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AULA 04 DIABETES E ATIVIDADE MOTORA

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AULA 04
Prof. Ms. José Alfredo Dias Pinto Júnior
jpintojunior@gmail.com
DIABETES TIPO 1
➢A diabetes faz parte do grupo de doenças metabólicas;
➢Tem como característica a hiperglicemia decorrente da
produção diminuída de insulina pelo pâncreas, ou a
ineficácia da ação da insulina nos tecidos-alvo, ou a
falência do pâncreas na produção de insulina pelas células
beta;
➢Ocasiona modificações no metabolismo de proteínas,
gorduras e, principalmente, carboidratos;
➢A hiperglicemia crônica no indivíduo com diabetes está
associada, em longo prazo, com danos, disfunção e falência
de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos,
coração e vasos sanguíneos.
EPIDEMIOLOGIA
➢A diabetes é um importante e crescente problema de saúde pública no mundo
ETIOLOGIA
➢Tipos de diabetes:
➢Diabetes tipo 1 (DM1): fundo genético (genótipo); produção
diminuída de insulina;
➢Tipo 2 (DM2): fundo ambiental (fenótipo); resistência à
insulina;
➢Gestacional (DMG): fundo genético e ambiental.
➢Lada (diabetes latente autoimune do adulto): possui
semelhanças aos tipos 1 e 2 do diabetes.
DIABETES TIPO 1
➢A diabetes tipo 1 tem como característica a falência do pâncreas
(destruição das células beta pancreáticas, que são responsáveis
pela produção do hormônio insulina;
➢acredita-se que se desenvolva a partir da combinação de fatores
genéticos e ambientais;
➢Estudo científico: Um estudo com 120 mil adultos britânicos, com
idade entre 40 e 70 anos, no qual foi aplicado um score de risco
genético para diabetes, os autores observaram que 47% dos casos
de diabetes tipo 1 ocorreram nos adultos com idade entre 31 e 60
anos (ANAD, 2016);
➢80% dos casos de diabetes tipo 1 ocorrem antes dos 30 anos, e,
desses, 50% podem ser Lada, que ocorre após os 30 anos;
➢A diabetes tipo 1 desenvolvida na fase adulta pode ser um exemplo
clássico de doença autoimune, que, em torno de seis meses, pode
causar a falência do pâncreas por completo, ou pode ser um
fenômeno de início mais lento, conhecido como diabetes autoimune
latente do adulto (Lada).
QUADRO CLÍNICO DA DIABETES TIPO 1
➢Emagrecimento;
➢Fraqueza;
➢Polifagia (excesso de apetite);
➢Polidipsia (excesso de sede);
➢Poliúria (urina excessiva);
➢Desidratação;
➢Dor abdominal;
➢ Infecção associada.
TRATAMENTO
➢Tem um único objetivo, que é o controle glicêmico;
➢1) educação em diabetes;
➢2) atividade física;
➢3) alimentação saudável;
➢4) terapêutica medicamentosa;
➢Após o diagnóstico médico, o tratamento se inicia
com a utilização de insulina endógena;
➢A cetoacidose diabética acontece quando o nível de
glicose no sangue encontra-se muito alto e é
acompanhado do aumento da quantidade de
cetonas;
ALGUNS CUIDADOS SÃO IMPORTANTES PARA 
PREVENIR A CETOACIDOSE DIABÉTICA
➢Aplicação correta das injeções de insulina com relação ao local, à técnica e à dose;
➢Monitoramento constante da glicemia com o glicosímetro;
➢Acompanhamento médico regular e com demais profissionais da equipe de saúde;
➢Controle alimentar para evitar alto teor de açúcar. Fique atento aos sinais da cetoacidose diabética:
➢Boca seca;
➢Aumento do volume de urina;
➢Aumento dos níveis de glicose no sangue;
➢Mal-estar;
➢Vômitos;
➢Dor abdominal;
➢Hálito com cheiro de acetona (comumente, os pacientes se referem ao cheiro de maçã estragada).
EDUCAÇÃO EM DIABETES
➢ Incorporar hábitos saudáveis de alimentação e
atividade física;
➢Compreender a ação dos medicamentos e da insulina;
➢Monitorar a glicemia;
➢Manusear e realizar a aplicação da insulina adequada;
tomar as medicações regularmente;
➢Desenvolver comportamentos para evitar o risco de
complicações agudas (hipo e hiperglicemia) e
complicações crônicas (retinopatias, nefropatias e
outras);
➢Resolver problemas (corrigindo adequadamente as
hipo e hiperglicemias);
➢Manter o equilíbrio emocional para conviver bem com
a diabetes.
MONITORAMENTO
O monitoramento, para quem não utiliza insulina, deve ser 
realizado, ao menos, seis vezes ao dia.
OBSERVAÇÕES 
➢Após as principais refeições, nas quais se ingere
grande quantidade de carboidratos, o organismo
libera uma quantidade alta de insulina para
conseguir capturar a glicose ingerida e circulante;
➢Nesse caso, o pico de ação da insulina ocorrerá
exatamente duas horas após o início da refeição. Por
esse motivo, deve-se realizar as medidas pós-
prandiais (pós-almoço/jantar) duas horas após o
início da refeição.
SÃO DETERMINANTES DA HIPERGLICEMIA
➢Doses insuficientes de insulina;
➢Falta de medicamento;
➢Exercício abaixo do habitual;
➢Alimentação excessiva;
➢Transtorno emocional;
➢Quadro de infecções.
SÃO DETERMINANTES DA HIPOGLICEMIA
➢Doses elevadas de insulina;
➢Exercício acima do habitual;
➢Alimentação insuficiente.
SÃO SINTOMAS DE HIPOGLICEMIA
➢Sensação de desmaio;
➢Fraqueza;
➢Palidez;
➢Nervosismo;
➢Suor frio;
➢ Irritabilidade;
➢Fome;
➢Palpitações;
➢Ansiedade.
➢Visão turva;
➢Visão dupla;
➢Sonolência;
➢Dor de cabeça;
➢Perda de concentração;
➢Paralisias;
➢Perda de memória;
➢Confusão mental;
➢Comportamento estranho;
➢ Incoordenação motora;
➢Disfunção sensorial;
➢Convulsões.
SÃO SINTOMAS DE HIPOGLICEMIA
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
➢Para a prescrição de exercício ser o mais eficiente possível, é
importante que haja o monitoramento antes, durante e após as
práticas;
➢É preciso orientar o aluno que ainda não está acostumado quanto
à importância de realizar um rodízio nos locais de aplicação de
insulina;
➢Não aplicar insulina no segmento corporal que será mais exigido
durante a prática;
➢Não realizar atividades no pico da ação da insulina. Isso pode
levar o praticante a ter hipoglicemia;
➢Para iniciar as atividades, o valor de glicemia deve estar maior
que 100 mg/dl;
➢Com o valor glicêmico próximo a 300 mg/dl, sem presença de
cetona, pode-se realizar exercício normal, atentando-se para o
monitoramento.
EFEITOS DO EXERCÍIO FÍSICO NO DIABETES
➢Aumenta a mobilização da glicose dos estoques hepáticos de glicogênio;
➢Aumenta a mobilização dos ácidos graxos (AG) do tecido adiposo;
➢Aumenta a gliconeogênese a partir dos aminoácidos, do ácido lático e do glicerol;
➢Bloqueia a entrada da glicose nas células para forçar a substituição dos AGL como substrato;
➢Produz resposta hipoglicêmica por até 48 horas após exercícios;
➢Aumenta o gasto energético causado pela recuperação do organismo (epoc);
➢Estimula a reposição do glicogênio hepático e muscular;
➢ Incrementa as funções cardiorrespiratórias;
➢ Incrementa a força e a resistência muscular;
➢Mantém o aumento da ação da insulina;
➢Aumenta o débito cardíaco;
➢Diminui os níveis de hemoglobina glicada a1c (hba1c ou a1c);
➢Aumenta a expressão de glut4.