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COMPLEXO DE ENFERMIDADES VESICULARES: Febre Aftosa: Família: Picornaviridae. Gênero: Apthovírus. RNA, não envelopado. Mutações e recombinações novas variantes. Existem 7 sorotipos de vírus: O, A e C América do Sul; SAT1, SAT2 e SAT3 Continente Africano; ASIA1 Oriente Médio e Extremo Oriente. Todos os sorotipos possuem subtipos e amostras. Difusão fácil e rápida. Imunidade curta. Específica e temporária, sem proteção cruzada. Grande concentração de vírus nos tecidos. Prolongada sobrevivência do vírus no ambiente. Altos prejuízos econômicos: Carne, leite, abortos. Diminuição da produtividade. Predisposição a infecções secundárias: mastites, metrites, infecções podais ou bucais. Proibição no mercado internacional de animais. Afeta os biungulados. Ruminantes domésticos (bovinos, búfalos, caprinos e ovinos) e selvagens (cervídeos, camelídeos e búfalos selvagens) e os suínos domésticos e selvagens. Raríssimos casos de lesões em humanos (alguns chamam de zoonose, outros não). Não afeta os cavalos. Alta morbidade, baixa mortalidade. Principal via de disseminação é através de aerossóis. Via oral é importante para suínos e bezerros. Em ovinos e suínos ocorrem maior mortalidade devido ao processo agudo e da falta de imunidade (não possuem protocolos vacinais como os bovinos). Portas de entrada do vírus: Conjuntiva ocular Inalação Boca Biológicos Instrumentos Patas. Tetas Inseminação artificial. Fontes de infecção mais potentes: 1. Animais infectados. 2. Produtos de origem animal. 3. Fomites. 4. Disseminação pelo ar em longas distancias. Formas de disseminação: Todas as secreções e excreções. Sangue, Lagrima, Aerossol, Descarga nasal Saliva, Restos de lesões. Sêmen, Leite Feto abortado Fezes, Descarga vaginal, Urina. Alcança a corrente sangüínea através dos alvéolos pulmonares, e atinge a área alvo: camada germinativa do tecido epitelial. Período de maior produção de vírus 72 horas, com o aparecimento das vesículas na mucosa da boca, epitélio lingual, casco (espaço interdigital e banda coronária) e úbere. Importantes fontes de infecção, pois o vírus está presente em todas as secreções e excreções. Sinais clínicos: PI = 2-8 dias. Febre alta, vesículas e aftas na mucosa da boca (língua e gengivas), nas patas (espaço interdigital e banda coronária – perda dos cascos) e glândula mamária. Salivação intensa e manqueira, com emagrecimento e fraqueza do animal. Bezerros miocardite (rara). Lesões em outros órgãos: vesículas e úlceras nos pilares do rúmen e áreas de necrose nos músculos esqueléticos e no miocárdio. Histologia: degeneração e necrose da camada germinativa dos epitélios afetados. Animais improdutivos que forem vacinados podem desenvolver a doença clínica. Diagnóstico: Suspeita comunicação imediata as autoridades sanitárias oficiais. Diagnóstico clínico é sempre presuntivo (similaridade das lesões). Coleta oficial Fluído esôfago/faringeal (Probang) Detecção do ácido nucleico -RT-PCR Isolamento do vírus e identificação – células homólogas coleta das vesículas e/ou aftas. ELISA - alta sensibilidade e especificidade. Vírus neutralização Trabalhar em laboratório de segurança – nível 4. Medidas de controle: Sacrifício Quarentena Controle na movimentação de animais Screening Zoneamento – 25km Zona infectada – 3km Zona vigilância - 7km Zona tampão -15km Obrigatório – áreas recomendadas Áreas livres - VIGILÂNCIA Vacinação aos 4 meses - reforço até dois anos Vacinação de 6 em seis meses - após anual Vacinação em massa. Medida populacional - utilizada como estratégia supressiva (redução da excreção de vírus → redução da transmissão → redução de casos → supressão de casos pela eliminação da vírus da zona). Não impede que animal vacinado seja infectado. Não é esperado 100% de imunidade, Rigoroso controle de transito. Quarentena. Sacrifício compulsório. Mínimo de 2 anos sem presença do vírus – livre. Vacina utilizada no Brasil – trivalente (A, C, O), oleosa, 100% sob controle laboratorial pelo MAPA, possui alta qualidade, é produto de exportação e tem sido ferramenta fundamental no sucesso da evolução do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa Fica proibida a aplicação, a manutenção e a comercialização de vacinas contra a febre aftosa no Estado do Rio Grande do Sul a partir de 1º de maio de 2020. Fica proibido o ingresso de bovinos e bubalinos vacinados contra febre aftosa no território do Estado do Rio Grande do Sul.
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