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Unidade 6

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Direito Econômico
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan de Moraes
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
O Sistema Financeiro Nacional
• Finanças Públicas e Orçamentos Públicos;
• Sistema Financeiro Nacional.
• Conhecer as Normas constitucionais e legais sobre o Sistema Financeiro;
• Conhecer a estrutura do Sistema Financeiro Nacional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
O Sistema Financeiro Nacional
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE O Sistema Financeiro Nacional
Introdução
Aproveitando as lições de José Afonso da Silva (2012), podemos afirmar que há 
dois Sistemas financeiros regulados pela Constituição Federal de 1988, o público 
e o parapúblico.
O Sistema Público trata das finanças públicas e dos orçamentos públicos, es-
tando disciplinado, em especial, nos Artigos 163 a 169 de nossa Carta Magna.
Já o Sistema Parapúblico, denominado Sistema Financeiro Nacional, está dis-
ciplinado, especialmente, no Artigo 192 da Constituição, com a redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 40, de 29 de maio de 2003.
Vamos ver detalhes de cada um desses Sistemas.
Finanças Públicas e Orçamentos Públicos
Esse assunto, na verdade, é objeto de estudo do Direito Financeiro, ramo do 
Direito Público interno que estuda as fontes primárias e secundárias de arrecadação 
de receitas públicas e disciplina as despesas públicas, bem como a elaboração do 
orçamento público.
O Direito Tributário era uma parte especializada do Direito Financeiro que 
ganhou autonomia científica em razão de seu desenvolvimento e complexidade.
Como foi mencionado, esse assunto está disposto, em especial, nos Artigos 163 
a 169 da Constituição Federal, bem como em diversas normas legais e infralegais.
Devemos destacar somente duas normas legais de suma importância para o 
Direito Financeiro:
• Lei nº 4320/64: que institui normas gerais de Direito Financeiro, especial-
mente no que se refere aos orçamentos públicos;
• Lei Complementar nº 101/00: também conhecida como Lei da Responsa-
bilidade Fiscal, que possui a tarefa de estabelecer normas de responsabilidade 
na gestão fiscal ao criar mecanismos de limitação de gastos e endividamento 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Sistema Financeiro Nacional
Vamos ver, inicialmente, algumas questões ligadas à previsão constitucional des-
se Sistema.
O Sistema Financeiro Nacional na Constituição Federal de 1988
O Sistema Financeiro Nacional está disciplinado no Capítulo IV do Título VII 
da Constituição Federal, que trata Da Ordem Econômica e Financeira, sendo 
composto somente pelo Artigo 192.
8
9
Esse dispositivo constitucional fomentou duas grandes discussões em sua reda-
ção original:
• A necessidade de que o Sistema fosse regulamentado por uma única Lei Com-
plementar;
• A redação do seu § 3º, que estipulava um teto para as taxas de juros em doze 
por cento ao ano.
Em relação ao primeiro assunto, a regulamentação do Sistema Financeiro Na-
cional, a grande crítica que havia era que o assunto era por demais complexo e que 
exigiria mais de um instrumento legislativo para discipliná-lo.
Sobre o segundo assunto, a redação original do § 3º do Artigo 192 da Consti-
tuição Federal era a seguinte:
Constituição Federal 
Art. 192 
§ 3º - As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras 
remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, 
não poderão ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança acima 
deste limite será conceituada como crime de usura, punido, em todas as 
suas modalidades, nos termos que a lei determinar. (TEXTO REVOGADO)
Em razão de seu conteúdo, esse dispositivo causou grandes discussões e deba-
tes, gerando no Supremo Tribunal Federal a edição de duas súmulas:
Súmula n.º 648
A norma do § 3º do Art. 192 da Constituição, revogada pela EC 40/2003, 
que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicabilidade 
condicionada à edição de lei complementar.
Súmula Vinculante n.º 7
A norma do § 3º do Art. 192 da Constituição, revogada pela EC 40/2003, 
que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação con-
dicionada à edição de lei complementar.
Em ambas fica claro que esse dispositivo constitucional tinha sua aplicabilidade 
condicionada à edição da Lei Complementar – aquela mesma que deveria tratar do 
Sistema Financeiro Nacional.
Ocorre, contudo, que essa Lei Complementar não chegou a ser editada; assim, 
na verdade, esse dispositivo não chegou a ser aplicado.
Essas duas situações foram superadas em razão da edição da Emenda Constitu-
cional n.º 40/03, que alterou a redação do Artigo 192 de nossa Carta Magna, cuja 
redação passou a ser a seguinte:
9
UNIDADE O Sistema Financeiro Nacional
Constituição Federal
Art. 192. O Sistema financeiro nacional, estruturado de forma a pro-
mover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da 
coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as coope-
rativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, 
inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que 
o integram.
Como se pode observar, não há mais qualquer menção a taxas de juros, bem 
como foi expressamente estipulado que a regulamentação do Sistema Financeiro 
deve ocorrer por meio de Leis Complementares (no plural).
O que se observou com a mencionada Emenda Constitucional foi, na verda-
de, uma desconstitucionalização desse tema, ou seja, a Constituição Federal 
somente realizou a indicação de que o Sistema Financeiro deve ser estruturado 
de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e servir aos in-
teresses da coletividade, sendo que os detalhes de seu funcionamento deveriam 
ser tratados por normas infraconstitucionais, no caso, por Leis Complementares.
Esse deslocamento permite maior agilidade na discussão e na produção legisla-
tiva, o que se sincroniza com a necessária agilidade que, em algumas situações, é 
necessária para tratar de um tema tão dinâmico como esse.
A legislação Infraconstitucional que Regula 
o Sistema Financeiro Nacional
A principal norma que regulamenta o Sistema Financeiro Nacional é a Lei n.º 
4.595, de 31 de dezembrode 1964.
Essa norma foi editada sob a égide da Constituição Federal de 1946, sendo 
recepcionada pelas Constituições de 1967 e 1988.
Particularmente, em relação à atual ordem constitucional, podemos mencionar 
que o fato dela ter sido recepcionada como uma Lei Complementar implica a ne-
cessidade de que qualquer alteração de seu conteúdo deve ocorrer por meio de um 
instrumento normativo dessa categoria. 
Uma lei complementar se diferencia de uma lei ordinária em dois aspectos:
• Elas somente podem ser criadas nas hipóteses especificamente previstas na 
Constituição Federal.
• O seu quórum de aprovação em cada uma das Casas do Congresso Nacional 
(Câmara dos Deputados e Senado Federal) é maior que aquele necessário para 
aprovação de uma lei ordinária.
É o que ocorreu, por exemplo, na revogação do Artigo 38 pela Lei Complemen-
tar n.º 105/01 e dos Artigos 40 e 41 pela Lei Complementar n.º 130/09.
10
11
Composição do Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional é composto por uma série de Órgãos Públicos e 
Pessoas Jurídicas de Direito Público e Privado, sendo que podemos dividi-los em:
Órgãos normativos
Como o próprio nome menciona, essa categoria é composta por Órgãos Públi-
cos que podem editar atos administrativos normativos necessários à regulação de 
suas áreas de atuação;
Entidades supervisoras
Elas se caracterizam, em especial, pela atuação na fiscalização dos operadores 
do Sistema Financeiro Nacional;
Operadores
São, em regra, os agentes privados que realizam as operações financeiras pro-
priamente ditas e que mantém com a sociedade e com as demais pessoas jurídicas 
relações de negócios e de intermediação.
Podemos ilustrar essa estrutura da seguinte forma1:
SISTEMA 
FINANCEIRO 
NACIONAL
CONTROLE DA 
MOEDA E CRÉDITO
CONSELHO 
MONETÁRIO 
NACIONAL
BANCO CENTRAL OPERADORES
COMISSÃO DE 
VALORES 
MOBILIÁRIOS
OPERADORES
SEGUROS 
PRIVADOS
CONSELHO 
NACIONAL DE 
SEGUROS 
PRIVADOS
SUPERINTENDÊNCIA 
DE SEGUROS 
PRIVADOS
OPERADORES
PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR 
FECHADA
CONSELHO 
NACIONAL DE 
PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR
SUPERINTENDÊNCIA 
NACIONAL DE 
PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR
OPERADORES
Figura 1
1 Conforme informações constantes no sítio eletrônico do Banco Central do Brasil. Disponível em: <https://goo.gl/RjnNp8>
11
UNIDADE O Sistema Financeiro Nacional
Âmbito do Controle da Moeda, Crédito, Capitais e Câmbio
Órgão Normativo – Conselho Monetário Nacional (CNM)
O Conselho Monetário Nacional é o Órgão superior do Sistema Financeiro 
Nacional, sendo que sua criação ocorreu em virtude das prescrições contidas no 
Artigo 2º e seguintes da Lei n.º 4.595/64.
Atualmente, esse conselho é composto pelos seguintes membros:
• Ministro da Fazenda;
• Ministro do Planejamento;
• Presidente do Banco Central.
Cabe ao Ministro da Fazenda a presidência desse Conselho, cuja finalidade for-
mular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o 
desenvolvimento econômico e social do país (Artigo 1º de seu Regimento Interno 
– Decreto n.º 1.307/94).
Para atingir essas finalidades, o Conselho atua buscando os objetivos traçados 
no Artigo 3º da Lei n.º 4.595/64.
Lei n.º 4.595/64
Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional objetivará:
I - Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da 
economia nacional e seu processo de desenvolvimento;
II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou cor-
rigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou 
externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de 
fenômenos conjunturais;
III - Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pa-
gamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em 
moeda estrangeira;
IV - Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer 
públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões 
do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da econo-
mia nacional;
V - Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos fi-
nanceiros, com vistas à maior eficiência do Sistema de pagamentos e de 
mobilização de recursos;
VI - Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da 
dívida pública, interna e externa.
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Devemos destacar, ainda, que é o Conselho Monetário Nacional o órgão que 
autoriza a emissão de moeda (cédulas e moedas) – Inciso I do Artigo 4º da Lei n.º 
4.595/64.
O controle da moeda e do crédito tem dois órgãos supervisores: o Banco Cen-
tral do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários.
Órgão Supervisor – Banco Central do Brasil
O Banco Central do Brasil é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, 
também criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal exe-
cutor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir 
o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada 
liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; esti-
mular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente 
aperfeiçoamento do Sistema financeiro.
Segundo a divisão de competências desenhada no texto constitucional, cabe à 
União a tarefa de emitir moeda (Art. 21, inciso VII, da CF), sendo que essa tarefa é 
desempenhada, com exclusividade, pelo Banco Central (caput do Art. 164, da CF).
Não podemos confundir a competência exclusiva do Banco Central para emitir 
moedas, ou seja, realizar a sua circulação, com o trabalho realizado pela Casa da 
Moeda do Brasil. Esta última somente desempenha a tarefa de produzir em escala 
industrial as cédulas e as moedas metálicas.
Na verdade, esse processo contém três fases básicas:
• O Conselho Monetário Nacional autoriza a emissão de papel moeda e das moe-
das metálicas;
• As cédulas e as moedas metálicas são produzidas pela Casa da Moeda;
• O Banco Central realiza a sua emissão, ou seja, inicia a sua circulação, conforme 
diretrizes estabelecidas pelo mencionado Conselho.
Acrescente-se que a Casa da Moeda do Brasil é uma Empresa Pública vinculada ao 
Ministério da Fazenda.
O Banco Central não é um Banco comercial, mas do Banco dos bancos, sendo 
a principal autoridade monetária do Sistema Financeiro Brasileiro.
Operadores na área monetária, crédito, capitais e câmbio
Os principais operadores dessa área do Sistema Financeiro são os Bancos; con-
tudo, há outros tipos de Instituições Financeiras, nomeadas a seguir.
Os operadores são:
• Bancos e Caixas Econômicas;
• Administradoras de Consórcios;
• Cooperativas de Crédito;
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UNIDADE O Sistema Financeiro Nacional
• Corretoras e Distribuidoras;
• Outras Instituições não bancárias.
Observações
• Algumas corretoras e distribuidoras também são supervisionadas pela CVM – 
Comissão de Valores Mobiliários;
• As instituições de pagamento, apesar de fazerem parte do Sistema Financeiro 
Nacional, são também fiscalizadas pelo Banco Central, em razão de determi-
nação do Conselho Monetário Nacional.
Órgão Supervisor – Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia vinculada ao Ministério da 
Fazenda, que foi criada pela Lei n.º 6.385/76.
Essa Lei, além de criar essa autarquia, regulamentou o mercado de valores mo-
biliários. Segundo ela, os valores mobiliários são os seguintes títulos:
Lei n.º 6.385/76
Art. 2.º São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei:
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição;
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobra-
mento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso II;
III - os certificados de depósito de valores mobiliários;
IV - as cédulas de debêntures;
V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes 
de investimento em quaisquer ativos; 
VI - as notas comerciais;
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos 
subjacentes sejamvalores mobiliários;
VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subja-
centes; e
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos 
de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria 
ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos 
rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.
Sua competência é expressa no Artigo 8º da Lei que a criou, cuja redação é 
a seguinte:
14
15
Lei n.º 6.385/76
Art. 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários:
I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Mo-
netário Nacional, as matérias expressamente previstas nesta Lei e na lei 
de sociedades por ações;
II - administrar os registros instituídos por esta Lei;
III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado 
de valores mobiliários, de que trata o Art. 1º, bem como a veiculação de 
informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos 
valores nele negociados;
IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites 
máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vanta-
gens cobradas pelos intermediários do mercado;
V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às que 
não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo 
mínimo obrigatório.
Operadores na área de valores mobiliários
Os operadores do Mercado Mobiliários são as:
• Bolsas de Valores;
• Bolsas de Mercadorias e Futuros.
Âmbito dos seguros privados
Vamos conhecer os agentes que compõem esse Subsistema.
Órgão Normativo: Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP
É um órgão público subordinado ao Ministério da Fazenda, que se caracteriza 
por ser o Órgão de cúpula do Sistema Nacional de Seguros Privados, ambos cria-
dos pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. 
Dentre suas atribuições, está a de fixar as diretrizes e as normas da política 
de seguros privados (Inciso I do Artigo 32 do Decreto-lei n.º 73/66), razão pela 
qual esse Conselho se caracteriza por ser o principal Órgão normativo das ativida-
des securitárias do país.
O Artigo 33 do Decreto-lei n.º 73/66, com a redação dada pela Lei n.º 
10.190/01, estabeleceu a composição desse Conselho com os seguintes membros:
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UNIDADE O Sistema Financeiro Nacional
• Ministro da Fazenda ou seu representante;
• Representante do Ministério da Justiça;
• Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social;
• Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP;
• Representante do Banco Central do Brasil;
• Representante da Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
O Conselho Nacional de Seguros Privados é presidido pelo Ministro de Estado 
da Fazenda e, na sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP.
Órgão Supervisor: Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
A Superintendência de Seguros Privados é uma autarquia vinculada ao Minis-
tério da Fazenda, criada pelo Decreto-lei nº 73/66, responsável pelo controle e 
fiscalização dos Mercados de:
• Seguro;
• Previdência Privada aberta (planos abertos de Previdência Privada);
• Capitalização;
• Resseguro.
Esse mesmo ato normativo instituiu, também, o Sistema Nacional de Segu-
ros Privados.
Suas atribuições estão definidas no Artigo 36 do Decreto-lei nº 73/66, as quais 
se referem, em especial, à sua atuação como Órgão fiscalizador da constituição, 
organização, funcionamento e operações das Sociedades Seguradoras, devendo 
ser destacadas as seguintes:
• Processar os pedidos de autorização, para constituição, organização, funcio-
namento, fusão, encampação, grupamento, transferência de controle acioná-
rio e reforma dos Estatutos das Sociedades Seguradoras;
• Baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamentação das opera-
ções de seguro;
• Fiscalizar as operações das Sociedades Seguradoras;
• Proceder à liquidação das Sociedades Seguradoras que tiverem cassada a au-
torização para funcionar no país.
Operadores na área de Seguros Privados
Os operadores do Sistema de Seguros Privados são:
• Resseguradoras;
• Sociedades Seguradoras;
• Sociedades de Capitalização;
• Entidades abertas de Previdência.
16
17
Âmbito da Previdência Complementar Fechada
Os Agentes que compõem esse subsistema são os identificados a seguir.
Órgão Normativo: Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC)
O Conselho Nacional de Previdência Complementar é o Órgão normativo do 
Sistema Financeiro Nacional responsável por regular o regime de Previdência 
Complementar operado pelas entidades fechadas de Previdência Complementar.2
Não podemos confundir as Entidades Fechadas de Previdência Complementar 
(Fundos de Pensão), com os planos abertos de Previdência Privada.
A grande diferença é que os planos abertos são livremente comercializados para 
qualquer pessoa física; já o ingresso em entidades fechadas de previdência comple-
mentar (fundos de pensão) somente é permitido aos empregados de uma Empresa 
e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, en-
tes denominados patrocinadores; e aos associados ou membros de pessoas ju-
rídicas de caráter profi ssional, classista ou setorial, denominados instituidores2.
Sua composição é definida pela Lei n.º 12.154/09 da seguinte forma:
Lei n.º 12.154/09
Art. 14. O Conselho Nacional de Previdência Complementar contará 
com 8 (oito) integrantes, com direito a voto e mandato de 2 (dois) anos, 
permitida uma recondução, sendo:
I - 5 (cinco) representantes do poder público; e
II - 3 (três) indicados, respectivamente:
a) pelas entidades fechadas de previdência complementar;
b) pelos patrocinadores e instituidores; e
c) pelos participantes e assistidos.
Regulamentando essa Lei, o Decreto n.º 7.123/10 estabeleceu que essa com-
posição deve ser a seguinte:
Decreto n.º 7.123/10
Art. 6º - O CNPC será integrado pelo Ministro de Estado da Previdência 
Social, que o presidirá, e por um representante de cada um dos seguintes 
indicados, todos com direito a voto: 
I - Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc; 
II - Secretaria de Políticas de Previdência Complementar do Ministério da 
Previdência Social; 
2 Previdência Social. O que é previdência complementar. Disponível em: <https://goo.gl/cG8vp7>
17
UNIDADE O Sistema Financeiro Nacional
III - Casa Civil da Presidência da República; 
IV - Ministério da Fazenda; 
V - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 
VI - entidades fechadas de previdência complementar; 
VII - patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades 
fechadas de previdência complementar; e 
VIII - participantes e assistidos de planos de benefícios das entidades fe-
chadas de previdência complementar.
Órgão Supervisor: Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar (PREVIC)
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar é uma autarquia 
vinculada ao Ministério da Previdência, criada pela Lei n.º 12.154/09, para atuar 
como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fecha-
das de previdência complementar e de execução das políticas para o regime 
de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdên-
cia complementar (parágrafo único do Artigo 1º).
Suas atribuições estão discriminadas no Artigo 2º dessa norma, cabendo ser 
destacadas as seguintes:
Lei n.º 12.154/09
Art. 2.º - Compete à Previc:
I - proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previ-
dência complementar e de suas operações;
II - apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis;
III - expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das 
normas relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes 
do Conselho Nacional de Previdência Complementar, a que se refere o 
inciso XVIII do Art. 29 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003;
IV - autorizar:
a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência 
complementar,bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regula-
mentos de planos de benefícios;
VI - decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas 
de previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidan-
te, nos termos da lei;
[...]
Operadores na Área de Previdência Fechada
Os operadores são as entidades fechadas de previdência complementar, tam-
bém conhecidas como Fundos de Pensão.
18
19
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Lei n.º 4.595/64 
Lei n.º 4.595/64 – Trata do Sistema Financeiro Nacional.
https://goo.gl/sKAE8a
Lei n.º 6.385/76 
Lei n.º 6.385/76 – Trata do Mercado de Valores Mobiliários.
https://goo.gl/KqcPPZ
Decreto-Lei n.º 73/66 
Decreto-Lei n.º 73/66 – Trata do Sistema Nacional de Seguros Privados.
https://goo.gl/RKkyTB
Lei n.º 12.154/09 
Lei n.º 12.154/09 – Trata da Previdência Complementar.
https://goo.gl/DWEp4e
19
UNIDADE O Sistema Financeiro Nacional
Referências
ALMEIDA, Luiz Carlos Barnabé de. Introdução ao direito econômico: direito da 
Economia, Economia do Direito, Direito Econômico, Law and Economics, análise 
econômica do Direito, Direito Econômico Internacional. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 
2012. (E-Book)
ARAGÃO, A. S. Agências Reguladoras e a Evolução do Direito Administrati-
vo Econômico. 2.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
ARAÚJO, E. R. Direito Econômico. São Paulo: Impetus, 2010. 
BAGNOLI, Vicente. Direito econômico. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2013. (E-Book)
DOMINGUES; J. O.; GABA, E. M. Direito Antitruste: o combate aos cartéis. São 
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