Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aloimunização Reações transfusionais ADANY CASTRO ADRYANNE NASCIMENTO KAREN GABRIELE LETÍCIA SANTOS GISELE MARIA TAINARA MENEZES Discentes: Sumário 01 O que é aloimunização? 02 Mecanismo imune 03 Riscos 04 Condutas 05 Sinais e Sintomas 06 Epidemiologia Reação transfusional tardia; Aloimunização é a formação de anticorpos quando há a exposição do indivíduo a antígenos não próprios; O risco de desenvolvimento de aloanticorpos depende de fatores como o número e frequência de transfusões, gravidez, imunogenicidade do antígeno, resposta imune do receptor, etnia do paciente e diferença no padrão antigênico do doador e do receptor. O que é Aloimunização? Aloimunização eritrocitária/de hemácias Classificação Aloimunização HLA A aloimunização eritrocitária dá-se quando um paciente produz anticorpos direcionados contra antígenos(eritrocitários) das hemácias do doador, considerados como estranhos ao organismo, pois esses antígenos não estão presentes nas hemácias do paciente. Padrão antigênico Ex: Aloimunização transfusional Aloimunização materno-fetal Os antígenos HLA alogênicos das células do doador estimulam o sistema imune do paciente a produzir aloanticorpos antiplaquetários específicos, principalmente contra as moléculas HLA de classe I. Tipagem HLA Ex: Transplante medula óssea Mecanismo imune A aloimunização depende de fatores como respostas imunes, frequência de transfusões, imunogenicidade do antígeno, idade e sexo do receptor Existem mais de 340 aloantígenos Riscos Aloimunização eritrocitária/de hemácias •na primeira gravidez, geralmente a produção de anticorpos não é suficiente para causar doença. Mas por ser criada uma memória imunitária, em uma gravidez futura em que haja um bebê RhD +, pode provocar a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN). •No recém-nascido, se não adequadamente tratado com fototerapia ou exsanguíneo transfusão, poderá causar Kernicterus com sequelas neurológicas graves. •a destruição das hemácias pode levar a anemia, hidropsia ou morte fetal. Aloimunização HLA •pode levar o paciente politransfundido a desenvolver refratariedade e um inadequado aproveitamento às transfusões de plaquetas, Aloimunização materno- fetal Sinais e Sintomas Febre Icterícia leve Queda de hemoglobina Na maioria dos casos, ocorre apenas a produção de anticorpos sem repercussão clínica, mas em alguns pacientes pode ocorrer hemólise. Condutas Os pacientes que iniciam o regime de transfusão regular devem ser tipados para os sistemas ABO, RH, Kell, Kidd, Duffy e MNS Pacientes com aloimunização por antígenos HLA necessitam de maior dose de concentrado de plaquetas quando indicada transfusão; Concentrados de Hemácias compatíveis devem ser administrados nas transfusões subsequentes, não devendo conter o antígeno ao qual o receptor está sensibilizado Transfusão de sangue autóloga Condutas Supervisionar assistência hemoterápica prestada pela equipe de técnicos de enfermagem; Realizar busca ativa após transfusões realizadas; Notificar juntamente com o(a) técnico(a) de enfermagem os efeitos adversos à transfusão que aconteçam; Realizar transfusão de hemocomponentes e supervisão do procedimento. A Aloimunização está relacionada com alguns fatores: Epidemiologia Idade do Paciente Número de transfusões recebidas Diferenças antigênicas doador/receptor Gênero: Feminino Antígenos mais frequentes: Rh, Kell, Kidd, Duffy, Lewis e MNS 53 pacientes : 30 Feminino (56,6%) ; Mediana de idade: 30 anos ; Etnia: 44 negros (83%) 9 Brancos (17%) Quatro pacientes (7%) - 2 aloanticorpos diferentes Um paciente (1,8%) - 4 aloanticorpos diferentes Presença de aloanticorpos foi encontrada em 12 (22,6%) pacientes: 33,3% foram contra antígenos do grupo Rhesus 26,6% contra antígeno do grupo Kell No total, foram encontrados 15 aloanticorpos diferentes: Aloimunização ocorre em aproximadamente 30% dos pacientes com DF transfundidos, em comparação com 2-5% de todos os receptores de transfusão. Sexo Mulheres com número superior a três gestações apresentaram forte tendência a aloimunização (p < 0,12). Idade Maior risco de aloimunização para pacientes com idade superior a 30 anos (p < 0,658) O risco de aloimunização em relação a idade, sexo, genótipo, número de transfusões e número de transfusões nos últimos 2 anos não foi estatisticamente significante Pacientes com número de transfusões superior a cinco ao longo da vida tende a ser maior do que para pacientes que receberam até cinco transfusões (p < 0,106) Comparando pacientes que receberam mais de 3 transfusões nos últimos dois anos aos pacientes que receberam até 3 transfusões, o risco de aloimunização é estatisticamente significante (p < 0,028) Número de transfusões O APARECIMENTO DE ALOIMUNIZAÇÃO EM PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME QUE RECEBEM TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS É UM FATOR QUE PODE SER IMPORTANTE OBSTÁCULO À SUA TERAPÊUTICA, DIFICULTANDO O TRATAMENTO DE COMPLICAÇÕES GRAVES a taxa de aloimunização eritrocitária pode diferir entre regiões ou países, devido às diferenças entre o padrão fenotípico eritrocitário da população de doadores e dos receptores. As taxas de aloimunização encontradas foram menores que em estudos estrangeiros - maior compatibilidade; é necessário outros estudos. A raça é um fator de risco importante em outros países, mas não houve discrepância fenotípica entre doadores e receptores na maioria dos estudos no Brasil, provavelmente devido à maior miscigenação da população. Maior resposta imunológica aos antígenos, maior número de transfusões e a presença de gestações prévias são alguns fatores que podem justificar a maior taxa de aloimunização em adultos. Referências Campbell-Lee, S. (2007). The future of red cell alloimmunization. Transfusion Medicine and Hemoterapy. doi: 47(11):1959-1960. Helman, Ricardo; Cançado, Rodolfo Delfini; Olivatto, Cristina. Incidence of alloimunization in sickle cell disease: experience of a center in São Paulo. Einstein (São Paulo), v. 9, n. 2, p. 160-164, 2011. James C. Zimring, Krystalyn E. Hudson; Cellular immune responses in red blood cell alloimmunization. Hematology Am Soc Hematol Educ Program 2016; 2016 (1): 452–456. doi: https://doi.org/10.1182/asheducation-2016.1.452 Laura Cooling; Opsonization, inflammation, and RBC alloimmunization. Blood 2020; 135 (22): 1923–1924. doi: https://doi.org/10.1182/blood.2020005971 Manual de transfusão de sanguínea para médicos HCFMB / Pedro Bonequini Júnior, Patrícia Carvalho Garcia; Colaboradores Paulo Eduardo de Abreu Machado, Elenice Deffune. - Botucatu : Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, HC/FMB, 2017 PRT.AT.005 - Transfusão em Pacientes Aloimunizados.pdf https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hulw-ufpb/acesso-a-informacao/gestao-documental/protocolos/2020-1/at-agencia-transfusional-1/prt-at-005-transfusao-em-pacientes-aloimunizados.pdf/@@download/file/PRT.AT.005%20-%20Transfus%C3%A3o%20em%20Pacientes%20Aloimunizados.pdf
Compartilhar