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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM RELATÓRIO HEMOTUOR Docente: Prof. Dra. Sônia Rejane de Senna Frantz Aluno(a): Marisa Melo de Souza Manaus 2022 2 MARISA MELO DE SOUZA RELATÓRIO HEMOTUOR Trabalho submetido à apreciação da disciplina optativa Enfermagem em Hemoterapia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Manaus 2022 3 RELATÓRIO Fizemos o hemotuor pelo hemoam às 14:30 fomos recepcionado pela enfermeira Cristiane ela nos mostrou alguns setores e como funciona o atendimento. 1. TRIAGEM: No primeiro momento, o doador precisa ter em mãos o documento oficial com foto e se for a primeira vez, o candidato informará seus dados para realização de seu cadastro. Se já for cadastrado ele apenas os confirma. Para garantir assim a segurança do receptor e do doador, pois se houver alguma alteração na bolsa ou paciente apresentar alguma reação os profissionais podem entrar em contato com o doador. Depois da coleta dos dados é registrado no sistema. No HEMOAM há um sistema HEMOsys que intercala todo o ciclo. (Fonte: Ac. Marisa Melo) Feito a ficha o doador é encaminhado para o Hematócrito (teste de anemia): Antes de realizar o teste o doador precisa informar o peso, altura e verificar os dados do documento. Depois disso é feita a punção no dedo para dosar a quantidade de células vermelhas. O material coletado passa pela microcentrífuga de hematócrito para dividir em hematócrito e o plasma, espera- se 1 minuto e depois disso é feita a leitura das separação das células vermelhas. Então, para doar a mulher precisa ter 38 a 53 hematócritos, enquanto o homem de 39 a 53. Depois de feita a verificação dos hematócritos, o doador recebe sua ficha e aguarda ser chamado nas salas de triagem 1, 2, 3, 4 e 5: 4 (Fonte: Ac. Marisa Melo) Nestas salas na maioria das vezes há um enfermeiro realizando atendimento, mas pode ser feito por outros profissionais de saúde. Nestas salas de triagem os profissionais de saúde assinam um termo de confiabilidade para terem responsabilidade sobre as informações dos doadores. Então, realizada a avaliação do perfil do doador se ele é apto ou não para realizar a doação. É por meio de um questionário com perguntas como: se o doador realizou viagens recentemente, relação sexual sem proteção, qualidade do sono, alimentação e entre outras perguntas é realizado também a verificação dos sinais vitais. Parâmetros para os sinais vitais - P: tem que estar de 60 a 100 PA: 100x60 ou 180x100. É avaliado o perfil epidemiológico do doador, risco de comportamento e entre outros. Se o mesmo estiver apto ele vai receber orientação, hidratação e será encaminhado para sala de coleta de sangue. 5 2. COLETA Na sala de coleta de sangue: se apto a doação na triagem clínica, o candidato é chamado e precisa está com a etiqueta na ficha, a partir desse momento é entregue o kit de doação. É preciso colocar o número do hemomix, horário, tempo e o final da flebotomia. Então, o doador lava os braços, recebe ficha de doador, o profissional verifica informações como: as iniciais do nome do doador e data de nascimento. Começa a assepsia e faz punção para coleta de amostras (sorologia, imunologia e NAT) quando é coletado a amostra fecha-se o clamp da bolsa da coleta da amostra e abre o clamp da bolsa mãe para assim ter um desvio para bolsa mãe, liga o aparelho (hemomix) faz mistura dos elementos e produtos. (Fonte: Ac. Marisa Melo) Se for doação de Sangue Total, será coletado cerca de 450 ml de seu sangue por meio de agulha acoplada a um conjunto de bolsas plásticas, todos estéreis e de uso único. A coleta do sangue dura em torno de 12 minutos e a portaria afirma que o tempo de doação para produzir plaquetas é no máximo 12 minutos, pois se passar desse tempo a agulha pode fazer uma injúria vascular. Ela é feita com material esterilizado, descartável e não apresenta nenhum risco para a pessoa que está doando. Feito isso é realizado a selagem da bolsa, informar no sistema o tempo que durou a coleta e se o doador teve alguma reação, tudo precisa ser informado no sistema. É feito a ordenha do segmento da bolsa para 6 que não fique coágulo na bolsa. Depois a bolsa de sangue é encaminhada para uma caixa térmica que a cada 15 bolsas é acionado o fracionamento para levá- las. Volte para o doador se o mesmo estiver bem e não tem nenhuma reação ele é orientado a colocar seu voto de autoexclusão em uma caixa. Esse voto de autoexclusão é o mecanismo usado para proteger o receptor e o doador precisa dizer se pode ou não usar seu sangue. Caso o doador tenha alguma reação o enfermeiro supervisor da assistência. Após a doação, o doador descansará cerca de 10 minutos e em seguida se dirigirá à sala de lanches. Portanto, a coleta é fundamental para que tudo haja da forma adequada e no final ter um produto de qualidade. 3. FRACIONAMENTO O sangue coletado é fracionado em Hemácias, Concentrado de Plaquetas, Plasma e Crioprecipitado. (Fonte: Ac. Marisa Melo) 7 Então, o Laboratório de Fracionamento é um local onde é feito a produção dos hemocomponentes a partir da doação do sangue total. Existem outras formas de realizar o fracionamento pelo método de aférese, onde é uma máquina que vai retirar uma parte do sangue específica e devolver. Diferente do que foi apresentado que é fracionado o sangue. Então, as bolsas coletadas ficam em descanso por 2h depois é feita a inspeção e o registro no sistema. O técnico finaliza a flebotomia informando ao sistema a hora que foi finalizado. Depois que registra a bolsa vai para uma balança de dois pratos para fazer o amparo das caçapas onde as bolsas são inseridas. As centrífugas são solos e refrigeradas com capacidade para 12 bolsas. É produzido concentrado de hemácias, plasma e o concentrado de plaqueta/crio. É trabalhado com a bolsa tripla nessa bolsa tem solução aditivada (glicose, adenina e outros) cerca de 100ml e é adicionado concentrado de hemácias fica numa temperatura de 2°C a 6°C graus para fazer com que essa bolsa tenha uma validade de até 42 dias. Essas soluções aditivas faz com que as células possam continuar fazendo seus metabolismo, a mesma consome glicose, produz gás carbônico e o meio fica ácido, e ao final dos 42 dias para evitar que o meio fique muito ácido essa solução funciona também como uma solução tampão neutralizando. Se houver erro a bolsa é descartada. O plasma tem validade de 12 meses se for refrigerado em -20°C e pode valer 2 anos se conservado em -30°C e o concentrado de plaquetas é conservado entre 20° a 24° graus para valer por 5 dias. As plaquetas tendem a ficar agregadas no plástico da bolsa. Então, a primeira fase das plaquetas é obtida concentrado de hemácias, plasma e as plaquetas. Quando é extraído o concentrado de hemácias ele é armazenado na segunda fase o plasma rico em plaquetas é centrifugado novamente para assim ser obtido o plasma fresco congelado e o concentrado de plaquetas. As bolsas precisam estar com peso de 428 a 521 gramas para serem trabalhadas. Esses hemocomponentes tem temperatura de armazenamento diferentes embora sejam do mesmo sangue total. É trabalhado com uma tabela de peso que é da Associação Americana de Bancos de Sangue(AABB). Quando as bolsas estão abaixo do 316 gramas é considerado inadequado, se a bolsa estiver entre 317 a 426 é produzido apenas um hemocomponente que é o concentrado de hemácias, a faixa ideal é 428 a 521 gramas. É importante verificar as observações que estão na bolsa como: data 8 da coleta, as iniciais do doador e data de nascimento do doador. Isso é obrigatóriopara rastrear o doador. Nessa sala tem o irradiador de sangue e nela há um equipamento que tem função radioativa do concentrado de plaquetas, não irradia o plasma nem crio, pois o plasma não tem células só fator de coagulação a reação às proteínas. É indicado a irradiação para pacientes transplantados, pacientes que são RN de baixo peso, transfusão intra uterina e transfusão intra aparentado. (Fonte: Ac. Marisa Melo) A sala da câmara de fluxo laminar tem um equipamento que é feito abertura do sistema da bolsa e é um ambiente para favorecer a desinfecção, por isso faz- se uso do álcool 70 e luz UV e sempre manter a porta fechada. 9 (Fonte: Ac. Marisa Melo) 4. IMUNO-HEMATOLOGIA A Imuno-hematologia é uma especialidade da Hemoterapia relacionada à medicina transfusional. As análises dessa especialidade, além de serem fundamentais para o diagnóstico de patologias do sistema hematológico, evitam reações transfusionais. Como ocorre em qualquer procedimento médico ou técnico, a indicação da transfusão tem como principal objetivo levar benefícios ao receptor, apesar dos riscos envolvidos. Neste sentido, os exames imuno- hematológicos mitigam esses riscos, realizando a verificação da compatibilidade sanguínea entre doador e receptor, a fim de garantir a eficácia terapêutica e a segurança da doação. A Imuno-hematologia está inserida em um cenário de evolução contínua, desde o controle de qualidade dos reativos e técnicas, até a inserção de novos sistemas automatizados, além da especialização profissional. Aplicado ao diagnóstico, este cenário evolutivo do exame impacta em melhorias e, consequentemente, resultados mais assertivos e eficientes. Adicionalmente, contribui em melhor performance para os profissionais envolvidos. Nos últimos dez anos, os novos métodos analíticos de produção de anticorpos monoclonais revolucionaram o diagnóstico das análises imuno-hematológicas. De acordo com estudos realizados, para o polimorfismo das hemácias humanas, a produção de 10 novos insumos se torna essencial. A biotecnologia vem contribuindo significativamente para a especialidade, adicionando mais sensibilidade aos estudos de vários métodos e equipamentos. Então, os exames imunohematológicos são realizados para a qualificação do sangue do doador, a fim de garantir a eficácia terapêutica e a segurança da futura doação. São eles: Tipagem ABO direta e reversa Para classificação ABO, são realizados os testes: - Tipagem direta: determina a presença/ausência dos antígenos do sistema ABO nas hemácias do receptor, utilizando reagentes licenciados pelo Ministério da Saúde (soro anti-A, soro anti-B, soro, anti-AB). - Tipagem reversa: determina a presença/ausência de anticorpos plasmáticos (anti-A e anti-B), utilizando reagentes de hemácias A e B. Os resultados obtidos nas tipagens direta e reversa são interpretados e a amostra sanguínea é classificada para o grupo ABO. Tipagem Rh (D) A presença ou ausência do antígeno D, na tipagem sanguínea Rh, define se o indivíduo é Rh-positivo ou Rh-negativo. Diferentemente do sistema sanguíneo ABO, um indivíduo Rh-negativo só produzirá um anticorpo anti-D por meio de imunização prévia com hemácias Rh- positivo (durante a gravidez ou por transfusão). A tipagem Rh é realizada com soro anti-D e determina a presença ou ausência do antígeno D nas hemácias testadas. Pesquisa e Identificação de Anticorpos Irregulares (PAI) A Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI) é realizada testando-se o soro do receptor contra hemácias do tipo O, com fenotipagem conhecida para os mais importantes sistemas de grupos sanguíneos. A PAI tem como finalidade detectar possíveis anticorpos clinicamente significantes e, juntamente aos demais testes pré- transfusionais, contribui para aumentar a segurança transfusional e minimizar o risco de uma reação transfusional hemolítica. Pesquisa de Hemoglobina S (HbS) Detectar a presença do traço falciforme, ou hemoglobina S heterozigota dentre os doadores de sangue. No laboratório de Controle de Qualidade realiza rigorosos testes de qualidade, conforme exigidos pela legislação vigente, nos hemocomponentes processados e transformados em todos os laboratórios de Processamento da Colsan, visando garantir a qualidade do sangue durante a coleta, processamento, armazenamento, distribuição e transfusão. O laboratório é certificado pelo controle de qualidade externo da ControlLab e realiza prestação de serviço a 11 clientes externos. Testes realizados pelo laboratório são: Detecção bacteriana (BACTEC BD),Identificação bacteriana, Contagem de células automatizada, Teste de hematócrito, Grau de hemólise, Dosagem de hemoglobina, Volume, pH e fatores de coagulação. (Fonte: Ac. Marisa Melo) 5. Enfermaria Apesar da visita na enfermaria ter sido breve e sem um profissional para explicar o funcionamento do local foi possível notar presença do pacientes nos leitos recebendo a transfusão. Notou-se os cuidados de enfermagem em relação a Transfusão sanguínea desde da pré- transfusão até a pós- transfusão do pacientes que são: (Fonte: Ac. Marisa melo) 12 ● Acomodar o paciente no leito e realizar a punção venosa ● Coletar o sangue do paciente e enviar para o Setor de compatibilidade ● Etiquetar adequadamente a amostra com os dados do paciente ● Verificar se os materiais do Setor estão organizados ● Ao receber a bolsa de hemocomponente, verificar a ● integridade da mesma ● Realizar a dupla checagem de dados ● Realizar uma breve entrevista sobre a história pregressa ● Ao proceder a administração de antialérgico, aguardar 30 minutos até início da transfusão ● Verificar os sinais vitais ● Verificar se o acesso venoso está adequado (pérvio e exclusivo) ● Instalar a bolsa de hemocomponente através de um equipo de transfusão ● Iniciar transfusão em gotejamento lento ● Permanecer 10 minutos à beira do leito observando o paciente ● Verificar os sinais vitais após 10 minutos e 1h após o início da infusão em caso de infusão de bolsa de sangue. ● Aumentar o gotejamento após 10 minutos de observação beira leito se o paciente estiver estável. ● Em caso de reação transfusional, interromper a infusão e abrir soro fisiológico para manter o acesso pérvio, comunicar o médico, entrar com corticoides, realizar oxigenoterapia se necessário, trazer materiais de urgência e emergência para o'leito, monitorar e aguardar o paciente normalizar. ● Atentar para o tempo de infusão (máximo de 4 horas). ● Verificar os Sinais Vitais ao final da transfusão ● Realizar o descarte do material em local específico ● Manter o paciente transfundido em observação por 30 minutos a 1 hora para detectar a ocorrência de uma possível reação pós transfusional imediata ● Em caso de paciente não-internado, orientá-lo ao liberar o mesmo para os possíveis sinais de uma reação transfusional tardia (após 24 horas) e orientar para voltar a unidade ● Em caso de reação transfusional: ● O profissional deve realizar a notificação da reação ● Registro no formulário específico ● Encaminhar para o setor de compatibilidade junto a coleta do sangue do paciente e a bolsa de hemocomponente que foi transfundida, para identificar o tipo de reação transfusional que o paciente apresentou 13
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