha-burocracia.jpg https://ultralafa.files.wordpress.com/2008/11/tirinha-burocracia.jpg https://ultralafa.files.wordpress.com/2008/11/tirinha-burocracia.jpg https://ultralafa.files.wordpress.com/2008/11/tirinha-burocracia.jpg Comunicação Empresarial Geral / UA 03 Barreiras na Comunicação Empresarial Integrada 7 esPecialização Por fuNção A restrita especialização por função também é considerada uma barreira administrativa na medida em que pode induzir o funcionário a pensar que seu trabalho restringe-se única e exclusivamente ao exercício de sua função, alienando-o do que há em seu entorno. relação de Poder O status e a autoridade influenciam de modo significativo o comporta- mento das pessoas nas organizações. Isso faz com que a maneira de es- cutar e reagir a uma comunicação seja diferente conforme o status do emissor. Geralmente, observa-se que os funcionários são mais solícitos e receptivos quando a comunicação é feita por pessoas de status semelhan- te ou superior ao seu. No entanto, esse tipo de relação de poder, muitas vezes, acaba coibindo a comunicação ascendente e torna-se uma barreira no processo comunicativo. Nesse sentido, constitui uma barreira no processo comunicativo nas or- ganizações a atitude de profissionais do topo das empresas que pensam em comunicação exclusivamente para dar ordens de cima para baixo e receber relatórios de baixo para cima, desconsiderando o papel da comu- nicação como agente de integração (Machado Neto, 2003, p. 21). Outra barreira apontada pelo autor é a atitude de profissionais de níveis hierárquicos superiores de evitarem comunicar-se com seus subordinados supondo que esse contato dê “espaço demais” aos colaboradores, faça com que as chefias se exponham mais do que deveriam ou por acreditar que saber mais do que os outros lhes assegura maior liderança e poder. credibilidade da foNte A falta de credibilidade do emissor também constitui uma barreira à co- municação nas organizações. Para a comunicação ser mais efetiva e efi- ciente, sua fonte deve ter credibilidade. Caso isso não ocorra, o receptor tende a rejeitar a comunicação. Figura 3. Relação de poder. Comunicação Empresarial Geral / UA 03 Barreiras na Comunicação Empresarial Integrada 8 liNguagem Outra barreira relacionada à administração é a linguagem marcada pelo excesso de jargões profissionais especializados e de clichês. Utilizada, muitas vezes, na tentativa de demonstrar superioridade esse tipo de lin- guagem dificulta ou impede a possibilidade de diálogos e questionamen- tos entre os membros de uma organização. Segundo Machado Neto (2003, p. 18), “diferentes percepções, valores, experiências, padrões e preconceitos existentes entre o emissor e o re- ceptor de qualquer mensagem formam o quadro de dificuldades ineren- tes à comunicação organizacional”. Do ponto de vista da mensagem escrita, o autor aponta como princi- pais barreiras à comunicação organizacional os seguintes fatores: → Falha de transmissão ou erro de destinatário ou leitor: tra- ta-se da falha em transmitir a mensagem desejada àqueles que devem recebê-la seja por distorção da mensagem seja pelo seu não recebimento. → Distorções ou impedimentos às comunicações ascendentes: essa barreira se manifesta quando superiores hierárquicos bloqueiam as comunicações ascendentes, seja para “impedir que aspectos ou fatos negativos relatados por subordinados possam ser tomados como resultado do seu próprio desempenho” (Machado Neto, 2003, p. 19), comprometendo a avaliação de sua atuação; seja para es- tabelecer juízo de valor sobre o fato a ser comunicado, concluindo que ele não é tão importante a ponto de merecer “incomodar” seus superiores hierárquicos. → Sentido autoritário da linguagem administrativa: essa barreira consiste na utilização de uma linguagem caracterizada pela pre- dominância do modo imperativo e pela normalização aliadas ao rebuscamento e o excesso de preocupação com a forma, em detri- mento do conteúdo. clima orgaNizacioNal O clima organizacional tem papel fundamental no desempenho dos pro- cessos comunicativos. Quando o clima organizacional é marcado pela desconfiança, isso cria uma barreira de comunicação, comprometendo a decodificação das mensagens. Comunicação Empresarial Geral / UA 03 Barreiras na Comunicação Empresarial Integrada 9 DiCa O fluxo comunicativo tende a aumentar quando os partici- pantes do processo de comunicação mantêm entre si uma relação baseada na confiança. Obter emanter um clima de confiança na organização exige um esforço ininterrupto e diálogos abertos e francos. 3. exCessO de infOrmaçãO O excesso de informações pode também se tornar uma barreira no pro- cesso comunicativo das organizações. Agravada pelas redes informatiza- das, essa barreira corresponde ao recebimento de uma carga de infor- mações muito maior do que os executivos do topo conseguem suportar. Isso resulta no fato inevitável de se deixar de responder a algumas men- sagens, o que pode transmitir a quem comunicou um sentimento de des- prezo e desconsideração. Uma grande quantidade de informação veiculada em um espaço curto de tempo, a proliferação de papéis administrativos e institucionais, reu- niões desnecessárias e inúteis podem sobrecarregar os funcionários que, não conseguindo absorver as mensagens em sua totalidade, veem a efici- ência e eficácia de seu trabalho comprometidas. Atualmente, a comunicação eletrônica, por sua facilidade de trans- missão, velocidade e alcance, tem contribuído para a criação desse tipo de barreira. 4. infOrmações inCOmpletas Se por um lado o excesso de informação pode se tornar uma barreira no processo comunicativo, por outro, a veiculação de informações incomple- tas, distorcidas ou dúbias é igualmente prejudicial, uma vez que compro- mete o bom desempenho dos funcionários. Essa barreira pode resultar de vários fatores como, por exemplo, falta de habilidade para a comunicação oral e/ou escrita, desconhecimento do tema Figura 4. Excesso de informação. Comunicação Empresarial Geral / UA 03 Barreiras na Comunicação Empresarial Integrada 10 ou falta de informações suficientes para discorrer sobre determinados as- suntos, falta de conhecimento do código linguístico adequado a contextos diversos (vocabulário compreensível, frases simples, ausência de rebusca- mentos) e desconhecimento do repertório do receptor. Considerações sobre a veracidade ou não desse fato à parte, o epi- sódio pode ser usado como exemplo dos problemas que as barreiras de comunicação podem ocasionar a uma instituição, comprometendo seu prestígio. antena pArAbóliCA Às vésperas das eleições 2010, a população brasileira tomou conhecimento por meio dos veículos de comuni- cação de que a filha de um dos candidatos à Presidência da República teve seu sigilo fiscal violado. Colocado sob investigação, o fato suscitou manifestações por parte de vários segmentos da sociedade brasileira que, por falta de informação, passaram a questionar a instituição res- ponsável pela guarda do sigilo fiscal dos contribuintes. Para maiores informações sobre esse assunto, acesse: ROLLI, Cláudia. Servidora envolvida em quebra de sigilo é dispensada pela receita. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/798076-servidora- envolvida-em-quebra-de-sigilo-e-dispensada-pela- receita.shtml>. [13 set. 2010]. Acesso em: jul. 2012. e AgorA, José? Agora que você já sabe quais são as principais barreiras de comunicação em uma organização, chegou a hora de aprender quais são os veículos impressos e estratégias de comunicação comumente usados nas organizações. Bons estudos e até a próxima unidade de aprendizagem! Comunicação Empresarial Geral / UA 03 Barreiras na Comunicação Empresarial Integrada 12 reFerênCiAs ALMEIDA, F. L. �Gestão da comunicação. Dis- ponível em: <www.prh.ufma.br/apostilas/ gestao_comunicao.doc>. [s.d.]. Acesso em: set. 2010. BARROS, B. L.� Comunicação empresarial: o flu- xo comunicativo e suas implicações. Dis- ponível em: <http://nofocodapublicidade. blogspot.com/2009/04/comunicacao- empresarial-o-fluxo.html>. [s.d.]. Acesso em: set. 2010. CAHEN, R.� Tudo que seus gurus não lhe con- taram sobre comunicação empresarial: a imagem como patrimônio da empresa e ferramenta de marketing. 3. ed. São Pau- lo: Nova Cultural, 1993. INFO MONEY.� Até que ponto pode ir a inti- midade entre o chefe e o funcionário? Disponível em: <http://assessoraexecutiva. wordpress.com/2010/05/23/ate-que- ponto-pode-ir-a-intimidade-entre-o-chefe- e-o-funcionario/>. [6 mai. 2010]. Acesso em: set. 2010. KUNSCH, M. M. K. Planejamento de Relações Públicas na comunicação integrada. 4. ed. São Paulo: Summus, 2003. MACHADO NETO, O. �Competência em comuni- cação organizacional escrita: o manual da comunicação escrita utilizada em em- presas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. OLIVEIRA, I. L.; PAULA, M. A.� O que é comuni- cação estratégica nas organizações. São Paulo: Paulus, 2007. PSICOLOGIA.COM.PT. �Newsletter. Disponí- vel em: <http://www.psicologia.com. pt/newsletter/162/>. [s.d.]. Acesso em: set. 2010. SMARTBYTE.� Serviços. Disponível em: <http:// www.smartbyte.com.br/html/servicos. htm>. [s.d.]. Acesso em: set. 2011. TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B.� Comunicação em- presarial. São Paulo: Atlas, 2010. gestão empresarial ComuniCação EmprEsarial gEral Veículos e estratégias da comunicação empresarial integrada: Veículos impressos ComuniCação EmprEsarial GEral Veículos e estratégias da comunicação empresarial integrada: Veículos impressos ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Apresentar os principais veículos impressos que são uti- lizados na comunicação empresarial, detalhando suas características e estratégias. COmpetênCias Identificar o veículo impresso mais adequado para atin- gir determinado objetivo. Habilidades Utilizar estrategicamente os veículos impressos no ambiente empresarial para que eles contribuam para os objetivos empresariais. 4 ApresentAção É muito possível que você já conheça, se não todos, quase todos, os veículos de comunicação impressa que as em- presas utilizam. O jornal, por exemplo, foi o primeiro meio de comunicação de massa da humanidade e é utilizado até os dias de hoje. Mas o que você talvez ainda não sai- ba é que cada um dos veículos de comunicação impressa tem características diferentes que devem ser exploradas adequadamente para se obter o máximo de resultados. Você sabe quando usar um Broadsite? Hum, está em dúvi- da? Então, vamos estudar a Unidade 5 e que você se torne um especialista em veículos de comunicação impressa. pArA ComeçAr Agora que você já identificou quais são os objetivos, flu- xos e redes de comunicação que são predominantes na empresa em que você atua, vamos conhecer os veícu- los impressos utilizados e as suas estratégias para que a mensagem empresarial atinja ao público alvo. Como você já deve ter percebido, há muitos veículos de comunicação, sejam eles tradicionais ou inovado- res e por isso as empresas precisam estar atentas, pois seus funcionários são bombardeados a todo minuto por mensagens vindas em seu celular, por meio de sites da internet, por outdoors que estão nas rodovias, por di- versos jornais e revistas que lhe são entregues nas vias públicas. Todo esse excesso de informação pode, roubar a atenção e distrair o seu público. Por isso, as empresas precisam saber utilizar adequadamente cada veículo de comunicação para conquistar seus objetivos. Outra preocupação que as empresas precisam ter é quanto à qualidade dos materiais apresentados. Qual das atas de reunião a seguir que você preferiria ler? Será que ambas não transmitirão a mesma mensagem para o funcionário? Comunicação Empresarial Geral / UA 04 Veículos e Estratégias da Comunicação Empresarial Integrada: Veículos Impressos 4 COMPANHIA FIRMA DE SÃO PAULO S.A. – ATA DE REUNIÃO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL INTEGRADA 07/08/2014 Ata de reunião realizada em 07/08/2014, contando com a presença de Silvio Dionísio Souza (diretor comercial), Marcos Ferreira (diretor de marketing), Egídio Valerio Salazar (diretor de comunicação), Ma- riana Glauco Duarte (gerente de comunicação), Julia Ventura (analista de comunicação), Cesário Miguel Garcia (analista de comunicacão), Cézar Palmeiro (estagiário de comunicação). Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Mauris non consectetur ligula. Praesent vitae euismod nibh. Duis auctor, augue id tempor lacinia, velit
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