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Carboidratos: Estrutura, Funções e Digestão

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O que é: carboidratos são moléculas orgânicas, polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas, encontradas em grande quantidade na natureza e são constituídos de carbono, hidrogênio e oxigênio, podendo apresentar também enxofre, fósforo e nitrogênio.
Funções: 
·       reserva de energia. Ex: amido e glicogênio;
·       função estrutural. Ex: celulose;
·       fonte de energia. Ex: glicose. No ser humano, a glicose:
· satisfaz as necessidades energéticas do organismo;
· é depositada no fígado na forma de glicogênio;
· é depositada nos músculos como reserva de energia;
· é convertida em gordura e armazenada no tecido adiposo.
 Classificação: 
Monossacarídeos: são açúcares simples categorizados de acordo com a quantidade de carbonos presentes. Pode haver ligações glicosídicas entre eles. Exemplos de monossacarídeos são expostos a seguir:
3 carbonos: trioses;
4 carbonos: tetroses;
5 carbonos: pentoses;
6 carbonos: hexoses (glicose);
7 carbonos: heptoses;
9 carbonos: nonoses.
Dissacarídeos: contêm 2 unidades de monossacarídeos.
Oligossacarídeos: contêm cerca de 3 a 12 unidades de monossacarídeos.
Polissacarídeos: contêm mais de 12 unidades de monossacarídeos, ou seja, são vários açúcares combinados. Amido (origem vegetal), glicogênio (origem animal) e celulose são os polissacarídeos que têm maior relevância nos processos metabólicos.
Digestão: para serem absorvidos posteriormente, os carboidratos devem ser digeridos até os monossacarídeos glicose, galactose ou frutose. O processo está completo quando o conteúdo estomacal atinge a junção entre duodeno e jejuno.
Locais de digestão: boca e intestino. 
Como ocorre: por meio da hidrólise das ligações glicosídicas.
Boca:  
- durante a mastigação, a α-amilase salivar/ptialina atua brevemente sobre o amido da dieta, de maneira aleatória, hidrolisando algumas ligações α(1→ 4); 
- parada temporária da digestão dos carboidratos: a ptialina é inativada pela acidez estomacal. O suco gástrico possui água, enzimas e HCl.
Intestino:
- os carboidratos que não sofreram ação da amilase salivar são hidrolisados no intestino delgado;
- a amilase pancreática digere as ligações 1,4-glicosídicas do amido, formando três dissacarídeos, dextrina α-limitada, maltosee maltotriose, dissacarídeos que são digeridos a monossacarídeos, pelas enzimas da borda em escova intestinal, a α-dextrinase, maltase e a sacarase. O produto final de cada uma destas etapas digestivas é a glicose, monossacarídeo que pode ser absorvido pelas células epiteliais;
- os dissacarídeos trealose, a lactose e a sacarose não precisam da etapa digestiva da amilase, pois já estão na forma dissacarídica; 
- cada molécula do dissacarídeo é digerida a duas moléculas de monossacarídeos pelas enzimas trealase, lactase e sacarase. A trealose é digerida pela trealase a duas moléculas de glicose; a lactose é digerida pela lactase a glicose e galactose; e a sacarose é digerida pela sacarase a glicose e frutose.
 
A importância da secreção pancreática e sua regulação: a secreção pancreática é regulada pela acetilcolina, liberada pelo sistema parassimpático, pela colecistocinina (CCK) e pela secretina, produzidas no intestino.
· acetilcolina e CCK: estimulam as células acinares (porção exócrina do pâncreas) a produzirem as enzimas digestivas pancreáticas. O quimo com proteína e/ou gordura promove a liberação da CCK que, por via sanguínea, estimula o aumento da secreção das enzimas digestivas pancreáticas.
· secretina: vai pelo sangue até o pâncreas e estimula a secreção de bicarbonato de sódio a partir da presença de quimo ácido do duodeno. O bicarbonato de sódio interage com o HCl e forma o cloreto de sódio, deixando a solução neutra no duodeno.
Absorção: é a absorção de monossacarídeos pelas células epiteliais intestinais.
- a glicose e a galactose são absorvidas por mecanismos envolvendo cotransporte Na dependente pela membrana apical, sendo movidas do lúmen intestinal para o interior da célula, por meio do cotransportador Na-glicose (SGLT 1), contra gradiente eletroquímico;
- a glicose e a galactose saem da célula para a corrente sanguínea pela membrana basolateral, por difusão facilitada (pelo transportador GLUT 2);
- a frutose é absorvida por difusão facilitada, transporte passivo enquanto atravessa o epitélio intestinal. Ela é transportada através da membrana apical (transportador GLUT 5) e basolateral (GLUT 2) por difusão facilitada.

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