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1 Prof.ª Me. Gabrielle Fernandes CURSO GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS DISCIPLINA: INDICADORES DE DESEMPENHO EM RECURSOS HUMANOS TEMA 09 – O Balanced Scorecard e o RH TEXTO PARA APOIO AO ESTUDO 1. BSC – Balance ScoreCard O que é? • O Balanced Scorecard abreviadamente conhecido como BSC, é uma metodologia de medição e gestão de desempenho utilizada desde 1992. Seu conceito é amplamente utilizado até hoje por empresas e organizações que desejam aumentar seu desempenho de forma estratégica, estando presente em grandes empresas, dentro e fora do Brasil • O BSC - Balanced Scorecard - parte do princípio de que uma empresa deve considerar outras perspectivas, tão importantes quanto as contábeis, para avaliar seu desempenho de forma eficaz Portanto, o BSC é um modelo de avaliação e de performance organizacional Ele é uma ferramenta facilitadora, como um painel de controle, que ajuda a equipe a se desenvolver para alcançar objetivos comuns. Quais os benefícios? • Permite uma melhor visualização do futuro • Permite a melhoria de resultados • Coloca em prática planos de ação • Melhoria contínua da qualidade e do desempenho • Monitoramento, medição e direcionamento de ações • Favorece a comunicação e o feedback entre a equipe • Promove ajustes e correções nos planos de ação • Alinhamento de indicadores chave com os objetivos estratégicos da organização • Estimula uma cultura de aprendizado 2. Criando Scorecard em RH O que é ScoreCard? É um conjunto de indicadores inerentes a área analisada. Estes indicadores demonstram a performance do sistema analisado, sendo um ótimo instrumento de análise empresarial. 2 Prof.ª Me. Gabrielle Fernandes 3. A estruturação do Scorecard em uma empresa Para o RH, o eixo “Aprendizado e Crescimento” é o campo que deve ter indicadores relacionados a pessoas e seu desenvolvimento na organização (Exemplo: investimento e tempo em capacitação para o trabalho. Dentre outros). 4. A Criação de Valor Fonte: elaboração própria. 5. Perspectiva do Aprendizado e Crescimento no BSC Como podemos crescer e criar valor? • Essa perspectiva é a responsável por avaliar a satisfação interna dos colaboradores. Procura pautar os ativos intangíveis conquistados, ou seja, aqueles que não são financeiros, mas fazem parte do desenvolvimento da organização ao pensar em um futuro de sucesso. 3 Prof.ª Me. Gabrielle Fernandes • Os objetivos e medidas de infraestrutura necessários para atingir com sucesso os objetivos também entram nesse aspecto É preciso questionar constantemente a capacidade da empresa de crescimento e melhoria Indicadores importantes para medir o sucesso dessa perspectiva são • Rotatividade de colaboradores • Engajamento • Capacitação • Treinamentos • Satisfação 6. Os passos para implementação de um sistema de mensuração em RH 4 Prof.ª Me. Gabrielle Fernandes Fonte: elaboração própria 7. Benefícios do Scorecard para o RH Fonte: elaboração própria Para ASSIS (2012), estudos que envolvem o balanced scorecard vêm levando os autores a aperfeiçoarem a perspectiva “aprendizado e desenvolvimento” – também chamada de inovação – inserindo três categorias de ativos intangíveis e essenciais para a implementação de qualquer estratégia, sendo elas: capital humano (observa- se as habilidades, competências individuais, talento, conhecimento técnico e de relacionamento dos empregados); capital informacional (banco de dados, sistema de informação, de redes, infraestrutura tecnológica, conectividade e integração); e por fim, capital organizacional (entende-se aqui, como cultura, liderança, alinhamento dos empregados às metas estratégicas, bem como à capacidade deles em compartilhar conhecimentos). 5 Prof.ª Me. Gabrielle Fernandes Para Jac Fitz-enz (2001) a sugestão é que para indicadores de gestão de Recursos Humanos, estes sejam projetados a partir de quatro processos-chave para a gestão do capital humano, esquematizados a seguir, com suas respectivas perspectivas. Aspectos-Chave Custo Tempo Quantidade Qualidade Satisfação Incorporação: Nesta categoria estão os indicadores que refletem o processo de aquisição de RH, em suas mais variadas fases (recrutamento, seleção, testes, exames admissionais e afins) Manutenção: Nesta categoria estão os indicadores que refletem os processos para manutenção dos empregados, tais como folha de pagamento, concessão de benefícios (legais e espontâneos) e afins. Retenção: nesta categoria estão os indicadores que refletem os processos que buscam a retenção dos empregados. Investimento para retenção deve ser analisado fora do contexto da manutenção. Desenvolvimento: nesta categoria estão os indicadores que refletem ações, práticas, políticas e programas voltados ao aperfeiçoamento contínuo da força de trabalho. Fonte: elaboração própria. Adaptado de Assis, 2012. É válido ainda inserir mais uma dimensão junto as demais apresentadas acima, considerando a importância que há na observação na rotatividade dos empregados: Desligamento: Nesta categoria estão os indicadores que refletem ações e práticas, políticas relativas ao desligamento voluntário e involuntário de empregados. 8. Exemplo de uma empresa: 6 Prof.ª Me. Gabrielle Fernandes Fonte: https://www.diariodeti.com.br/bsc-e-iso-9001/ Atente para as informações disponibilizada na seção ‘Perspectiva do Aprendizado e Inovação”. A partir destas informações, correlacione com as informações publicadas no Relatório de Sustentabilidade da Gerdau (recurso presente neste tema), na seção ‘Capital Humano”. AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE MATERIAL DE APOIO AO ESTUDO FORAM EXTRAÍDAS DAS SEGUINTES PUBLICAÇÕES: ALBURQUERQUE, L. G.; LEITE, N. P. Gestão de pessoas: perspectivas estratégicas. São Paulo: Atlas, 2009. ASSIS, Marcelino Tadeu de; Indicadores de gestão de recursos humanos: usando indicadores demográficos, financeiros e de processos na gestão do capital humano. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005. BECKER, Brian E.; HUSELID, Mark A.; ULRICH, Dave. Gestão estratégica de pessoas com “scorecard”: interligando pessoas, estratégia e performance. Rio de Janeiro: Campus, 2001. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organização. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. FITZ-enz. Jac. Retorno do investimento em capital humano. Sâo Paulo: Makron Books, 2001. FRIEDMAN, Brian; HATCH, James; Walker, David M. Como atrair, gerenciar e reter capital humano – da promessa à realidade. São Paulo: Futura, 2000. MADEIRA, P. J. Benchmarking: a arte de copiar. [S. l.; S. n.], 1999. MILIONI, Benedito. Indicadores para gestão de treinamento e desenvolvimento. São Paulo: ABTD, 2005. SANTOS, Analice. Indicadores de Desempenho – tipos. Rio de Janeiro: Dtcom Comunicação e Educação, 2019. SVEIBY, Karl Erik. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando patrimônios de conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998. SCHROEDER, C. S. et al. Sistemas de treinamento corporativo virtual: definindo critérios e indicadores de avaliação. Revista Eletrônica de Administração, Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 1-24, 2005.
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